21 de fevereiro de 2018

O negócio muito mal explicado

Há um ano e pouco, a CMP lançou uma OPA Florestal em que se propunha adquirir terrenos florestais por cerca de 0,3 € por m2.
Na última AM, ficámos a saber que a câmara pretende adquirir um terreno florestal, junto ao Parque Industrial Manuel da Mota, por 9,9 € por m2.
Porque é que os terrenos dos proprietários florestais anónimos valem, para a câmara, 0,3 € por m2, e o do amigo(a) industrial vale 9,9 € por m2? 
A enorme discrepância – 33 vezes mais - é inexplicável; até porque, o simulador criado pela câmara para avaliar os terrenos a adquirir no âmbito da OPA Florestal dá, para um terreno na periferia do Parque Industrial Manuel da Mota, o valor de 0,4 € por m2 - 25 vezes menos do que o acordado para o tal terreno!!!.
Um negócio muito mal explicado, também na dimensão económica.

1 comentário:

  1. O assunto talvez seja fácil de explicar:
    Para se adquirir um terreno há que acertar o preço com o vendedor, pelo menos até agora.
    Uma coisa é uma oferta publica genérica em que tanto dá comprar como não comprar e outra é adquirir algo que, pelo fim a que se destina justifica o valor oferecido.
    O terreno até pode ser florestal, ou REN ou RAN ou REDE NATURA, mas para quem vende o que interessa é o que recebe por ele.
    Esta é a norma do mercado da oferta e da procura.
    Ou o estado quando precisa de algo pode utilizar sempre a expropriação para pagar o valor que entende?
    Não é por acaso que a expropriação não se usa por dá cá aquela palha.
    Eu costumo dizer muitas vezes em abono do vendedor: O valor deste terreno para si comprador não vale por si, vale pelo que o estorva...
    O resto são diletantismos intelectuais que pretendem justificar o injustificável.
    E note-se que este é um comentário genérico que vala não só para o caso vertente como para todos os similares, logo não estou aqui a representar ninguém, apenas o meu direito de opinar.
    Cumprimentos

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