Um dos casos que fica para os anais da vida política e dos órgãos autárquicos pombalenses é o do pedido de suspensão de mandato de José Gomes Fernandes (PSD), sem chegar sequer a tomar posse.
Manuel Barros e Carlos Lopes (ambos advogados) das bancadas de NMPH e PS, respectivamente, bem questionaram sobre a legalidade desse sair sem entrar, mas a presidente parecia ter engolido um disco riscado: 'não dei posse a ninguém e não vou responder a essa questão'. Como se percebe pelo vídeo, Fernanda Guardado atira a responsabilidade para Narciso Mota - que na qualidade de presidente cessante dirigia a AM, na sua instalação. Devidamente instruída pelo partido, passou à frente, sem apelo nem agravo, partindo para um mandato ferido de legalidade. Mais ou menos como se tivesse ocupado uma cadeira partida, e - irresponsavelmente - continuasse sentada nela, à espera que ceda, ao estilo 'não é nada comigo...não é nada comigo...' Depois há a implacável lei de Murphy: Nuno Carrasqueira tomou posse indevidamente, e não chegou sequer a aquecer o lugar, pois que agora é fiel escudeiro do companheiro Pedro Brilhante, na vereação. Em seu lugar sentou-se o jovem João Matias, que aparece no vídeo logo atrás do jovem João Antunes dos Santos.
Bem vistas as coisas, houve pelo menos uma coisa que a presidente fez bem, naquela assembleia: decorou a lição e declamou-a. Para memória futura: impediu uma declaração, fazendo crer (por desconhecimento ou não) que entregar um texto escrito ou ditá-lo, em voz alta, para a acta, seria a mesma coisa. Talvez seja importante que a revisão do regimento (em curso) tenha em conta algumas noções básicas da língua portuguesa e dos direitos, liberdades e garantias.
Começa mal, mesmo muito mal este mandato da AM de Pombal. Espero para o bem de todos que este tenha sido o primeiro e ultimo episódio de "confusão" na reunião magna do Concelho. O ultimo mandato com o Presidente Narciso Mota foi tão civilizado que só é de esperar que as coisas evoluam.
ResponderEliminarA recusa numa resposta séria por parte da presidente da AM, tal como a arrogância na mesma recusa, são indignas.
ResponderEliminarO riso jocoso do vereador, que com patética altivez goza com o prato ali servido e com a possibilidade de este PSD arrogante se “borrifar” para a oposição, é indigno.
O facto de esta AM poder estar ferida de legalidade é-me de menor consternação. O que me incomoda é vê-la desprovida de seriedade, de democracia, de (e repito-me) dignidade.
Isto é demadiado provinciano, demasiado ridiculo, nao ha paciencia para esta demencia de ditadorzinhos...