27 de janeiro de 2010

Dupond e Dupont


A JS considera de "extrema importância" a existência de um Conselho Municipal de Juventude". A JSD quer fazer do mesmo assunto "a sua bandeira". O engraçado é que no programa que o PS apresentou na sua candidatura à Câmara Municipal não aparece, uma única vez, a palavra juventude e no do PSD não li em parte alguma a palavra conselho. Afinal em que é que ficamos: os jovens querem o conselho mas os cotas recusam?

Já agora, e para que conste, a única força partidária que, desde sempre, defendeu nos seus programas eleitorais a criação de "um Conselho Consultivo de Juventude, com representantes das associações juvenis e de estudantes" foi a CDU.

20 comentários:

  1. Seria pertinente que se assumisse posição relativamente à concordância ou não com a actual lei. Caso se discorde, que se referisse que modelo se propõe.

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  2. Nuno,

    Concordo contigo (não sei se pelos mesmos motivos) quando dizes que o Decreto/Lei 8/2009, que cria os Conselhos Municipais de Juventude(CMJ) é uma trapalhada.

    Em primeiro lugar, considero que a existência e o formato dos CMJ deveriam ser da competência de cada autarquia. Estar a querer uniformizar é uma estupidez. A não ser que se entenda que Lisboa e o Corvo tenham os mesmos problemas e, como tal, necessitam de soluções idênticas. Por outro lado, à luz do Decreto/Lei, o CMJ surge como um órgão burocrático e confederativo, com poderes executivos próprios e cujo funcionamento traz custos para a autarquia. Se o objectivo do PS era o de criar uma criar uma mega-associação juvenil, conseguiu. Mas não é isso que nos faz falta.

    Vou particularizar, tentando não me alongar em demasia.

    1. O Decreto/Lei defende que os CMJ devam "promover iniciativas sobre a juventude a nível local", "incentivar e apoiar a actividade associativa juvenil, assegurando a sua representação junto dos órgãos autárquicos, bem como de outras entidades públicas e privadas, nacionais e estrangeiras", etc.

    Claramente, estas competências transcendem o seu carácter meramente consultivo (como eu os entendo).

    2. Os grupos informais de jovens, que tenham actividade regular no conselho, não são considerados pelo Decreto/Lei. Segundo o documento, só têm assento no CMJ as associações inscritas no RNAJ e as juventudes partidárias.

    Esse aspecto descrimina todos aqueles que, por opção, não querem federar-se. É o caso, por exemplo, de muitas bandas musicais.

    3. "O apoio logístico e administrativo aos CMJ e aos eventos organizados por sua iniciativa, nomeadamente a realização de encontros de jovens, colóquios, seminários, conferências ou a edição de materiais de divulgação", diz o Decreto/Lei, "é da responsabilidade da câmara municipal".

    E as câmaras estão em condições de o fazer? O Instituto Português de Juventude não deveria também financiar estas iniciativas?

    Um abraço,
    Adérito

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  3. Chegam a ser embirrantes por tão iguais! Quase não nos deixam escolhas. E eu que acreditei que a Social-Democracia era uma ideologia de esquerda... Sou mesmo inocente! Ou lerdo!
    Saudações.

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  4. Adérito,

    Quando se distingue a "politica política" praticada pelas juventudes partidárias da "POLITICA", algo não estará bem neste Reino que, só por acaso, não é o da Dinamarca.

    Li o diploma que institucionalizou os Conselhos da Juventude na diagonal e não vejo nele problemas de maior. A ideia dos Conselhos da Juventude é excelente e, quanto maior informalidade na sua constituição e funcionamento, tanto maior será participação e mais bons resultados se obterão em termos de criatividade e de cidadania. Quanto menos se clonar os políticos adultos e das juventudes partidárias formatados para os jogos de bastidores visando o acesso e a conquista do poder, melhor. Resistam, essas organizações e os nossos autarcas, como tenho visto em situações semelhantes ( Ex. “ Assembleias da Juventude”, em que os meus filhos, por sua exclusiva iniciativa, têm participado)às tentações de controlo, e sobretudo, de exercerem um paternalismo de catequistas à antiga, do mais bacoco que alguma vez me foi dado a ver, e haverá criatividade e empenho dos participantes não sendo a falta de flexibilidade da Lei motivo de desculpa não se trazerem os jovens com as suas causas e interesses para o centro do exercício da cidadania e do serviço público. Se tudo isto acontecer é bem possível que se comece a deixar de fazer sentido falar da “política política” para se falar, tão simplesmente, de POLÍTICA! E tendo orgulho nisso.

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  5. Amigo e camarada Adérito Araújo, boa noite.
    De uma forma engraçada e por exclusão de partes dizes que só a CDU (que não sei o que é. Será o PCP+os Verdes+…? Na Europa os Verdes são um Partido credível e com identidade própria, como sabes) é que se preocupa com a Juventude.
    No mínimo estás a ser mauzinho, até mesmo contigo próprio.
    Onde é que está a Juventude Comunista?
    E a Juventude Socialista? Por onde é que anda?
    Ainda não reparaste que só “mexe” a JSD.
    Ciclope, só na mitologia.
    Mesmo assim, com um abraço amigo, mas pequenino.

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  6. Sou apologista de que todos os espaços que fomentem a discusão e a participação cívica são benéficos, mas parece-me que esta questão dos Conselhos Municipais da Juventude devia ser simplificada. Olhando para o Decreto Lei, só posso concluir que estão a complicar tudo.

    Mas qual é a ideia? Ter uma espécie de Câmara Municipal dividida em dois? De um lado a Juventude e de outro lado a "não Juventude".
    O nosso amigo Jorge Ferreira disse e muito bem que "quanto maior informalidade na sua constituição e funcionamento, tanto maior será participação e mais bons resultados se obterão em termos de criatividade e de cidadania", e é exactamente aí que me parece que esta ideia falha. Caso a minha interpretação da lei esteja correcta, procura-se formalizar o mais possível, em suma, complicar o mais possivel!

    E outra questão, o art.2º do decreto lei 8/2009, "O conselho Municipal da Juventude é o orgão consultivo do município sobre matérias relacionadas com a política da juventude". O consultivo, deve ser mesmo para enganar, porque algo com a complexidade e com as competências que se pretende, não creio que possa ter um carácter apenas consultivo. Mais uns tempos e criam também o Conselho Municipal da Cultura, que também é muito interessante e uma área em que decerto havia muito a dizer e a "consultar".

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  7. Pois está-se mesmo a ver porquê tanto palavreado e tanta juridiscisse! Complicar, propiciar o desinteresse da maior parte, para que as juventudes partidárias, e só essas, posssam ocupar os ditos lugares. Não são todos os jovens que interessan ao Conselho Consultivo, apenas os arregimentados, os manipuláveis à sombra dos futuros "jobs" para militantes dos Partidos. E mais não digo.
    Saudações.

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  8. Caro Rodrigues Marques,

    Eu não faço especulações. Referindo-me a Pombal, limitei-me apenas a constatar, sem sequer emitir juízos de valor, uma evidência: "a única força partidária que, desde sempre, defendeu nos seus programas eleitorais a criação de "um Conselho Consultivo de Juventude, com representantes das associações juvenis e de estudantes" foi a CDU."

    Quanto ao facto de não saber o que é a CDU, não lhe posso valer. Também é verdade que não me espanta verificar que o engenheiro apenas conhece aquilo que lhe interessa.

    Caro Jorge Ferreira,

    Presumo que não se refere a mim quando aponta o dedo a quem distingue a política praticada pelas juventudes partidárias da POLÍTICA. É que é precisamente isso que eu acuso! Quanto à sua leitura do documento, se tiver curisidade leia-o também na horizontal e na vertical e verá que, em muitos aspectos, concordará comigo (e com a JA).

    Grande abraço,
    Adérito

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  9. Presumo que alguma vez o Conselho Municipal da Juventude seja funcional em Pombal. Poderá ser constituído, mas duvido que alguma vez reúna.Ou mesmo que seja reúna, nunca serão vinculadas as suas deliberações.

    Assim como aconteceu com um tal conselho técnico para a Saúde, que foi constituído no anterior mandato. Tenho ideia que nunca reuniu, ou se reuniu, foi uma única vez.

    Quanto às notícias que estão na base deste post, a JS marcou a sua agenda política, e muito bem. Antecipou-se. Digamos que no aspecto político, "entalou" o Vereador Pedro Pimpão, que ao ter promovido aquela acção da JSD, ficou com uma vida difícil.

    Será que a proposta da JS vai ser reprovada na Assembleia Municipal? E depois, o Conselho Municipal da Juventude será criado mais tarde? Por iniciativa de quem?

    Primeiro, porque ele, sendo dirigente nacional da JSD sabia que o seu orador convidado iria dizer que o Conselho Municipal da Juventude deve ser criado.

    Segundo, ao convidar o Presidente da Câmara a estar presente, sabia que ele ia ouvir ideias contrárias à sua. Ou seja, o Pedro Pimpão foi "mestre" ao realiza a acção para tentar convencer o Presidente da Câmara que era bom criar em Pombal o tal Conselho Municipal da Juventude.

    Não sei o que ele teve de ouvir a seguir.

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  10. Caro Adérito Araújo, quanto à inscrição no RNAJ como condição acrescento um inconveniente. A carga burocrática de todo o processo, que leva a que apenas 2 associações em Pombal se encontrem inscritas.

    Caro Rafeiro, a formação da JSD serviu para percebermos melhor como funciona um CMJ, não para defender ou criticar a sua criação. Obviamente que criá-lo é bom, mas não à sombra desta lei, portanto desconfio que mais voltas terá de dar a JS, pois aproveitou um timing deixado pela JSD para desta vez se antecipar, vejamos é qual a substância da proposta.

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  11. Meu caro Adérito,

    Presumes bem. Na verdade, se há coisa para que eu não uso o(s) dedo(s)é para apontar a quem quer que seja. A expressão não é minha, consta dos comentários no Farpas, mas o visado sabe e é uma questão de pesquisa.

    Como sabes, a iconografia do apontar do dedo é própria da estatuária monumental de Mao Tze Tung, apontando ele os caminhos de sacrifício da "Longa Marcha", alentando os camaradas da luta com a certeza que tinha e lhes dava, de que o “ Poder político nasce no cano da espingarda”. Ora, estas vias e este apontar de dedos (metaforicamente falando), creio eu – embora possa estar enganado - é mais escola do Camarada Rodrigues Marques e dos instruendos das suas activas Juventudes que, como esta questão bem o demonstra, têm interiorizado este conceito estratégico e estão bem impregnadas das subtilezas da táctica, como as bem colocadas intervenções do Nuno Carrasqueira o parecem demonstrar e colocar prática, em relação à proposta da JS sobre a criação do Conselho da Juventude:
    -“Se o inimigo avança, nós recuamos;
    -se o inimigo pára, nós flagelamo-lo;
    - se o inimigo se cansa, nós atacamos;
    - se o inimigo retira, nós perseguimo-lo.”

    Pena é, que os jovens da J.S. e das outras juventudes não lhe façam um contraditório à altura. Valha-nos a menina e sempre querida JA, que domina a informação e replica como uma verdadeira Senadora da nossa Res Publica

    Eu, por mim prefiro os poetas com Carlos Drummond de Andrade no belo e extenso poema, intitulado;

    NO NOSSO TEMPO
    I
    Esse é tempo de partido,
    tempo de homens partidos.
    Em vão percorremos volumes,
    viajamos e nos colorimos.
    A hora pressentida esmigalha-se em pó na rua.
    Os homens pedem carne. Fogo. Sapatos.
    As leis não bastam. Os lírios não nascem
    da lei. Meu nome é tumulto, e escreve-se
    na pedra.
    Visito os fatos, não te encontro.
    Onde te ocultas, precária síntese,
    penhor de meu sono, luz
    dormindo acesa na varanda?
    Miúdas certezas de empréstimos, nenhum beijo
    sobe ao ombro para contar-me
    a cidade dos homens completos.
    Calo-me, espero, decifro.
    As coisas talvez melhorem.
    São tão fortes as coisas!
    Mas eu não sou as coisas e me revolto.
    Tenho palavras em mim buscando canal,
    são roucas e duras,
    irritadas, enérgicas,
    comprimidas há tanto tempo,
    perderam o sentido, apenas querem explodir.
    II
    Esse é tempo de divisas,
    tempo de gente cortada.
    De mãos viajando sem braços,
    obscenos gestos avulsos.
    Mudou-se a rua da infância.
    E o vestido vermelho
    vermelho
    cobre a nudez do amor,
    ao relento, no vale.
    Símbolos obscuros se multiplicam.
    Guerra, verdade, flores?
    Dos laboratórios platônicos mobilizados
    vem um sopro que cresta as faces
    e dissipa, na praia, as palavras.
    A escuridão estende-se mas não elimina
    o sucedâneo da estrela nas mãos.
    Certas partes de nós como brilham! São unhas,
    anéis, pérolas, cigarros, lanternas,
    são partes mais íntimas,
    e pulsação, o ofego,
    e o ar da noite é o estritamente necessário
    para continuar, e continuamos.
    III

    (…)”

    Para que não esqueça. Efectivamente, a Lei tem burocracias mais que evitáveis, mas podem suplantar-se com flexibilidade e bom senso. Não avançar à espera da lei e dos actores perfeitos é seguramente pior do que caminhar tentando tirar dela o sentido útil, que é o de trazer os nossos Jovens ao centro da “ ÁGORA ” a verbalizarem as suas narrativas de presente e de futuro conjugando os “Eu”, os “Tu”, os “Ele” , os “Nós”, os “Vós” e os “Eles” com que se compõe o Passado, o Presente e Futuro em todas as conjugações e de todo o mundo.

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  12. Caro Jorge Ferreira, supondo que o percebi, não posso deixar de ficar confuso. Ora o senhor afirma, ou parece-me, que ambas as juventudes partidárias optam por tácticas de credibilidade duvidosa. Ora, se a JSD realmente tivesse esse tipo de estratégia, parece-lhe razoável que eu viesse para aqui, blog com linha editorial focada em contrariar-nos, divulgar a nossa estratégia? Vá, seja racional.
    E tão bem não digo que a JS tenha esse tipo de intervenção. Digo que neste caso, dado o histórico do tema em Pombal (que desconhecia por completo e ainda desconheço em grande parte), a actualidade recente do tema e as críticas à inactividade da JS, esta juventude terá aproveitado a oportunidade para mostrar que consegue actuar antes da JSD, recuperando um pouco da sua força. Elogio a vontade, apenas estou à espera da substância da proposta, que por me aparentar ter sido preparada à pressa pode vir a ter algumas lacunas.
    Como vê, tudo sem estratégias escondidas, por mais que tente dar segundas interpretações às minhas palavras...
    Um bem-haja.

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  13. Nuno,

    Essas tácticas não são nada de credibilidade duvidosa. São ensinadas nas mais Prestigiadas Academias Militares e Escolas de Gestão de todo o mundo. Ajudaram muitos povos, desde os tempos mais remotos, como o Viriato e os Lusitanos, o D. Afonso Henriques na nossa independência e, em geral, em todas as guerras de libertação dos povos nos tempos modernos, como a da libertação da China dos Japoneses ou o Vietname dos Americanos. Diz-se, até, que nós como povo e como soldados sem grandes meios, somos especialmente bem adaptados a este conceito estratégico e princípios de operacionalidade tácticos, por isso, conseguimos "dar novos mundos ao mundo" e manter durante séculos, uma presença à escala global, com tão poucos homens e tão poucos recursos. A sua adaptação à nossa realidade empresarial de pequenas e médias empresas num pais periférico, teria a virtualidade de as tornar mais eficientes e competitivas. Chamemos-lhe assertividade e firmeza estratégicas na definição dos objectivos, e, flexibilidade táctica na afectação dos meios e na adequação às circunstâncias. O que, transposto para o campo da discussão, se pode traduzir, na tradição de Maquiavel, na ideação da acção "política como a realização da guerra por outros meios."

    Como pode constatar, aprecio as suas intervenções, por isso as disse "bem colocadas", e que gostaria de ver, igual modo, os das outras Juventudes a intervir e a contraditar, do mesmo modo, concordando ou não com elas. Vai ver que o Camarada e amigo Rodrigues Marques vai perceber tudo, e responder com a clareza e convicções que lhe são próprias. Quem sabe não estará ele disponível para uns "briefings" e umas sabatinas na vossa sede?

    Depois sobre o cerne do assunto do post, meu caro, como diz o poeta:
    "(...)
    As leis não bastam. Os lírios não nascem
    da lei. Meu nome é tumulto, e escreve-se
    na pedra.(...)"

    Abraços

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  14. Caro Nuno, uma boa questão a discutirmos na tertúlia a 20 de Fevereiro. Para quem ainda não sabe, a ADEPES vai promover uma tertúlia sobre "Associativismo e Políticas de Juventude", a realizar-se no Café Concerto.
    Uma iniciativa a valorizar e que mostra que há jovens que realmente se interessam por Pombal.

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  15. A ideia da Juventude em excesso em qualquer eira cheira-me demasiado Fascista.
    A ideia de começar a limpar muita da feira de velharia é Geriatria.
    Ainda que Fascista…

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  16. Caro Jorge Ferreira,

    Redimo-me pela má interpretação das suas palavras, ainda que estratégias ou tácticas nunca devam servir, na política, para a encarar como guerra mas por um trabalho conjunto com várias opiniões diferentes. Agradeço também o elogio e partilho consigo a pena pela pouca participação de outras juventudes partidárias, mas sobretudo dos jovens em geral. Contudo, penso que cada vez mais existe vontade em participar e em fazer coisas, esperemos que persista.


    Cara JA,

    Discutiremos tudo o que for pertinente, assim haja quem levante questões. Quanto à ainda pouca divulgação do evento, deve-se ao facto de ainda haver presenças a confirmar. Brevemente haverá novidades.

    Cumprimentos.

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  17. Estratégias e tácticas na política? Não, de todo. O que há é mesmo jogo do mais sujo que se possa imaginar.

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  18. Sim Senhora do Cardal, também se pode diferenciar guerra justa e legitima de guerra suja. Duas realidades bem distintas. Tal como a ambição política suja da "vã glória de mandar" e de colocar os bens públicos ao serviço de desígnios pessoais ou de interesses de grupo é bem diferente da Política bem pensada estrategicamente na definição dos objectivos das comunidades e no planeamento das acções ou tácticas em vista da sua concretização, tudo começando pela participação dos cidadãos, activa e esclarecidamente, na definição desses objectivos e a sua mobilização articulada para as acções de concretização, incluindo a realização de objectivos pontuais, sectoriais e locais. Dando cada um o seu melhor à sociedade, de acordo com as suas possibilidades e capacidades, e recebendo dela de acordo com as suas necessidades e as possibilidades desta em as satisfazer, implicando nisso todo o sentido e consequências, de todos e cada um, sermos cidadãos empenhados nos desígnios do amor ao próximo e do bem-estar colectivo. Havendo o respeito por estes valores e princípios, teremos a garantia que todos terão os maiores benefícios e que teremos um sociedade justa e qualitativamente sustentável. De contrário, mais tarde ou mais cedo, seja pela rebelião, guerra ou revolução, este mundo muda necessariamente. Se imediatamente e para melhor, não sabemos. Por isso, por enquanto, os que mais sentem e sofrem as injustiças deste mundo engolem a sua ira em seco e aplacam a sua vontade de revolta. Chegue-se a uma situação de impasse e de falta de esperança, e isto muda, a bem ou a mal. Aproveitemos, pois enquanto temos escolha. Quando isso acabar, é um turbilhão que perscrutamos como pode e vai começar, mas não sabemos, nem controlamos o modo como vai acabar.

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  19. Esquecia-me de referir que são os jovens os mais prejudicados com esta situação, são eles os mais interessados na mudança, serão eles quem, a mal ou a bem, vão exigir e fazer essa mudança. Demos-lhe voz e caminho. Porque, se não lhes franquearmos o caminho e as portas como é certo e generoso, serão eles a flanquear os caminhos e a forçar as portas para que seja ouvida a sua voz e se leve em conta a sua vontade.

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  20. Na política não o nego, mas quero acreditar que as jotas são a força da mudança... E pelo que conheço, assim o é.

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