Nas
últimas eleições autárquicas, o PS e o movimento de Narciso Mota (NMPH) só
tiveram uma única alegria: vitória na junta da Redinha (PS); vitória na junta
do Oeste (NMPH).
Foram
vitórias de Pirro. Depois de eleitos, os dois presidentes de junta colaram-se,
de imediato, à maioria; e (parece que) Paulo Duarte e Gonçalo Ramos cortaram
qualquer alinhamento político com as forças pelas quais foram eleitos. No
Oeste, o presidente vai soar as estopinhas para derrubar a oposição que o PSD
lhe faz, pelo menos (ou apenas...) localmente, a não ser que Diogo Mateus dê
ordens ao nosso lacaio do partido para abrandar.
Tudo isso
é bem visível na Assembleia Municipal: alinham sempre com a maioria e contra as
forças pelas quais foram eleitos; e fazem-no de forma gratuita, já que, ali,
não contam para nada.
Esta
postura política ultrapassa, em muito, a quebra (pontual) da indispensável
solidariedade política: configura traição política – mudança de campo.
O caso do CDS em Abíúl, no último mandato, deveria servir de
lição. Mas para isso é preciso que a oposição seja capaz de aprender. O
resultado está à vista de um cego.
Todos nós sabemos que os Presidentes de Junta, quando vão em listas como independentes, são muito imprevisíveis. Estão do lado dos seus fregueses e tentam sempre não melindrar o poder com medo de represálias para a sua Freguesia. Entendo que os Presidentes de Junta como tem canais próprios para aceder á informação das Camaras e resolverem os problemas directamente com o Executivo não deveriam fazer parte de um órgão deliberativo e fiscalizador como uma Assembleia Municipal. Mas a lei aponta noutro sentido e então temos por todo o lado este tipo de situações, não é só em Pombal.
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