A Prestação de Contas
Anuais é – deveria ser - um momento político marcante para o executivo (e o
partido que o apoia) e, por maioria de razões, para a oposição. O executivo
sujeita-se ao exame com o que fez e os resultados que alcançou; a oposição
examina (deveria examinar) o executivo: reconhecer o que o foi bem feito e
apontar, fundamentadamente, o que foi mal feito ou o que não foi feito, em
função daquilo que o executivo se propôs fazer ou daquilo que a oposição
acha(va) que deveria ter sido feito.
Constata-se,
repetidamente, que o executivo sabe embelezar a execução com malabarismos
orçamentais, e sabe passar a mensagem. A oposição examina mal, ou não examina
sequer, e parece não ter consciência que ao examinar mal ou ao não examinar,
examina-se.
A oposição contínua
sem ânimo, deixou cair os braços ou ergue-os somente para cumprir os serviços
mínimos. Só assim se compreende que duas forças políticas - CDS e BE - não
tenham, sequer, participado na discussão do Relatório de Gestão; e as outras
duas - PS e NMPH - se tenham limitado a listar um conjunto de trivialidades
desconexas, sem qualquer fio condutor, e um ou outro ponto vital mal albardado
com tautologismos simplórios (exemplo: executou-se mais receita de capital
porque tivemos muitos fundos comunitários).
A oposição, da
esquerda à direita, revela uma gritante falta de consistência, coerência e
memória. Por isso, põe-se a jeito: é facilmente contraditada, desmentida,
desqualificada. E, pior ainda: como não replica (no bolso leva só os discursos
escritos), sujeita-se, de forma inglória, ao descrédito.
Ora vejam.
PS: bancada da maioria
está ao mesmo nível da oposição: fala do que não sabe (exemplo: Saldo de
Gerência) e debita banalidades e com pose doutoral.
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