22 de julho de 2010

A dúvida


Eu, que não percebo nada de finanças, muito menos dos mecanismos envolvidos pelo sistema financeiro de uma autarquia, ando intrigada na minha qualidade de cidadã que paga os seus impostos, que não usufrui de qualquer subsídio autárquico, que o parente mais próximo que tem a trabalhar na Câmara é um tio cantoneiro, e que acha mesmo que a única forma de diminuirmos o risco de burlas, desfalques e facilitismos diversos é mudar as peças, de vez em quando. Alternância. Limitação. Se bem que cada vez me parece mais difícil haver alternância sem alternativa. Isso desgosta-me no meu lado humanista e solidário, que é apanágio do povo de Pombal (é assim?).

Considerações à parte, há uma dúvida que se me levanta, a propósito da situação financeira da autarquia que por estes dias anda nas bocas do mundo.

- Se Guilherme Santos tinha Armindo Carolino, se Armindo Carolino tinha Armando Portela, porque será que Narciso Mota nunca teve, entre os seus vereadores, um "testa de ferro" para a área financeira?

4 comentários:

  1. Paulinha. Como o homem nunca confiou a area financeira nos seus Vereadores acabou por ser enganado por um funcionario...

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  2. Ò Srº. Roque, com todo o respeito, mas por favor, vamos lá a ser um bocadinho mais conciso, nas abordagens aqui efectuadas.
    Então até agora, que se saiba, quem foram enganados não foram todos os eleitores pombalenses, inclusive todos os contribuintes tributados e alvos de taxas?

    A questão do Presidente, ainda nem sequer foi analisada, e fazendo-se jus às notícias que têm vindo a público, quanto muito, só se consegue depreender é que, tenha o Presidente responsabilidades ou co-responsabilidades administrativas (porque as responsabilidades políticas, essas infelizmente, só se avaliam em eleições, agora as administrativas, poderão dar lugar a perda de mandato (rep.)), pelo menos por causa do método utilizado pelos serviços (CMP) e permitido pela própria CMP, na efectuação dos pagamentos / transferências / movimentações de dinheiros públicos, resultando do não cumprimento de forma alguma de uma boa gestão, zelosa, idónea até, a respeito dos dinheiros dos contribuintes pombalenses. Mas para tal, tudo tem ainda que ser averiguado por quem de direito lhe compete, que são os Tribunais.

    Já em relação à questão pertinente levantada pela Srª. Paula Luz, a respeito de “se Guilherme Santos tinha Armindo Carolino, se Armindo Carolino tinha Armando Portela, porque será que Narciso Mota nunca teve, entre os seus vereadores, um "testa de ferro" para a área financeira”.

    No mesmo sentido é plausível de se questionar também, o porquê de o PDM de Pombal, se encontrar em revisão à 10 anos, e até agora encontrar-se em águas de bacalhau. Quer isto dizer que a anterior revisão a esta, quiçá, já tenha sido efectuada antes do actual Presidente tomar posse no seu primeiro mandato, resultando que sempre que esteve à frente da CMP, nunca foi efectuada uma revisão efectiva ao PDM.

    Dado que os PDM`s, têm que ser revistos de 10 anos em 10 anos, porque será que os processos do PDM Pombal, voltam sempre para trás e são sempre avaliados como incompletos, necessitando de mais estudos, entre outros motivos?
    Já repararam na quantidade de verbas gastas na revisão do PDM ao longo destes anos todos? É uma exorbitância surreal (consultem o relatório de contas no site da CMP), acresce a isso, que nem sequer se encontra ainda revisto e a vigorar tal revisão.
    Existirão aqui também responsabilidades?
    E, como se explica o facto de não ter sido ainda publicada a revisão final ao fim deste tempo todo, será que existam interesses de algumas pessoas nisto?
    Não pode… Mas pelo menos estranha, afirma-se de plena condição humana e humilde que o é…importante ainda será saber quem é a pessoa que está à frente de tal processo de revisão na CMP?

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  3. Morcego, parece-me bem ter aflorado esta tematica do PDM. Mas há mais certamente a colocar em causa a partir deste momento. Se podia haver acusação inicialmente à execução, analise e implementação do PDM em 1993 (já lá vão 17 anos!!!), após a "reconquista da Câmara" pelo PSD, neste mesmo tempo, como diz e bem, há pelo menos uma década com responsabilidade maior de Narciso Mota e seus pares (muitos) sobre o assunto.
    E agora as duvidas assaltam em todos os campos e execuções.
    Já dizia em Setembro de 2009 na apresentação do candidato do PSD à Câmara de Pombal,o líder da distrital de Leiria, Fernando Marques, actual deputado pelo distrito eleito pelo PSD, da “frontalidade de Narciso Mota”.Continuava Fernando Marques “...é por isso que Narciso Mota faz falta na política autárquica. É preciso quem fale verdade! Narciso Mota tem essas características...”.
    Chegou a altura de provar isso mesmo, frontalidade e verdade e vamos mesmo ver se irá fazer falta na politica autárquica...

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  4. O que será devera importante, para início de conversa sobre este assunto, e quiçá até, capa de jornal, ou até, um bom mote para a oposição trabalhar, ou então, por ventura, consistirá unicamente num motivo de averiguação ao nível das despesas efectuadas. O que já não seria nada mau, Sr. F.D.Carolino, é o montante total dos gastos já efectuados, por parte do Município de Pombal, com a revisão do PDM, que ainda se encontra a decorrer, provavelmente desde o ano de 2000.

    Já lá vão 10 anos. E, vamos ver quanto tempo mais é que demorará, para ser aprovada a versão final, tendo que ir ao Conselho de Ministros, e antes disso, passar pela Avaliação de Acompanhamento, consulta pública, etc.

    E, é obvio que importa distinguir e contabilizar desde logo, os custos suportados pelo Município internamente e externamente. Ou seja, quanto dinheiro é que já se pagou às empresas que prestaram os serviços adjudicados para a revisão, e quanto dinheiro é que também já se gastou com pessoal interno da própria CMP, a efectuar tal Revisão. Dado que, se não estivessem a tratar desse assunto, estariam certamente ocupados com outro tipo de serviço, ou seja, significa isso também um custo a ser quantificado.

    A questão do valor alto ser pertinente ou não, depende sempre da avaliação de cada um… mas…só o valor das adjudicações, já consubstanciará algo como de exorbitante. A juntar-se que ainda não se encontra revisto e aprovado o PDM, então classifica-se como… (ter-se mesmo que se fazer as contas).

    Quanto dinheiro a CMP já pagou e gastou por causa da revisão do PDM que ainda não está concluída?

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