Foram 3 meses em movimento com incontáveis reuniões com associações (de todos os tipos) e duas semanas de campanha intensas com um debate, 15 sessões de esclarecimento por toda a Freguesia, uma iniciativa na Praça Marquês de Pombal (que admito voltar a realizar), a adesão a uma iniciativa de voluntariado e a inevitável campanha de rua, tudo para a posteridade aqui. Com tudo isto queria provar que era possível afirmar a Junta de Freguesia e que era possível governar de outra forma. O resultado foi elucidativo: nas mesas ditas da cidade, ganhei tangencialmente (7 votos) e fora, tirando na Roussa e nos Mendes, onde os resultados fugiram ao habitual, não se conseguiu ir mais longe. Falhei, portanto.
O Bloco de Esquerda não tem responsabilidades nesta derrota. Aliás, mantenho é que não tem responsabilidade nenhuma por se ter apresentado e nem ter feito campanha, para além de um artigo num jornal, demonstrando que para além da sua utilização para voto de protesto, é um partido que para pouco mais serve. A CDU teve um resultado abaixo do normal, mas também não é por ter concorrido que ontem perdi. A ausência do CDS pode explicar a subida do PSD (foram 390 votos em 2005 e o aumento do PSD cifrou-se em 311), mas o importante é que o aumento de 571 votos que a minha lista registou, foi muito insuficiente. A única nota menos má, mas sem efeitos práticos, é que se elegeu mais um membro para Assembleia.
Portanto, sem se conseguir convencer o público urbano e dando de barato que o facto de eu ter assumido, ab initio que não exerceria o cargo de forma exclusiva, situação que não me deve ter prejudicado por ser um exercício de transparência, não consegui demonstrar junto da população que a Junta pode ser mais do que aquilo que é.
Por isso, e números à parte, a conclusão é simples: assumindo que o diagnóstico estava bem feito, há que ter tempo para o expor, o que não se compadece com os habituais ciclos políticos de curta duração pombalense. Havia um trabalho de base da anterior bancada da Assembleia de Freguesia que foi muito útil, mas impõem-se agora 4 anos no terreno a demonstrar o porquê de apostar numa alternativa, mantendo sempre presente que o que for bem feito, também será referido (como aliás, a campanha o fez).
Quanto ao PS, que se tirem todas as ilações. Também ali me parece que o diagnóstico já está feito há muito. Haja pelo menos é algum tempo para apurar o que acontecerá.
Uma última nota para a actualização dos cadernos eleitorais: a abstenção aumentou porque para o aumento de 3000 eleitores nos cadernos eleitorais, apenas mais 400 pessoas vieram votar (nas legislativas a realidade é ligeiramente diferente, mas o padrão é o mesmo), o que demonstra que a inflação dos números de eleitores é parcialmente artificial. Isto, reitero, não afecta a legitimidade dos resultados e não tem qualquer outra influência senão na abstenção que, na realidade, pode muito bem ter sido inferior à registada.
Portanto, de rescaldos da Freguesia de Pombal estou falado. Venha o trabalho.
O Bloco de Esquerda não tem responsabilidades nesta derrota. Aliás, mantenho é que não tem responsabilidade nenhuma por se ter apresentado e nem ter feito campanha, para além de um artigo num jornal, demonstrando que para além da sua utilização para voto de protesto, é um partido que para pouco mais serve. A CDU teve um resultado abaixo do normal, mas também não é por ter concorrido que ontem perdi. A ausência do CDS pode explicar a subida do PSD (foram 390 votos em 2005 e o aumento do PSD cifrou-se em 311), mas o importante é que o aumento de 571 votos que a minha lista registou, foi muito insuficiente. A única nota menos má, mas sem efeitos práticos, é que se elegeu mais um membro para Assembleia.
Portanto, sem se conseguir convencer o público urbano e dando de barato que o facto de eu ter assumido, ab initio que não exerceria o cargo de forma exclusiva, situação que não me deve ter prejudicado por ser um exercício de transparência, não consegui demonstrar junto da população que a Junta pode ser mais do que aquilo que é.
Por isso, e números à parte, a conclusão é simples: assumindo que o diagnóstico estava bem feito, há que ter tempo para o expor, o que não se compadece com os habituais ciclos políticos de curta duração pombalense. Havia um trabalho de base da anterior bancada da Assembleia de Freguesia que foi muito útil, mas impõem-se agora 4 anos no terreno a demonstrar o porquê de apostar numa alternativa, mantendo sempre presente que o que for bem feito, também será referido (como aliás, a campanha o fez).
Quanto ao PS, que se tirem todas as ilações. Também ali me parece que o diagnóstico já está feito há muito. Haja pelo menos é algum tempo para apurar o que acontecerá.
Uma última nota para a actualização dos cadernos eleitorais: a abstenção aumentou porque para o aumento de 3000 eleitores nos cadernos eleitorais, apenas mais 400 pessoas vieram votar (nas legislativas a realidade é ligeiramente diferente, mas o padrão é o mesmo), o que demonstra que a inflação dos números de eleitores é parcialmente artificial. Isto, reitero, não afecta a legitimidade dos resultados e não tem qualquer outra influência senão na abstenção que, na realidade, pode muito bem ter sido inferior à registada.
Portanto, de rescaldos da Freguesia de Pombal estou falado. Venha o trabalho.
camarada Alvim: Já te disse pessoalmente, mas volto a dizer aqui, publicamente: Não me costumo enganar muito nos resultados (como se provou em Leiria), mas admito que é, de facto, fundamental andar no terreno, para ter essa sensibilidade. Talvez por me faltar esse dado constante, tinha uma expectativa muito maior. Esperava mesmo voltar a Pombal ao final da noite para te felicitar. Não só por seres meu amigo (e isso conta), mas sobretudo porque acreditava que o teu projecto seria o melhor para Pombal. A bem do João, da Leonor, da Mafalda. É por eles, também, que nunca podemos baixar os braços.
ResponderEliminarJoão e Paula,
ResponderEliminarHá que ler este resultado como ele foi (na minha perspectiva): mais de 40%!!! Conclusão imediacta: João Alvim vale, eleitoralmente e em Pombal, muito mais que o PS. E convenhamos, o seu adversário era credível, estava bem implantado, é um senhor simpático e de grande valia politica. Um bom candidato! O que valoriza ainda mais o resultado do Alvim.
Fico contente por ter assistido a uma campanha limpa, para a Junta de Pombal. O que engrandece os 2 candidatos.
E fico expectante para saber o que o João Alvim fará numa próxima vez. Porque este resultado deixa, inegavelmente, boas expectativas! Contraria claramente o sentido do PS, em termos eleitorais. Se a isso aliarmos uma nova forma de fazer politica, o seu amor por esta terra, a sua juventude, a sua clarividência... parece-me que há mudança adivinhada, no ambiente politico de Pombal!