1. Um dos momentos mais marcantes da última Assembleia Municipal aconteceu quando o ex-presidente da Junta da Guia, Manuel António Santos, usou da palavra a primeira vez, no dia em que encarnou o papel de líder da bancada do PSD, à falta de João Coucelo. Estava eu a assistir em directo àquele episódio e imaginei que iria assistir a uma intervenção de fundo sobre a Educação no concelho. Afinal, Manuel António tem responsabilidades na direcção do Agrupamento de Escolas de Pombal, e um historial vasto nessa matéria. Mas não. Foi ali fazer a bajulação de Diogo Mateus e dos 100 dias da sua governação.
É preciso recuar a 2014 para compreender o percurso de Manuel António, um trajecto em que passou de besta a bestial. Nesse que foi o ano de todos os reveses para o antigo autarca, viu-se obrigado a ir à AM explicar as contas da autarquia que acabara de deixar, por limitação de mandatos. Ao mesmo tempo, Diogo Mateus humilhava-o e ridicularizava-o naquele processo de constituição do conselho geral transitório do Agrupamento de Escolas de Pombal. Percebo hoje, com clareza, o que na altura não consegui ver: por vezes vale tudo para segurar um cargo. Assim se percebe que Manuel António tenha aguentado todas as investidas de Diogo Mateus (as queixas formais à Inspecção Geral da Educação foram só a face formal), e que tenha decidido começar fazer a vénia naquele momento em que aceitou integrar a comissão política concelhia do PSD, há dois anos. Isto depois de ter sido um dos que incentivou Narciso Mota ao regresso, atirando a pedra e escondendo a mão. Correu-lhe tudo bem, até agora, e foi já premiado com o lugar na fila da frente, na AM.
2. Manuel António não falou sobre o ranking das escolas. Quem falou disso foi António Pires, que nesse 2014 era vereador da Educação, número 2 de Diogo Mateus, e que com ele fazia coro nas investidas contra Manuel António. Mas Pires fez o percurso ao contrário, passando de bestial a besta, como é bom de ver na forma como o presidente da Câmara o (des)trata.
Sobre o ranking e sobre as figuras que o concelho faz nessa listagem, basta assistir a este vídeo.
Quanto ao resto, a moral da história diz-nos que há sempre mais marés que marinheiros.
Tudo tem uma explicação, Paula. O Manuel António precisa de mostrar que está à altura do novo papel/cargo.
ResponderEliminarNão duvido que estará. Tendo em conta os (pré)requisitos.
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