Vá, confesso. Quase tinha saudades dos sapatos de berloques, da camisa azul-bebé e da franja ligeiramente grande e bem ao lado, que veste qualquer Jota (SD) que se preze. Davam pulinhos ainda agora na TV, enquanto Paulo Rangel (qual sapo transformado em príncipe) e Manuel Ferreira Leite falavam ao país, quase incrédulos com a vitória que lhes caíu nos braços. Hoje, tal como outras vezes no passado, quer no país, quer aqui em Pombal, não foi o PSD que ganhou. Foi o PS que perdeu. E enquanto os dois grandes se vão esgrimir em argumentos daqui até às legislativas, sobra espaço para registar essa emocionante vitória do Bloco de Esquerda, também em Pombal, coisa ainda mais rara. Porque Pombal até pode parecer um mundo à parte mas não é. Num concelho que bate recordes de abstenção em todos os actos eleitorais, os mais de 73 por cento destas europeias são mais do mesmo. O resto é quase o costume: o PSD e a supremacia, o PS (cada vez mais) envergonhado, o CDS e os fiéis, a CDU e os seus, o BE em ascenção, os brancos cada vez mais, tal como os nulos. Os nulos. Eles andam aí.
Resultados para conferir aqui e aqui.
"E na epiderme de cada facto contemporâneo cravaremos uma farpa: apenas a porção de ferro estritamente indispensável para deixar pendente um sinal."
7 de junho de 2009
Está tudo normal em Pombal ocidental
13 comentários:
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Paula Sofia, boa noite.
ResponderEliminarVamos ver como é que a minha máquina se comporta.
Se me comer o texto, outra vez, fico bruto.
Teste.
Paula, teste feito com sucesso.
ResponderEliminarGostei da forma profunda como analisaste as eleições de hoje para o PE.
Todavia não concordo quando afirmas que "quase incrédulos com a vitória que lhes caiu nos braços".
O número mágico 7, funcionou.
Não por magia, mas também por magia, que o nosso amigo e companheiro Dr. João Coelho compreende, mas por mérito e não por demérito dos "gladiadores" da contenda.
Fez-se justiça.
Com (grande) abraço.
Independentemente de quem ganhou e quem perdeu, a derrota do PS foi um bom sinal. Talvez nem estudo esteja perdido se, perante tão alta abstenção, os que verdadeiramente se preocupam (salvo as excepções de quem não pôde, quem se absteve por protesto, etc) demonstrarem a sua insatisfação.
ResponderEliminarÓ Paula Sofia, nem hoje, com a vitória do PSD, a senhora consegue ser independente na sua analise politica. O Paulo Rangel parecia um sapo transformado em principe? Então o homem foi "triturado" pela máquina politica que apoiava o "avó cantigas" com calunias e ataques pessoais! O homem foi "um santo" na hora da vitória. Se fosse ao contrário, nem imagino aquilo que o "avozinho" não diria!!!!
ResponderEliminarO povo está farto de mentiras e falsas promessas!
Começou, finalmente a mudança de que o país precisa! Estamos fartos de quem nos têm enganado.
VIVA A DEMOCRAÇIA E A LIBERDADE!!!
O Ps perdeu porque cometeu um erro de casting, O Psd ganhou porque apresentou um cabeça de lista com grande á vontade nos combates politicos, o BE esta a subir e pode ser que em Setembro seja o fiel da balança se o PSD ou PS não obtiverem maioria absoluta, qualquer um destes partidos pode ser "obrigado" a entender-se com o BE. Quanto ao CDU e CDS-PP praticamente a sua base eleitoral não mudou, mas para setembro pode alterar tudo, ou seja existir o voto util nos 2 maiores partidos em detrimento destes.
ResponderEliminarConcordo contigo, Roque: a derrota do PS penalizou um claro erro de casting. Daí que fazer leituras para as legislativas me pareça ainda prematuro.
ResponderEliminarQuanto às alianças com o BE, não estou a imaginar. Talvez esteja a ser tendencioso, mas parece-me que um PS encontra mais estabilidade (até pelo apego mais arreigado à ideologia) numa CDU. Mas não imagino o PS a fazer uma coligação à esquerda... ambos os lados tinham que "esquecer" com demasiada violência os últimos anos, e ficavam ambos sem cara perante o seu eleitorado. Ou seja... aquela história do bloco central não me parece improvável de todo!
Depois dos resultados de ontem, tendo em conta os números vergonhosos da abstenção que me provocaram uma noite de insónias, proponho que façamos umas férias no que respeita a pespectivas de eleições...uns diazinhos são suficientes, e depois falemos nas legislativas e nas autárquicas, caso contrário entramos todos em depressão. A reflexão e análise ponderada dos resultados não deve ser feita com a pressão de um próximo acto eleitoral, sob pena de não termos o devido discernimento para avaliar as situações.
ResponderEliminarLaranjas ou rosas o género de cinema que nos mostram é o mesmo: terror!
ResponderEliminarA bondade da Paula chama-lhe, ou chama-lhes sapos, eu que sou um pouco mais radical chamo-lhes "franksteinianos"...
Na televisão de antigamente era frequente: «Pedimos desculpa pela interrupção, o programa segue dentro de momentos.» Hoje segue sem interrupções e muda facilmente as cores dos programas, mas somos uns felizardos por a televisão ainda não ter cheiro!
É verdade, professor. Mas olhe que com a velocidade das novas tecnologias...já não deve faltar muito. O melhor é emigrarmos :)
ResponderEliminarOlá Paula,
ResponderEliminarVergonhosa foi a posição destes políticos de algibeira, europeístas de trazer por casa. Do Avô Cantigas ao Sapo, passando pelo menino bem e malta da esquerda perversa, NINGUÉM falou no que realmente interessava. Afinal, para onde vai a Europa? Pagaremos impostos europeus? Teremos um exército único? A Túrquia merece ser da UE, mais que Cabo Verde? E o Tratado de Lisboa? Que tristeza de políticos de paróquia. Parecem os da minha terra...
Voto e votarei sempre em branco enquanto não aparecer alguém que realmente se importe com a Europa.
Paulo Rangel de sapo a príncipe? Talvez não se tenha apercebido, mas Paulo Rangel teve um enorme apoio do partido, na sua política de proximidade com militantes e sociedade.
ResponderEliminarApenas transpareceu a imagem de sapo para aqueles a quem interessava passar a imagem de desunião. Aliás entre outras imagens que se tentaram passar acerca do PSD, na política rasteira e vazia de ideias que foi o estandarte do Avô Cantigas.
Incrédulos com a vitória? Que lhes caiu nos braços? O PSD tinha perfeita noção da opinião dos portugueses(não da opinião das sondagens) e estava confiante na vitória. E a vitória pode ter caído nos braços pela péssima escolha do cabeça-de-lista socialista (ou talvez nem tanto), mas a verdade é que o mérito de Paulo Rangel, de Manuela Ferreira Leite e de todos os que estiveram nesta campanha é inegável. Não tentemos desvalorizar este resultado.Afinal os portugueses não andam assim tão cegos quanto isso...
Ó Nuno, onde é que o menino andou?
ResponderEliminarVida de estudante, não dá para andar sempre por cá. Mas sempre que posso são uma das primeiras páginas a visitar (ainda que nem sempre comente).
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