D. Diogo resolveu – sozinho, como vai sendo regra - assinalar o 25 de Abril de 74 – o dia da Liberdade - com dois singelos actos: hastear das bandeiras e deposição de uma coroa de flores junto ao busto de Salgueiro Maia.
Atendendo ao momento, a pobreza do “programa” nem chocaria muito, se a data não fosse o momento mais grandioso da nossa História contemporânea e se o cartaz não fosse profundamente provocador.
Escolher o slogan “Liberdade Responsável”, muito apregoado pela Opus Dei, e uma citação de um economista, Friedrich Hayek, grande defensor do Liberalismo Clássico, do homo economicus, grande opositor da Democracia e defensor de um conceito de Liberdade de cariz restritivo e opressivo, que explicitou bem numa carta ao The Times, em 1978, já no final da sua vida: "Eu não fui capaz de encontrar uma única pessoa, mesmo no tão caluniado Chile, que não concordou que a liberdade pessoal estava muito maior sob Pinochet do que sob Allende".
Que D. Diogo faça estes números, para promoção pessoal junto dos seus apaniguados e para afrontar os seus opositores, mal, mal, mas ainda se compreende. Agora que a doutora Odete, líder concelhia do PS – o grande partido da Liberdade e da Democracia – colabore nisto, porque não consegue resistir ao fetiche de ser figura de adorno do regime e não tem ninguém que lhe explique que não o deve fazer, choca qualquer amante da Liberdade e da Democracia.
Até a representante do Bloco de Esquerda já percebeu que não pode fazer estas figuras tristes.
Pombal, esta estranha terra onde se comemora o 25 de Novembro e se ignora o 25 de Abril. Esta terra estranha que tem um grupo excursionista ao cemitério do Vimieiro para visitar a campa do seu grande ídolo. Numa terra com gente a governar assim, queriam que fosse de outra forma ?
ResponderEliminar