Hoje foi dia de reunião pública da Câmara, que nesta nova dimensão das (i)responsabilidades autárquicas quer dizer 'dia de briefing'. Pedro Pimpão já disse que não se importa nada de ser Relações Públicas (RP). Nós também não nos importaríamos, se além disso fizesse o seu trabalho. Ora acontece que o nosso autarca decidiu ficar-se pelo prazer, mandando o dever para a sarjeta.
Já vai sendo tempo da oposição não o importunar com perguntas incómodas - como por exemplo como é que se justifica que há um ano esteja por resolver a situação dos esgotos públicos que vertem para um terreno privado na freguesia do Louriçal, sem percebermos quem é que mente, se o presidente da junta, se o da Câmara - sobre coisas sérias, pois que um verdadeiro RP não tem margem para chatices. Vendo bem, está transformado no verdadeiro programador (cultural e desportivo) e divulgador de eventos. Mas para dar um pendor comovente ao cargo, agora juntou um momento de necrologia, que distingue pombalenses de primeira e de segunda: há os que merecem um voto de pesar, e os que só merecem condolências. Aguardamos então pelo momento dedicado aos nascimentos, que por certo está a guardar para juntar à divulgação do "cheque bebé".
Percebe-se, finalmente, por que razão mantém aquele insípido gabinete de comunicação: ele é o verbo. E o sujeito. E o predicado. E se não responde...é porque não sabe.
Este mandato do PSD na nossa autarquia é um case-studie. Desta vez a Drª Odete encostou o RP ás cordas. Daqui a uns tempos ainda vamos ver o Agostinho a responder a todas as perguntas. O Pedro já começa a ficar com o desconforto, de quem verdadeiramente não foi talhado para isto. Se ele na Assembleia da Republica até fez um bom trabalho e foi diligente, como líder duma equipa Executiva está a sentir grande dificuldades. Ele vê-se confrontado com erros/omissões dos seus Vereadores, mas como ele é o chefe de equipa leva com as rosas e também com os espinhos. Pedro, como teu amigo, não te invejo a sorte, mas onde andavas com a cabeça quando fizeste o casting para a lista? Mas fica descansado, pois com a letargia do PS...que vai escolher o teu adversário, em cima das eleições...vais ser reconduzido no cargo. Tranquilo amigo...tranquilo.
ResponderEliminarHá aqui um lamentável oportunismo de fazer chicana política ao se exigir ao PC uma explicação técnica de um assunto para o qual o responsável técnico pelo departamento respetivo estava presente e disponível para o fazer.
ResponderEliminarO Sr. presidente da câmara, talvez por delicadeza, talvez por alguma fragilidade momentânea, permitiu à Sra Vereadora dirigir os trabalhos exigindo ao PC o inexigível. Chama-se a isso intimidar e aproveitar o teatro para se obter dividendos políticos puros e sem qualquer resultado.
Afinal a Sra Vereadora não queria saber do porquê do assunto, queria saber é do porquê do presidente não saber, ou saber há pouco tempo.
Vamos mal assim neste conselho onde os responsáveis, neste caso da oposição, se preocupam mesmo é com a espuma dos acontecimentos e não com a resolução dos assuntos que importam para todos.
Do que tenho conhecimento, trata-se de um dispositivo central de saneamento, implantado em local de cheias, que obriga a obras importantes para solucionamento, como seja, dividir mais eficazmente a confluência de dois coletores principais ali, de instalar válvulas de maré e outros melhoramentos. Estas serão obras de algum vulto e custo a necessitar de estudo, que penso está já em conclusão, concurso, e obra que só poderá ser feita no verão dado o local que se encontra em zona inundável.
E mais uma informação, acaso os moradores locais estivessem já ligados ao saneamento os refluxos que saíram para as ruas teriam entrado também nas casas. Alguma razão há então para se adiarem essas ligações.
Tivemos mais um momento só de zumbido político sem consequência a não ser perturbar, eventualmente, quem mais se tem empenhado na solução. E como todos sabemos, Roma e Pavia não se fizeram num dia, tal e qual estas obras também não.
Mas tenham calma que chegaremos a bom porto, embora nessa altura o assunto já não renda politicamente o espetáculo que se procura.
Lamento assistir a tanto barulho por tão pouco acréscimo ao que de facto importa.
Manuel Serra, então em casa do tendeiro não é o dito que sabe da poda? Ou será mais em casa de ferreiro o espeto é de pau...
ResponderEliminarEm Pombal, e não é de agora, o PSD (local) quando lhe dá jeito "ajunta" a responsabilidade da coisa à responsabilidade politica (vide as criticas múltiplas ao governo central e ao PS local), quando lhe é pouco ou nada "ajeito" declina a responsabilidade politica e separa a mesma da responsabilidade da coisa.
Assim como assim, já tive a experiencia do que escrevo pois ainda hoje estou esperando quem é que assume a responsabilidade POLITICA da nota de 20 paus falsa nas contas da Câmara? É que a outra responsabilidade já foi assumida e "paga" pelo cidadão.
Por vezes a melhor forma de ataque politico tem sido a dita chicana e nisso, o PSD Pombal é useiro e certeiro (até em seu interior) em a utilizar. E quando se sente incomodado e quiçá importunado no seu fair-niente, lá vem a chalaça, a critica mesquinha, a piada mordaz ou mesmo a denominada "fuga em frente" contra tudo e contra todos. Tem sido assim neste ultimo ano de (des)governo autárquico e para mal do concelho nos últimos trinta anos.
Não é bem assim? Então (re)lanço-lhe um desafio, qual é a obra mediática, estrutural, de desenvolvimento do nosso concelho desde 1995?
Vai por si!
Amigo Fernando Carolino, confesso que li e reli o seu comentário e faço aqui um esforço para lhe responder, apenas porque o considero e não o fazer seria altivo e indelicado.
EliminarEu normalmente sou muito pragmático e direto nas minhas análises não perdendo muito tempo com as intenções, subentendidos, insinuações e outras formas de metafórica construção. É que nos ares pretensiosos de alguns, que recorrem a elaboradas argumentações, para parecer que sabem do que estão a falar, quando muitas vezes nem sabem, residem conclusões e presunções falaciosas que, aos ouvidos dos que não entendem soam muito bem, e com isso se conquistam apoios populares, para ideias ocas e personagens incapazes.
É só analisar o histórico dos últimos anos aqui do Oeste para se perceber do que estou a falar.
Nos ditados populares residem afirmações justas derivadas de habituais comportamentos sociais e daí que o que afirma tem a minha concordância. Já sobre os “ajuntamentos” do PSD que refere e sobre as responsabilidades que “ajunta” ou que “descarta” é apenas a normal argumentação no sentido defensivo ou acusador que à visão partidária interessa, e nesse caso não se distingue, na forma, do PS.
Sobre o assunto também aqui abordado, metaforicamente, “ a nota de 20 paus”, é coisa que nada sei nem percebo onde quer chegar com isso, pelo que nada posso comentar. Algo que o meu amigo enfrentou e porventura sem os resultados que esperava. Mas lembro-lhe que eu nunca tive responsabilidades municipais até este mandato e neste, apenas tenho ação deliberativa partidária, mas opinião livre e livre ação na minha forma de intervenção, que não se trava nem com intervenções dos meus, nem dos da oposição, quando os assuntos têm o justo mérito e razoável probabilidade de sucesso no desenvolvimento da vida de todos, que é o meu foco de atuação.
A “chicana” como melhor forma de ataque político é afirmação sua, bem como sua é a conclusão da ação do PSD ser habitualmente essa, podendo eu derivar daí que também defende que o PS deve fazer igual porque mais dividendos políticos poderá granjear. E tudo isso para justificar a atuação da Drª Odete com aquela inquirição ao jeito judicial sobre o Réu Pedro Pimpão ali apontado como o criminoso que nada sabe do assunto que “legalmente” estava obrigado a saber, e ainda com a exigência de ter de responder nos termos que ela entendia.
Olhe, havia de ser comigo! O Sr. Presidente encolheu-se e deixou-se intimidar. Comigo ia ouvir o técnico a bem ou a mal, e se ela se retirasse da sala ouviriam os que ficassem para que ficasse na ata da sessão, porque logo também retorquiria que eu sabia o suficiente e que o assunto estava em solução e que nem estávamos na barra do tribunal, nem eu era réu, nem lhe admitia aquele número agressivo sobre a minha pessoa e muito menos sobre o cargo que estava a representar. Daí o meu comentário que nada diz sobre o presidente, mas sim condena a atuação prepotente e evolutiva da Sra Vereadora.
E sobre o desafio que me faz simplesmente não me apetece sobre isso discorrer para já, mas talvez o meu amigo queira elencar as inúmeras obras mediáticas e estruturais anteriores a 1995.
Já sobre as obras importantes na UFGIMM de 2013 a 2017 terei todo o gosto em esclarecer e talvez aí o meu amigo queira comparar com as que aconteceram cá de 2017 até agora. Garanto que não terá muito trabalho.
Por último dir-lhe-ei em jeito de partilha: Os maus exemplos dos outros não justificam as nossas igualmente más atuações. A justiça popular acha que sim, o dente por dente, mas a justiça real não a considera como válida.
Espero ter sido esclarecedor.
Um abraço.
Amigo Serra, apesar de discordar da parte nuclear do seu argumentário não contava responder-lhe, mas como insistiu, e reforçou, aqui vai a resposta em jeito de ignorante na matéria: diga-me(nos) lá: quantas vezes viu Directores-Gerais a ajudar o primeiro-ministro no parlamento?
ResponderEliminarDigo sim senhor, caro amigo.
EliminarO seu primeiro equívoco é o de comparar a câmara ao parlamento, porque não se tratou de a reunião da Assembleia Municipal.
E se bem se lembra, por diversas vezes Diogo Mateus solicitou a presença de diversos técnicos do município mas reuniões de câmara para explicarem e darem opinião sobre assuntos mais específicos.
Lembro-me de Dr.Joaquim Alberto, do Eng. Abel Moutinho, do Eng Costa e até mesmo do Eng Carreira da pmu.
E se quer honestidade total, o Pedro Pimpão está muito mais verde e impreparado para o cargo do que o maduro Diogo Mateus. Logo não me espantam certas fragilidades por agora que com o tempo irão sendo ultrapassadas.
Volto à vaca fria, não gostei de ver aquela agressividade gratuita e sem resposta à altura.
E não estou zangado com a Dra Odete, estou mais desapontado com uma prestação que lhe diminuiu a imagem pelo rebaixamento da habitual classe que costuma apresentar...
Respondeu mas não respondeu… Procura, sem sentido, separar as situações (executivo/parlamento) quando na essência e na finalidade são idênticas. Depois socorre-se de exemplos que são maus exemplos – o do Eng. Carreira é caso extremo.
EliminarO presidente está ali para defender as suas propostas/iniciativas e para dar respostas às questões colocadas ao executivo. Ponto. Em nenhum momento deve usar os funcionários para se proteger.
A participação de funcionário/dirigente só em situações excepcionais e por concordância do executivo.
Lamento não ter sido tão assertivo como esperava, mas olhe que foi de propósito.
EliminarO meu amigo infere uma obrigação quase religiosa da forma de exercer os cargos. Eu dou lhes muito mais latitude e espaço para as variantes que possam concorrer vantajosamente para a substância do que se pretende resolver.
Os exemplos foram, maus ou bons, reais.
Talvez o meu amigo pugne pela liturgia em termos restritos aos concelebrantes enquanto eu a prefiro, e acho mais útil e vantajosa, quando acolhe as intervenções abalisadas dos que podem ajudar aos méritos das causas.
Diferenças de estilos entre nós, só isso.
O exercício do poder exige formalidade apropriada ao acto, caso contrário vai-se a respeitabilidade. Mas quando o meu amigo diz que mandava avançar o dirigente contra a vontade de parte do executivo está tudo dito sobre o estilo de exercício do poder que defende.
EliminarNeste caso, o Pedro fez mal em socorrer-se da ajuda, mas esteve bem quando corrigiu o erro.