O PS local tem-se comportado como verdadeira oposição, na Assembleia Municipal, mas ao Governo do país. Primeiro foi a propósito dos colégios privados - alinhando no discurso e nas posições da maioria PSD. Agora, um dia depois da tragédia que matou seis jovens num desastre automóvel, saiu-se com uma moção pela rápida requalificação do IC8. João Coucelo (PSD) ainda avisou que não era de bom tom "colar" uma coisa à outra. Mas Carlos Lopes (PS) insistiu nessa ideia peregrina. Bem pode o líder da bancada sublinhar uma e outra vez que "o PS não fez, não faz, nem fará qualquer tipo de aproveitamento político de tragédias", que aos olhos de quem assiste a esta inusitada proposta, soa ao seu contrário. É claro que neste jogo do bem-parecer, quase todos os deputados foram votar uma moção que ali chegou em cima da hora, e que nunca ali chegaria naqueles termos se não tivesse ocorrido um acidente no IC8, na véspera - em circunstâncias ainda por apurar, e que podem nada ter a ver com a estrada. Paradoxalmente, foi José Gomes Fernandes (PSD) o único a levantar a questão certa: não misturar assuntos políticos com sentimentos.
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