A discussão da proposta da câmara de aquisição do cemitério
dos Mendes, à associação local, foi um verdadeiro estrugido de podres: obra
ilegal; obra para actividade vedada a privados, obra financiada com subsídios e
fornecimentos de materiais à-la-carte, sem aprovação e sem registos; e,
finalmente, a aquisição de uma coisa que é do povo (foi feita pelo povo), com o
dinheiro do povo, novamente com o dinheiro do povo.
Depois - também grave-, a débil oposição que temos: um e outro,
enterrados até ao pescoço no lodaçal (mas com o outro, a propor um esquema, à
socapa, que os salvaguarde, que os proteja; outra, a mostrar, novamente, uma
incapacidade política confrangedora, agarrada a formalismos e ao preço (neste
caso não é, claramente, a questão fulcral); a Anabela, que neste ponto, foi a melhor –
não disse nada.
O síndroma do subsídio é uma coisa que está tão entranhada, que até dói. Seria interessante perceber que actividade desenvolve a associação dos Mendes, com regularidade. Sobre o cemitério, tenho uma opinião clara: a Câmara deve tomar posse dele e pronto.
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