12 de fevereiro de 2012

Os mapas da nossa terra

Afinal o Governo alterou as regras (numéricas, pelo menos) e em Pombal há 4 freguesias que deixarão de o ser - pelo menos com os contornos actuais. Vai-se tocar num dos pontos mais frágeis do nosso - frágil -conceito de cidadania: a terra onde pertencemos. Será tudo menos um processo simples mas, no campo dos princípios, era necessário (e peca, na minha opinião, por defeito. E não falo apenas de Pombal). Agora, numa terra onde a sensibilidade e bom senso são o que são, como é que esta decisão política vai ser construída? É que se não for por iniciativa própria, é imposta por Lisboa. E se essa é a saída "fácil" nunca nos deveríamos eximir de discutir para melhorar o nosso território.

52 comentários:

  1. Amigo e companheiro João Alvim, bom dia.
    O PSD vai, amanhã, abrir essa discussão internamente.
    Penso que não vai ser difícil atingir esse número.
    As questões que estão em cima da mesa, para além de uma aparente perda de identidade, são as questões culturais, a escala que se pretende obter, a massa critica que se obtém e a majoração das transferências de competências, acompanhadas do respectivo envelope financeiro.
    A minha posição não é de agora.
    Se os meus pares da Alitém concordarem, e concomitantemente os nossos fregueses, analisada que seja a árvore das oportunidades e havendo mais pontos fortes do que fracos, teremos duas resolvidas.
    Vamos discutir este assunto de uma forma serena.
    Abraço.

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  2. Sr Marques
    Ainda bem que os senhores vão abrir AMANHÃ a vossa discussão.
    Esperava que os senhores a que são quem toma conta do Cardal já tivessem à muito aberto a discussão.
    Mas ainda bem a que a vão abrir!!
    Já não é mau sinal... sempre vão abrir a discussão.´
    Talvez AMANHÃ a abram e a fechem!!!
    É a chamada discussão mandada.

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  3. Amiga e companheira Ricarda das pombas, boa tarde.
    O seu nome reporta-me a finais dos anos 70, quando, aos Sábados, ia a Pombal, às Ricardas, comprar o Expresso, já que Albergaria não estava no mapa do Dr. Pinto Balsemão, nem no do Professor Marcelo Rebelo de Sousa.
    Mas vamos ao âmago da questão e de uma forma pedagógica.
    Não há discussão alguma com ninguém se não houver critérios definidos, ou factos, mesmo que indeterminados.
    Acompanhámos o Senhor Secretário de Estado Paulo Júlio, aquando da apresentação do Documento Verde que servia de base à discussão da questão em causa.
    Recolhido o “sentir” do País, pelo Secretário de Estado, é hora de abrir as discussões a nível local à luz dos critérios que agora estão mais bem definidos.
    E é isso que vamos fazer, de uma forma serena, e na nossa sede, na Rua Dr. Luís Torres e não a céu aberto no Cardal.
    Sei que muitos gostariam de nos ver com maleitas resultantes das discussões serem realizadas ao tempo e nestas noites gélidas, quer no Largo do Cardal, quer no jardim com o mesmo nome, ali para os lados da Pérgula.
    Mas têm que fazer o favor de comprar uma cadeira confortável para esperarem sentados.
    Logo mais darei notícias.
    Daqui lhe mando um abraço.
    Com saudações social-democratas, sou
    Rodrigues Marques

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  4. “Companheiro e amigo” Rodrigues Marques.
    Fiquei feliz por saber que vamos voltar a discutir politica na sede do PPD/PSD local, “na rua Dr. Luís Torres”. Vamos finalmente sair da letargia de quase dois anos, mesmo em pleno inverno?
    Quanto à “oferta” de mais receitas para as freguesias que se unificarem, devo alertar que poderá entender-se que se está a “comprar” os fregueses. Quando as pessoas sentem que podem receber dinheiro querem sempre mais…
    Os argumentos a favor da unificação devem basear-se na racionalização dos serviços prestados, na redução de custos e na utilidade para os fregueses, também enquanto contribuintes. Sou a favor da unificação de freguesias, por uma razão simples: os tempos mudaram, as comunicações tornaram-se mais rápidas, as populações ficaram mais próximas, a prestação de serviços em maior escala trás mais eficiência e menores custos.

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  5. Sempre achei demasiado o numero de Freguesias do nosso Concelho. Deveriam ser agrupadas em 5 grandes Freguesias: POMBAL ( Pombal Pelariga); LOURIÇAL ( Louriçal, Carriço, Almagreira); GUIA ( Guia, Mata Mourisca, Ilha) MEIRINHAS ( Meirinhas, Carnide, Vermoil); ALITEM ( S. Simão, S. Tiago, Albergaria) REDINHA (Vila Cã, Abiul, Redinha.
    Ficavam assim distribuidas 3 Freguesias em cada uma nova Mega-Freguesia. A de Pombal seriam somente 2 devido á grande densidade populacional da cidade.

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  6. Boa tarde!
    O tempo de discutir redes viárias, extremas, caminhos e asfalto nas assembleias municipais e de freguesia já lá vai, felizmente.Lá vai o tempo em que para ir à junta de freguesia, no inverno demorava-mos uma hora ou mais no caminho ou então, obrigatório, calçava-mos os botins.

    É chegada a hora de discutir saúde, educação, saneamento básico nos órgãos autárquicos, feliz a civilização onde estas discussões começam a ser o dia a dia.

    O papel das juntas de freguesia, actualmente, está reduzido a promover a cultura, salubridade e apoio às suas gentes, felizmente. Dentro deste princípio é chegado o momento de tirar a discussão em causa dos gabinetes e começar a dar a palavra aos fregueses de forma a diluir o bairrismos peculiar das populações e que são próprios de todos nós.

    Um vez que a união de freguesias é já um dado adquirido, as referidas juntas e a CM, devem começar já a promover debates junto das populações mostrando-lhe os benefícios e proveitos que advêm da unificação administrativa bem como os aproveitamentos de escala que advêm da referida unificação.
    O assunto trazido a discussão neste post é de extrema importância para algumas freguesias e devia ser lavado muito além do Farpas.

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  7. Boa tarde!
    A unificação das freguesias deve ser feita com critérios e ponderação. Unificar duas das maiores freguesias do concelho, em área e numero de eleitores, com potencialidades de crescimento,(Almagreira e Louriçal), para quê? Para arranjar problemas às populações?
    A tendência natural é fazer centros urbanos onde exista um crescimento sustentado, onde há água, electricidade, gás e saneamento básico proporcionando um tecido urbano equilibrado..

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  8. A junção de freguesias deveria ser reclamada pelas próprias freguesias. Em actos voluntários. Mas a isto, não se deve juntar nenhuma "vontade mesquinha" do poder central em poupar uns trocados. Espero que não haja motivo para as freguesias se sentirem, depois deste processo, traídas por S. Bento...

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  9. Gabriel, sabes bem que isso é impossível, em Portugal cada um olha somente para o seu quintal, por muito pequeno e insignificante que ele seja.

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  10. Não devo entrar AQUI nesta discussão.
    No entanto não posso deixar algumas questões e esclarecimentos ao Roque:
    Porque motivo: "MEIRINHAS ( Meirinhas, Carnide, Vermoil)"?
    Sabes que a freguesia de Meirinhas é a mais pequena do concelho, em área e população?
    Sabes que a freguesia de Meirinhas é a mais nova freguesia do concelho?
    Será que a freguesia das Meirinhas alguma vez se devia ter sido criada?
    A freguesia de Vermoil data do século XII (doze! 12! Tem oitocentos anos!)
    A freguesia de Vermoil é a sexta maior freguesia do concelho de Pombal!
    A freguesia de Vermoil de há seis anos a esta parte tem uma média de 200 crianças a frequentar o ensino primário e pré-escolar!
    A freguesia de Vermoil tem creche de IPSS com 30 crianças, com acordo com a segurança social;
    A freguesia de Vermoil tem dois lares de idosos!
    A freguesia de Vermoil tem três importantes centros populacionais!
    A freguesia de Vermoil tem importantíssima atividade desportiva e cultural: Atlético Clube Vermoil; Associação Desportiva da Ranha; Filarmónica Vermoilense; e muitos outros!
    A freguesia de Vermoil tem importantes indústrias, comércio e serviços muito diversificados!
    A freguesia de Vermoil só não tem poder político! Por isso espero que os políticos sejam imparciais e corretos neste campo, pois tudo irá ser resolvido politicamente…
    A freguesia das Meirinhas tem um enorme poder económico, mas isso interessa? Nem para o país vale, veja-se que estamos nas mãos da Troika, a esse nível, por enquanto…
    Além disso, estar sentado a decidir freguesias DÁ MAU RESULTADO!
    A haver mudanças não é agregar assim de modo leviano, será agregar de modo lógico, em termos geográficos, demográficos, etc, etc.
    Mexer nas freguesias, não vai reduzir custos, veja-se: se for voluntariamente o estado aumenta o FFF em 15%; a compensação financeira do presidente da junta para as suas despesas, atualmente, é de 270€ (para viatura; e para o tabaco já não dá...); vê que 270€ vezes 3 presidentes dá 810€, se agregares 3 freguesias e fizeres uma "mega-freguesia" um só presidente ficará não com uma compensação para despesas mas com um bom vencimento… qualquer coisa como 1500€. Ou seja dobras os custos com o executivo, com a agravante de que atualmente tens alguém que veste a camisola, representa, serve a terra e normalmente faz um bom trabalho e corres o risco que os "super-presidentes" passarem a ser "job's for the boys" dos partidos!

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  11. Amigo Ilidio, quando disse Meirinhas, foi como exemplo. Claro que reconheço Vermoil como uma Freguesia com Historial e Demograficamente superior ás Meirinhas. Se ofendi a sua Freguesia as minhas desculpas a si extensivel a todos os seus Fregueses

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  12. Já agora porque ninguém discute a redução de Deputados da Assembleia da República?
    São uns 230, ouvi dizer que a constituição prevê uns 180 e provavelmente até 91 chegariam!
    (não quero ser tão leviano, como os que dizem para aí, que devem ser agregadas 1, 2 ou 3, ou 1000 freguesias, pois estou sentado na secretária, só fui uma vez à Assembleia da República ver todas aquelas mordomias de um país rico… e fique claro que falo de um assunto que não percebo nada!)
    Já pensaram quantos milhões se poupariam?
    Será que alguma vez o exemplo vem de cima?

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  13. Amigo Roque, fico mais descansado, ainda bem que foi como exemplo... mas mesmo assim convém ter cuidado não vás dar ideias a alguém...

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  14. Para conhecimento informo que Carnide e Meirinhas são freguesias filhas de Vermoil.

    Da Freguesia de Vermoil foi desanexada e criada, em 1952, a Freguesia de Carnide, em 1986 foi a vez da Freguesia das Meirinhas.

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  15. Vermoil, lugar e sede da freguesia que incluía também Carnide e Meirinhas, sempre teve algumas pessoas culturalmente mais evoluídas do que as das zonas periféricas. Tinha mesmo pessoas com influência junto dos órgãos do Governo.
    As populações das zonas periféricas, como as do longínquo Carnide, eram esquecidas pelo poder da freguesia e pelo padre da paróquia. Foi por isso que as pessoas residentes em Carnide, algumas naturais doutas terras, como da Ranha ou da Ilha, se uniram e mobilizaram para criar a freguesia de Carnide, tendo de enfrentar a oposição da influência política da elite de Vermoil e tendo de recorrer a apoios de outras paragens, como o do então jovem membro da Junta de Freguesia da Mata Mourisca, José Maria Duarte.
    Mais tarde, as populações das terras das Meirinhas, pessoas empreendedoras e com poder económico, pretenderam afirmar a sua autonomia e obtiveram a sua freguesia.
    A actual freguesia de Vermoil continua muito mal desenhada, com a sede mesmo junto ao limite com a freguesia de Santiago de Litem, junto ao rio Arunca, e continua muito distante do limite oeste da freguesia de Carnide, Marco e Martim Godim, ali no limite com a freguesia de Bajouca, concelho de Leiria.
    A solução que me parece mais razoável para as 3 freguesias (Vermoil, Carnide e Meirinhas) se poderem unificar numa seria a criação da freguesia da “Rania”, com sede num dos lugares das Ranhas, equidistante dos outros territórios e sem argumentos sentimentais obstrutivos, mas onde não existem infra-estruturas para funcionamento dos serviços, ou a colocação da sede nas Meirinhas, onde já existem as necessárias infra-estruturas.
    Finalmente, para apaziguar a elite tradicional mas cansada de Vermoil, o PSD indicaria Ilídio da Mota como candidato a presidente da nova freguesia. Certamente o melhor candidato.

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  16. Provavelmente o Senhor Roque referiu-se à Freguesia das Meirinhas por esta se situar geograficamente no meio das duas outras e ser mais centralizada para os eventuais futuros fregueses.
    É verdade que a Freguesia de Vermoil é uma das mais antigas do Concelho de Pombal e deu origem às duas outras, mas será o suficiente para fazer lá a sede de uma eventual futura grande Freguesia? E as outras duas não têm o direito de pensar o mesmo? O nome da futura Freguesia e a sua sede até poderiam não ser os mesmos que os das três atuais Freguesias.
    Agora se for uma questão de antiguidade, terá razão o Senhor Ilídio. Nesse caso muitas sedes de Freguesia, de Concelho, de Distrito e até mesmo a Capital do País teriam de ser alteradas:
    Louriçal voltaria a ser sede de Concelho. Mata Mourisca voltaria a ser sede de Freguesia anexando a Guia e a Ilha. Talvez não, porque o Louriçal, de onde saiu a Mata Mourisca no século XIX iria reclamá-la de volta. A Redinha, S. Simão e Abiul também teriam de ser sede de Freguesia, porque também são das mais antigas.
    Portugal é um dos países mais antigos da Europa, tivemos territórios nos quatro cantos do mundo, já fomos os mais ricos e hoje somos uns aristocratas pedintes. Estar na periferia da Europa não favorece Portugal. O lugar de Vermoil não tem que ser forçosamente a sede de uma eventual Freguesia.
    Ainda estamos com suposições, não vale a pena especular. Quando chegar o momento de agregar Freguesias ouvem-se “todos” os interessados e só depois se tomam decisões.
    Senhor Ilídio, entretanto não pense mais nisto e ocupe-se da sua Freguesia.

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  17. Muito gosto de ver a democracia social democrata responsávelmente a discutir publicamente um assunto destes.
    Abertura de Presidente PSD, Ex líderes PSD, ex-candidatos à Ass Municipal (SR Roque), Presidentes de Junta... todos, publica e responsavelmente dão o seu palpite.
    Pena é que este obsoleto blogue não dê para votar no mapa preferido!!
    Já agora vai o meu palpite:
    Albergaria dos Doze junta-se à Memória e passa para o concelho de Ourém
    Santiago, São Simão, Vermoil, Vila Cã fundem-se
    Meirinhas junta-se a Barracão e às Colmeias e segue para Leiria
    Almagreira segue para Soure
    Redinha, Pelariga e Abiul fundem-se
    Lourical, Carriço, Guia fundem-se
    Carnide funda-se com a Ilha e Mata Mourisca
    Pombal acaba

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  18. Amiga e companheira Ricarda das pombas, boa noite.
    Isto não é entrar no debate, é deboche.
    E eu nessa não entro.
    Sabia que a Freguesia de Espite,concelho de Ourém, já pertenceu ao concelho de Pombal?
    É claro que não sabia.
    O que lhe interssa é a confusão. Quanto pior melhor, à boa maneira dos comunistas.
    Agora, sem abraço.

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  19. Esta nova visão administrativa vem dos mesmos partidos, tem o mesmo valor e merece-me o mesmo respeito do que a visão que levou à criação de novas freguesias como quem criava cogumelos. Nem então, nem agora, salvo talvez algumas honrosas excepções, como o caso das sedes de concelho, existe alguma razão séria para o fazer. Tão pouco existe um modelo racional para enquadrar qualquer mudança, nem nenhuma avaliação se fez para se tomar qualquer decisão com acerto. Basta ler, entre outros, a opinião de Rogério Gomes, Presidente de um novo organismo denominado Instituto do Território, supostamente para criar as bases metodologias para análise da situação territorial do ponto de vista do enquadramento administrativo como factor de desenvolvimento questionado pelo Público sobre reforma das freguesias disse: “A questão é saber em que se baseia a reforma. Baseia-se num estudo avalisado e profundo? Nenhum. A reforma baseia-se na assinatura do memorando da troika. (…)”

    O mesmo populismo que levou à criação das freguesias da Guia, da Ilha, das Meirinhas, não sei se mais alguma, é aquele que agora fala da fusão das mesmas freguesias. Inclusive muitos dos protagonistas são os mesmos, alimentando-se de pequenas e grandes guerrinhas como a dos limites de Carnide/ Ilha. Ou seja, pessoas - politicamente falando - com alguma falta de vergonha na cara, porque apoiaram essa solução então, como agora apoiam, porventura a solução contrária, sem nada adiantarem sobre o assunto, para além do populismo que, para tudo e sem critério, só vê o “remédio santo” e infalível da economia de escala e redução de custos. Ora, esta verdade, dependo das circunstâncias, é tão válida como a verdade contrária, de que a escala pequena produz melhores resultados por estar mais próxima dos problemas, proporcionar o melhor conhecimento da realidade e evitar mais facilmente o desperdício.
    (...)

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  20. (...)

    Do meu ponto de vista nada justifica esta reforma, a não ser, como disse o populismo (a moda do momento), que se queira enveredar por esse caminho. Bem diz o Ilídio Manuel, na da mudança, não é nada seguro que signifiquem poupança nos custos e vantagens para as populações. A escala e a racionalidade na gestão desses territórios, em vez de impostas, também se conseguem pelos mecanismos da solidariedade, cooperação e complementaridade.

    Não precisamos de um pavilhão gimnodesportivo, por exemplo como o das Meirinhas, e outros equipamentos semelhantes, em todas as freguesias. O que também não se pode permitir, é que haja freguesias que sejam tratadas como filhas e outras freguesias tratadas como enteadas.

    Não se pode continuar a desgraça de décadas, de todos querem ter tudo da mesma forma, e depois, muitos equipamentos construídos estarem a ser subaproveitados, e alguns sem aproveitamento nenhum.

    Vermoil, que é o que me diz mais respeito, desse ponto de vista, com elites ou sem elites, está muito bem como está e segue o seu caminho sem dramas e sem ganâncias de poderes. A haver alguma alteração, é a de incluir o pessoal da “Borda”, mas só se essa for a sua vontade democrática e não por qualquer imposição legal. Em Vermoil está bem quem bem por bem, venha de onde vier, e só faz falta quem assim procede.

    Carnide separou-se num tempo em que as distâncias e as vias de comunicação quase não existiam, portanto, uma separação justificada. Agora, a separação das Meirinhas, nos anos 80, não teve nenhuma justificação, até porque nada de essencial separava as populações, a não ser algum populismo e a vaidade do Sr. Américo Ferreira - pessoa que, por sinal, até tinha sido Presidente da Junta de Freguesia Vermoil e bem tratado por todos os fregueses -. de fazer da sua terra freguesia. Separou-se sem necessidade, mas sem drama, e assim deve permanecer.

    Para mim, esta reforma, como a reforma da Justiça são reformas de pura retórica, que vão lançar as populações umas contra as outras, em que vamos enveredar por elas sem bases sólidas, arriscando ter grandes perdas de dinheiro e de tempo, e a chegar ao fim em piores condições do que as já más condições de que se partiu.

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  21. Subscrevendo o comentário do Jorge Ferreira, retifico apenas que o Sr. Américo Ferreira esteve no executivo da junta de freguesia de Vermoil, como tesoureiro ou secretário e não como presidente.

    Ao caro mtcspbl, deixo a retificação que a Freguesia das Meirinhas não está propriamente no meio das Freguesias de Carnide e Vermoil, está sim no extremo das duas, numa das pontas do concelho de Pombal. Quem se deslocar, das Freguesias de Carnide e Meirinhas, à sede do concelho, passa pela Freguesia de Vermoil.
    Centralidade!?...

    Mas isso de nada interessa, o Concelho de Pombal, chegou às 17 freguesias em 1986, alguém achou que era melhor assim, está muito bem assim!
    Felizmente a realidade deste concelho não é a realidade de outros!

    O Ministro Miguel Relvas, que já deitou por terra, entre muitas outras coisas, o documento verde e 12000€ em 100 livros com o programa de Governo (escandaloso... com essa verba os serviços/utilidades que se poderiam prestar à população numa freguesia com magro orçamento), que fale com a Troika e deixe estar as freguesias como estão!
    Há muita coisa mal no estado e, também, há muita coisa boa, estou certo que do lado das boas estão as Juntas de Freguesia.

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  22. Caro JGF o seu comentário parece brilhante, parece um daqueles momentos de rasgo na inspiração em que numa meia dúzia de parágrafos, confinado a 4 paredes, a um écran e com dois pares de teclas, se resolve o destino da humanidade!
    Consegue contar uma história, criar uma nova freguesia, com sedes para quase todos os gostos, consegue ainda batiza-la, abafar a guerra com um candidato escolhido por um partido... é tudo à grande, é tudo fácil!...

    Conta-se a história de um povo que sofreu, que certamente regista uma realidade dura, que felizmente já foi ultrapassada, mas daí por diante não posso concordar com nada mais do seu comentário.
    Em Vermoil há muito tempo que não há elites, somos todos iguais, humildes, trabalhadores, povo que partilha bens e tempo com a comunidade, daí termos uma fantástica massa associativa, depois haverá uns mais empreendedores que outros. A elite de que fala feliz ou infelizmente já não vive em Vermoil ou já não vive Vermoil.

    Freguesia de Vermoil mal desenhada? Ou será a freguesia vizinha mal desenhada? Como tem sido defendido por essa população junto das mais altas instâncias do país desde há décadas...

    Na freguesia de Vermoil existem infraestruturas para acolher a sede de Freguesia e/ou uma USF (unidade de saúde familiar) em qualquer um dos 3 pólos da freguesia!
    Não sei que outras infraestruturas tem a Freguesia das Meirinhas que sejam úteis aos serviços de uma junta de freguesia, que a Freguesia de Vermoil não tenha. Bem pelo contrário!

    Portanto caro JGF, pelo que diz, vejo que não conhece a freguesia de Vermoil, que começa a sul na Ponte Nova a 6km da sede de Freguesia e acaba a norte junto Carnide a cerca de 7km da sede de freguesia (ok... não se sabe muito bem onde... mas isso há-de alguém resolver).

    Convido-o a visitar os mais de 40 lugares da Freguesia de Vermoil, as infraestruturas, o nosso tecido empresarial, o nosso associativismo, a vivência e espirito deste povo, a nossa geografia, demografia e a nossa história, cultura e tradições no nosso Museu.
    Para que com conhecimento da nossa realidade, possa opinar com maior conhecimento e não estar com esse discurso de elites que nada tem a ver com a nossa realidade. Isso devem ser histórias de outras freguesias.

    Agradeço a sua distinção á minha pessoa, quando me aponta para ser o "escolhido", mas essa seria uma candidatura que eu não aceitaria, pois essa não é a freguesia da qual sou filho, como tal não poderia vestir essa "camisola"!
    Além disso a virem as megas-freguesias, os presidentes serão, certamente e na generalidade, "políticos de carreira" e não para amadores, como eu, que estamos com amor à terra para a representar, servir e unir, tendo como contrapartida única de ver a população com uma melhor qualidade de vida em tudo o que de nós depende!
    (o que no geral do concelho de Pombal se tem passado, graças principalmente ao apoio do executivo da Câmara Municipal, às freguesias, que muito tem contribuído para isso, pois tem colocado as freguesias, os meios rurais e associativismo - que serve a população - em destaque nos seus investimentos e grandes opções.)

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  23. Bom dia
    Nestes comentários, manifestamente, abandonou-se a partidarite e enalteceu-se o bairrismo onde cada um defendeu a sua dama.

    O que está em causa é a necessidade, ou não, de unir algumas autarquias e não esta ou aquela em especial

    Alguém referiu que o agrupamento de freguesias proporcionava maior rendimento ao seu presidente e que não há economia de escala! Quem fez a afirmação esqueceu-se de referir os custos de funcionamento das diversas assembleias, dos secretários e tesoureiros bem como de todos os custos dos equipamentos necessários ao bom funcionamento das autarquias.
    Economia de escala é representada pelo acréscimo de uma ou mais unidades produzidas com o mesmo custo. É certo que as freguesias podem fazer parcerias e efectuarem aquisição de máquinas para prestar serviços nas freguesias em parceria mas, não o fazem, temos logo o entrave do bairrismo eles têm nós temos de ter também.
    Contra factos não há argumentos e todos nós temos a certeza que é necessário acabar com algumas CM e JF. e também não faz sentido individualizar a questão, por isso o melhor é dar a palavra às populações, tirar a discussão dos gabinetes em suma ser racional.
    Finalmente direi que a proposta do nosso amigo JGF não é descabida de todo, dai a palavra às populações e a democracia funciona ao contrário da Pombinha Voadora
    Que fazer? em minha opinião

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  24. Está aqui uma boa discussão. Mas noto que ao fim de tantas palavras, não se discute o essencial. E o essencial, na minha óptica, seria discutir este assunto, sob a perspectiva das atribuições das pessoas colectivas de âmbito territorial (vide Lei 159/99, de 18 de Setembro). Sob esta perspectiva a questão que se coloca é: em face das atribuições das Frequesias e dos Municipios, será que se justifica, sequer a existencia de Freguesias?
    Porque em bom rigor as atribuições das Freguesias são consumidas pelas dos Municipios. Em termos práticos, e todos sabemos isto, os grandes investimentos nas Freguesias são efectuados pelos Municípios. Pelo que o investimento efectuado pelas Freguesias é meramente residual. E este, até pode muito bem ser efectuado pelos Municípios. Em bom rigor, as Freguesias, através do seu órgão Junta de Freguesia, limitam-se a emitir meros atestados, da mais variada índole, cuja utilidade é não raras vezes, nula. A discussão politica efectuada nas Assembleias de Freguesia é estéril e pouco ou nada influente nos destinos da Freguesia.
    E nem o argumento da proximidade ás populações, tem hoje qualquer validade. Como já acima foi dito pelo José Gomes Fernandes, a criação das Freguesias, remonta a um tempo em que as vias e meios de comunicação eram incipientes e escassos, razão porque se justificava a existência de um centro de poder decisório politico próximo das populaçoes, que à mingua de meios de comunicação e teleciomunicação com o centros de poder localizado na Câmara Municipal, ali tinham dificuldade de se deslocar.
    Actualmente essa nao é a realidade, temos vias de comunicação, meios de transporte rápidos e modos de telecomunicação eficientes que nos colocam, em minutos, em contacto com qualquer órgão de poder. Isto para não falar dessa inovação que, a meu entender, acaba com a razão de ser das Freguesias, falo dos Balcões de Atendimento Municipal (BAM) a surgir um pouco por todas as freguesias. Quanto à identidade cultural das populações, esse argumento não colhe, pelo menos ao nível das Freguesias. Será assim tão notoriamente diferente a identidade cultural da população do Carriço e de Abiúl? Apenas para dar como exemplo duas Freguesias geograficamente colocadas nas franjas do concelho. Ou a identidade cultural das Freguesias de Carnide, Meirinhas e Vermoil? Por outro lado, não seria mais vantajoso, sob o ponto de vista da eficácia e da eficiência do planeamento dos investimentos a realizar no território, se existissem menos órgãos de poder local, cada um a decidir para a sua "capelinha"? Sejamos honestos connosco mesmos, a existência das Freguesias não se justifica em pleno Século XXI.
    A evolução também se faz terminando com o que se tornou obsoleto.
    Declaração de interesses: sou Carnidense.

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  25. Camaradas, amigos, companheiros…
    Este post vai dar que falar. Já está !!
    Quanto à questão em causa todos nós devíamos ter conhecimento que no nosso concelho apenas 4 freguesias terão que ser reduzidas. A bem ou a mal. Infelizmente se não for com a concordância de todos (políticos, fregueses etc), virão os senhores de lisboa imporem-nos o que entenderem e nem tão pouco estão definidos os critérios que irão reger tal imposição. Por isso, é preferível que as populações se entendam. Não será fácil, lembrando-me do que se está a passar com Ilha/Carnide.
    O meu conselho é que deixem correr as coisas normalmente, pois segundo sei já estão a trabalhar nesse sentido.
    Nos comentários já se especula demasiado e é assim que, por vezes, se cria a confusão. Se calhar também é o interesse de alguns comentadores…
    Quanto às freguesias a ordenar, as coisas devem ser mais fáceis que se imagina. Temos A “Alitém” que congrega 3 freguesias e a “Oeste” com outras 3. Aqui já se deram provas de como se trabalha em conjunto. É só continuar.
    Lembro também que das únicas coisas que se altera é que haverá só um presidente. Contudo terá 2 secretários (vice-presidentes). Ora bem estão reunidas as condições para que os autarcas que neste momento não se podem candidatar, o possam fazer. De resto tudo ficará na mesma (?). As sedes actuais continuarão a estar abertas aos fregueses e todos os serviços agora prestados continuarão.
    Mas… O POVO É QUE TERÁ QUE DÁR O VEREDITO FINAL

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  26. No seguimento da vossa interessante discussão, deixo aqui alguns dados elucidativos da evolução histórica e administrativa de Pombal (Concelho):

    Felizmente o nosso concelho pode orgulhar-se de conseguir reunir e preservar no seu território um singular conjunto de vestígios desde a mais remota antiguidade até às Invasões Francesas.

    Os mais antigos vestígios centram-se na Jazida de Andrés (Santiago de Litém), onde desde 1988, escavações paleontológicas vão dando a conhecer um extraordinário conjunto de fósseis situados algures entre os 141 e os 153 Ma (= milhões de anos).

    A presença humana nas terras que hoje constituem o concelho remonta aos tempos mais longínquos da Pré-História. Afirmá-lo é uma evidência face aos estudos arqueológicos efectuados e aos artefactos que o acaso ou a curiosidade vão trazendo à luz do dia (Já no início do século passado, Santos Rocha divulgou a existência de vestígios da Pré-História Recente, nomeadamente 6 machados encontrados junto à Redinha e 3 na zona dos Poios (Redinha), que podem ser observados no Museu Santos Rocha na Figueira da Foz).

    Importantes são igualmente os abundantes vestígios romanos no concelho, embora, tal como no período anterior, não haja uma visão de conjunto por falta de um estudo arqueológico sistematizado. O acaso vai trazendo à luz do dia restos que urgem ser estudados. As freguesias onde há maior incidência de vestígios são: a Redinha, Abiúl, S. Tiago de Litém, S. Simão de Litém, Pombal, Louriçal, Vermoil e Carriço.

    Apesar de todos estes dados elucidativos da fixação demográfica na área de Pombal, só se poderá comprovar a sua existência como um povoado a partir do século XI, no contexto da Reconquista Cristã.

    O senhorio de Pombal e de Redinha é doado aos Templários por D. Afonso Henriques que nele construíram castelo e lhe concederam foral, em 1174 (Pombal) e 1159 (Redinha). Porém, é ainda por esta altura que surgem as primeiras referências a Louriçal e Abiúl. No foral dado por D. Afonso Henriques a Leiria, em 1142, surge a primeira referência a Louriçal. Em 1166 é transformado em couto e doado ao rico mosteiro de Santa Cruz de Coimbra. Nesta altura, o seu termo estendia-se pelas actuais freguesias da Mata Mourisca, Carriço, Guia e Carnide, indo assim até ao mar.

    No caso de Abiúl, esta localidade recebe o seu primeiro foral em 1167, dado por Dicacus Peaiz e sua mulher D. Examena. Oito anos depois, e talvez por extinção desta família, passou para o mosteiro de Lorvão por efeito de doação feita por D. Afonso Henriques.

    Será no reinado de D. Manuel I que todos estes concelhos irão sofrer significativas melhorias e um auspicioso período de progressão. Vêem igualmente reconhecidos os seus forais: Pombal em 1512, Redinha em 1513, Louriçal em 1514 e Abiúl em 1515. Assim, nos séculos seguintes e até ao início do século XIX, assistem a um grande desenvolvimento a que não será estranha a presença e o apoio de algumas importantes famílias nobres.

    (Continua...)

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  27. (continuação...)

    Contudo, todo este progresso acabaria por ser interrompido com a passagem das tropas francesas que, perseguidas pelo exército Anglo-luso vitorioso nas Linhas de Torres, pilharam e destruíram toda esta região. Segue-se uma época de recessão. No caso de Abiúl a sua decadência já havia iniciado com a implicação na tentativa de regicídio a D. José I, em que os Duques de Aveiro foram condenados à morte e seus bens confiscados pela Coroa, caindo no esquecimento e abandono.

    O século XIX acabaria por conduzir a grandes mutações na morfologia deste concelho. Se nos primórdios dessa centúria o termo de Pombal compreendia somente três freguesias: a de S. Martinho de Pombal, a de S. Tiago da Ribeira de Litém e a de S. Bartolomeu de Vila Cã; fazendo fronteira a Este com os concelhos de Abiúl e Redinha, estes acabariam por ser extintos e anexados a Pombal, em 1821 e 1898, respectivamente. Também o concelho de Louriçal é extinto no ano de 1855 e anexado a Pombal. No prosseguimento do projecto de ordenamento territorial de 1833 (Relativamente à denominada Reforma da Administração do Território, importa recordar que a actual organização administrativa do território nacional, remonta ao segundo quartel do séc. XIX, isto é, às reformas administrativas liberais, encetadas em 1832 por Mouzinho da Silveira e desenvolvidas, pouco tempo depois, em 1835, por Rodrigo da Fonseca. Ou seja, há quase 200 anos!), o concelho de Pombal, para além das freguesias que já o constituíam, vai beneficiar de freguesias que originalmente tinham pertencido ao concelho de Leiria (S. Simão de Litém e Vermoil).

    Poucos anos mais tarde, ainda consequência da extinção do concelho de Louriçal, surge a freguesia de Mata Mourisca, desmembrada do já extinto concelho, elevada a freguesia no ano de 1867.

    Entretanto, a 10 de Março de 1847 é criada, dentro do concelho de Pombal e desanexada da freguesia de S. Martinho, a freguesia da Pelariga. Apesar dos sucessivos esforços encetados por parte de Soure no sentido de manter Almagreira e recuperar Tapeus para o seu concelho, essa pretensão acabaria por ser indeferida, conseguindo somente esse seu objectivo em relação a Tapeus, outrora pertencente a Pombal. A freguesia de Almagreira viria a ser então anexada a Pombal.

    O concelho de Pombal estava assim com a actual configuração. Seria necessário esperar pelo século XX para que, numa constante reorganização administrativa do concelho, mais 6 freguesias se formassem à custa das existentes: Albergaria dos Doze em 1923 (lei de 10 de Abril - com lugares pertencentes à freguesia de S. Simão de Litém), Carnide (a partir da freguesia de Vermoil) em 1952, Carriço (a partir da freguesia do Louriçal) em 1960, Guia (separada da Mata Mourisca) e Meirinhas (a partir da freguesia de Vermoil) em 1984 e Ilha em 1989 (a partir da freguesia de Mata Mourisca).

    E é tudo...

    Espero ter ajudado...

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  28. Somente uma informação suplementar...
    O horário deste post é 18:45, mais correctamente, e não o que é referido no subject... (Nelson PedrosaFeb 16, 2012 10:09 AM)
    Deve-se ao fuso horário...

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  29. (Excelente exposição Nelson Pedrosa, BOM TRABALHO)

    Partilho comunicado da Anafre:

    "COMUNICADO

    O Conselho Diretivo da ANAFRE, reunido no dia 15 de fevereiro, em Lisboa, na sede da ANAFRE, debateu a Proposta de Lei no 44/XII sobre a Reorganização Administrativa Territorial Autárquica e, comungando do sentimento generalizado manifestado pelas Freguesias, DELIBEROU:

    1o - Rejeitar a Proposta de Lei no 44/XII, por, na sua substância, impor a agregação de Freguesias com caráter obrigatório, segundo o critério da aplicação de percentagens.

    2o - Preparar parecer crítico que vai ser remetido a todos os Órgãos de Soberania.

    3o - Solicitar, com caráter de urgência, audiências aos Líderes Partidários e aos Grupos Parlamentares.

    E, dando voz ao descontentamento das Freguesias,
    4o - Agendar um ENCONTRO NACIONAL de AUTARCAS de FREGUESIA, para discussão da Proposta de Lei, a realizar no dia 10 de Março, em local a anunciar, para o qual, desde já, deixa convidados todos os Eleitos de Freguesia, Autarcas de Município e Deputados da Assembleia da República.

    Lisboa, 15 de fevereiro de 2012 O Conselho Diretivo da ANAFRE"

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  30. Caros amigos Jorge Ferreira, Ilidio Mota, Edgar Domingues e Nelson Pedrosa, pessoas por quem nutro grande estima.
    O debate sobre a unificação das freguesias veio para o “farpas”. A Comissão Politica do PSD local ainda não acordou. Nem vai nem fica. Quer passar ao lado da história.
    Caro Jorge Ferreira, qualquer cidadão, empresa, instituição ou país sabe que as despesas não podem ser ilimitadas. É uma questão de bom senso e de sobrevivência.
    Deverás lembrar-te que desde há muito defendo publicamente, inclusive neste blog, que em Portugal, ao contrário dos restantes países da Europa, existem dois níveis de poder autárquico: os municípios e as freguesias, sendo estas os resquícios da divisão canónica do país. Também defendo que o verdadeiro poder autárquico está nos municípios. Por isto aceito a extinção de todas as freguesias como muito bem defende o nosso amigo Edgar Domingues com a crueza da sua prosa.
    Bem sei que, com tal solução, se acabaria com muitas “coutadas”, clientelas e despesas e que iriam surgir muitas oposições e conflitos. Por isso, aceito a unificação de freguesias com vista à sua extinção futura, através da redefinição de novos mapas dos municípios.
    Logo, meu caro, parece-me que as tuas insinuações terão tido outro(s) destinatário(s).
    Não devemos manter posições conservadoras, estáticas. O tempo traz evolução e mudanças e faz história. Sou reformista…
    Caro IlIdio, quando falei de elites, referia-me ao “que há de mais valorizado e de melhor qualidade, especialmente num grupo social”. Citei Dicionário Houiss da Língua Portuguesa, Tomo III. Neste sentido, quanto mais ampla for a elite de cada sociedade, mais evoluída e rica será. Gostaria eu de pertencer às elites pensantes e, assim, influenciar a evolução do meu país e da minha terra. Pena que represente quase sempre o contra-poder.
    Nesta perspectiva evolutiva, nada deve ser é certo e nada é definitivo, inclusive a localização das sedes das futuras freguesias…
    Caro amigo Nelson, a história é muito útil, como demonstraste.

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  31. Escrevo esta singela linha para poder acompanhar por subscrição para o email esta discussão tão rica.

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  32. Concordo com o Edgar Domingues, discordo de quase tudo o mais que aqui foi dito.
    Tenho muito poucas expectativas em relação à reforma administrativa. Porque a discussão vai sempre esbarrar em "palermices" (que o não são - palermices - em absoluto, mas apenas no contexto em que entram nesta discussão). No nome, por exemplo (razão mesquinha para interromper uma ideia). Na história (que evolui, e mal estaremos se tomarmos decisões com base nas glórias passadas)! Nos limites (é a métrica a tomar conta da razão). Nos bairrismos exacerbados. A verdade nua e crua é que as freguesias não têm hoje uma acção que as justifique. Não têm meios, nem é razoável que os tenham. Mais ainda: estamos muito perto do tempo em que vamos ter grandes dificuldades em encontrar sequer um conjunto de homens e mulheres que queiram ocupar cargos no executivo de uma Junta de Freguesia (porque para o fazer condignamente, ou o fazem por profissão - pouco rentável, diga-se - ou o fazem mal, acumulando com o pequeno negócio que gerem e que naquele período perde clientes insatisfeitos com a limpeza das valetas, e que confundem as coisas).
    Pelo que, meus amigos... eu acho (como já disse atrás) que a busca de dimensão deveria ser uma vontade das próprias freguesias. Eu sou freguês de uma freguesia relativamente grande e populosa (o Louriçal), e ainda assim acho-a uma "micro-entidade". Que se juntem 3 ou 4, acho muito bem. Que o nome seja "freguesia do Alguidar", ou "freguesia da Guia", ou "freguesia do Carriço", ou "Freguesia do Osso da Baleia", é-me igual. Que a sede seja nos Alhais... é tudo tão perto e tão "nosso", se houver de facto vontade de união... sem o estigma de "a sede está onde se manda mesmo"... eheheh. Eu preferia trocar essa ideia por uma outra: "a sede fica onde houver mais espaço disponível e com o terreno mais barato". Mais razoável, não? :)

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  33. Bom dia!
    Sr. Nelson da minha parte agradeço toda esta recolha histórica que apenas vêm enriquecer o debate, não é pouco!

    Perante esta exposição histórica não entendo o porquê deste debate entrar pela defesa de "capelinhas", os caciques acabaram, é tempo de diminuir o compadrio e o trafico de influências a que todos estamos sujeitos. Ao longo da história o nosso concelho sofreu transformações no seu mapa administrativo e o nosso povo sempre soube encarar com realismo tais transformações, aceitando-as e, fazendo apologia das nossas origens,entendo que as instituições devem sair dos gabinetes promover debates e explicar ao povo o que trás de bom e de mau a unificação de autarquias para que possam fazer as suas opções, diluir um pouco o bairrismo, escolher e ficarem informados

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  34. Será que a Lei está bem feita?
    Segundo a Lei e as normas do governo, no Concelho de Pombal terão de desaparecer 4 freguesias, vamos supor que as “felizes contempladas” serão as de Alitém e as do Oeste, e vamos supor, ainda, que todos ficariam felizes e contentes com estas agregações.
    Ficaríamos no total com 13 freguesias: Pombal + 2 “freguesias maravilha” + 10 freguesias tradicionais.
    Isto seria bom?
    Esto será realizável em algum concelho?

    Este tema tem sido muito mal abordado por todos, começando na Troika, passando pelo governo e políticos, pelos autarcas e confesso que até por mim, pois ninguém, ou muito poucos, estariam preparados para este debate.
    Para haver mudanças elas têm que ter lógica, não podem ser feitas com contas de matemática, com varinhas mágicas e muito menos com chicote.

    A Assembleia da República, que tem lá tanta gente de e da Elite, e o Governo que revoguem a Lei em primeiro lugar.
    Depois haja debate e para se analisem os prós e os contras de se fazerem agregações, ou de não as fazer e em que termos.

    Nessa análise colocar as mais diversas questões na balança, desde as “capelinhas” (sim porque as “capelinhas” servem, representam e preocupam-se com as pessoas… em muitos aspetos, muito para além das competências da Lei e muito dentro das competências Humanitárias e respeito pelas culturas, tradições, memórias e modos de estar e de ser dos povos), até à parte económica, estrutural, geográfica e demográfica.
    Sem nunca esquecer a identidade histórica, cultural e tradicional dos povos, pois na minha opinião, nos pilares da nação fazem parte as freguesias, não deixemos que a nossa nação se desmorone, como está a acontecer na parte económica, na qual, já nada controlamos e até em feriados que deveríamos honrar como o 5 de Outubro e o 1º de Dezembro… será isto o princípio do fim?

    Permitam-me ainda, desejar que este meio no qual estamos a fazer este interessante “debate” de ideias, seja um bom ponto de partida para boas soluções para um futuro mais promissor para o concelho de Pombal, e para mais debates que ainda ninguém fora daqui (pelo menos que seja do meu conhecimento) teve a coragem e audácia de fazer.

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  35. "Ficaríamos no total com 13 freguesias: Pombal + 2 “freguesias maravilha” + 10 freguesias tradicionais."
    2 "freguesias maravilha": sem exageros, mas concordo com o conceito. São 2 freguesias que ficariam com mais poder argumentativo nos centros de tomadas de decisão. Que ficariam com mais e melhores meios para fazer um melhor trabalho. Que ficariam muito maior massa critica. Mas repare, Ilídio... este é um processo que não está vedado a nenhuma freguesia!
    Parece-me que o meu caro amigo me está a dar razão, e que então compreenderá qual a razão por que digo que gostava que a minha freguesia enveredasse por esse caminho. Voluntariamente. Indo muito para além da tão criticada troika!

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  36. Exmo. Senhor Ilidio Manuel,

    Segundo sei, preside à Junta de Freguesia de Vermoil, de onde, aliás foi desanexada a Freguesia de onde venho.
    Respeito a sua opinião, como a de qualquer outra pessoa, no entanto não posso aceitar os seus argumentos. Antes de mais, considero que, atentas as ditas funções politicas que exerce, devia estar efectivamente preparado para este debate. Os seus "fregueses",penso eu, esperam isso de si. Senão mal estarão.
    Por outro lado, porque certamente melhor conhecedor do papel que desempenham as Freguesias na administração local do território português actualmente, atentas as atribuições que lhe estão acometidas por Lei, esperava, de si, argumentos bem mais fortes, menos acalorados e sem o recurso à demagogia. Quanto ás capelinhas, afinal de contas a génese das freguesias assentou numa divisão paroquial do território, onde cada Capela, quase, deu origem a uma freguesia. Mas não é dessas capelas que certamente se referirá.
    No entanto, tenho para mim, as "capelinhas", ao contrário do que afirma, não servem, não representam e não se preocupam com as pessoas, preocupam-se, sim, com interesses próprios individuais e não colectivos (daí aliás, a etimologia da palavra).
    Quanto ao "respeito pelas culturas, tradições, memórias e modos de estar e de ser dos povos)ou "a identidade histórica, cultural e tradicional dos povos", essas jamais estarão em causa com uma reorganização administrativa do território. Porque é somente isto que está em causa - reorganização administrativa do território - os lugares, as culturas, a historia, tradições, memórias etc, essas ficarão para sempre, os lugares não serão apagados do mapa, as pessoas não desaparecerão. Agora a forma de administrar o território, essa sim sofrerá alterações, e se essa alteração for a fusão/extinção de freguesias, que seja. Desaparece uma forma para dar lugar a outra.
    O discurso que tem vindo a apresentar neste debate, é um discurso (mas não é único, descanse), na minha opinião, que aborda a questão sob uma perspectiva errada, alicerçada em colectivismos/bairrismos que já não se sentem no povo português, pelo menos nas gerações jovens. As mais velhas, dificilmente entenderão (pelo menos algumas). Mas isso é natural.
    Insisto, para terminar, que esta questão deve ser devidamente discutida mas sob premissas despidas de preconceitos, de humores, de bairrismos.
    Apenas factos e sempre assente no que for melhor para a administração do território e dos seus povos.

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  37. Exato Gabriel Oliveira, por isso mesmo a Lei não pode dizer que a redução seja de 20, 25, 30, ou 50%, tem de se fazer uma análise profunda. A haver agregação ela terá de ser para todos.
    Pois de outra forma as assimetrias serão enormes.
    Sempre tendo presente que todos os prós e os contras sejam, primeiro, exaustivamente analisados e avaliados.

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  38. Se estivermos à espera de todos, a coisa morre. Que é, afinal, a última vontade da maior parte dos presidentes de Junta, estou certo. De resto, a meu ver, quem se sentir ultrapassado que se mexa.
    Quanto às análises profundas, são a desculpa mais bem aceite para não se fazer nada. Mas eu não a aceito, porque me parece que, afinal de contas, não é uma questão "hermenêutica", mas sim uma vontade férrea de manter tudo como está.
    E no essencial (desculpem-me por me repetir), concordo com o ponto de vista do Edgar (mais uma vez). Sem personalizar no Ilídio, mas parece-me que todo este processo está morto à nascença por "falta de gema" de quem poderia mudar isto. Pelos motivos que o Edgar (bem) refere...

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  39. Ora, participando na discussão…
    A redução do número de freguesias, por fusão voluntária ou por decisão governamental, é uma não reforma (é mexer na coisa para que tudo fique na mesma), conduzida da pior das formas.
    A necessária reforma administrativa é ao nível municipal (mas, apesar do acordo com a Troika, aí o Governo não quis mexer) e não tanto ao nível das freguesias.
    Os municípios têm uma estrutura excessiva, altamente ineficiente, que consomem/desperdiçam recursos avultados e, pior do que tudo isto, não têm, no geral, capacidade para responder às exigências actuais das comunidades, nomeadamente ao nível do planeamento urbanístico, ambiente, saneamento, água, etc.
    As freguesias são estruturas pequenas, que consomem poucos recursos, que fazem o pouco, é verdade, mas que pouco desperdiçam, também. São estruturas de proximidade com alguma utilidade para os seus fregueses. É verdade que algumas são muito pequenas (dezenas ou centenas de eleitores), e essas, penso que estamos todos de acordo, deveriam ser eliminadas. O mesmo deveria ser feito em relação ás freguesias que coincidem com a sede do concelho porque nada as justifica. No limite, concordo com a ideia do Edgar Domingues, as freguesias são todas dispensáveis, mas isso exige outra estrutura administrativa do País…
    Compreendo também os argumentos do Ilídio da Mota na defesa do modelo que exercita com empenhamento, dedicação e orientação para os seus fregueses e, compreendo ainda melhor, os argumentos do Rodrigues Marques que deseja, o mais depressa possível, trespassar a casa…

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  40. Companheiro Adelino Malho, boa noite.
    Eu não pretendo "trespassar a casa".
    O que pretendo é ganhar escala e massa critica.
    A experiência vivida na Associação de Freguesias Alitém, como o Presidente Guilherme muito bem diz, se tivesse sido apoiada e potenciada teria sido uma boa estratégia e, hoje, não estaríamos aqui a debater este assunto, uma vez que a questão estava resolvida.
    Mas o caminho não foi esse apesar do exemplo que demos.
    Resta-nos construir uma solução racional para o Município.
    Companheiro José Gomes Fernandes, neste post, a segunda fala foi minha, com todos os meus graus de liberdade.
    Agora vires tu assacar responsabilidades a quem não as tem é que me parece fora do contexto.
    As regras ainda não estão claras. Queres debater o quê?
    Tem calma, eu não fujo, a seu tempo terás oportunidade de picar na cabeça àqueles que querem fazer parte da solução.
    Até lá, sou
    Com saudações social-democratas.

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  41. Com um debate tão vivo corremos o risco de vir aí o corta-Relvas e dizimar isto num ápice. Agora a sério: bem diz o engº Marques que a Alitém poderia ter ido mais longe, fora ela apoiada. Acrescento eu - estamos mais uma vez perante a caixa de pandora. Lembro-me bem da constituição, e de como comentávamos nos jornais as portas que a mesma associação poderia abrir, até no que toca a candidaturas várias, para fazer acontecer. Será que houve essa vontade de arriscar, promovendo uma certa independência (normalmente mal vista no Largo do Cardal)daquela sub-região? É que à excepção de umas tasquinhas, não me recordo de mais nenhum evento com a marca da Alitém. Já agora, gostaria mesmo de saber o que é que falhou nesse processo, amigo Marques.

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  42. Olá!
    Camaradas. companheiros e amigos: está aqui uma discussão muito interessante mas, o que parece, é que alguns fazem análises desprovidas de bairrismo e outros nem tanto.

    As freguesias, sem dúvida, surgiram sempre onde existiam uma capelinha para estarem perto do Sr. Padre que podiam assim controlar melhor os seus paroquianos e o apoio social e cultural era repartido pela igreja e pela junta de freguesia. Esta formula, agora, não faz sentido porque o povo está mais esclarecido e o caciquismo acabou.

    É inquestionável o papel que os Srs. presidentes de junta tiveram no apoio às populações onde fizeram de juíz, concelheiro, avaliador, partilhador, medidor, alinhador de caminhos, mediar conflitos e até de confessor. Felizmente o papel dos Srs. presidentes de junta, hoje, está reduzido a passar atestados de residência, zelar pelos equipamentos sociais instalados. proporcionar água e saneamentos e promover manifestações culturais dos mais variados tipos. Na prática isto significa, felizmente, que o papel que os Srs. presidentes de junta tiveram na sociedade teve a sua época e o seu tempo, agora está esvaziando, são menos solicitados para as diversas tarefas!
    Vamos ser realistas, discutamos os assuntos com frieza, sensatez e racionalidade. resta-nos perguntar quantos munícipes sabem desta discussão tão amena? levem esta discussão às populações, esclarecendo-as que afinal cada freguesia têm um DUMPER, um carro de mercadorias, etc, a trabalhar meia dúzia de horas por ano e que afinal uma unidade de cada uma dessas máquinas servia três freguesias, que se juntarem 3 freguesias prescindem de duas assembleias, 2 presidentes de junta, 4 secretários e dois tesoureiros e, tudo isto, os recursos poupados com tudo isto podia ser encaminhado para equipamentos sociais ou até para apoiar a terceira idade, as populações compreendem e aceitam tudo isto.

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  43. Amiga e companheira Paula Sofia, boa tarde.
    O projecto Alitém passava e passa por várias vertentes.
    Tivemos nos nossos planos de actividades muitas iniciativas conjuntas como, por exemplo, a recuperação de moinhos de farinha e de papel, eólicos e de água, parques de merendas, entre outras, algumas do foro do intangível. Umas que se concretizaram, outras que esperam por melhores dias.
    Mas a primeira das primeiras era a compra e a optimização de máquinas na limpeza de valetas e nos pequenos trabalhos.
    Todavia por falta de apoios e, em boa verdade, pela nossa inépcia, cada um tratou de determinar a sua própria estratégia e implementá-la.
    A Feira de Artesanato e Tasquinhas é, hoje, a trémula chama que ainda nos une.
    Mas, para memória futura, que fique o registo que cada freguesia tem, todos os anos, que disponibilizar do seu próprio orçamento mais de 5.000,00 euros para a realização daquela actividade.
    E tenho muitas dúvidas que as associações e artesãos que nela participam tenham o retorno do nosso investimento.
    Em tempos idos chegámos a fazer candidaturas e a ser apoiados, pelo Programa Lider, quer na Feira, quer na recuperação de moinhos.
    Mas isso foi chão que deu uvas.
    A Associação de Freguesias Alitém, por ser pioneira neste modelo, foi votada ao ostracismo.
    Mas é bom que se diga que o Engº Narciso Mota, enquanto Presidente da Câmara Municipal de Pombal, sempre nos apoiou em todas as nossas parcas actividades conjuntas, assim como a Caixa Agrícola de Pombal.
    Perguntas, e muito bem, o que é que falhou neste processo.
    Nada e tudo falhou. O modelo, criado de baixo para cima, não foi compreendido pelo regime (lê poder central) e ficámos isolados numa ilha.
    Agora vamos aplicar um novo modelo. Vamos ver como é que é.
    E este tem a bênção do Terreiro do Paço.
    Pode ser que dê certo.
    Que os meus companheiros da Alitém e os nossos fregueses me relevem a ousadia.
    Com saudações autárquicas, sou
    Rodrigues Marques

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  44. Quero aqui felicitar João Alvim pelo excelente tema que trouxe a este Blogue e a todos os que nele intervieram, incluindo os dois Presidentes de Junta que tiveram coragem para dar a conhecer o seu ponto de vista.
    Mesmo não estando nada de acordo com o Ilídio da Mota, respeito o seu sentimento como Presidente de Junta, mas lembre-se que nunca eventual fusão de Freguesias, nunca se poderá impor a ambição de uma, contra a vontade das populações das outras Freguesias.
    Parabéns ao Farpas pelo serviço prestado, continuem sempre assim.

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  45. Este comentário foi removido pelo autor.

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  46. Boas!
    Caríssimos:
    A meu ver toda esta discussão é interessante, até fiquei a saber um pouco mais da história de Pombal.

    Não compreendo a preocupação de alguns pela redução ou fusão de algumas freguesias! Será que a preocupação representa, pela visão de alguns, a perda de influência e do seu cacique? Negar a necessidade de fundir freguesias é apenas uma manifestação de provincianismo bacoco e em nada se confunde com bairrismo pois, Pombal freguesia, têm vários bairros e por estarem na mesma freguesia nunca perderam a sua identidade bairrista, aliás, a diferença cultural no concelho entre as várias freguesias não existe, logo, não faz qualquer sentido evocar diferenças culturais ou ancestrais como entrave à unificação.!
    Tenho dito!

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  47. Caros,

    Que bonita discussão para um "blogue obsoleto". Sim senhor; parabéns!

    Eu acho muita piada à malta: se o Farpas não existisse, "ai Jesus que em Pombal ninguém discute nada!"; existindo, é um "bloque obsoleto" onde está sempre "tuuudo na mesma". Já fomos acusados de ser anti-PSD; agora somos só-PSD. Coisa bonita!

    Mas adiante. A discussão que o Alvim iniciou é o que nos traz aqui.

    Segundo o documento verde do governo+troika, a discussão da reforma da Administração Local, em sede de Assembleia Municipal e Assembleias de Freguesia, deveria ter sido feita até final de Janeiro. Mas, fazendo fé no comentário do Eng. Rodrigues Marques, só no dia 13 de Fevereiro o PSD abriu a "discussão internamente". E ainda dizem que este blogue não é serviço público?

    Em geral concordo com a opinião do Jorge Ferreira, temperada aqui e ali com alguns pozinhos acrescentados pelo Edgar Domingues e o Adelino Malho. A discussão sobre a quantidade de freguesias tem por base argumentos populistas, sem nenhum fundamento sério. É verdade que o pais mudou muito e que o papel das freguesias deve ser discutido. Mas mais do que apontar baterias para a sua destruição, há que pensar em requalificar as suas competências.

    O nosso problema não tem a ver com o excesso de freguesias ou a falta de horas de trabalho (a medida do governo em suprimir o Carnaval foi surreal). Se queremos ser um país viável, temos que pôr de lado as questões da quantidade e centrar a discussão na qualidade.

    Abraços,
    Adérito

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