Apesar de não existir qualquer confirmação (pública e oficial), a verdade é que lá se realizaram as eleições para os órgãos locais do Partido Socialista.
Nos últimos meses alguns militantes movimentaram-se para irem a votos como alternativa às águas paradas, mas com o aproximar da data...a montanha pariu um rato. De modo que Odete Alves liderou a única lista, recandidatando-se ao lugar de presidente da concelhia. Ao contrário do que aconteceu há dois anos, desta vez não se lhe conheceu moção ou projecto. Os militantes que (ainda) fazem parte de um grupo fechado no facebook, lá foram informados de que iria recandidatar-se; mais tarde acrescentou os nomes dos ilustres socialistas que a acompanham, num registo de 'para quem é bacalhau basta'.É muito pouco para quem, há dois anos, se propunha "aproximar os militantes, motivá-los e uni-los".
O que aconteceu agora foi uma espécie de retrato da última ceia, mas com vários Judas a posar para a foto: elementos que passaram os últimos meses a apunhalá-la pelas costas, criticando (muitas vezes com propriedade) a falta de pensamento político e de acção política. Eis que agora aparecem de braço dado com a presidente, numa lista que tem ainda outra particularidade: é familiar, com irmãos, casais, pais e filhos. E que mesmo tendo pouca gente, se deu ao luxo de deixar de fora alguns dos eleitos nos órgãos autárquicos. Militantes do partido.
Nesta quintinha em que se transformou o PS/Pombal, percebe-se facilmente que não havia militantes suficientes para disputar as eleições com duas listas (como em Alcobaça ou Caldas da Rainha, concelhos onde o PS é oposição mas quer chegar ao poder).
De modo que o resultado foi o que tinha de ser: 38 votantes, 31 na lista única, mais 6 brancos, e ainda 1 nulo.
Bem podem agora espernear no facebook os acólitos mais fervorosos. Melhor fora que tivessem a humildade de fazer alguma introspecção e corrigir os tiros, percebendo que a crítica faz parte de uma sociedade democrática, e que tantas vezes é dela que nasce alguma coisa, depois de agitadas as águas. Mas já que preferem as pancadinhas nas costas...ficamos aqui a vê-los guardar os punhais no bolso, até à próxima oportunidade. Ou até que alguém ressuscite este partido.
Uma tristeza, Paula: já nem os candidatos (os membros da lista) votam neles próprios, já nem eles acreditam naquilo.
ResponderEliminarOs membros da lista eram 30, então podemos concluir que houve um militante que não constava nas listas votou na lista A. Como o Adelino Malho já não constava na lista de militantes com direito a voto, posso também concluir que o voto não foi o seu. Abraço.
ResponderEliminarSerá que foi o teu, Roque?
EliminarO Voto é Secreto. Posso responder que como militante de base fui exercer os meus direitos pois tenho quotas regularizadas...sim eu pago as minhas quotas, nunca admitiria pagamentos "em massa" como se passa em muitos sítios e partidos com "controleiros" e caciques.
EliminarÉ muito difícil nos dias de hoje manter-se alguma militância política concelhia, principalmente quando se está na oposição, como é o caso.
ResponderEliminarO PS faz falta à democracia e ao confronto político.
O que se passa com o PS em Pombal passa-se tb com o PSD noutros concelhos.
Por mim, embora lamentando a exiguidade da participação só posso felicitar os resistentes que, mesmo assim, mantém vivo o que resta desse empenho político.
Quem se dedica a ser sufragado e contestado merece só por si respeito. A dedicação à causa pública é nobre e muitas vezes injusta. Esteve bem neste comentário
EliminarO que se passa no PS é uma travessia no deserto, tal como a que o PSD fez no tempo do Engº Guilherme Santos e, neste caso, é mais grave porque a matriz do Concelho é Social Democrata. Uma oposição forte faz muita falta em POMBAL, resta perguntar: como é possível existir uma oposição forte se há oposição dentro do próprio partido apenas a denegrir? Só será possível um PS forte se os seus militantes se unirem aos seus chefes fazendo as críticas lá dentro. Pergunto ainda: os críticos do PS local candidataram-se a alguma coisa e ganharam a eleição ?
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