8 de janeiro de 2023

Director Municipal – o doutor Pimpão escolheu para o cargo uma criatura sem idoneidade

O doutor Pimpão submeteu à reunião do executivo, realizada dia 3 deste mês, a nomeação do Director Municipal escolhido por si, para realizar o seu trabalho, que já se anunciava antes da abertura do concurso: doutor Agostinho António Gonçalves Lopes, ex-dirigente da câmara de Pombal e actual dirigente na câmara de Ânsião. 

Que o doutor Pimpão sinta a necessidade de contratar um Director Municipal, para fazer o seu trabalho, mal mal mas compreende-se: ele sabe que é inepto para o cargo e não tenta sequer exercê-lo. O que não se compreende é a escolha do doutor Agostinho Lopes.

O doutor Agostinho Lopes tem um passado que não o habilita nem o recomenda para nenhum cargo de responsabilidade, público ou privado. Que o jurí do concurso desconheça o passado do doutor Agostinho Lopes compreende-se e aceita-se porque é de fora. Já o mesmo não se pode dizer o doutor Pimpão, que o escolheu e nomeou sabendo do seu passado por via pessol e profissional.  



O doutor Agostinho Lopes abotuou-se com - mandou pagar a si próprio - dezenas de milhares de euros, durante os anos de 2006, 2007 e 2008, quando foi director administrativo e financeiro na câmara de Pombal. Se este comportamento, só por sí, não o habilita para o exercício do mais alto cargo numa câmara municipal, nomeadamente naquela onde praticou tais desmandos, acresce que o doutor Agostinho Lopes acumulou dívidas de centenas de milhares de euros, na sua vida privada, ao ponto de ter que pedir insolvência pessoal, que foi decretada pelo Tribunal de Comércio da Comarca de Leiria, no dia 28-09-2018.

Na resta qualquer dúvida que o doutor Agostinho Lopes não tem condições mínimas, éticas e políticas, para execer o cargo para que foi irresponsavelmente nomeado. Por outro lado, é totalmengte inaceitável que o doutor Pimpão tivesse permitido que o concurso tivesse sido conduzido, de forma profundamente obscura, para este inenarrável fim, e tenha, agora, nomeado para Director Municipal uma critura da índole e com o passado do doutor Agostinho Lopes.

Perante tamanhos escândalos, o doutor Agostinho Lopes não tem idoneidade para o cargo, logo não pode sequer tomar posse. E o doutor Pimpão, por ser conivente e rectificador desta escandalosa nomeação, perdeu todas as condições para exercer o cargo; logo, tem que renunciar.

10 comentários:

  1. O cargo foi há muito decidido pela câmara e é legítimo que muitos achem mal, embora não seja ilegal e, na opinião de outros, poder vir a ser uma mais valia na eficiência do funcionamento municipal.
    Também agora na saúde foi criado o lugar de CEO dos serviços de saúde que tem por missão organizar muito melhor esses serviços que anteriormente estavam mais na dependência das ars sectoriais só dependentes do diretor geral de saúde e secretário de estado e ministro da saúde.
    Ora, dada a inflação cada vez maior dos serviços municipais pode-se justificar a introdução da figura aqui referida embora obviamente tenha mais custos para o município.
    Porém também sabemos que sem ovos não se fazem bolos, e quantos mais bolos queremos fazer mais ovos teremos de gastar.
    O processo de concurso público correu os seus trâmites da forma habitual, houve mais do que um concorrente e julgo que ainda há reclamações a decorrer de outros interessados, o que obviamente mais peso coloca na exigência de honestidade e critério elevado nas decisões finais.
    Mas na coisa pública todos podemos sempre criticar tudo, desconfiar de tudo e acharmos que em tudo se fazem irregularidades e se decide de forma inquinada.
    É a vantagem da liberdade que não sanciona ninguém por dizer o que muito bem entende, seja verdade ou não.
    Neste particular aqui em causa não sei se a acutilância de certos argumentos e a pessoalização dos mesmos não poderão resultar nalgum retorno de cariz jurídico por quem eventualmente se possa sentir pessoalmente acusado de factos que possam não ter acontecido tal como aqui são relatados.
    Eu sobre isso nada sei e nem opino, apenas que casos de ministério público por lá terão de passar e se já passaram e ficaram resolvidos é história passada.
    Insolvências pessoais e sua resolução pela via judicial, após estarem resolvidas, independentemente das suas causas, ficam sanadas e não devemos proscrever para todo o sempre pessoas que tiveram percalços na vida, os ultrapassaram e são perfeitamente idóneas e capazes de desempenhar cargos para os quais concorreram com os seus curriculuns e ganharam o mesmo.
    Enfim, não sou advogado de defesa de ninguém, apenas quero aqui deixar uma opinião diferente e talvez tão ou mais assertiva que a do post.

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    1. O meu amigo tem uma lábia e gasta tanto latim para desculpar os desmandos dos seus que às vezes chega a ofender a inteligência e a honestidade intelectual. É inequivocamente o caso.

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  2. Amigo Malho, não tive qualquer intenção de ofender essa inteligência nem essa honestidade intelectual que o meu amigo personifica e eu não alcanço.
    Repare que tanto inteligência como honestidade intelectual assim em abstrato acaba ficando nisso mesmo, no abstrato do conceito. E é tão inequívoca esta minha oração como é a sua...
    Fazer uma leitura diferente pode não significar uma leitura errada.
    E se quem estiver errado for o meu amigo?
    Onde fica, nesse caso, essa sua classificação que me atribui?
    Sabe tão bem como eu que no relativismo das coisas nada tem valor absoluto.
    E é exatamente o caso...

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    1. Eu conheço bem esse relativismo acompanhado da postura dos dois pesos e das duas medidas.
      Mas vamos ao que importa: como político no activo e nos órgãos autárquicos, diga-nos - se tem coragem para isso -, admitindo os factos expostos, se considera que o director municipal deve ou não tomar posse? E se o presidente da câmara deve ou não renunciar?

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  3. Considerando os factos expostos que no post que enunciou, julgo que quem de direito os poderá averiguar se tiverem a gravidade que o meu amigo lhes atribuiu.
    Como sabe não basta falar nos assuntos para eles serem de imediato decididos como verdades irrebatíveis. É assim no estado de direito.
    Aliás sabe que há meses denunciei uma irregularidade eleitoral de um membro da nossa assembleia e até hoje não houve ainda qualquer decisão do ministerio público, nem sei sequer se apreciação preliminar. Deveria este membro sair de imediato? A intenção é fazer cumprir a lei, mas até lá há o contraditório e a decisão final.E seja favorável ou não ao acusado terminará aí a minha intervenção porque aceitarei a decisão judicial e justa aplicação da lei.
    E aqui neste caso também não me antecipo ao justo escrutínio. Outra coisa será indagar com mais acuidade, junto de quem possa ter mais informações, se estas suas razões invocadas têm pernas para andar no foro jurídico.
    Note que não foi por acaso que falei no eventual retorno jurídico dos visados porque todos têm direito á defesa da honra e do bom nome. E, em caso de erros passados, cujos contornos desconheço, já acertados com a justiça não podem, nem devem, pesar para a vida futura dos indivíduos, a menos que a lei expressamente o determine e julgo que aqui não será o caso.
    Posto isto e se acho que o presidente deve renunciar? Claro que não deve porque não reconheço qualquer motivo que, para já, manche a sua reputação.
    E a terminar e fazendo aqui uma declaração de fé: Então se eu o ajudei a eleger, o suporto e suportarei na AM como poderia ser o seu primeiro acusador?
    Amigo Malho, eu sou leal aos meus, companheiros e amigos, determinado com eles, e desde que não me desiludam ou atraiçoem, até ao calvário os acompanharei ajudando a carregar a cruz se ao gólgota tiverem de subir.
    Acha agora que tenho coragem que chegue?
    Respondi cabalmente à sua pergunta?
    Repito, não tem qualquer razão para se demitir.

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    1. Se o meu amigo resume a política à dimensão legal, e ignora - porque neste caso lhe interessa - a dimensão política e ética, desculpe, mas não vale a pena trocar palavreado consigo sobre estas coisas – é uma perda de tempo. E não é por achar que o meu amigo não percebe…

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  4. Mau, será que há aqui uns que são donos da verdade e outros não?
    Ou será a minha argumentação que não lhe está a correr ao jeito?
    E esperava o quê, que eu entregasse de bandeja o cordeiro para o sacrifício?
    Isso teria de pedir aos seus correligionários políticos que, neste país, avançam com a artilharia política para derrubar o inimigo e, como sabe, aqui o Pedro não anda sózinho nesta peregrinação?
    Eu nunca referi que ao meu amigo não possa assistir razão e se acha que sim fez bem em levantar o véu. Mas o meu amigo, tal como eu opina, não decide. E opina por uma via e eu opino por outra.
    E não vale a pena discutir? É uma perda de tempo?
    Se fosse perda de tempo eu nem teria começado esta discussão e habitualmente só discuto com quem sabe que nas discussões nunca há vencedores, apenas opiniões que respeitosa e mutuamente trocamos.
    É óbvio que se a ética estiver ferida neste caso, claro que devem ser tomadas as medidas apropriadas, ou seja, não tomar posse ou, tal como os secretários de estado, saírem de onde ilegitimamente entraram. Porém isto não são casos que se possam decidir no tribunal popular da opinião pública onde o acusado é sempre condenado.
    É claro se este ou qualquer outro presidente de câmara agir em compadrio, para além das suas funções e favorecendo ou tornando as regras para colocar nos lugares quem não o merece, claro que se deve demitir e se o não fizer deve ser demitido.
    Aqui no caso vertente, o meu amigo acha que há razões e eu acho que não e por isso, a ética assiste-lhe e a mim não?
    Amigo Malho, concordemos que discordamos mas jamais eu lhe diria a si o que o meu amigo me disse a mim. Logo, onde está tolerância e o gosto pelo debate. Nem o meu amigo interveio no assunto nem eu, simplesmente opinamos e, ambos, na minha opinião, com inteligência.
    É óbvio que emitidas que estão as opiniões, quem lê pensa, avalia e fica com a sua conclusão. Julgo que é essa a atitude de quem escreve publicamente.
    Venham de lá esses ossos e, mesmo com artroses, abraço forte para que as nossas discussões não cessem.😉

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  5. O companheiro Adelino Malho, não querias mais nada, do que o Pedro ir embora, como diria a Paula Sofia...

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    1. Já nos contentávamos com um pouco de seriedade nas coisas. Sobretudo no que respeita ao que é de todos.

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  6. Este cargo de Director Municipal não faz sentido. Temos lá um Presidente da Camara e 4 Vereadores a tempo inteiro, todos bem pagos com o dinheiro do contribuinte. Trabalhem. Não faz sentido contratar alguém para gerir a CMP só para os senhores Vereadores terem tempo livre para ir ao cabeleireiro e fazer as unhas a fim de estarem lindas e maravilhosas para as festas, que vão ao fim de semana e durante alguns dias da semana.

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