30 de dezembro de 2024

O PS local e a Saúde

A recente concelhia do PS Pombal "decidiu" fazer da vasta temática da Saúde um cavalo de batalha da sua acção política. A decisão tem tanto de problemática como de desastrada - coisa de fugir…



Há vinte e tal anos, expliquei pormenorizada e - julgo – convincentemente que a temática da Saúde nunca deveria ser um eixo de acção política concelhia. E nos anos seguintes não o foi. Mas a concelhia do PS há muito perdeu a memória e o tino, atributos indispensáveis para poder ter algum sucesso.

O recente comunicado da concelhia sobre a exoneração do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde da Região de Leiria marca uma posição e um estilo -, um pavoroso ridículo que só acrescenta descrédito. 

20 de dezembro de 2024

AM, que balanço?

Em boa hora o Professor aceitou presidir à Mesa da Assembleia Municipal de Pombal. E ainda bem que a sua entrada na política pombalense coincidiu com a ascensão dos Pimpões ao poder. Se tal não tivesse acontecido, a política local ter-se-ia degradado ainda mais, talvez irreversivelmente, e não se perceberia que a acção política exige preparação e decência. Quem quiser assistir às 8 horas da última reunião da AM, ontem realizada, perceberá ao ponto que chegámos, e poderá imaginar o que seria daquela assembleia magna sem Mota Pinto naquele lugar.



Nos fenómenos sociais é sempre difícil perceber se um determinado estado, ou estágio, é causa ou consequência de outro. Na política pombalense poderá ser difícil perceber se a classe política que por cá vegeta é causa ou consequência da estagnação e do declínio do município e da paralisia da câmara (se exceptuarmos as festas e eventos). Mas colando os múltiplos actos e papelinhos da longa reunião, a maioria das pessoas poderá formar uma opinião fundamentada sobre o estado a que chegámos. Da minha parte direi só que me continua a intrigar como foi possível os Pimpões ascenderam ao poder e tornarem-se figuras proeminentes da política local.

Se um Pimpão faz muito mal à Política, dois Pimpões fazem muito pior. Até porque são duas faces da mesma moeda: muito diferentes e muito iguais.

O João julga-se um tribuno, mas é um tambor - uma coisa cilíndrica que faz muito barulho, mas é vazio por dentro. Fala, fala, fala, mas não sabe o que falar quer dizer… Quando diz sandices e obscenidades, como as que disse sobre as representantes do PS, não o faz por amor à palavra indecente, não o faz pelo prazer de dizer obscenidades, mas simplesmente por um costume desprezível que se tornou quase uma necessidade. Mas o pior nem é o que diz, é a insuportável grosseria e os modos brejeiros que exibe quando alguém do PS fala antes ou a seguir a ele. Ostenta uma incontinência físico-mental que nem o presidente da mesa consegue conter, apesar das constantes repreensões.  Pega-se frequentemente com o dotor Coelho por tudo e por nada. Já era tempo de este lhe responder como respondeu Cícero a Catilina, “Até quando, Catilina, abusarás de nossa paciência?”

Mas apesar de tudo, o caso do Pedro é mais preocupante porque provoca mais danos. Os danos da cultura de mediocridade perdurarão, por muito tempo, na urbe. Não se consegue vislumbrar um acto de excelência ou uma expressão galvanizadora no Pedro. É um pregador do optimismo vazio, da fantasia pimpona e da lisonja fácil, que abusa sistematicamente do superlativo e do pomposo, que abastarda a linguagem e contrafaz o discernimento em benefício próprio. A exaltação que fez dos méritos (capacidade organização e gestão) do Director Municipal ultrapassou o ridículo. Aplica-se aqui bem o célebre raciocínio de Freud, quando sabiamente disse, “quando Pedro me fala de Paulo, sei mais de Pedro do que de Paulo (Agostinho, neste caso). Na verdade, não ficámos a saber mais de Agostinho, porque já sabíamos tudo o que interessava saber: é tão bom gestor que nem a sua vida conseguiu gerir, ao ponto de ter de se apresentar no tribunal, com uma corda ao pescoço, para que este o declarasse falido, devido às avultadas dívidas contraídas. Mas do Pedro ficámos a saber mais qualquer coisa; reforçámos a ideia do bom-profeta capaz de forjar mentiras em que posteriormente acredita, como esta sobre o Agostinho, e as outras sobre o desagravamento fiscal e os 23 milhões de despesa fiscal entregues aos munícipes. Penso até que foram cozinhadas pelos mesmos impostores.

E a “oposição”? A "oposição" esteve igual a si própria, frágil e descrente. O dotor Coelho falou bem e expeditamente, mas é de seu natural inconsequente. No entanto, deixou a ideia que é melhor a rebater propostas/recomendações que a defendê-las. Percebe-se - e ele já deve ter percebido porque não é parvo - que está sozinho. A desistência pode estar já ao virar da esquina.

16 de dezembro de 2024

O despesismo castiga sempre alguém

Na penúltima reunião da “Junta”, o dotor Pimpão deixou, en passant (sem ser questionado), um aviso que traz consigo um castigo: a factura da água vai ter de aumentar. Como não gosta de assumir as más decisões, desculpou-se com as recomendações/obrigações do novo quadro legal. Um município que explora um serviço de tão grande proximidade, como o abastecimento de água, em total autonomia e de forma rentável, sem nenhuma concorrência desleal em relação a outros municípios ou empresas públicas, não deve seguir recomendações ou obrigações gerais.



Em boa hora Narciso Mota manteve todo o sistema de abastecimento de água na posse do município, assegurando receitas próprias consistentemente rentáveis e uma boa autonomia estratégica e funcional para a câmara. Tanto assim foi que durante muitos anos as receitas do abastecimento de água cobriam a maior fatia da despesa corrente: encargos com pessoal.

Mas a partir do momento em que a despesa no acessório (festas, folclore e eventos) se tornou forma de vida as contas começaram a andar rapadas e o passo seguinte será, inevitavelmente, cobrar mais.

Não há diversão grátis.   

13 de dezembro de 2024

12 de dezembro de 2024

A mentira como arma política

A mentira, mais ao menos implícita ou dissimulada, foi muitas vezes usada como arma política, nomeadamente pelos políticos fantasiosos. O dotor Pimpão usa-a frequentemente; umas vezes de forma descarada e internacional, outras por simples desconhecimento da matéria ou do significado da linguagem usada.

Depois de se apresentar como grande benemérito das famílias e empresas, com a aldrabice da concessão de 23 milhões de despesa fiscal, vem agora apregoar o desagravamento doel IMI para 2025, quando a taxa simplesmente se mantém.Bem sei que todo o esbanjador gosta de se apresentar como poupador. Mas há limites para a trapaça.

Para agravar a coisa, temos o “jornalismo” de favor, sempre ávido do papel de pombo-de-correio.




11 de dezembro de 2024

Tal pastor tal rebanho

Ontem, o dotor Pimpão  e a sorridente Gina reuniram com a rapaziada eleita para o dito Conselho Municipal da Juventude, que de jovem e de municipal pouco tem, e de aconselhamento ainda menos. Mas adiante, que o que interessa é cumprir a agenda e publicar qualquer coisa.



E o que saiu de lá? Perguntarão, com certeza, os leitores. Saiu um parecer. Um parecer ao Orçamento de 2025 e às Grandes Opções do Plano 2025/29, aprovado por unanimidade. Como dizia o Nelson, toda a unanimidade é burra. E toda a associação que não eleva rebaixa - acrescento eu, que o li algures. 

O dotor Pimpão encarna na perfeição o virtuoso profeta da mediocridade, vulgar e rotineiro. Acredita, coitado, que concilia todo o mundo, com falsas promessas e consensos vazios, e que esse é seu papel. Depois refugia-se no simbólico e procura na exaltação mediática de magnificências reles a ilusão de estar a agir e a realizar, convencido de que nisto da política, tal como na vida, tudo corre por graça divina e resultará bem. É uma criatura imprudente, e carente, que precisa de consolação constante para não cair em desespero.  Mas já dizia Macbeth, na tragédia com o seu nome, que nada se ganha, e tudo se perde, quando nosso desejo fica satisfeito sem contentamento.

Já se pode afirmar com alguma segurança que legado do dotor Pimpão, como presidente da câmara, não será avaliado pelas opções que tomou ou pelas realizações materiais mais ou menos conseguidas, como sucedeu com os seus antecessores, mas pelo traço inconfundível de frivolidade narcisista e mediocridade conformista que perdurará por muito tempo. 


Adenda: deste dito CMJ faz parte, entre outros, um membro da Assembleia Municipal de cada partido ou grupo de cidadãos eleitores representados na Assembleia Municipal e um representante de cada organização de juventude partidária com representação nos órgãos do Município ou na Assembleia da República.

6 de dezembro de 2024

Soares, maior que o pensamento



 

Se cá estivesse, Mário Soares faria 100 anos este sábado, 7 de Dezembro. Ainda bem que não está, tal seria o desgosto com o estado a que chegámos, no país, a que chegou o partido que sonhou. Um e outro envoltos num manto de liberdade, com espaço para quem pensa diferente, no respeito pelos valores de Abril. Imagino-o a dar voltas no túmulo sempre que a tv nos mostra as tiradas de Leão ou Sanfona, exemplo claro de quem, sendo do PS, nunca foi socialista. Ou com outros que nunca chegam a ser notícia.

Soares nasceu num berço de ouro, podemos dizê-lo, e fez parte de uma franja que tomou consciência do que era ser privilegiado. De como seria se calçasse outros sapatos, às vezes tamancos, como aqueles que os meus pais calçavam ao domingo para ir à missa, no tempo em que Soares já era preso, ou forçado ao exílio.

Não sei que idade tinha eu quando ouvi falar dele pela primeira vez, mas foi antes daquelas eleições de 1986, em que quase todos os meus amigos da escola gritavam no recreio o slogan ‘Prá Frente, Portugal’, enquanto o meu pai – regressado da tão cinzenta Alemanha – me deixou colar no Kispo vermelho um autocolante a dizer “Soares é Fixe”.

Muitos antes, o meu tio Costa apareceu lá em casa com uma bandeira de tecido e o símbolo do PS bordado. Iam (os meus pais e os meus tios) a um jantar de apoio a uma candidatura qualquer, em que ele era esperado. O meu tio acabara de regressar à aldeia, também, reformado dessa dura profissão de estivador. Sentavam-se na placa do poço, no quintal, e falavam de política. Da guerra, que deixara mazelas em toda(s) a(s) família(s), da pobreza em que cresceram, do país que sonhavam para as filhas. De Soares, falavam sempre com a deferência de quem se refere a um ser maior.

Na primavera de 1994 tive a sorte de o acompanhar, em reportagem para o Região de Leiria, na sua presidência aberta pelo distrito. Soares era imponente, até no trato. A dada altura, reparou em mim, no meu indisfarçável pouco à vontade em tão gigante tarefa, e perguntou-me: “Então? Aguenta?”. Senti-me ainda mais pequena, perante um homem que era enorme.

Dois anos depois, a 8 de Dezembro de 1996, voltei a vê-lo, imponente, na inauguração da Casa-Museu João Soares, nas Cortes, um espaço que todas as crianças e jovens deste país deveriam visitar. Desse dia guardo dois momentos: o Betinho (fotógrafo do Diário de Leiria, prematuramente desaparecido) em cima de um telhado para captar a melhor imagem, e Soares a ralhar com ele: “ó homem saia daí que você ainda cai daí abaixo!’. E mais tarde, o episódio que daria títulos à imprensa nacional: “o meu pai costumava dizer, quando o elogiavam muito, ´sou apenas filho de um vacão do Soutocico´”.

Escrevo estas memórias enquanto a RTP 3 passa em reposição “O caminho faz-se caminhando”, uma conversa sobre o mundo e a História entre Mário Soares e Clara Ferreira Alves, onde fica tão patente a dimensão intelectual de Soares, num tempo em que os políticos eram também seres pensantes, senhores de uma cultura geral avassaladora. Que privilegiava o confronto, a divergência de opinião (como lembrou ainda hoje António Campos), em detrimento do elogio e da bajulação.

Era assim, ele. Socialista, republicano e laico.

 Faz-nos falta todos os dias. 

29 de novembro de 2024

Reunião da “Junta” – a paródia continua

Da reunião da Junta, de ontem, ressaltaram dois assuntos: Trabalhos Complementares na Empreitada do Centro Escolar Conde Castelo Melhor e Orçamento Municipal para 2025 e respectivas taxas de impostos municipais. E também as intervenções do público.



Como já aqui expliquei, o Centro Escolar Conde Castelo Melhor vai-nos custar os olhos da cara, e não vai resolver, ou vai resolver mal, o problema de falta de salas de aula adequadas na cidade. Porquê? Por duas simples razões: falta de planeamento e más opções urbanísticas e arquitectónicas. Agora, somos confrontados com esta desastrosa realidade: a câmara fez escolas onde não havia alunos, e não as fez onde os havia. Mas adiante, que agora o problema é outro. Ou é mesmo: gastar sem norte e sem rigor. Senão vejamos: ainda a construção do Centro Escolar Conde Castelo Melhor não tinha começado – estava-se ainda na fase de demolição - e já o empreiteiro pedia e recebia um avultado acréscimo por trabalhos complementares! Uns módicos 25.000 euros pela colocação de uma lona na fachada virada para a avenida! O Pedro é isto – o que é que s lhe pode fazer?!

Depois veio a discussão do Orçamento Municipal para 2025 e respectivas taxas. O orçamento é a repetição de um conjunto de boas medidas que vêm do passado, nomeadamente as taxas dos impostos municipais, e o prolongamento de um conjunto de obras a que se juntaram um conjunto de intenções desejavelmente não concretizáveis (Casa Mota Pinto, Centro Cívico, Pólo de Inovação e Conhecimento, etc.). 

O dotor Pimpão é o típico político que promete muito porque sabe que faz pouco. Mas esse não é o seu pior defeito. O seu pior defeito é o voluntarismo febril, é não estudar, é dar aval a coisas que nunca deveriam ser feitas. Depois, por ignorância ou simples excentricidade, forja mentiras em que posteriormente acredita, como aquela com que pretendeu endeusar o orçamento, afirmando que este “contemplava uma despesa fiscal de 23 milhões de euros”, que era concedida “por uma questão de responsabilidade social” … de forma  “libertar meios para o desenvolvimento económico-social da nossa comunidade”. A mentira era tão grande, mas tão grande, que não conseguia sair, e ia engasgando irremediavelmente o falacioso. Felizmente a coisa compôs-se, e a “oposição” engoliu a mentira sem dificuldade - está no mesmo patamar de inconsciência política. 

 Notas de rodapé:

(1) Três munícipes foram à reunião do executivo expor problemas e situações preocupantes. Quando as formas de democracia representativa esmorecem, irrompem formas de democracia directa.    

(2) Uma pessoa minimamente esclarecida sabe que o dotor Pimpão não distribui os milhões do orçamento com os munícipes, excepto o milhão referente à comparticipação no IRS (este sim, é despesa fiscal).

(3) A “oposição” votou contra o orçamento por este não contemplar as suas medidas. Ao que o dotor Pimpão respondeu que poderiam ter sido incluídas, como no passado, se tivessem participado na reunião preparatória. A “oposição” contrapôs que “não foi convidada”. E o dotor Pimpão contrapôs que enviou o convite para o PS e recebeu uma “missiva onde afirmavam que não participavam porque não era importante (participar)”.

27 de novembro de 2024

Campeões à moda de Pombal

 


Uma pessoa vai passando pelas fotos daquele momento importante de campanha que foi a Gala do Desporto e não percebe bem se:

a) é a organização do evento 

b) a equipa da Junta de Freguesia de eventos passados 

c) nomeados e/ou galardoados

Agora você decide, como dizia o outro. 

26 de novembro de 2024

É a (má) economia, estúpido

Nesta terra (Pombal) poucos comem do que gostam; a maioria come a merda que lhe colocam no prato: uma chusma de aviários e pocilgas que infestam o ar, os solos e os rios; explorações de barros, argilas e areias que esburacam o solo, destroem habitats, fauna e flora e nada estabilizam e ou recuperam; pedreiras que esventram e dinamitam a serra, poluem o ar e a água e desfeiam o espaço e a panorâmica (o postal da terra); explorações de caulinos que de esporádicas se multiplicam pelo concelho, destruindo solos, lençóis freáticos e cursos de água; matadouros e indústrias de processamento de carnes com seus inevitáveis impactos ambientais.



Agora são os do lugar da Pipa e arredores a sentir as dores de uma nova exploração de caulinos que está prestes a entrar-lhes pelas terras adentro. Umas dores que ninguém vai ouvir, e só os poucos que ainda lá vivem vão sentir. Passar-se-á tudo como de costume: os de Albergaria e de Santiago estão-se nas tintas para as dores dos do Barrocal ou do Chão do Ulmeiro, tal como os das Meirinhas se estão nas tintas para as dores dos da Guia, e vice-versa, e por aí adiante. Pessoa bem dizia que a humanidade (a sociedade) só sente a chuva quando ela lhe cai em cima. 

A exploração dos Recursos Naturais e a preservação do Ambiente são naturalmente conflituantes, mas devem e podem ser harmonizados através de uma correcta avaliação dos custos das externalidades e dos benefícios económicos e através de um plano de acompanhamento regular da exploração, coisa nunca feita. O governo central e organismos regionais limitam-se a licenciar as explorações, seguindo os planos de ordenamento do território, nacionais e locais, e depois é o tradicional deixa-andar. O executivo municipal escuda-se no argumento da competência do licenciamento para fugir às suas responsabilidades na permissão para licenciamento e no acompanhamento dos impactos, porque não quer desagradar a ninguém - comportam-se como criados de quarto do capital explorador, disponíveis para todo o tipo de serviço à espera da subvenção para a campanha. Mas como fugir dos problemas nunca deu bom resultado para o mexilhão, estamos “condenados” a aceitar o inaceitável, a viver nesta triste sina de tudo o que é mau nos calhar e só nos calhar o que é mau.

Vamos de mal a pior: éramos pobres em riqueza material mas ricos em riqueza natural. Agora temos o pior dos dois mundos: condenados a viver pobres em espaços imundos e repulsivamente feios. Mas com a fanfarra sempre a tocar e o arraial sempre a girar. Bem-vindos ao reino da felicidade tola.

22 de novembro de 2024

"Isto vai ficar assim?" Não, senhora ministra. É para desfazer.

 



Em Portugal há centenas de associações ambientais. Só na Confederação Portuguesa das Associações de Defesa do Ambiente (CPADA), são mais de 120 associações. Pombal não é exceção e também conta com várias organizações que zelam pela natureza, ambiente, ecologia e bem estar animal.

Para muitos, esta é uma expressão de envolvimento social, de ativismo comunitário, do empenho popular em criar mais e melhores condições. Nunca entendi isto desta forma.

A necessidade de existir associativismo reenvidicativo nesta e noutras áreas é principalmente uma forma de expressão popular -  pelo fracasso das muitas leis e diretivas que a governação nacional e local se demitem de cumprir.

Na área ambiental o Grupo Proteção Sicó não substitui o ICNF, Os Amigos do Arunca não substituem a ARH-APA, a Ajuda Animal não substitui o Canil Municipal.

Existem apenas e só, porque aquilo que devia ser feito pelas entidades públicas é insuficiente ou pura e simplesmente não funciona.

Por toda a Europa, vários são os casos em que a governança se vai sobrepondo à gestão pública.

A governança é a capacidade das sociedades humanas para se dotarem de sistemas de representação, de instituições e processos e de corpos sociais, capazes de gerir localmente num movimento voluntário apoiado pelo poder local.

Se há coisa que aprendi nestes últimos anos, é que Pombal tem conhecimento, gente capaz, especialistas e investigadores, malta que representa internacionalmente o país e publica artigos científicos cá e por esse mundo fora.

Só que Pombal não os ouve, não quer saber, não quer aprender e teima em fazer mal só porque "é disto que o meu povo gosta".

Para quem nos governa, é muito mais fácil contratar o supra-sumo dos rios, pagar uma bela maquia e encher o peito para chamar ministros e secretários de estado, para ver o trabalho que eles pagaram com o que nós produzimos.

"Isto vai ficar assim?", perguntava a ministra ao ver aquele prejuízo ambiental e financeiro.

Só que o engenheiro que cá trouxeram joga noutro campeonato. Não anda à espera que lhe apresentem projetos.

Ele está noutra divisão que não a dos voluntários que só querem ajudar! Traz o financiamento, (que já acordou com quem manda nisto tudo), faz o que é ‘chapa cinco’ em todo o lado, tem os seus próprios empreiteiros e comem tudo sozinhos.

Os 600 mil euros que arranjou para Pombal, Leiria e Batalha vão ser gastos. E daqui a pouco estará tudo igual, se não lhe pagarem todos os anos para cá vir dar um ar da sua graça.

Só que como nós já cá andamos há muitos anos (e ele também), lembramo-nos que depois do que fez na primeira vez que cá andou, o Dr. Diogo Mateus mandou-o ir pregar para outra freguesia.

Podiam ter-nos ouvido antes de fazer, podiam... mas não era a mesma coisa.

Agora a destroçadora operada por um imigrante que não fala português (nem inglês, e por isso não há comunicação) já cortou o que não devia, já desapareceram os marcos dos terrenos, já não há dinheiro para mais e aquilo que era importante fazer e se calhar já não se faz.

Uma coisa é certa: aquela escadaria no centro de Pombal vai ter que ser refeita. Não tem as medidas que devia. A vala que abriram não dura um inverno, os Amieiros, Freixos e Salgueiros que foram crescendo nos últimos anos desapareceram e o dinheiro também.

Com 600 mil euros, contratavam-se 6 pessoas durante 5 ou 6 anos, o Rio Arunca tinha quem cuidasse dele e com o apoio dos pombalenses que gostam e sabem, fazia-se muito mais e melhor.

Emanuel Rocha

Ativista ambiental, membro d'Os Amigos do Arunca

19 de novembro de 2024

Corre Pedro, a taça é tua!


 


Sábado à noite, à hora em que Salvador Sobral estiver a brilhar no palco do Teatro-Cine (acompanhado dos First Breath After Coma) e o Projecto Jazz no auditório da Filarmónica de Vermoil, a Câmara estará a protagonizar a sua I Gala de Desporto, no Expocentro. Ou melhor, a primeira feita pelo Pedro em nome da Câmara, pois que este era um evento da Junta de Freguesia de Pombal. E o Pedro já de lá vem. Ora, percebendo que o mandato caminha penosamente para o fim, e que estas coisas da bola & afins juntam sempre uma maltosa, e têm sempre o seu alcance, e que é preciso fazer listas e arregimentar pessoal, eis que o Município(!) se lembra de chamar a si o evento, para lhe dar escala. 

A votação está a decorrer, pois que assim fica a ideia de que foi o povo a decidir homenagear aqueles e aquelas. É claro que as sugestões são dos clubes, e que espremida essa enxurrada de nomes há uma "comissão de avaliação" que escolhe três nomes para cada categoria. Vamos poupar o leitor de dissecar esse elenco, que, por exemplo, junta na mesma categoria a dupla de árbitros (no activo) Roberto e Daniel Martins, o amigo Pedro Roma e...António Pinto. Faço já aqui uma declaração de interesses: já votei nele. Espero que suba ao palco e diga das boas, e não faça como o (António) Monteiro, da outra vez, que para os poupar...não foi.

Ora, segundo as "normas" plasmadas na página do Município, a dita comissão "é designada, anualmente para cada época desportiva, pelo Presidente da Câmara Municipal de Pombal, sob proposta do Vereador do Pelouro do Desporto". Das duas uma: ou a vereadora Gina já perdeu o pelouro e ninguém nos disse, ou este lapsus calami tem outras razões. Indo ao que interessa: a dita comissão "é composta por um conjunto de individualidades ligadas ao desporto, devendo ter a seguinte constituição:

a. Um elemento dos órgãos de comunicação social;

b. Um elemento do Conselho Municipal do Desporto;

c. Dois elementos da Comunidade de relevo no âmbito Desportivo;

d. Um elemento da Unidade de Desporto e Juventude do Município de Pombal


Desta vez, talvez porque o tempo corre e é preciso aligeirar, os galardoados ficaram nas mãos de José Paulo Oliveira (da Unidade de Desporto), de Gonçalo Ramos (!), ainda presidente da Junta da União de Freguesias do Oeste, e de Zé Pereira, um ex-árbitro  equiparado a 'jornalista'.

Uma espécie de meia-bola e força, que é preciso chutar com o pé que se tem mais à mão. 

Como diz o camarada Adelino Malho, em política o que interessa é marcar golo. Vai Pedro!


12 de novembro de 2024

Uma big City que dá para tudo, e às vezes para todos


Do vasto programa de comemorações do Dia do Município é preciso seleccionar o que realmente importou. Não, não foi (de novo) o espectáculo do Pedro & Graciano, nem o discurso de fim de mandato na sessão solene. Foi mesmo  o 1º Fórum Invest Pombal, uma espécie de manual para sacar cobres aos provincianos. O paternalismo com que os senhores da organização enfatizam que "o país não é só Lisboa" foi comovente. Mas a reflexão que importa fazer é outra: tendo esta Câmara um pelouro dedicado às smart cities, à inovação e empreendedorismo, nas mãos da vice-presidente da Câmara, por que razão foi ela arredada desta iniciativa? Alguém nos explica como é que Isabel Marto, com provas dadas no domínio deste fórum, é atropelada por um tarefeiro?

O povo, na sua imensa sabedoria, não se cansa de lembrar que "quem mora no convento é que sabe o que lá vai dentro". Mas quando o convento é ocupado pela Câmara, onde 'moram' uns senhores a quem pagamos, é tempo de nos darem explicações. 

8 de novembro de 2024

Candidato do PS à câmara - já saiu fumo branco (amarelo)

Há novidades que não o são, ou são como a pescada - aquela coisa que antes de o ser já o era. Contudo, algumas destas novidades merecem ser tratadas como tal... 



O PS local (já) tem candidato à câmara. É o dotor Coelho. (Aquilo do convite/sondagem ao outro foi só para disfarçar o inevitável). E já o comunicou à Federação Distrital, mesmo antes de o ter feito aprovar na Comissão Política e apresentado aos militantes em plenário. Percebe-se: é candidato do PS2. Mas a coisa começou logo a correr mal. Sabendo que o dotor Coelho aprecia coquetismos e gosta de se fazer importante, mandaram rapidamente uma emissária à primeira reunião da nova Comissão Política Distrital com ordem expressa para pedir ao líder distrital – Gonçalo Lopes – que viesse rapidamente a Pombal fazer - simular - um convite ao (auto)designado cabeça de lista à câmara. Mais um passo em falso, ou como diz o povo, as cadelas apressadas parem os cães cegos. Gonçalo Lopes recusou fazer a figura patética – haja alguém com tino.

A pescada tem a especial particularidade de ser popular, mas ninguém verdadeiramente a aprecia – come-se porque, dizem, faz bem ao fígado e às tripas. Mas duas vezes seguidas enjoa.

Bem-vinda, sra Ministra

 


Se não cancelar a visita (como aconteceu hoje com a ministra da Saúde, presa por arames), a ministra do Ambiente estará em Pombal amanhã para acompanhar a apresentação do índice de sustentabilidade municipal (!) e visitar as obras que decorrem no rio Arunca. 

Exortamos aqui o presidente da Câmara a levar Maria da Graça Carvalho ao sítio onde o Arunca ainda parece um rio, junto ao Açude. Esta manhã estava assim, lavadinho com espuma amarelada, no sítio do costume. 

7 de novembro de 2024

Nota breve sobre um confrangedor desconsolo

A congregação festivaleira reuniu na Pelariga, e ali cumpriu mais uma rotina.

Aquilo mais parecia um velório. Porventura um velório ao poder que se esfumou por entre festas, eventos e falsos investimentos.

Paz à sua alma.


6 de novembro de 2024

Hospital de Pombal: anatomia de um golpe


O poder político local abana-se de contentamento com a vinda da ministra da Saúde a Pombal, na próxima sexta-feira. E o que vem ela fazer? Inaugurar uma “obra” que está pronta há mais de um ano, e onde - sabe-se lá até quando e em que moldes - vai funcionar a denominada UICC - Unidade de Internamento de Cuidados de Convalescença: 15 camas destinadas a doentes que precisem de tratamento prolongado, ou no dizer do Centro Hospitalar de Leiria, de “tratamento e supervisão clínica, continuada e intensiva, para cuidados clínicos de reabilitação, na sequência de internamento hospitalar, recorrência ou descompensação de processo crónico, que possibilite a recuperação e incremento da qualidade de vida dos doentes”.

As notícias de hoje dão conta da abertura do novo serviço e do atraso que comporta. Porque a UICC era já um elefante na sala da administração da actual ULSRL: “a abertura só foi agora possível porque esteve dependente da autorização para contratação de recursos humanos”, escreve a Agência Lusa. Na verdade, não foi bem assim. Esta versão oficial não conta que vários médicos foram abordados para liderar o processo, e recusaram.

Porque não é atractivo.

Porque o Hospital Distrital de Pombal agoniza há anos, tornou-se verdadeiramente o chamado Hospital-da-boa-viagem; foi completamente esvaziado de equipamentos, de serviços e de recursos humanos, sobretudo a partir do momento em que foi absorvido pelo Centro Hospitalar de Leiria. Mas disso já aqui falei há muito.

A quem interessa esta UICC? Que mais valia traz a Pombal? São perguntas para fazer ao senhor presidente da Câmara e à senhora ministra, ou até à administração do CHL - enquanto lá estiver.

Como importante nota de rodapé, lembremo-nos que o edifício é propriedade da Santa Casa da Misericórdia de Pombal. E que a mesma ministra tem vindo firmar acordos “de cooperação” com a União das Misericórdias.

E na oposição, está aí alguém?

31 de outubro de 2024

Será que o tribunal vai na mentira?

Ontem, Diogo Mateus e João Pimpão começaram a ser julgados, no Tribunal Judicial de Leiria, pelos crimes de peculato e peculato de uso em co-autoria e falsificação de documentos (DM). 



Em causa está o uso da viatura de serviço pelo então presidente da câmara, nas suas deslocações para frequentar o Curso de Defesa Nacional em Lisboa, e o desconto das respectivas despesas pelo Fundo de Maneio do Gabinete de Apoio ao Presidente, a cargo de João Pimpão. Mas poderiam estar dezenas de deslocações privadas... 

Toda a gente minimamente informada sabe que Diogo Mateus fez o dito curso a título particular, por "honroso" convite de "prestigiados oficiais" – como ele próprio o afirmou em reunião da câmara. Mas ao tribunal, declarou que o curso fazia parte do âmbito da sua formação e responsabilidades como presidente da câmara. E mais: afirmou que pagou a propina para não onerar o município! Um benemérito? Ou um hipócrita extremo? 

É esta a mesma criatura que ficou conhecida, na câmara e no exterior, como o Fitipaldi das auto-estradas, pelas multas por excesso de velocidade que apanhava frequentemente, que não pagava - como era sua obrigação - e recusava a identificação do condutor, obrigando assim a câmara a ter que suportar as multas pelo dobro. 

Bem diz o povo: apanha-se mais depressa um mentiroso que um coxo.

30 de outubro de 2024

Breves notas sobre as próximas autárquicas (II) - a bizarria

Um presidente de junta com três mandatos realizados – impossibilitado, por isso, de se candidatar - quer impor a esposa como cabeça de lista nas próximas eleições, na junta que agora administra – quer continuar a mandar…, e a fazer negócios.



Como disse Pessoa, há fenómenos nos quais faz grande diferença se os encaramos de cima ou de baixo. A prostituição é claramente um deles. E a política - que se lhe assemelha, tanto nos esquemas como nos termos - é outro.

Por cá, já não se consegue perceber onde começa a política e acaba a prostituição (moral), e vice-versa; é tudo uma mixórdia fedorenta que já só junta oportunistas, manhosos e uma ou outro néscio, na forma de casais, de facto ou de momento, ou de laços familiares, na busca imediata de umas migalhas ou de um interesse particular maior. Uma mixórdia que não repousa - no apodrecimento há fermentação.

Na manjedoura da política actual, uns contentam-se com as migalhas que vão caindo, outros açambarcam as grandes fatias - tornam-se verdadeiros pançudos.

Não há nada mais repugnante que o pançudo açambarcador.

28 de outubro de 2024

Breves notas sobre as próximas autárquicas (I)

As máquinas partidárias já estão no terreno a lançar a próxima corrida autárquica.



O PSD já estabeleceu o guião e fez as principais escolhas. Para a câmara decidiu submeter o mesmo cabeça de lista, mas deu-lhe indicações e “carta-branca” para substituir todos os vereadores. Se fosse coerente substituiria também o dotor Pimpão. Nas juntas reconduz o que pode reconduzir, apresenta algumas novidades e uma ou outra bizarria.

O PS arrancou aos soluços e a queimar cartuchos. Já levou nega na primeira escolha para cabeça de lista à câmara, mas vai levar muitas… É o típico fidalgo arruinado a querer viver de crédito alheio, que já ninguém lhe concede. O seu principal problema nem é o cabeça de lista à câmara - o dotor Coelho está mortinho para participar na corrida e já preparou o terreno -, é o resto...

O Chega também já está no terreno, e também já levou nega(s) na(s) escolha(s) para cabeça de lista à câmara. Apesar do terreno lhe ser favorável, sem implantação local vai ser difícil lançar uma candidatura credível. Mas com um candidato com alguma notoriedade facilmente elege alguém e rouba o segundo lugar ao PS.

Os restantes partidos continuam adormecidos. Nada mais cândido que o sonho dos anjos.

25 de outubro de 2024

O doutor Pimpão, o doutor Machado e o Turismo

O doutor Pimpão recebeu, mais uma vez, o doutor Machado – o Turista-mor do reino - e agora Secretário de Estado. Um encontro que já se tornou rotina – uma espécie de visita à sogra rica.

O doutor Machado está para o turismo como o doutor Pimpão está para as festas & eventos. E ambos estão para o mesmo: aparecer.  

E assim se vai fazendo turismo, se vão realizando eventos e se vão fazendo retratos.

Siga a festa.


Reunião da “junta” – conversa tola

Decorreu ontem mais uma reunião da “junta”. A reunião valeu - pouco - pelo Período Antes da Ordem do Dia (PAOD). Dois temas monopolizaram a discussão: o sempre adiado CIMU-SICÓ e a falta de médicos no concelho.



Ficámos a saber que o CIMU-SICÓ (o Mamarracho dos mamarrachos) não vai abrir até ao final do ano, como prometido pelo dotor Pimpão – o que é que este profeta não promete? -, e ninguém sabe quando abrirá! Não porque a obra não esteja concluída - uffa, já não era sem tempo! -, mas porque ainda não sabem o que lá colocar, ainda andam a “estudar”, como se acreditássemos nisso, como se acreditássemos que aquela gente estuda o que quer que seja. Vejam bem e tirem as vossas conclusões: passou década e meia, quatro mandatos, três presidentes, e nem sequer foram capazes de definir o conteúdo de um “investimento” de vários milhões! Irra, irra e irra. Esta gente é profundamente irresponsável. E néscia. Ficámos também a saber que o dotor Pimpão é um fervoroso crente nas potencialidades do Mamarracho – no que é que esta alma-aventurada não acredita?! E nos promete “obrigar” as crianças do primeiro ciclo a fazerem excursões regulares ao Mamarracho! E a assim dinamizar a coisa, o turismo – sempre o turismo! Perdoai-lhe Senhor, que não sabe o que faz, nem o que diz.

Depois da saga pelos cães e pelos gatos, a falta de médicos de família é a nova saga do dotor Simões contra o dotor Pimpão. Estão bem um para o outro: dois pecos políticos que, por razões diferentes, não têm noção do que é ou deve ser a administração autárquica, sempre conduzidos por impulsos nunca resolverão qualquer problema estrutural, só quietos não fazem estragos.

Ficámos também a saber que a câmara comprou mais um imóvel na Redinha, para, supostamente, lá fazer uma Casa da Cultura. Deus lhes perdoe, porque entretanto já passaram dois anos e o edifício continua às moscas - às moscas, lembram-se? Ninguém mexeu uma palha. Poderia ser diferente? Não. Quem não sabe fazer e passa o tempo no forrobodó só pode dar nisto. Mais uma Quinta de Sant`Ana. Lembram-se?!

22 de outubro de 2024

Aqui não mudam as moscas: multiplicam-se

 

Domingo, 20 de Outubro do ano da graça de 2024. Pombal. 

Tudo corre bem, aqui na terra. Os nossos mais altos representantes estão em êxtase, num corrupio de fotos, posts e selfies nas redes sociais, pois que lá em Braga (quase) todos se safaram numa lista para qualquer coisa. Manifestações de "interesse público", "bem-estar da comunidade" ou "dinâmicas em prol do território" adornam as fotos. 

À mesma hora, um post de uma moradora no lugar de Vale Coimbra (escusam de procurar, já se eclipsou) vai passando de feed em feed: há uma praga de moscas, são aos milhares; um terreno conspurcado por dejectos de galinha tresanda por ali. E atrai o quê? Moscas. 

A cidadã pede ajuda publicamente. Diz que esgotou todas as outras formas, fez todos os contactos ao alcance: GNR, Autoridade de Saúde, Protecção Civil, serviços da Câmara de Pombal e da Junta de Freguesia. Conta que alguns - como foi o caso da Protecção Civil - tão pouco lhe atenderam o telefone. 

As fotos impressionam. Do lado de cá do computador imaginamos o cheiro nauseabundo. À mesma hora, meio Pombal desdobra-se em corações noutro post: o de Carla Longo, a presidente da Junta de Freguesia - que agora faz parte do Conselho Nacional do PSD - a ofuscar as tentativas de Pedro Pimpão. A Charneca, ali tão perto do Vale Coimbra, está em altas. Já se sabe que mais vale cair em graça do que ser engraçada, e afinal isto anda tudo à volta da...Gratidão. 

Já aqui lembrámos várias vezes o quanto nos prometeram o céu, aqui na terra, em fatias de felicidade. E nós, pouco crentes, duvidámos. Agora até um cego vê o que nos está a acontecer: um poder inebriado  pelo barulho das luzes, a viver numa realidade paralela. Serviços paralisados, discursos ocos, uma tentativa de nos atirar areia para os olhos, uma conversa que cheira tão mal como a atmosfera do Vale Coimbra, a lembrar-nos como afinal isto anda tudo ligado. 

Para nosso desgosto, não se vislumbram mudanças. A história há-de contar, um dia, como Pombal foi aquela terra onde nem sequer mudam as moscas, como nas outras. 

Aqui multiplicam-se. 

14 de outubro de 2024

Ensino Superior em Contentores – já era tempo de acabar com a fantochada

Há uns anos, uma tontice colectiva fez instalar uns contentores no Parque Industrial da Formiga para, vejam bem, ministrar uns “cursos” enjeitados – TeSP. Quando se percebeu que quase ninguém queria aquilo, o profeta Pimpão prometeu o irrealizável (nas nossas vidas): uma Escola/Departamento Superior do IPL a ministrar ensino superior graduado e pós-graduado. 

Até agora, a tontice pariu um rato. Nenhum ser pensante, com dois neurónios a funcionar em série, vê utilidade palpável no que agora se faz, para os escassos alunos, para o Ensino Superior, para o desenvolvimento da IPL ou desta terra. Nem pode ver factibilidade na ilusória promessa. Mas parece que o doutor Pimpão e os doutores do IPL acreditam que uma tontice pode gerar uma conquista. Perdoai-lhes Senhor. São políticos.

A hipocrisia, para ser útil, deve ocultar-se. Mas nesta terra tornou-se pomposo expor as próprias misérias fazendo-as passar por grandezas. Sexta-feira passada o doutor Pimpão resolveu entreter-se com mais uma iniciativa ao seu nível: uma sessão pública de recepção dos alunos do chamado Núcleo de Formação de Pombal do Instituto Politécnico de Leiria (IPL) no Salão Nobre da câmara. Para o pomposo e risível evento convidou a meia dúzia de alunos que se inscreveu nos ditos cursos e meia dúzia de figurões da região: os doutores Batista Santos (CIRL), Fonseca-Pinto (ESS), Pedo Morouço (ESCS) e outros docentes.



Não haja dúvida que vivemos tempos de artificialidade e embuste onde o que conta é mostrar que se está a fazer qualquer coisa, acredite-se ou não no que se está a fazer. Mas convém não esquecer que as acções dos homens são danosas quer pela ignorância, quer pelos maus desejos. Esta tontice mal-enjorcada, sem presente e sem futuro, só serve para desbaratar recursos e queimar tempo. Quanto mais tempo durar, mais prejuízo gerará.

9 de outubro de 2024

E o regimento, censores?!

No (final do) período reservado às intervenções do público, Manuel Serra pediu a palavra, porventura para reforçar a oportuna intervenção do cidadão Jorge Cordeiro e/ou para fazer algum tipo de paralelismo com a sua longa luta contra a instalação de uma grande unidade avícola, na periferia da vila da Guia. Mas logo se levantaram várias vozes “não pode…”, “não pode…”, “não pode…”, de todas as bancadas. Não haja dúvida que o espírito censório supera as ideologias, e está mais disseminado do que se julga.

Perante a ridícula situação, o presidente da Mesa da AM em exercício - doutor João Coucelo -, porventura condicionado pelos protestos, não concedeu a palavra ao alistado e, pior, brindou a assembleia com uma justificação que teve tanto de pomposa como de patética.

Todos aceitaram a decisão. Todos menos o visado…

Passados largos minutos, possivelmente alertado para o erro que havia cometido, o presidente da mesa em exercício informou a assembleia que tinha cometido um erro ao não ter concedido a palavra a Manuel Serra, já que o regimento lhe concedia esse direito, e pediu desculpa pelo erro. Os erros acontecem, mas, neste cargo, acontecem mais quando se conduz os trabalhos mais pelo sentimento (“feeling”) que pelo regimento.

Depois: depois continuamos a padecer dos antigos vícios: democratas pouco democráticos; e espírito censor aguçado.


7 de outubro de 2024

Cheira mal nos Redondos, cheira mal em Pombal

No período regimental reservado para intervenções do público, o cidadão Jorge Cordeiro - ex-assessor de Diogo Mateus - fez uma oportuna intervenção na Assembleia Municipal. Expôs com clareza o drama dos habitantes da Aldeia dos Redondos e lugares limítrofes: o cheiro nauseabundo que emana regularmente de um aviário próximo.

Já houve um tempo, por volta das décadas de 70, 80 e 90 do século passado, em que o concelho estava povoado por pequenos aviários, que cresceram como cogumelos, dentro e fora das localidades. Eram outros tempos, tempos onde tudo era permitido e a sobrevivência mandava desenrascar. Na transição do século, o amadorismo, a falta de escala e as queixas da população condenou a esmagadora maioria destas pequenas explorações avícolas à morte.

Actualmente o concelho está a ser novamente invadido por aviários e afins, por grandes explorações avícolas, que se aproveitam da permissividade da "classe política" reinante e aclamante, débil e dócil (com o capital oportunista). Prometeram-nos o paraíso na terra, cheio de bem-estar e felicidade. Mas servem-nos um “desenvolvimento” malcheiroso, sem presente e sem futuro. Um modelo que já condenou a Aldeia dos Redondos à morte, como bem diz o Jorge Cordeiro, e arrisca fazer deste grande aviário uma terra malcheirosa. O que cheira mal, FAZ MAL.


4 de outubro de 2024

Pimpão contra Pimpão & C.ª

Na última reunião da AM, o Pimpão João bateu e arrasou, sem dó e sem piedade, o Pimpão Pedro e tudo o que gravita à sua volta: o vereador Navega – apesar de tudo, o único que faz alguma coisa e sabe alguma coisa do que faz –, o responsável pela Divisão de Obras, a Fiscalização Municipal, a direcção da PMUGest, etc. Como diz o povo, só se perderam as que caíram no chão.

As acusações são graves: alicerçam-se em factos e documentos e não em simples opiniões, consubstanciam uma forma de fazer política e algumas poderão ter contornos criminais. Nada que nos surpreenda.

A aventura do Pedro, digamo-lo sem refolhos, terminou. Na verdade, na verdade, terminou quase no mesmo instante que começou. O efémero é assim, dá felicidade mas esvai-se rapidamente. A partir de agora, a vida política do Pedro será um tormento público que tem tudo para terminar numa agonia dolorosa à espera do golpe de misericórdia. Nada que não tivéssemos previsto. O destino previsível de um escravo da lisonja que se limita a pregar a felicidade tola, foge voluntária e descaradamente dos problemas, dissipa capital político na fanfarrice, doudejando por festas e eventos, inebriado pela alegre vaidade de aparecer, cai inevitavelmente num drama sociopolítico como este, carregado de incerteza e sofrimento, que pode não determinar o seu fim imediato, mas acarreta um declínio irreversível na indispensável relação de confiança com a população e os seus correligionários. Um drama que pelos sinais já é psicológico, mas se pode tornar psicopatológico. 

 


2 de outubro de 2024

AM – juntas ao poder

No poder não há vazios. A última reunião da Assembleia Municipal (AM) confirmou o que já se vinha notando há algum tempo: o empoderamento das juntas (dos presidentes de junta). Durante o PAOD (Período Antes da Ordem do Dia) - e ao longo da reunião - adoptaram um registo comum: cobrar promessas ao dotor Pimpão. Coisa nunca vista, por cá…



Descortinaram-se, ali, três bancadas: a do poder (PSD), desinteressada e desarticulada, sem adversário e sem missão, limitou-se a cumprir agenda, sem honra e sem brio; a da dita oposição (PS), sem estratégia e sem astúcia, e agora sem as predilectas “Propostas/Recomendações”, limitou-se a picar assuntos; e a dos presidentes de junta!, sintonizados na cobrança de promessas e na disputa do melhor quinhão no rancho municipal.

O arquitecto Guardado voltou a fazer uma boa intervenção sobre o Parque Verde mas ninguém o ouve… - aquilo vai acabar como benfeitoria cara para encher a agenda política. O dotor Siopa voltou para confirmar, por actos e confissão, o que já se sabia: está na bancada errada. O dotor Pimpão chegou atrasado, e sem avisar, mas ainda a tempo de cumprir os serviços mínimos e levar pancada dos presidentes de junta.

25 de setembro de 2024

O PS vai alinhar os chakras


 

O PS/Pombal vai a eleições na próxima sexta-feira, com uma lista única, o que quer dizer que o próximo presidente da concelhia será - em teoria - o terapeuta holístico Rui Pinhão. 

Sabemos todos como o partido anda precisado de meditação, de equilíbrio, e por isso é hora de alinhar os chakras. A lista P, que se apresenta a eleições, tem tudo para reunir em constelação tudo o que nos falta. Por isso é hora de ficarmos descansados quanto ao futuro, o mesmo dizer quanto às eleições autárquicas do próximo ano. 

Pinhão - que nasceu em Ansião mas aqui mora há muitos anos - vai acompanhado de um rol de socialistas mais ou menos conhecidos, com o grupo de João Coelho a liderar as hostilidades. Já o grupo de Odete Alves está - em teoria - afastado das lides. 

Como em política nem tudo o que parece é, só a acção futura nos vai mostrar o caminho da verdade e da luz. 

Impermeável à crítica, o novo líder do PS/Pombal diz (no seu sítio da internet) que sempre se sentiu "uma criança diferente das outras, e com uma forte sensação de que um dia iria deixar a minha marca ajudando os outros". Estava escrito nas estrelas. Diz que até chegou a pensar em "ir para padre". Afinal, ficou-se pelos escuteiros. 

Pelo andar da carruagem, o melhor é deixarmo-nos de eleições e fazermos só uma convenção de Baden Powell. Com essa canhota Pimpão não se importa. 

16 de setembro de 2024

Não comunicar? Faz P.Art(e)


Há um princípio em comunicação que estabelece uma regra clara: o que não é publicado "não existe". E esse é um mantra antigo, muito antigo, da era pré-digital e redes sociais. É quase tão antigo como o princípio do respeito pelas ideias dos outros, renegando o plágio. Ora, vendo o que aconteceu em Pombal nos últimos dias concluímos que, por cá, juntamos o pior dos dois mundos. 

Não bastava a Câmara ter sido acusada de roubar a ideia de um festival de arte urbana a um punhado de artistas locais, conseguiu ainda fazer o pleno: gastar o (nosso) dinheiro e esforçar-se por não o divulgar, quiçá com vergonha do sucedido.  

O local foi bem pensado, a iniciativa também, e é sabido que em Pombal corre uma cena de Hip-Hop - com vários trabalhos já gravados por malta da terra. Também é sabido que a arte urbana tem não só seguidores como promotores, e por isso fazer um festival dedicado a uma e outra coisa junto à Casa Varela, era mais do que tirar a cultura debaixo da ponte, encimando-a. Mas é preciso que se saiba que as coisas acontecem, sob pena de se fazerem só para quem as executa. Trazer a Pombal nomes sonantes como o lendário Sam The Kid, Nasty factor ou Vludo, limitando-se a um post na página do Município é não só ofensivo para os artistas como para quem lhes paga: nós. 

Ao longo das últimas horas sucederam-se lamentos de quem só soube que cá estiveram depois do evento ter acontecido. Porque o gabinete de comunicação da Câmara funciona como se estivéssemos em 2004 e bastasse enviar uma nota de imprensa para os jornais - que nesse tempo eram vários - duas semanas antes. Ou então em 2008, e o mais ousado fosse um post no facebook. 

É recorrente esta falta de comunicação da autarquia, que o presidente pensa que compensa com a promoção da arte de rotear por aí, nas suas páginas pessoais. De que nos serve que promova os eventos depois de acontecerem?! O que interessa que descarreguem fotos à pázada na página da Câmara se a divulgação não existiu? 

Assim não, Pimpão. Assim não vamos lá. Muito menos cativamos os mais novos para darem de si à terra. A não ser que a ideia seja só chamar os que já estão predestinados, vulgo "jovens autarcas" e quejandos.

O Faz P.Art - Street Art Festival”, tinha tudo para criar público: um festival ligado à arte, ao ar livre, à sustentabilidade e ao meio ambiente.  Mas aqui temos o síndroma invertido de Midas. E não promover...Faz Parte.

26 de agosto de 2024

Sai mais 500.000 euros para o CIMU-SICÓ

A última reunião da “Junta” aprovou, por unanimidade e aclamação (sem palavras), o procedimento de subcontratação dum Projecto Museográfico do Centro de Interpretação do Maciço de Sicó - seja lá isso o que for - por uns módicos 500.000 euros. 



Já antes, o anterior executivo tinha adquirido, por ajuste directo a um ilustre pombalense, uma maquete do concelho pelo montante de 215.000 euros + IVA, que ficou meia dúzia de anos no armazém, com a câmara a suportar mais 60.000 euros de custos de armazenagem.

O CIMU-SICÓ - recentemente rebatizado Explore Sicó, para dar a ideia que é coisa nova e não aquele mamarracho que foi lançado há quase duas décadas - é a maior aberração edificada neste concelho e arredores. Já consumiu perto de 5 milhões de euros (valor líquido actual). Mas o desastre financeiro, a que se soma o paisagístico, não vai ficar por aqui - será um enorme sorvedouro de dinheiro dos contribuintes e sem retorno. 

Bem sei que a generalidade das pessoas pouco ou nada se importa com aplicação dos dinheiros públicos. Uns porque consideram que é dinheiro do Estado, logo de ninguém; outros porque confiam que existirá algum controle na sua aplicação. Puro engano. Por aqui - e não só - não há ponta de racionalidade nem de controle na aplicação do dinheiro dos contribuintes. Somos (des)governados por criaturas ávidas de afirmação pessoal, que só pensam em fazer coisas sem se darem ao trabalho de estudarem o que pensam fazer, desbaratando, assim, o dinheiro dos contribuintes em coisas inúteis ou prejudiciais, só pela vã glória da celebração de epopeias do irrisório.

Siga a festa.

23 de agosto de 2024

A "Junta" reuniu

A “Junta” cumpriu, ontem, mais uma formalidade: reuniu no Arquivo, no registo serviços mínimos. Mas serviço, serviço, seria arquivá-la definitivamente.



A dotora Gina, a dotora Catarina e a dotora Odete faltaram, mas não se deu pelas suas faltas. A dotota Marto (só) marcou presença. O dotor Pimpão falou mas não disse nada… O arquitecto Navega falou sobre empreitadas. E o dotor Simões cumpriu o papel de resignado que lhe está designado; falou de caminhos e caminhadas, e - vejam só - defendeu a realização de caminhos (passeios) sem projecto! Este nem para junta serve.

Caímos nisto, numa representação pífia, sem delegação nem relação, numa mixórdia insonsa e incongruente que ofende mortalmente uma metade dos eleitores e aborrece a outra. 

8 de agosto de 2024

Passeio a Lisboa, atrás de uma ilusão

O Pedro anda feliz e contente como um cuco, com as suas iniciativas e realizações para a fotografia - canta de noite e de dia. Anteontem, partiu para a capital - acompanhado pela vereadora Catarina e pelo vereador oficioso Marco Ferreira – onde reuniu com o Ministro da Educação e tentou vender-lhe a ilusão da construção de um Polo de Inovação e Conhecimento para albergar uma nova Escola Superior em Pombal. Já antes tinha tentado vender a tolice - não necessariamente de um tolo mas de alguém que vive dois patamares acima da realidade e julga que basta desejar uma coisa para que ela se realize e produza resultados - ao presidente do IPL através de um dossiê a manifestar essa vontade. Mas Carlos Rabadão temporizou o impulso - criou um grupo de trabalho para avaliar a (in)viabilidade…



O Pedro é um escravo da vontade, e da empatia, que promete e faz o que não deve. Consequentemente destrói recursos como ninguém. Mas diverte-se, e diverte.

7 de agosto de 2024

A promessa - história de uma novela chamada Parque Verde






Desde há dois dias que o Pedro anda extasiado com as "notícias" sobre o Parque Verde, a obra (do regime) a que temos direito, e que nos prometeram há 30 anos. A primeira vez que ouvimos falar de um Parque Verde foi no executivo de Armindo Carolino, ao tempo em que o PS era poder, em maioria absoluta. Não, não era este parque verde. Era um idealizado para as margens do Arunca, à vista de todos os que passavam por Pombal. Mas veio a era Narciso Mota e o engenheiro arrasou com os planos passados: decidiu construir a Biblioteca (então pensada para o parque de estacionamento do Centro de Saúde, junto às escolas) no lugar do Parque Verde. Multiplicaram-se então parques, mas de merendas, por toda a parte neste concelho, que isto para a bucha sempre se ajeita melhor. Alguns estão hoje ao abandono, como acontece com aquele lá na minha aldeia. E durante uns anos, enquanto floriam parques nos concelhos vizinhos, nós por cá plantámos calçadas nos largos das capelas, cimentámos recreios nas escolas, tratámos de eliminar o verde, na verdade. 

Depois veio Diogo Mateus, disposto não só a virar a página como mudar o livro - como me disse um dia. Era 2013, e ainda antes de ser eleito presidente, participou desse folclore numas festas do Bodo em que a figura de proa foi Pedro Passos Coelho , à época Primeiro-Ministro: a cidade pejada de cartazes a anunciar o Parque Verde, antecâmara deste que agora foi apresentado. Havia problemas com os terrenos naquela zona, já então dotada do corredor ribeirinho. Mas eis que Pedro Pimpão resolve tudo de uma penada: compra os terrenos. O dinheiro fez-se para gastar, não é assim? Dinheiro é papel, Pedro! E isto bem pode ser meia-bola e força. Não tivéssemos lá implantado (no meio do futuro parque verde!) um campo da bola. Quem é que não quer um campo da bola no meio de um espaço de fruição com a natureza? Ou como diz o novo slogan...é natural [que queira].

E então, numa segunda-feira de Agosto, deste ano da graça de 2024, a Câmara faz o grande número de apresentar o projecto "aos pombalenses". Compõe uma plateia, recupera o desenho, faz-lhe uns ajustes, e...voilá! Está feito o negócio. Como isto anda tudo ligado, até lá esteve o vereador do Ambiente do tempo de Narciso Mota. Ah, o arquitecto também transita desse tempo. 

Tudo está bem quando acaba bem. Pelo menos é assim que sucede nas novelas.