14 de março de 2014

Empreendedorismo?

O discurso político (nacional e agora também local) está contaminado com a temática do empreendedorismo. Como o termo é recente (para o cidadão comum), hermético e vago; serve na perfeição os propósitos políticos daqueles que querem passar a ideia que têm a “mesinha” para os problemas do emprego e da economia. Uma nefasta ilusão.
No discurso corrente o empreendedorismo engloba tudo o que mexe – vai desde o indivíduo que cria o próprio-emprego (de onde a maior parte das vezes não retira sequer o seu próprio sustento) até ao indivíduo ou grupos de indivíduos arrancam com um grande projeto empresarial. Mas não é este o verdadeiro emprendedorismo. O verdadeiro empreendedorismo é raro, visionário, disruptivo e criador de valor.
Empurrar pessoas para o falso empreendedorismo, nas formas de auto-emprego por necessidade ou de “Rent Seeking” em se exploram subsídios ou impostos de forma desonesta ou fraudulenta, que, para além de não resolver os problemas do emprego, na maioria das vezes, acarreta custos e desperdício para a sociedade e agrava a situação das pessoas envolvidas.
Assim, quando lhe pregam a “mesinha” do empreendedorismo desconfie. O cidadão comum não sabe, mas os políticos deveriam saber que no que se refere ao (falso) empreendedorismo “more may not better”.

4 comentários:

  1. Também de acordo. O empreendedorismo de algibeira nao precisa de muito folclore. Fazem falta políticas que estimulem o investimento estruturado e consequente.

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  3. os meus agradecimentos, sempre actualizados também, ao PSD e ao CDS:

    Descemos 3 posições no Índice de Desenvolvimento Humano da ONU.
    1,4 milhões de desempregados.
    Défice sem baixar.
    Dívida a chegar aos 220 mil milhões.
    Adiamento do pagamento de dívida através da troca, de uma taxa de juro de 1,5%, para outra de 4,5%.
    PIB ao nível de 2001.
    250 mil emigraram, só desde 2011.
    2 milhões de pobres, em 2011. E em 2013, 2,750 milhões.
    E agora, dados de 2013, 660 mil famílias não conseguiram pagar empréstimos à banca.
    500 mil pessoas com salários penhorados em 2013, record.
    Mais de 14 mil presos nas cadeias portuguesas em 2013, record.

    Se a direita não se preocupa com isto, é porque não se preocupa com o povo de direita, e de esquerda, ou seja, o povo.

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    1. Estes números dão que pensar.
      As políticas, e o método de governação, lideraram-nos para este (aparente) abismo económico. As circunstâncias internacionais também ajudaram a este fosso. A transferência de riqueza da classe média, para uma classe económica burguesa superior, criou descontrolo no tal «Estado Social», criou desemprego e falências forçadas por competitividade obscura, aumentou o egocentrismo humano na busca incessante de ganância (confundindo com ambição), etc etc.
      Mas isto terá algum objectivo por trás? Alguma «teoria da conspiração» económica?
      Eu creio que sim. E explico isso com esta teoria:
      - o Planeta Terra está em «overpopulation», ou seja, os seus actuais 7 mil milhões de habitantes, estão a sorver recursos naturais a uma velocidade estonteante! Recursos, esses, que também os «ricalhaços» têm de dividir com os «pobrezecos». Mas...e se por acaso....os ricalhaços não quiserem dividir esses recursos naturais com tanta gente? Podem querer dividir esses recursos preciosos (água, por exemplo) apenas com aqueles que lhes convêm... (outros ricos como eles) Logo, a elite do Planeta pode estar INTERESSADÍSSIMA em reduzir o número de habitantes, para números bastante mais sustentáveis, de modo a perpetuar o PODER dessa mesma elite, num Planeta Terra futurista! (cujos recursos são agora divididos por menos gente,e por gente que interessa manter viva)

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