Os leitores quererão informações, ou opiniões, mas não as tenho; e as que tenho preferia não as ter. Nada de novo, portanto.
Só sei que está frio; ou melhor, que o tempo continua frio. Que há obras, paradas, que nos param. E esqueletos a céu aberto. Que há política, ou melhor, politiquice, que não interessa. Que interessa se o Diogo se recandidata ou não? Se os Pimpões avançam para o partido? Se a Odete (por)segue? Se o Narciso continua por cá, a penar?
Podia falar das ambições dos Pimpões, do João e do Pedro, mas não quero. Podia falar dos estratagemas do Diogo para a tramar os Pedros, mas não os conheço. Ou da inexistência da Odete, e do seu partido, que bem conheço. Mas para quê? Ano Novo pede coisas novas, não velhas. Deixemo-los salmourar mais um pouco.
Nos entretantos, entretenho-me e entretenho-vos com banalidades. Até porque, a frieza reconforta-se melhor com vulgaridades. Estaríamos melhor se o Narciso não tivesse existido? Se o Diogo se tivesse tornado útil? Se o superlativo Pedro já tivesse descoberto o elixir da felicidade? Se a Odete tivesse voz? Não sei. O que é não é o oposto do que não é. Mas estaríamos melhor, com certeza, se o Diogo já tivesse percebido que, por mais alto que seja o trono, nele só se senta em cima do cu.
Quanto ao resto, o nosso drama colectivo é termos demasiados existentes que justificam a existência de outros existentes.
Amigo Malho, bom ano 2020.
ResponderEliminarMas que é lá isso assim tão melancólico?
Essa nostalgia filosófica em que as vulgaridades da vida são algo que já nos cansam e para as quais já não temos pachorra é conversa dos "vencidos da vida"! Lá dizia o Ega dos Maias, isto é tudo uma "Choldra".
Oh meu amigo, quando os acontecimentos são corriqueiros temos de os saber colorir para também darmos cor à nossa existência.
Vá lá, encha-se de coragem e aguce lá umas farpas para os habituais lancetados, mesmo que a faena seja menos brilhante (por uma vez sem exemplo).
Sinceramente não é assim que o Farpas começa o ano, murcho, caído, vencido...
Olhe que vem lá muita borrasca ao jeito da época, lombinho do cachaço para o Farpas espetar e os farpistas cozinharem as vitimas ora em lume ora brando ora vivo, ao gosto de cada Chef das "penas".
Vá, anime-se lá que a gente não gosta de o ver assim...
2020 vai ser um ano pródigo de acontecimentos e o farpas não pode parar, porque sabe uma coisa, o Farpas é já uma "identidade Pombalina" será talvez:
"fogo que arde sem se ver"
"ferida que dói e também se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer"
"É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder"
Os Pombalenses que andam de olhos abertos já interiorizaram este "dopping" regular que já lhes criou alguma adição, logo há que alimentar a clientela.
Espero ter contribuído para o animar.
Um grande abraço.
Amigo Serra,
ResponderEliminarAgradecido pelo incentivo, mas talvez seja desnecessário – muito motivado sou perigoso.
Bem sei que nos chegará muita carninha tenra e do lombo; deixá-la salmourar.
Abraço