O engenheiro está em grande forma. Constatei-o sexta-feira à noite, nesse evento em que tenho particular interesse (pelo que sou completamente suspeita), que é o Bodo das Castanhas, em Vermoil. Calhou mesmo bem, aquele jantarzito logo a seguir à tomada de posse (vulgo instalação) dos órgãos autárquicos. Foi um baptismo e tanto para os vereadores novos. Um banho de povo à maneira. As raparigas aguentaram-se como puderam. Também lá estava aquele arquitecto que é irmão do engenheiro. E o senhor Carrasqueira de Abiul. E aquela senhora de quem os homens ainda se esquecem, por ser a primeira presidente de uma junta de freguesia, no caso de S. Simão de Litém.
A noite era de festa. A tarde fora o prolongamento do acto eleitoral de 11 de Outubro. De tal modo que o presidente da Câmara - quiçá contagiado pela intervenção inusitada do presidente da junta, que não resistiu a agradecer publicamente tão expressiva votação no PSD - também se deixou levar pela emoção. E falou não só dos seus tempos de menino, como de moço. À história da catequese juntou a dos bailaricos. E de lá seguiu, para nova corrida, nova viagem. Parece que dura mais quatro anos, isto.
"E na epiderme de cada facto contemporâneo cravaremos uma farpa: apenas a porção de ferro estritamente indispensável para deixar pendente um sinal."
26 de outubro de 2009
Antes da Blogosfera, um Bodo em Vermoil
10 comentários:
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Mais 4 Anos de Papas e Bolos
ResponderEliminarE não contou as peripécias que já viveu no mundo da política, nem os planos que teve de desenvolver para conseguir atingir e manter o poder? É compreensivel, "o segredo é a alma do negócio", e este segredo de vitória será divulgado apenas aquela que será a aposta para daqui a 4 anos.
ResponderEliminarAmiga e companheira JA, boa noite.
ResponderEliminarOlhemos para o futuro, com os pés assentes no presente, mas sem esquecer o passado.
E o passado recente passa, também, pelo saudoso pai do ilustre Presidente da Junta de Freguesia de Vermoil que deu a vida, estupidamente, em prol da comunidade.
É um valor a respeitar.
Um beijo nas costas da mão.
Caro Rodrigues Marques, nunca disse que devemos esquecer o passado, bem pelo contrário. As experiências do passado são responsáveis pela nossa construção enquanto pessoas. E são também as decisões do passado que condicionam o rumo em que nos encontramos aos mais variados níveis, nomeadamente politico-sociais.
ResponderEliminarO que eu considero um grave problema são as contantes discussões do passado, apenas com o objectivo de descredibilizar o outro ou auto-promover-se, e não de encontrar formas de fazer mais e melhor no presente e no futuro.
O ideal é aprender com o passado, para agir no presente, sempre de olhos postos no futuro.
A imagem de seu desafortunado pai, o Ilídio Manuel é bom rapaz e respeitado por toda a gente de Vermoil. Todavia, a força da água-pé e a euforia do Bodo não podem levar ao esquecimento da regra de que os votos, sendo expressão da soberania popular, não se agradecem, nem de que, uma vez eleitos, os candidatos não representam partidos ou facções, mas todo o eleitorado sem referência a manifestações de voto. Finalmente, não se pode esquecer que as festas do Bodo são de todos e a política partidária deve ficar à porta.
ResponderEliminarAbraços
Caro amigo Jorge Ferreira, agradeço as tuas palavras. No entanto devo esclarecer que não agradeci votos! Nem no Bodo nem fora dele! Nem nunca pedi votos a ninguém, por isso não os agradeço! Nas eleições não apresentei um partido, apresentei uma equipa e um programa apoiado por um partido. Agora tenho consciência que represento toda a população da freguesia de Vermoil, a minha isenção é total e conhecida. No meu discurso de abertura do Bodo as minhas palavras foram de enaltecer e agradecer o trabalho das COLECTIVIDADES! Quanto à “política” disse: “Agradeço a confiança que depositaram em nós e dizer-vos que é com grande responsabilidade e espírito de missão que continuaremos a servir e a unir a Freguesia de Vermoil. Que iremos continuar a trabalhar por uma freguesia mais forte e melhor!” Disse-o com humildade e com o espírito de partilha de e para todos os que me acompanham. Eu falei na qualidade de Presidente de Junta de Freguesia, não na qualidade Presidente da Junta do PSD, quem me ouviu com isenção acolheu bem as minhas palavras e não fez comentários inusitados!
ResponderEliminarAmigo e Companheiro Rodrigues Marques: Um Abraço!
Caro Ilídio, sou candidato a Presidente da Junta de Vermoil. Atentamente, Victor Adelino Ausina Mota
EliminarOlá Ilídio. Que bom vê-lo por cá. A participar. Nunca duvidei de que falava como presidente da Junta de Vermoil. Mas convenhamos que chamar o assunto à baila foi (em minha opinião, pouco isenta, como está bem de ver, e como deve ser a opinião, por mais que se não goste um apêndice do seu discurso que considero despropositado para a ocasião. Todos sabemos que ganhou as eleições com toda a legitimidade e mérito. E dada a "falta de comparência" de adversário à altura, cheguei a vaticinar que ganharia por margem maior. Não tenha pejo em se dirigir a mim, nem em retorquir o que aqui escrevo. É da discussão que nasce a Luz, como há-de concordar. É como faz o seu companheiro Rodrigues Marques, nosso amigo. De resto, tem toda a razão para se orgulhar das colectividades da sua (e minha também um bocadinho, se me permite) freguesia. A festa/feira que fizeram do Bodo das Castanhas, e de outras actividades, fala por todos.
ResponderEliminarOlá Paula. No meu ponto de vista não é despropositado ter feito um pequeno paragrafo sobre o assunto. Se não o fizesse provavelmente os fregueses tomariam isso como uma atitude de arrogância, julgo. E, Desde logo porque era a primeira intervenção pública, todos os Vermoilenses mereciam aquelas minhas palavras.
ResponderEliminarQuanto ao meu à vontade em me dirigir a si, sem qualquer problema! Pelo contrário. Não disse nada à sua “farpadela” porque a compreendi, tem o seu argumento e tolero como sua livre opinião. Já ao Jorge tive de comentar porque colocou ideias e palavras na minha boca que eu não disse (Jorge que marcou uma presença espectacular no Bodo, mas que no momento da minha intervenção não estava e talvez por isso tenha interpretado mal o seu comentário “intervenção inusitada”).
De resto fiquei encantado como decorreu o Bodo das Castanhas: Tasquinhas; BTT; Actividades para as crianças; Feira; Transito; Parqueamento; Caravanismo; Participação da comunidade (até o Farpas!); Divulgação da Comunicação Social (até nacional RR e RFM!); e o Programa Recreativo; Castanhas assadas e água-pé!
Meu caro Ilídio Manuel,
ResponderEliminarLê bem o meu texto, verás que não coloquei palavra, alguma, na tua boca, pela simples razão de que as não ouvi pois cheguei depois da intervenção que te é atribuída e comentada. Aliás, quem me conhece, sabe que, se tivesse assistido, ter-te-ia chamado à parte e feito o reparo que achasse por bem fazer.
Comentei o post e fiz uma referência genérica ao que entendo dever ser comportamento protocolar de qualquer dirigente político naquelas circunstâncias. Acredita, já vi e assisti a coisas graves de muitos altos dirigentes que não sabem, ou esquecem, as mais elementares regras da decência e da boa educação, de que deveriam dar exemplo. Males, que quem te conhece, sabe bem que não te afectam. Bem pelo contrário, e desde o berço.
Com o respeito que tenho por ti e por todos os outros, o que posso dizer é que esse tipo de agradecimentos que é oportuno e adequado para uma cerimónia pública de tomada de posse, já o não será no âmbito de uma Festa Popular. Isto, é o que eu penso, fruto do que estudo e do que vejo. A minha "farpa" não serve de lição, não acusa nem pune, apenas adverte. Nesse sentido, não tenho dúvidas - antes pelo contrário - que representarás todos os Vermoilenses de forma empenhada, dando o melhor que sabes e podes, como já vi em algumas coisas.
Quanto ao mais, como dizes, o que mais importa é que o Bodo foi uma boa festa,com muitas pessoas mobilizadas e a trabalhar para que tudo corresse bem como correu, mesmo com muita gente alegre e bem bebida, mas sempre respeitadora, o que me merece o maior aplauso e que, como Vermoilense, muito me orgulha, me dá gosto em participar e, até, de colaborar na medida das minhas possibilidades, se e quando o julgarem oportuno.
Abraços