Tal como a ganância é
a força motriz do capitalismo (da economia de mercado), a bondade é o capricho
temperamental que tem fomentado a Economia da bondade – o Sector Social. Mas ao
contrário do que é comumente aceite, a maioria dos actos “bondosos” é praticada
em benefício próprio, não do outro.
Nietzsche disse que “há
uma exuberância na bondade que parece ser maldade”. O caso da Raríssimas
expô-la em toda a sua plenitude; mostrou toda a virtuosa sujidade de uma classe
política e dirigente que há muito transmutou valores e perdeu o sentido da decência,
que aderiu à política do enfeite, da escravidão do politicamente correcto e dos
falsos afectos.
O caso Raríssimas não
é a árvore podre no meio da floresta pujante, como os principais ignitores do
caso querem fazer crer. É o modus operandi na maioria das IPSS e Associações. O Estado e a sociedade têm a obrigação de fiscalizar
a forma como é utilizado o dinheiro público.
Por cá, casos idênticos
não fazem escândalo porque não há imprensa que investigue e divulgue – nalguns casos
bastava que divulgasse. Mas é pedir muito numa terra onde ainda vigora a regra salazarista:
facto mau não pode ser notícia.
Caridade é deixar os ricos decidirem a que têm direito os pobres.
ResponderEliminarAqui em Pombal, não acredito que os Dirigentes das IPPS "desviem" verbas para si, mas em muitas que conheço funcionam como Empresas em que a o núcleo duro de Gestão roda durante muitos anos sobre um grupo de pessoas, isso pode ter várias razões: Em algumas não ha alternativas ao grupo que tem dirigido a Associação, em outras, muito poucas, as eleições para os órgãos sociais são tão internos que quase não sai para a sociedade civil o que se passa realmente na formação das listas e em quem de facto exerceu o seu direito de voto. Até neste factor o PSD de Pombal controla as mais variadas Associações do Concelho, tendo muitos militantes e simpatizantes nos seus órgãos sociais. A única excepção é a ADAC da Charneca em que é notoriamente uma Associação de esquerda, lá as clementinas sentem-se completamente deslocadas.
ResponderEliminarSubscrevo na integra este poste. já é chegado o momento dos nossos políticos terem vergonha na cara, dignificarem a família e moralizarem o sistema e deixarem os afectos. Infelizmente o caso Raríssimas não é acto isolado e sim espelho dos actos VASTÍSSIMOS que grassam este PAÍS. Quando um Secretário de Estado sendo conhecedor da situação económica da instituição e das irregularidades praticadas e continua a beneficiar dessas mesmas irregularidades, quando devia ser o primeiro a denunciá~las é sintomática da moralidade do nosso sistema democrático. Em tempos numa instituição cá da praça alguém sugeriu o meu nome para tesoureiro da instituição, outro diz: esse não, sabe de mais. Todas as instituições são obrigadas a ter contabilidade organizada e estão sujeitas à apresentação das contas, o que acho bem, só que ninguém da AT. as fiscaliza lisa. A maioria das instituições, são de utilidade publica e por esta razão beneficiam da lei do mecenato, este facto dá origem a situações deste género faz-nos um donativo de 5.000,00 euros que eu paço-te um recibo de 20.000,00 euros. esta situação levaria a um beco sem saída se fossem fiscalizados. Resultado desta operação: a instituição beneficia de 5.000,00 euros e o doador não dá nada uma vez que reduz 20.000,00 euros a matéria colectável, sujeita ao IRC. Isto é o espelho deste PaÍS
ResponderEliminar