18 de maio de 2017

O triunfo dos porcos

Foto: Pombal Jornal

Por estes dias há uma realidade desmancha-prazeres a mostrar o Arunca em todo o seu esplendor: uma nova descarga mexeu na dita e, já se sabe, quanto mais lhe mexemos mais ela cheira mal. Não fica bem nas fotografias ao estilo I love Pombal, nem nos discursos paz-e-amor de Pedro Pimpão. Uma chatice, portanto. Mas quem fica mal nesta fotografia é uma Câmara que recebe prémios de tudo e um par de botas, não sei quê florida e acessível. Pior do que passar quatro anos sem cumprir a grande obra prometida - o parque verde (alô meninos da Jota, cadê as fotografias em 3D, tão bonitinhas?) - é chegar ao fim com este legado: Pombal soma e segue todas as semanas com descargas no rio. À falta de um pelouro do Ambiente que se veja, talvez esteja na hora de ressuscitar a Aurora, uma associação criada há muitos anos por vários ambientalistas cá do burgo, entre os quais se contava nada menos que... o actual presidente da Câmara! 
Por vezes, somos forçados a concordar com  Diogo Mateus. Por exemplo, quando dizia, aqui há tempos, numa reunião do executivo: "somos todos trampa". O Arunca que o diga, em cor e cheiro. 

1 comentário:

  1. Essas instalações pecuárias junto ao rio, nunca deveria ser licenciadas. Muito menos deveriam ser licenciadas as lagoas de retenção dos esgotos das pocilgas, mesmo coladas à margem do rio Arunca e a uma das zonas mais bonitas, que conheço, do seu percurso. Basta ver o afloramento calcário, moldado pela água, que existe no local, para ver que o risco de infiltração desse esgoto altamente poluente para o subsolo e a acabar por chegar a algum aquífero. Depois, existe a probabilidade de, quase todos os anos, haver inundação e transvase dessas lagoas, quer pelas água das chuvas, quer pela das cheias e lá vai toda essa porcaria pelo rio abaixo. Tendo ideia de ter dito, antes, qualquer coisa sobre este assunto. Porém, ainda este ano por lá passei e tudo continua na mesma. Não sei como a vizinhança tolera isto, pois, nos períodos quentes, o cheiro é nauseabundo e insuportável a Km de distância, conforme a força e direcção dos ventos.

    Realmente, nos dias de hoje, com os conhecimentos que se tem dos perigos destas actividades, agravadas pela sua localização, é lamentável, no mínimo, à construção de fossas estanques, anaeróbicas e com exigência de uma estação de tratamento desses efluentes tecnológica segura e vigiada ou obrigar ao seu transporte para uma estação de tratamento adequada.

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