Acabado este período de nojo a que as festividades obrigam, fiquei intrigada (eu e mais meia dúzia de pacatos cidadãos) sobre a história dos "vereadores de turno" de que o nosso caro amigo Rodrigues Marques aqui falou, em tempo de Natal. Essa e outras questões andam cá a martelar. Se algum dos nossos tão-bem-informados comentadores (palavra de honra que às vezes até parece que vivem dentro da Câmara, de tão bem esclarecidos) quiser ter a simpatia de esclarecer estes vossos amigos...
1. Quer então dizer que agora há uma escala, para saber quem segura no chapéu de chuva, abre a porta e acena com a cabeça enquanto o senhor presidente discursa? Será isso? Se assim for, acho bem. Quem sabe podemos até evoluir para o registo de outras câmaras da região, onde - imagine-se! - o presidente delega, de facto, competências nos seus vereadores em representações oficiais. Porque o povo está (mal) habituado e é melhor começarmos já o chamado desmame.
2. Apesar de não parecer, o PS/Pombal existe. Tem sede ali por baixo daquela varanda natalícia mais iluminada que o próprio cardal, na rua Alexandre Herculano. Consta até que acabou de perder um dos seus mais ilustres militantes. Se assim for, é Pombal que perde, também.
Por solidariedade interna vou escusar-me a dar a notícia, deixando para a competente comunicação social da terra esse doce informativo.
1. Quer então dizer que agora há uma escala, para saber quem segura no chapéu de chuva, abre a porta e acena com a cabeça enquanto o senhor presidente discursa? Será isso? Se assim for, acho bem. Quem sabe podemos até evoluir para o registo de outras câmaras da região, onde - imagine-se! - o presidente delega, de facto, competências nos seus vereadores em representações oficiais. Porque o povo está (mal) habituado e é melhor começarmos já o chamado desmame.
2. Apesar de não parecer, o PS/Pombal existe. Tem sede ali por baixo daquela varanda natalícia mais iluminada que o próprio cardal, na rua Alexandre Herculano. Consta até que acabou de perder um dos seus mais ilustres militantes. Se assim for, é Pombal que perde, também.
Por solidariedade interna vou escusar-me a dar a notícia, deixando para a competente comunicação social da terra esse doce informativo.
Delegação de Competências sempre me pareceu que, aqui em Pombal, se fizeram mas inversamente. Quero dizer: a câmara, que constitucionalmente é um órgão colegial, delega anualmente as suas competências no Presidente que depois as usa como um "Valido" do tempo da monarquia - ditatorialmente. Há, escondido na alma de cada português, um tirano sempre à espera de ser acordado. Veja-se a excessiva reverência que os pombalenses nutrem pelo Marquês de Pombal.
ResponderEliminarSaudações.
Boa noite!
ResponderEliminarEu sou um Pombalense que tenho admiração pelo Marquês de Pombal, sabe porquê?
Mandou reconstruir Lisboa, após o terramoto, contra tudo e contra todos fez a Avenida da Liberdade larga, com 200 anos e ainda está actualizada, satisfazendo as necessidades de hoje dos Lisboetas.
Foi embaixador de Portugal em Londres, Ministro do Reino, fomentou o associativismo, a cultura do vinho do Porto, criou as escolas do comércio e outras para proporcionar a aprendizagem das artes entre outras.
Não não tenho o mesmo orgulho pelo Sr. Sócrates.
É certo que fez coisas erradas mas, só não erra quem não trabalha, ele trabalhou, teve visão.
Mandou matar os Jesuítas, será que teve razão?
Então Deboss, logo matar?
ResponderEliminarDireito e razão para matar, só mesmo o camarada Sopas?
Jesuítas? Apesar deste tamanho,os da Císter na Politécnica são excelentes, os da Gombá, aqui ao lado, são de lamber, saborear o crocante e de chorar...por mais...
Cara Paula Sofia!
ResponderEliminarApesar de eu até me considerar como alguém bem informada, não te posso valer! Será que tenho andado distraída? Mas concerteza que a esta hora, tu já terás as respostas ás tuas dúvidas, sejam elas existenciais ou não!
Caro Dboss, desculpe a observação, quando diz: “É certo que fez coisas erradas mas, só não erra quem não trabalha, ele trabalhou, teve visão.”. Refere-se a quem? Ao Sócrates ou ao Marquês de Pombal? É que de repente fiquei baralhada! Porque se se refere ao Marquês, o mesmo se pode aplicar ao Sócrates, ou a qualquer outro que trabalhe (só erra quem trabalha…).
ResponderEliminarMas não deixo de concordar consigo, relativamente á visão do Marquês aquando da construção das grandes avenidas de Lisboa, que á época de então muita controvérsia gerou. Eu diria que as grandes avenidas estão para o Marquês de Pombal, como o TGV estão para o Sócrates! Diria mais, como o Centro Cultural de Belém (recordam-se?) estão para o Cavaco!
Boa noite:
ResponderEliminarCara Marlene,essa do TGV e de 5 estrelas..... lindo.O Dboss ainda esta a pensar porque (raio) falou no Marques e na Avenida da Liberdade.
Caro Dboss:
Entao meu velho amigo, difinitivamente tu nao gostas do nosso (Querido Primeiro Ministro) Socrates, olha que este pelo menos e Patriota!. recordas-te de certeza de um tal Joseph (foi assim que lhe chamou o "convidado") que abriu uma ilha no meio do "atlantico" para uma reuniao onde saiu a decisao de invadir o Iraque
que passou pela morte de Sadan e ainda nao conseguiram (descalcar a bota)terminar a guerra;apesar de haver uma sapato que voou por cima da careca do tal convidado.
O tal Ze que abandonou a administracao do seu Pais para agarrar um tacho importante na UE e deixando o pais entregue a um famoso PLAYBOY que teve de ser despedido por incompetencia pelo PR.
A esse Ze e que tu devias criticar e odiar.... e odiar porque se ele nao tivesse abandonado o Barco talvez o teu odio de estimacao SOCRATES, nao tivesse ganho a maioria ou ate nem tivesse ganho as eleicoes! .
Agora meu carissimo amigo como a Marlene muito bem diz o novo Marques com visao de futuro e o Socrates!!!
Abraco amigo
EA
Bom dia caríssimos! Um bom ano.
ResponderEliminarSr. Jorge Ferreira eu só perguntei se tinha razão para matar, o Sr. respondeu e bem!
Marlene:
Obviamente que me refiro ao SR. Marquês, está implícito.
Sem dúvida o Sr. Sócrates têm trabalhado muito e bem ..., nomeadamente a preencher páginas de jornais com títulos académicos de origem duvidosa, problema Free-port, Face oculta, escutas telefónicas, Magalhães, JP-Sá Couto, enfim têm estado em todas. Nunca me lembro de um período como este em que todos os meses são lançadas suspeitas sobre os órgãos de soberania e, no fim, como nos filmes de cowboys só morre o cavalo, só falta mandar prender os investigadores da judiciária.
No que respeita ao TGV. trata-se apenas de um acto que eu classifico de imprudência governativa.
Temos um País com um índice de endividamento elevadíssimo face às receitas, ao défice e ao PIB, basta ouvir os nossos governantes a falar sobre o tema.
Temos uma linha do Norte que começa no Porto e acaba em Lisboa, então e o Algarve que tão mal servido está?
Se algum dia viajarem no Intercidades para o Porto constatam o seguinte: o troço Pombal Aveiro é efectuado à velocidade de 180/220 Km hora e, Aveiro a Espinho para os 80/120 Km hora e de Espinho até ao Porto é de 50 Km hora. Como se constata temos bons comboios o problema é das ferro vias.
Na óptica dos megalómanos vamos gastar milhões de euros para ganhar 45 minutos numa viagem de Lisboa ao Porto, cujo preço do bilhete só estará acessível a meia dúzia de bolsas, mais um elefante branco para as gerações futuras pagarem, não é só construir e a manutenção? Será que a receita vai dar para pagar a manutenção?
Com menos dinheiro faziam uma via férrea digna para o Algarve, lá tinha o nosso amigo Jorge Ferreira de nos aturar mais vezes e fornecer aqueles doces maravilhosos.
Ernesto: Não fui eu que chamei o Marquês apenas e como pombalense disse a razão porque o admirava. Desculpa lá mas tu estás longe de toda esta panóplia de escândalos e, eu que te conheço, sei que se acompanhasses isto de perto estarias tão indignado como eu. Nem na altura do PREC ouve tanta bronca como agora. Nunca tive ódio pelo Sr. Sócrates, o que não tenho é admiração por ele nem por qualquer político actual. Todos eles estão convencidos que gesticular é sinal de eficiência e o Sr. Primeiro ministro, por vezes, a discursar, faz-me lembrar o CHEFE DA BANDA DA MARMELEIRA.
IN jornal diário " O Sr. Vara recebeu dinheiro do Sr. José. resposta do Sr. Vara: é falso ele apenas me ofereceu uma caixa de robalo" digo eu: ele não disse o que levava a caixa, o dinheiro está caro vale mais ROBÀ_LO. (Armando Vara ex-secretária de Estado, gestor Cx. Geral Depósitos e actualmente vice presidente do MILLENIUM BCP, estamos bem servidos, não queres levar nenhum para adjunto do Sr OBAMA?.
UM abraço
Caros blogonautas, Bom dia!
ResponderEliminarMas pegando um pouco sobre o assunto que não foi devidamente atendido, não sei se intencionalmente ou não, o Centro Cultural de Belém – CCB.
De facto e decorridos 17 anos sobre a inauguração do CCB, o actual Conselho de Administração está “ainda” a estudar as diferentes possibilidades de conclusão do empreendimento!
O projecto original, de autoria dos arquitectos Vittorio Gregotti e Manuel Salgado, previa, para os 3.000 m2 de terreno ainda vagos, a construção de um complexo hoteleiro de luxo com 134 quartos, diversos espaços para reuniões, quatro salas de cinema e um centro comercial.
No entanto, e após a derrapagem nos custos de construção do CCB, orçado inicialmente em 32,5 milhões de euros e cujo custo final totalizou os 200 milhões, o Governo de então (Cavaco Silva, entenda-se) inflectiu a sua posição sobre a execução do resto do projecto, chegando mesmo a colocar a hipótese de abrir um concurso para a venda dos direitos de superfície dos terrenos.
Actualmente, o CCB ocupa três módulos dos cinco originalmente projectados, correspondendo a 97.000 m2 de área.
A questão que se coloca é, se no seu tempo, o PIB era salutar, e se o índice de endividamento era baixo?
E convenhamos, a sua construção, apenas teve o intuito de albergar a presidência Lusa da EU em 1992! Nada Mais!
E as receitas, dão para pagar a manutenção?
E já agora lembrem-se também que as obras do Aeroporto Sá Carneiro ficaram 300% a mais! E foram da responsabilidade dos governos dos ex-governantes do Cavaco, nomeadamente Durão Barroso e Santana Lopes
Justo, fazes-me lembrar o outro, quem se mete com o PS, leva.
ResponderEliminarJá agora... e o parque Expo e a Expo 98? Quem procedeu á sua candidatura, lembram-se?
ResponderEliminarE quem procedeu à candidatura do Euro 2004?
ResponderEliminarIndependentemente das origens, podemos facilmente chegar à conclusão que o problema dos grandes investimentos/estruturais nunca o foram. Procurou-se antes deixar marcas de regime (atenção que a Baixa Pombalina e parte do Parque Expo fogem um bocado a essa regra), sem cuidar de saber da sustentabilidade futura das mesmas.
Não digo que não se fizesse uma Expo, por exemplo, ou um Euro (com menos estádios). Já achei uma sede para a Pres. 1992 um absurdo e os comentários do Eng. Justo demonstram bem que nem o Museu Berardo o salva.
Pedia-se aqui, tal como lá fora (veja-se o Millennium Dome em Londres ou a Expo 92, por exemplo), que obras do regime tivessem hipótese de reconversão ou de maior rentabilização. Apenas isso. Gastar na afirmação de um país não é princípio que me choque, mas é preciso ter cuidado com o retorno que se vai ter.
Se formos por Euros e Mundiais, basta comparar rácios estádios/selecções noutras competições para perceber que a candidatura portuguesa não estava bem pensada. Ou as audiências aos jogos subiam muito (e que se salto de fé não seria com a nossa classe dirigente) ou então alguém tinha feito as contas mal feitas.
No fundo, e usando termos de comparação, investir faz sentido se houver retorno. E por exemplo, o desvio no Sá Carneiro, sendo inadmissível, tanto que o aeroporto trabalha muito abaixo do seu potencial, podia ser menorizado com a extinção da ANA e a gestão autónoma do aeroporto (que, finalmente é base da Ryan Air).
Não se deixe de investir, haja é uma preocupação com o retorno (não nos bafientos termos de Manuela Ferreira Leite, que apenas o defendia para consumo eleitoral) e com o benefício. Vá-se a Alcochete, por exemplo, e compare-se o que seria construir por fases e de uma só vez.
Sobre o TGV, veja-se como é possível comparar tarifas de agora com daqui a 7/8 anos. Mais importante, para mim, era ver um estudo - não um desperdício de papel couché - sobre quem usará o TGV Lisboa Madrid. E note-se que de todas as grandes apostas que o Bloco Central abraça (e ambos abraçam) acaba por ser aquela que ainda parece mais lógica.
Só falta é perceber se o TGV transporta mercadorias, coisa que, curiosamente, não se esclarece.
E já agora, que é isso de o PS ter perdido um dos seus ilustres militantes? Não se contenta em perder eleitorado? Vamos mal...
ResponderEliminarJá agora, e porque me esqueci... professor, concordo INTEGRALMENTE consigo: a reverência ao Marquês também me causa incómoda comichão. O que fez de mal (que não foi pouco) é apagado com uma facilidade... reconheço a grande obra, mas que diabo... entre outras coisas, foi um ditador. Fez avenidas, é verdade... e o Salazar fez escolas primárias... mas não há só santidade neste e no outro!
ResponderEliminarOlá amigo Roque!
ResponderEliminarNão sou desses, mas o que se coloca é o seguinte, mete-me confusão que certos intelectos, que como tal, não têm grandes probabilidades de errar, venham para aqui “cuspir para o ar”. E não é uma questão de defesa de um Partido, porque nem sou disso.
Mas quero aqui deixar um pequeno reparo: foi por aqui postado sobre os bancos! Mas não se falou no BPN?! E da SLN (Sociedade Lusa de Negócios)?! A não ser que o Administrador de ambas, se deslocou a Porto Rico, NÃO para tratar do negócio de compra de 75 por cento da NewTechnologies, em Dezembro de 2001, e de uma posição 25 por cento na Biometrics Imagineerin, um mês depois, mas apenas para bronzear a zona abaixo do nariz, onde anteriormente existia um farto bigode.
Também não se põe em questão, as ligações de Cavaco Silva à SLN, em 2000, e que a abandonou a troco de uma posição de accionista.
E Porque falo no BPN? Porque acabei de vir do almoço, e nas notícias estava a dar isso! Só por isso!
Ora vamos lá deitar mais umas achas para a fogueira:
ResponderEliminarPombal, além do marquês Pombal também se pode orgulhar do Conde de Castelo Melhor - foi um precursor do totalitarismo iluminado e tal como o Marquês, humanamente, um Chico-esperto. Há ainda um outro "Primeiro Ministro Iluminado" (sem falar no Mota Pinto), o Conde da Ericeira com propriedades no Louriçal e cujos descendentes tomaram o título de marqueses da dita vila. Mas este penso que era mesmo um político de carreira, economicamente "colbertista" advogado do "laissez faire, laissez passé", obviamente um neoliberal avant la lettre.
Saudações
Amigo Alvim!
ResponderEliminarTens razão quando perguntas em relação á candidatura ao Euro! Mas eu só quis demonstrar que ninguém, nem nenhum partido (PS ou PSD) têm legitimidade para apontar o dedo a quem quer que seja. Porque se analisarmos sériamente qualquer um dos seus governos, encontramos algumas semelhanças em relação ás (más) opções que tomaram.
E Cavaco Silva não tem legitimidade nenhuma, em fazer apelos de bom senso, em relação ao investimento público, porque ele enquanto governante não a teve! Principalmente numa altura onde o dinheiro vindo da UE, era mais que muito!E o controle na sua aplicação foi pouco ou nenhum!
Ou agora toda a culpa do nosso atraso estrutural, nomeadamente no sector primário, na indústria, é do governo Sócrates? Convenhamos... o problema vem muito atrás, olha talvez desde o Marquês de Pombal!
Abraço
Marlene
ResponderEliminarMas é precisamente isso que eu focava. Atribuir em exclusivo as culpas a um Sócrates ou a um Cavaco peca por defeito. Ambos terão as suas culpas, mas o problema é por demasiadamente óbvio estrutural.
Aliás, quer um quer outro têm defeitos e virtudes, como qualquer pessoa, a questão é saber se na altura em que podem exercer o poder os defeitos não atrapalham e as virtudes sim.
Mas realmente querer reduzir tudo aos últimos anos é manifestamente abusivo, independentemente de culpas objectivas que existam. Encolher os ombros também não vale, não sendo difícil perceber que a solução está na regeneração da classe política para ver se esta consegue estar à altura dos desafios que Portugal tem. E que passam por dizer a verdade (não o aproveitamento MFL da questão): produzimos pouco e mal e temos condições para fazer mais e melhor. Se entretanto deixarmos as claquices de futebol e, em áreas centrais, nos entendermos, o confronto de visões diferentes, justiça aplicada com celeridade e eficácia e um mercado empreendedor e um estado que regule sem excessos, podemos encontrar o caminho. Quem sabe...
Já agora, junto-me aos ilustres pombalenses a quem a figura do Marquês faz espécie. Sim, também eu desdenho dos homens providenciais, saiam eles da Pombal, Beiras ou Boliqueime.
Boa tarde!
ResponderEliminarHá várias faces ocultas umas com "nick name outras de óculos escuros ou então utilizam os robalos como máscara eu cá gosto mais do "nick name" e debate de ideias puro e duro, independentemente da sua proveniência. Valorizo a razão quer seja da esquerda ou da direita, não me interessa o que está mal para servir de pedra de arremesso, o que me interessa é o que vai ser feito, se é bem feito e se se justifica. Não gosto de me confundir mas sim de me esclarecer, nós estamos aqui para julgar e não para ser julgados, não fomos eleitos como eles foram.
O que está mal feito apenas pode servir para tirar conclusões.
Falou-se aqui no aeroporto, no CCB, etc,
A meu ver todas estas questões surgem porque não há nem nunca houve um planeamento sustentado e, nesta época, segundo as regras económicas, para que a economia possa dar um sinal da sua graça o mais importante é fazer muitas e pequenas obras. As grandes obras, no caso do TGV absorvem grandes somas de capitais, causam desequilíbrios e as empresas portuguesas não têm suporte financeiro de momento para concorrer, logo vão para os Espanhóis. Por outro lado muitas e pequenas obras são distribuídas por todas as zonas do país e geram actividade económica sustentada.
Todos sabemos que o aeroporto de Lisboa está mal situado e que é necessário fazer alguma coisa.
Gastaram fortunas em estudos de impacto ambiental utilizaram todo o tipo de falácia ao ponto de dizerem que o aeroporto, para onde o criam ou querem levar, ficava longe da cidade e só faltou dizer que os Lisboetas tinham de ter o aeroporto à porta do quarto.
Todos sabemos que os grandes países têm os aeroportos bem longe dos centros urbanos, por exemplo: Heathrow e Gatwick distam da cidade de Londres cerca de 50 Km; Charles Degaule cerca de 50Km de Paris; Barachas cerca 4o Km De Madrid, para não citar outros.
O grande problema é que os políticos não pensam em servir o País mas apenas servir a vontade dos Loby`s. O aeroporto Sá Carneiro, segundo João Alvim, está em dificuldades e se o novo aeroporto viesse para a Ota o Sá Carneiro passava a ter menos passageiros porque Coimbra Pombal, Figueira e Leiria passavam a utilizar Ota e obviamente tinha mias dificuldades. Só assim se compreende que o Sr. Wanzeler, depois de estar tudo decidido, venha defender Alcochete à última hora.
DBOSS
ResponderEliminarQuando diz que "O aeroporto Sá Carneiro, segundo João Alvim, está em dificuldades e se o novo aeroporto viesse para a Ota o Sá Carneiro passava a ter menos passageiros porque Coimbra Pombal, Figueira e Leiria passavam a utilizar Ota", não me leu correctamente. O Novo Aeroporto era de Lisboa e não de Portugal, daí não fazer sentido em sacrificar o Sá Carneiro à Ota. Nas últimas viagens que fiz, usei sempre o Sá Carneiro (Low Costs, pois claro) porque é competitivo desta forma. Aliás, faz é sentido potenciar o SC mais, assim como repensar o NAILisboa (eu defendia o Portela + 1, com Montijo ou só Montijo ou, em última análise, Alcochete por fases).
Note-se que, por exemplo, Berlim fechou Tempelhof, fica com Tegel e vai ter um grande aeroporto em Schoenfeld (Brandenburgo) - o actual aeroporto das low costs. Em Londres, a ampliação de Heathrow é contestada porque faria mais sentido utilizar mais Gatwick, Luton e mesmo Stantstead. A ideia será sempre ter um aeroporto mais de proximidade, para apenas algumas companhias e outro maior. Mas o que é facto é que as conurbações que falamos não têm rival na zona ou será que não têm? Repare-se nos 3 de Paris (CDG, Orly e Beauvais - low costs) que têm, a uma distância inferior à do Porto o grande aeroporto de Bruxelas.
O que defendo, e continuarei a defender, é que gastar à parva não. O investimento no SC foi excessivo porque também não o deixam voar. Retirem-no da ANA, tornem-no (ainda mais) competitivo com Vigo e Coruña. Lisboa pode ter Alcochete, Beja podia ter uma placa de low costs (projecto Sócrates) e mesmo Monte Real poderia estar aberto ao tráfego civil. Tudo era possível de discutir se não houvesse a obsessão centralista (a tal do Marquês).
Falando de Aeroportos sou apoligista de manter a Portela para voos entre Europa ( low-Cost) e para Inter-Continental então Alcochete. Era tambem boa ideia abrir MONTE REAL ao trafego Low-Cost para a europa, potenciando o turismo da Zona Centro e o turismo religioso em Fatima.
ResponderEliminarBoa noite!
ResponderEliminarTemos muito que aprender com os outros países ao nível da planificação, e não só, Madrid têm um excelente aeroporto que serve uma basta área no raio de 350 Km e com maior densidade populacional, relativamente a Portugal.
Cada cabeça sua sentença daqui a pouco temos um aeroporto em cada cidade. Numa aldeia como é o nosso País à beira mar plantado, nem este facto é aproveitado, porque não pensar num único aeroporto digno desse nome, servido por uma rede viária e ferroviária, para servir todo o Pais e não o ego de uns e outros ?
Os aeroportos das grandes metrópoles são servidos por uma rede de transportes públicos dignos desse nome, e outros. Londres, que conheço muito bem, é servida por uma rede de metro com 7 linhas e uma das linhas centrais, com cerca de 60 km de extensão, sai de Heathrow, cruzando todas as outras, para as servir. Além destas linhas há também o metro de superfície, suburbano, que em cada estação têm um parque automóvel gratuito para os seus utentes.
Portugal têm apróx. 10 milhões de habitantes.A cidade de Londres, sem os arredores, têm 8 milhões aprox., não contando com a população flutuante.
Compramos um bilhete único para um dia ou para uma semana com acesso à zona 1+2 ou 1+2+3+4 por apenas 3,2 libras,( preço do ano 2000 com parque do carro gratuito no suburbano) entramos e saímos do metro com este bilhete quantas vezes for necessário, das 9 Às 20 horas.
DBOSS
ResponderEliminarMas se as estruturas já existem ou podem vir a ser necessárias para quê centralizar mais? Alguém admitiria um aeroporto internacional de uma capital a 100 km?
E depois é preciso não esquecer que o do Porto serve Espanha também. Não são concorrentes, são compatíveis.
É que usando a lógica ao máximo, ficaríamos com Faro e Lisboa e sem mais nada. Ora Lisboa precisa de uma solução (qual - já sabemos, cada cabeça sua sentença), o Porto precisa é de mais voos e mais autonomia, o Centro não se dava mal com um barracão de low cost (experimentem ver na net alguns aeroportos de low cost e constatem como seria uma opção viável).
E, no entanto, falamos no ar. Esquecemo-nos do chão e dos transportes ferroviários, que ainda podem ter futuro, não apenas para mercadorias mas como atracções turísticas, já para não falar nas imensas vantagens ecológicas.
Se calhar o problema mesmo é, estruturalmente, em quase 36 anos (e nem vou ao antigamente), não se pensou no longo prazo. Não se podia acertar sempre, claro que não, mas muita opção podia ter sido ponderada e tomada.
Sem chorar sobre leite derramado, exige-se estratégia. Admito aqui alguma visão. Não o visionarismo provinciano da capelinha local ou do vergar-se ao centralismo demente, mas alguma capacidade de visão. Aquilo que todos reconhecem, dogmaticamente, ao Marquês e a Fontes Pereira de Melo (este mais merecedor do acordo entre memória e obra).
Tudo o que envolver low-costs é ilusão para um espaço de 15 anos.
ResponderEliminarNão aguentarão a pressão dos custos, seja de renovação da frota, de manutenção, de aparcamento, de combustíveis ou até mesmo das multas que deveriam pagar por voar com reservas de combustível de 15 minutos e menos.
Não são os aeroportos que têm que ser potenciados. Os que estão localizados em pólos turísticos e industriais de âmbito regional têm aviões e os outros não, ponto.
Comparar Porto ou Lisboa com Madrid, Paris, Berlim e Londres (estes foram por onde começaram) é gozo nestes pontos, porque não produzem nem atraem o suficiente.
E não entrem em confusões que se a SONAE queria o Sá Carneiro é porque é rentável. Pode até ser, mas se somarmos terrenos em volta, com especulação imobiliária e afins.
O único aeroporto rentável da ANA é o da Portela e de uma forma crónica. Curiosamente é o único que rebenta pelas costuras mais de 5 meses por ano e o único dos que me lembro de usar (tive a sorte de já terem sido alguns) que está dentro duma cidade.
Já agora, quem são os maiores clientes da Airbus e da Boeing? Os tais ilusionistas.
ResponderEliminarConcedo o estar na cidade e daí admitir (lê para cima) a sua desactivação. Tal como Tempelhof. Agora não vejo porque é que há-de ser tudo submetido sempre a UM aeroporto.
Quero lá saber do UM aeroporto. Não me venham é com conversas é dizer que o Sá Carneiro tem que ser aeroporto A ou B para ser rentável ou para que o Porto resista porque o que interessa ao Porto é capacidade de atracção de investimento industrial. Primeiro as regiões e seus factores de competitividade, que são mais determinados por variáveis não relacionadas com infraestruturas (não estou do 3º Mundo claro). Depois as infraestruturas fazem-se a essa medida.
ResponderEliminarLamento mas vêm-te com conversas, tal como tu vens com conversas a propósito das low costs. O que eu discuto em relação ao SC é aquilo que já se faz lá fora, cada aeroporto (ou zona) e sua administração. Vai ver o caso de Londres, por exemplo.
ResponderEliminarSe se gastou a mais com o SC? Sim, ok, concordamos que sim. Mas o SC é um factor de competitividade. Podia ter sido redimensionado e mesmo assim sim, sê-lo? Claro que sim. Agora ninguém está a defender que se contrua em grande e depois encha-se, qual gestão PSD/Pombal. E sim, o SC pode ser rentável. Noutras circunstâncias poderia era ter sido muito mais.
E agora vou ali comprar-te um bilhete de low costs enquanto ainda não se pode viajar em pé...
ResponderEliminarMuito bem....., caros iluminados! O que é que esta conversa interessa para o bem estar da população e desenvolvimento do nosso concelho!? Nada! Por estas e por outras é que não vencem nenhumas eleições neste concelho, para isso é necessário mais do que esta retórica, é necessário pensar e ir ao encontro de forma consistente do concelho das suas necessidades e das suas pessoas. Estas coisas não se aprendem a ver cinema.
ResponderEliminarNão sei quem és mas se pensas que discutir o Mundo, o País, a Região não serve para a tua rua então desliga-te da internet, porque basta uns patins para a subires e desceres muito rapidamente.
ResponderEliminarQuanto à população e ao desenvolvimento do nosso concelho preocupo-me todos os dias, mas como sou uma pessoa demasiado preocupada as pessoas não acreditam que eu lhes passasse cheques sem lhes pedir responsabilidades, por isso não votam em mim.
Satisfeito ou queres que te indique um filme para veres?
Não obrigado João Coelho, eu não quero que me indiques um filme, pois isso é para alguns, não para ti , pois andas com os pés bem assentes na realidade deste concelho, e sabemos muito bem quais os “filmes” que devemos ver.
ResponderEliminarNinguém perde eleições por TAMBÉM se interessar por assuntos nacionais, europeus ou mundiais, pinfelisio. Mas se vamos discutir as razões das derrotas eleitorais, temos discussão prolongada. E parece-me que essa discussão ainda não interessa a muita gente - nem aos vencedores, nem a parte dos derrotados.
ResponderEliminarDe qualquer forma, é invertendo as coisas, é também por essa lógica bacoca que outros vão ganhando eleições: "se eles também discutem aeroportos, não interessam a Pombal". O problema é que esse tipo de coisas cola! Vicissitudes da democracia!
Acho que esta é até uma discussão de altíssima importância para a nossa região.
ResponderEliminarNa minha opinião, a desistência da OTA deixou a descoberto o peso "0" que Leiria tem no panorama político nacional. Esquecendo esse pormenor de que Leiria seria um distrito altamente beneficiado com a solução OTA, ainda hoje estou convicto que a bem do interesse nacional a OTA era o melhor local.
Agora que a decisão é Alcochete, devemos lembrar-nos que, se eventualmente as obras começassem já amanhã, a conclusão estaria prevista apenas para 2017-2018 e até lá a Portela terá de sofrer obras de reestruturação.
O que me parece é que jé se perdeu demasiado tempo e dinheiro por pura irresponsabilidade da nossa classe política.
cpts,
Aqui posto, no seguimento de comentários anteriores, a minha foto, SEM ÓCULOS, e sem nickname.
ResponderEliminarCumps.
Já viste, Paula? Olha só o que provocaste…
ResponderEliminarAfigura-se-me vomitar que, após um período de (tal) nojo… sinto-me enojado.
Tudo isto me mete nojo. Não (não já, não tanto) pelos defuntos. Pelos energúmenos.
Se nos lembrarmos da Lista de Schindler, sou (os que de nós somos) o puto que, empurrado para a latrina… se safou.
Pois que talvez a merda nos salve.
Tudo isto é fado, tudo isto é merda!
Em Pombal com os investimentos que se fazem nas (pelo menos) pistas de aeromodelismo, qualquer dia somos capazes de ter aeroporto, pilotos e turistas a chegar em aviões comandados por cabo ou por telecomando.A do Carriço está estratégicamente situada para servir o nosso Praia do Osso da Baleia e as dos concelhos limitrofes, como a Praia da Claridade.
ResponderEliminarTambém aqui se vê o que pensar em grande, ver longe e ter visão estratégica. Quantos praticantes de aeromodelismo existem no concelho e no país,quantas pessoas e negócios movimenta esta actividade de lazer e quanto são os praticantes de atletismo, andebol, etc. quantas pessoas e nogócios movimentam estes desportos? Quais os inestimentos que fazem para apoiar uma eoutra actividades?
A história da Ota e de Alcochete quando for verdadeiramente conhecida, estou convicto que mostrará a suprema venalidade dos nossos empresários, dos nossos técnicos e dos nossos políticos, tal como o é o caso das soluções encontradas para o TGV e autoestradas.
Quanto ao Aeroporto, como estudos de décadas o demonstravam, os interesses estratégicos, na minha opinião justificavam que ficasse a Norte do Tejo servindo a capital e potenciando o dinamismo e desenvolvimento do centro-sul do país, onde o norte é servido pelo Sá Carneiro, o Sul por Faro, e o Alentejo, potencialmente, por Beja.
O TGV, como os estudos de vários anos apontavam, só faz sentido como acesso directo e rápido de pessoas e mercadorias ao centro e norte da Europa, devendo ter sido conduzido pelo tradicional corredor central em direcção a Salamanca e Hendaia. No resto, o país é demasiado pequeno para a alta velocidade e alta velocidade é demasiado cara para o país. Como diz Belmiro de Azevedo fazer um TGV para reduzir 20 minutos de Lisboa ao Porto, pode ser visto como um devaneio de quem tem dinheiro para esvanjar, nós não temos. Deve-se apostar no comboio,sobretudo, para o transporte de mercadorias, devendo investir-se na remodelação e ampliação das linhas existentes, por exemplo a linha do Oeste e da Beira Alta, e fazer com que o porto de águas profundas se Sines se ligue rápidamente à rede ferroviária nacional e a Espanha, o que hoje, é apenas uma miragem. Se puder chegar a Pombal em 3,30 horas já fico satisfeito e irei duas vezes por mês.