22 de junho de 2009

Apologia do anónimo


"Há quem não entenda que a escrita nas caixas de comentários é um género literário inteiramente distinto do post, pelo que não pode ser avaliada pelos mesmo critérios.

Se eu afirmo taxativamente numa caixa que o Zizek não produziu nada que valha a pena ser lido, isto é prosa de alto calibre. Se alguém me denuncia por nunca ter lido nada desse autor, a reacção é supimpa. Se eu treplico que li mais do que o Zizek, que entrega à mulher a dias as provas dos seus livros para revisão, isto aproxima-se do génio.

Por regra, nas caixas não há argumentos, há interjeições: "Apoiado", "Cala a boca, ó palhaço", "Vai-te...", "O pm é vigarista", "O que tu queres sei eu!", ou algo similar. Há quem desvalorize esta forma de expressão. Há quem se indigne com isto. Há quem sonhe com o dia em que o último comentador será enforcado com as tripas do último blogger.

O mundo é injusto, por isso não tenho esperança que algum dia seja atribuído um Nobel a um comentador de caixa de blogue. Mas temos que reconhecer que há, neste género, autores inesquecíveis. Por exemplo, a zazie, o ac4117 ou o bzidroglio. E então o anónimo, senhores, o anónimo!

Digam o que disserem, o anónimo é o mais admirável ornamento da blogoesfera, o verdadeiro soldado desconhecido da guerra das ideias, sem cujo manso sacrifício nenhuma batalha poderia ser travada, muito menos vencida.

Certa vez topei com um post que gerara 138 comentários, a grande maioria assinados pelo tal anónimo. Pensem bem: 138 comentários! Quanto esforço, quanta convicção, quanta argúcia, quanta persistência, quanta toleima, quanto desvario empregues na confecção de 138 comentários, sem sequer, no final da linha, a compensação dos míticos quinze minutos de fama.

Heróis do nosso tempo, silenciosos e ignorados heróis do nosso tempo, é isso que os comentadores das caixas dos blogues verdadeiramente são. Para todos, um grande bem-hajam."


João Pinto e Castro, "Pensar dentro da caixa", in Jugular, 3 de Julho de 2008

29 comentários:

  1. MEUS CAROS,

    NA MINHA OPINIÃO OS ANONIMOS, TIRANDO SITUAÇÕES EXTREMAS DE ABSOLUTA FALTA DE EDUCAÇÃO, SÃO UTEIS AO DEBATE NO BLOGUE. ESPECIALMENTE O NOBRE POVO, O PRESIDENTE DO E OUTROS MENBROS DA DIRECÇÃO DO SINDIATO DOS ANONIMOS FAZEM MUITA FALTA.

    ESTOU CONVICTO QUE O SINDICATO DOS ANONIMOS ESTA A CONGEMINAR COM O NOBRE POVO UMA GRANDE MANIFESTAÇÃO NO LARGO DO CARDAL PARA DEPOIS DA PROCISSÃO DA SENHORA DO CARDAL NO PROXIMO BODO.

    CONSTA QUE A P.S.P TEN TENTADO INFILTRAR O SINDICATO COM PAISANOS E ENCOBERTOS, MAS SEM SUCESSO, PORQUE ELES CONTINUAM ANONIMOS. DERAM-ME NOTA DE QUE O POVO ESTA A ADERIR COM ENTUSIASMO E QUE VÃO TER VINHO, FINOS, PORCO NO ESPETO, PETINGA SALGADA DO ALFAIATE DE ALBERGARIA E MIGAS DE FEIJÃO CARICO, E AINDA OUTROS MANTIMENTOS E COCKTAILS PARA, PELO MENOS, O TEMPO DO BODO.

    NÃO SERA MANIFESTAÇÃO DE MAIORIA SILENCIOSA. O NARCISO JA TERA CEDIDO AS JANELAS DOS PAÇOS DO CONCELHO PARA OS DISCUROS E PROCLAMAÇÕES. BICHANARAM-ME - SEM PRECONCEITO - QUE O AMIGO R.M.JA TEM O "STENCIL" PARA OS "FLYERS" E A PRENSA DOS CARTAZES.

    ESPERO QUE, DEPOIS NÃO SE QUEIXEM DE QUE HOUVE MANIPULAÇÕES INADMISSIVEIS EM DEMOCRACIA. AS MINHAS EXPECTATIVAS ESTÃO ELEVADAS. CONTO DESLOCAR-ME E ESTAR PRESENTE.

    UM ABRAÇO A TODOS, INCLUINDO AS ANONIMAS,

    J.F.

    P.S.
    NA PROXIMA TERTULIA CONCIDEM TAMBEM OS ANONIMOS ASSEGUREM-LHES QUE NÃO SE PEDE IDENTIFICAÇÃO NEM SE FAZEM PERGUNTAS E QUE PODEM INTERVIR.

    DÊEM VOZ AOS BONS ANONIMOS.

    DESCULPEM, MAS O MEU MAGALHÃES NÃO ME DEIXA PÔR OS OUTROS ACENTOS.

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  2. Caro Amigo Jorge
    Nas regras da Net-etiqueta escrever texto em maisculas indicam que pretende BERRAR, como sei que não é esse o propósito é que estou a informar.
    Um Abraço
    E até a proxima tertulia, que acho que vai haver com porco no espeto e alguns barris de fresquinha

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  3. Há muitas pessoas que se refugiam no anonimato para fazer comentários descabidos e ofender pessoas. Esses não são precisos para nada.
    Porém, quando as opiniões são oportunas e correctas, só têm é que ser dadas, mesmo que seja sob a forma do anonimato. Cada um tem as suas razões, que nem sempre são compreendidas mas que são respeitadas, pelo menos aqui no farpas.
    Pessoalmente, apesar de não ter uma identificação concreta, por enquanto assino como JA, um JA que a tempo oportuno terá um nome com uma cara associada, isto porque apesar de neste momento não ter identificação para assumir a responsabilidade das minhas palavras, esta será assumida quando me der a conhecer ou quando alguém descobrir quem sou.
    Saudações

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  4. Caro Roque,

    Berrar não. Longe de mim. Basta-me os estigma da alcunha de fam'ilia e de, naturalmente, falar num tom com umas oitavas acima da m'edia.

    Na verdade, parti o meu portatil e estou a usar o Socratico Magalhães da minha piquena, o que me complica com os nervos e com a escrita, pois não coloca os acentos onde deve e o cursor - qual macho latino - salta de umas palavras para, a esmo, se meter noutras, o que me causa alguma inveja, mas, sobretudo arrelias. As maisculas foram para simplificar. Tamb'em não gosto de ver. As minhas desculpas.

    Conto com os an'onimos para um abaixo-assinado digital a reclamar do Bicho

    Um abraço

    J.F.

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  5. Amigo, companheiro e camarada Adérito Araújo, boa noite.
    Este texto não é só poesia.
    É uma ode à poesia.
    Só falta dizer que um Herói é um cobarde que não teve tempo de fugir.
    Bem hajas.
    Abraço.

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  6. Jorge, GARANTO-TE QUE OS ANÓNIMOS NUNCA VÃO APARECER. Nem esses nem os nossos amigos que aqui nos fazem companhia no debate sob forma de semi-anónimos. Com pena minha não estive convosco no sábado. O meu papel de mãe é sempre mais importante que outro qualquer, e por isso, tal como avisei atempadamente, era reclamada a minha presença numa festa de final de ano. Venha de lá então esse porco no espeto e porque não um arral da "farpearia" - como lhe chama o meu filho ;)

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  7. É tão fácil ser anónimo... cria-se um e-mail de designação obscura, atribui-se-lhe um nome a preceito (ou uma daquelas siglas inenarráveis), e já está.
    Eu não escrevo como anónimo porque ando à procura do tacho. Senão, escrevia, que sempre se tem um outro "à vontade"! ;)

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  8. É curioso verificar que sou, até agora, a única pessoa que comenta este assunto do anonimato em formato anónimo. Talvez porque no fundo não é a condição que mais me agrada, mas que por enquanto irei manter, não por querer descartar-me da responsabilidade do que escrevo, mas por alguma insegurança pessoal.
    Porém a procura de tacho não creio que seja argumento suficiente para associar um nome aos comentários realizados

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  9. Amigo e companheiro JA, boa noite.
    O nosso amigo e companheiro Gabriel Oliveira é um brincalhão.
    Puro, puro e são.
    Repare que ele escreveu, e muito bem, que anda à procura do tacho e não de tacho.
    Este pormenor faz a diferença.
    Ele faz política por prazer.
    Gosto dele assim! Todos iguais, mas todos diferentes.
    Já não entendo porque é que sente alguma insegurança pessoal.
    Conte comigo que dei três dos meus melhores anos da minha vida à Pátria, nos Serviços Secretos do Exército Português (CHERET).
    Não tenho pistola, mas tenho pistolo e água mole em pedra dura tanto dá até que fura.
    Abraço.

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  10. Caro Eng. rodrigues Marques em primeiro lugar agradeço por me ter mostrado o lapso da minha leitura, sinceramente também achei algo estranho o amigo Gabriel Oliveira andar "à procura de tacho", assim está melhor! Neste caso não é bem do tacho, mas dos peticos e das imperiais!!
    Depois agradeço também o facto de, a brincar, me propôr segurança. O problema é que se não gostar de mim, em vez de me proteger pode ser o primeiro a disparar.
    Saudações

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  11. Amigo e companheiro JA na próxima tertúlia que o nosso querido Administrador há-de marcar venha beber, connosco, umas imperiais.
    Aquilo até cria bicho.
    Até a barraca abana.
    Agora tem que me explicar, bem explicadinho, como é que eu que só tenho pistolo lhe vou disparar seja o que for.
    Nem com pistola de água, que já passou o tempo para isso.
    Abraço.

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  12. Prometo que poderarei, se a minha agenda assim o permitir. No passado sábado, como já tinha compromissos, tive o trabalho facilitado, e não precisei de pensar acerca do assunto.
    Quanto ao disparar, pode sair disparado um biscoito de Louriçal, ou qualquer coisa do género!!!
    Mas já estou a tratar do assunto, acha que 4 ou 5 seguranças chegam para me proteger?
    Em tom de brincadeira, que às vezes também é preciso, mesmo para falar de questões sérias, os meus cumprimentos.

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  13. Caro Rodrigues Marques,
    O espectáculo “De volta da guerra”, sobre o texto "Falatório do Ruzante que veio da guerra" de Angelo Beolco, encenado por Fernando Mora Ramos (Teatro da Rainha) e produzido pelos grupos Casa Velha e Produções Olá, de Moçambique, foi apresentado em 1995, logo após o fim da guerra civil moçambicana, constituindo o primeiro frente a frente da população de Maputo com a temática da guerra. Neste excelente espectáculo, que vi representado em Coimbra em 1997, o grande mérito do Herói, o Ruzante, foi ter fugido! O êxito do espectáculo em Moçambique foi de tal ordem que esteve sempre esgotado, sendo os seus bilhetes alvo de grande cobiça no mercado negro. A definição de Herói é complicada...
    Um abraço

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  14. Há na riquissima literatura das portas de casas-de-banho públicas, belas histórias sobre heróis. Enfim... o heroismo é tão relativo! Associa-se muito à coragem, por exemplo. Mas como há pontos de contacto ambíguos entre a coragem e a arrogância (num extremo), e a coragem e a estupidez (no outro), nem sei que diga, Adérito.
    Caro amigo Rodrigues Marques, apanhou-me na "busco DO tacho". Mas na realidade, eu também me queria referir à busca DE tacho. Mas se nem o camarada me levou a sério, como posso eu pretender que me levem os que "distribuem tachos"? Já vi que por estes métodos não me safo... eheheheheh. ;)
    Com amizade (e disponibilidade para algum tacho que ande por aí "sem dono"),

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  15. Agora para brincar consigo, amigo Gabriel, quem é que supostamente distribui tachos e panelas? Não me diga que agora quer passar para esse lado.
    Sem ofensa, e em tom de brincadeira!

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  16. Ehehe... pois, agora que falas nisso, JA... é realmente angustiante. Para esses lados não me apanham. E nos lados de ondeme podiam apanhar, não têm tachos para distribuir. Ora porra... não tenho sorte nenhuma! ;)
    Agora em tom mas séio, eu queria, neste meu "tró-lo-ró", referir que há quem escreva por isso mesmo. Por acaso aqui no Farpas acho que não acontece, ou acontece pouco. Noutros blogs não é assim. E como não queria qe me dissessem "ah pois, se calhar tu és um deles, dos que andam à procura do tacho", coloquei-me logo nessa posição. Figura estilistica! Quem não quer ser acusado de ser ladrão,começa um texto dizendo "eu que dedico ao ofício do roubo, blá-blá-blá...". Mas como diz (e bem) o Rodrigues Marques,nada disto que eu escrevo é para ser levado muito a sério... eheheeheh.

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  17. Então está a afrmar que não devemos levar a sério?
    Costumava ter muita atenção aos seus comentários, por o considerar digno, ou talvez por simpatia, mas a partir de agora não sei não... :-)

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  18. Os dignos não precisam ser sisudos! eheheh

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  19. Acredito que se os políticos fossem menos engomadinhos e passassem uma imagem mais divertida, os país estaria muito melhor.
    Digo isto, porque a experiência ensinou-me que muitas vezes é a partir de pequenas brincadeiras, às vezes parvoíces, que surgem grandes ideias.
    Se levassemos a vida com mais humor decerto tudo seria muito mais fácil, ou pelo menos melhor ultrapassado.
    Mas quando os dentes não são devidamente tratados, é bom que sejam mesmo sisudos, o que não é o seu caso, por isso, força com as piadas e a ironia!

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  20. Cara Paula Sofia,

    Depois de reflectir sobre o que disse o J.A., vejo que alguns podem pensar que ainda não sai totalmente do armário, que sou também um semi-anónimo. Não e isso que se passa. E o Google account que ‘e avaro. Dou-lhe o meu e-mail completo (jorgeferreira595e@gmail.com) mas o tipo quer-me assim, semi-anonimo.

    Compreendo as tuas razões, mas dizeres que “os anónimos nunca vão aparecer” e uma afirmação de grande firmeza e convicção. Antigamente perante esta atitude, diriam: “’e de homem!”. Como eu sei que ‘es mulher, ainda por cima, bonita, pode ser que com estas palavras te comova e condescendas em haver um período de tréguas ou de “entente cordial” para que o Nobre Povo, o Presidente do Sindicato dos Anónimos, outros paisanos e pseudónimos possam exercer o seu direito de defesa e contraditório pleno.

    Parece-me que, não será assim tão difícil, bastara (?) fazer uso do expediente certo. Como diz e sugere o inteligente Gabriel Oliveira: “criando um e-mail de designação obscura, atribui-se um nome a preceito (…) e já esta.”

    Chamo a atenção que esta minha posição não e uma defesa dos anónimos cretinos e cobardes, mas dos que podem querer farpear com graça e sentido crítico. Daqueles anónimos e pseudónimos que se saibam dar ao respeito e respeitar os outros e esta casa comum que e o Farpas.

    Como disse o Eça e ficou grafado numa estatua, de uma senhora no seu estado natural e bem composta sob manto translúcido que lhe revela mais do que vela as partes de maior recato, que esta colocada - salvo erro - na Rua do Alecrim, entre o Bairro Alto e o Cais do Sodre: “Sob o manto diáfano da fantasia, a nudez crua da verdade!”

    Para mim, as vezes o anonimato e como esse manto diáfano da fantasia, que permite a alguns sentirem-se mais inspirados e tornarem-se mais empenhados e criativos, assim subindo na cadeia de valor. O anonimato pode ser com aquelas roupas de função podem não ser grande coisa nem ter grande utilidade mas que as vezes podem aumentar o entusiasmo e fazer perder a timidez.

    Os pseudo anónimos, aleivosos e com mentalidade de pipodromo que guardem as moedas de 25$00 e procurem o Bar 25 ali prós lados do Coliseu. Ou seja, os abusos podem ser apagados pelos nossos caros Administradores do Blogue.

    J.F.

    P.S.: Só de pensar na falta que neste ultimo mês das noticias que o Nobre Povo nos poderia dar sobre o que o Oscar e o da Malinha a Tiracolo andam a fazer, fico prostrado e em profunda apatia. A minha mulher diz que estou a ficar mais magro desta astenia. Teme mesmo, que perca tanto peso que deixe de me ver de me sentir. Por isso, senão por mim, que não mereço, ao menos por compaixão pela minha senhora, dêem um espacinho essas notícias para eu me recuperar.

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  21. Jorge, estimado semi-conterrâneo. Também sinto falta das graçolas do Nobre Povo. mas esse lá saberá porque é que desapareceu, já que era dos que utilizava a opção open id, mesmo antes de ser recomendada. Quem também deve estar desgostoso ao ponto de desaparecer é o nosso estimado amigo Leitão, pois que se eclipsou não só dos comentários como da sua função entre "os da casa" desde que acabámos com os anónimos. Bem sei que custa, mas não podemos ter sol na eira e chuva no nabal. Lá diz o povão, e com razão.

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  22. Cara Paula Sofia,

    Sobre o nosso amigo Adelino Leitão, vou tentar ser semi-reboque.

    Na reunião do Palácio do Gelo, gostei muito de o ver, mas pareceu-me muito concentrado e ansioso.
    Se não o soubesse um homem de respeito e marido de fidelidade irrepreensível, teria pensado que andaria "moura na costa". Ele convenceu-me que eram as preocupações com o trabalho e eu acreditei, como os cônjuges dedicados acreditam e e da maior conveniência... .

    Chegou-me notícia de que o Rodrigues Marques lhe andara a dar formação na arte de apagar qualquer fogo. Já terá feito a recruta e agora estará a fazer especialização de combate com fogo real em alguns centros da especialidade.

    Também me falaram na possibilidade de o Adelino ter aceite uma avença para assumir responsabilidades muito importantes na área das Relações Públicas e Comunicação no próximo BODO.

    Aventaram-me, ainda, a hipótese de ele estar a preparar obra científica e poética sobre a aplicação do ágar-ágar e outros polissacarideos nas roupas de função e os seus efeitos na libido.

    Fico, pois, a espera que o Adelino venha colocar um post que nos esclareça sobre estes assuntos, afastando o que possa ser apenas boato, pois, estou convicto que, mesmo para ser livre, um homem nem sempre tem de pular a cerca. A verdade liberta com menos riscos.

    Um abraço para todos.

    J.F.

    P.S.

    Adelino, se algo te prende, farpeia e liberta-te. Não me dês mais cuidados e não deixes os amigos em fezes.

    Xi … xi… coração

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  23. Reparem neste exemplo... bem ajustado às necessidades demográficas actuais.

    Se as medidas de incentivo à natalidade não surtem efeito, haja padres como antigamente!


    Do Arquivo Nacional da Torre do Tombo SENTENÇA PROFERIDA EM 1487 NO PROCESSO CONTRA O PRIOR DE TRANCOSO· (Autos arquivados na Torre do Tombo, Armário 5, Maço7)


    'Padre Francisco da Costa, prior de Trancoso, de idade de sessenta e dois anos, será degredado de suas ordens e arrastado pelas ruas públicas nos rabos dos cavalos, esquartejado o seu corpo e postos os quartos, cabeça e mãos em diferentes distritos, pelo crime que foi arguido e que ele mesmo não contrariou, sendo acusado de ter dormido com vinte e nove afilhadas e tendo delas noventa e sete filhas e trinta e sete filhos; de cinco irmãs teve dezoito filhas; de nove comadres trinta e oito filhos e dezoito filhas; de sete amas teve vinte e nove filhos e cinco filhas; de duas escravas teve vinte e um filhos e sete filhas; dormiu com uma tia, chamada Ana da Cunha, de quem teve três filhas, da própria mãe teve dois filhos.

    Total: duzentos e noventa e nove, sendo duzentos e catorze do sexo feminino e oitenta e cinco do sexo masculino, tendo concebido em cinquenta e três mulheres'. [agora vem o melhor:]

    'El-Rei D. João II lhe perdoou a morte e o mandou por em liberdade aos dezassete dias do mês de Março de 1487, com o fundamento de ajudar a povoar aquela região da Beira Alta, tão despovoada ao tempo, e guardar no Real Arquivo esta sentença, devassa e mais papéis que formaram o processo'.

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  24. Caro Roque,

    Já conhecia essa. Houve alguém que se deu ao trabalho de fazer contas e projecções, concluindo que quase metade do país de hoje deve ser descendência deste padre façanhudo e povoador. Bendita a pátria que tal filhos tem!...
    Seria das castanhas de Trancoso ou do ágar-ágar?

    Roque, estou a pensar que o companheiro e camarada Adelino Leitão anda a fazer o mesmo que este padre. Por isso, não dá notícias no Blogue e está tão magro e com o facies tão pálido porque, há muito tempo, que não vê a luz do sol por não sair da alcova de umas e de outras. Não o deixem andar mais por estes caminhos, senão, ele some-se!... A pátria continua a precisar dele.

    Um abraço

    P.S. : Roque as coisas aí para as Cavadas e Louriçal parece estar animadas. Será dos Biscoitos ou alguém anda com falta de uns finos para espevitar a cordialidade e a urbanidade?

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  25. O pessoal nas Cavadas e Louriçal discute, mas não esquece os finos que alimentam a cordialidade e a urbanidade. Os finos ou as minis, no caso em concreto. De tal forma que eu, o roque e o louricalba já fomos tomar o "sacro medicamento"! Agora é generalizar a cura, como se vacinas para a gripe A se tratasse!

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  26. Meus caros,

    Sei que a (o) Casabranca - local que, tirando o "felatio Lewinskiano" é costumeiramente frequentado, por puritanos e suas ramificações - não concorda mas, os "sacros medicamentos", como esses, seja por acção do Divino, seja pela acção da quimica, são de uma fiabilidade e eficácia absolutas, são acessíveis ao povo. Bem como, na justa medida, melhoram as capacidades e qualidades dos seus líderes e não têm efeitos secundários nefastos.

    Melhor os "centros de decisão" estão cá, dentro de cada um de nós, não havendo necessidade de bairrismos e de preocupações nacionalistas.

    Um abraço

    J.F.

    P.S.: Continua a não haver notícias do amigo Adelino Leitão? Será que necessário usar uma farpa do tamaho de um barrote, para ele reagir?

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  27. Amigo e companheiro Jorge, boa tarde.
    O nosso amigo e companheiro Adelino Leitão estava, há minutos, a fazer uma paragem técnica no Paulo, em Albergaria, antes de se dirigir para as Festas do S. Pedro.
    Está bem e recomenda-se.
    Abraço.

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  28. Meu caro amigo Rodrigues Marques,

    Excelente notícia sobre o Adelino Leitão.

    Meu caro, é também nestas pequenas coisas que se vê quem sabe de estratégia. Só isso e a sua experiência na área das "Informações", permitem cobrir tanto terreno e tantos sectores sem se alhear de nenhum e dar bem conta do recado.

    Espero que a água do São Pedro tenha inspirado o Adelino, pois, como refiro no anterior Post relativo ao Louriçal, estou a precisar, urgentemente, da sua intervenção em minha defesa.

    Um abraço,

    J.F.

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