21 de julho de 2014

Donativo de €250,00 a 120%

Muito se comentou e discutiu sobre a carta enviada pela Câmara Municipal de Pombal a algumas empresas a solicitar, a cada destinatária, um “donativo” de €250,00, para assegurar o financiamento particular das despesas do “bodo”, mas pouco se esclareceu.

Pouco se esclareceu, porque na carta não se pretendeu ou não e podia esclarecer, atendendo a que cada empresa contactada (doadora) poderia, ao abrigo do disposto no artigo no artigo 62º, nºs 1, al. a), e 2 do Estatuto dos Benefícios Fiscais, contabilizar como custos 120% do valor do donativo concedido para fins “culturais”…
Se nas freguesias fora da sede de concelho as festas são pagas pelos patrocinadores e pelos utentes, em Pombal não devem ser pagas pelos contribuintes...

7 comentários:

  1. Viva
    Caríssimos: na minha terra, quem quer ver palhaço paga, ponto final!

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  2. Em Assembleia Municipal pedi que no Bodo se cobrasse entradas como nas Tasquinhas ou até para libertar as Tasquinhas de cobrar entrada. É o normal, pagar entretenimento e não pagar por promoção de produtos locais. Não sei o que é isto do comércio local pagar porque nem percebo em que é beneficiam (para além dos impostos).

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  3. Um donativo de 250€, majorado em mais 20%, produz uma diminuição de 75€. Ou seja, os contribuintes "suportam" 75€, e o comerciante (se for uma sociedade) suporta 175€. E depois ainda há casos (muitos) em que o contribuinte não suporta nada, sendo todo o valor um encargo do comerciante. Por exemplo, os comerciantes no regime simplificado.
    Só para esclarecer...

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    Respostas
    1. Gabriel,
      Desmontas-te muito bem a maquilhagem com que pretendiam, agora, retocar a “iniciativa”.
      Pretendem, agora, passar a ideia de que a “iniciativa” era um “bónus” para os comerciantes. Ridículo.
      Um chefe da propaganda esclarecido deveria saber que propagandear uma má “iniciativa” potencia-lhe o efeito negativo.

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  4. Caro José Gomes Fernandes,

    Nunca defendi os espectáculo à borla. E não é por uma questão económica! É por uma questão de dignidade. Os trabalhadores da cultura não merecem ser tratados com a leviandade e, as “borlas” não dignificam o seu trabalho.

    Não quero com isto dizer que os bilhetes paguem a totalidade dos custos. As festas podem ser entendidas como um investimento e, nessa altura, dinheiros públicos podem reduzir os preços dos bilhetes. O problema é que Pombal não sabe o que quer ser e, como tal, todo e qualquer investimento nas suas festas não cria riqueza a prazo.

    Pedir aos comerciantes que paguem a factura sem que se defina a tal visão estratégica para a cidade parece-me um erro. Ainda por cima quando o pedido de apoio é feito numa altura em que o modelo de festas já não pode ser discutido.

    Um abraço,
    Adérito

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  5. Acho que o Adérito Araújo tocou naquela que, para mim, parece a questão essencial:

    "(...)Pedir aos comerciantes que paguem a factura sem que se defina a tal visão estratégica para a cidade parece-me um erro. Ainda por cima quando o pedido de apoio é feito numa altura em que o modelo de festas já não pode ser discutido.(...)"

    Pedir um patrocínio envolve sempre um relação que se pretende de win-win. O patrocinado tem acesso, neste caso, ao dinheiro e o patrocinador aos benefícios que daí possam advir. Seja em formato de publicidade, impostos, visibilidade, etc...

    A forma, o timing e o conteúdo foram, a meu ver, um falhanço total e absoluto.

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  6. Viva
    Instalem um pedido de votação aqui no Farpas para saberem quem quer festas gratuitas, Têm dupla função saber quantos visitam o blog e saber a opinião sobre as festas

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