Os políticos deveriam saber que é fácil desfazer, mas é
difícil e arriscado erguer. Se o soubessem, não obedeciam tanto ao instinto da
ação, avaliavam melhor os custos e os benefícios das medidas e ponderavam
melhor as decisões.
A decisão de retirar a feira do Largo do Arnado é um bom
exemplo de insensatez política. Na altura, alegaram - contra a opinião das
forças vivas locais - que a feira perturbava a vida do bairro e que o largo era
pequeno para a feira. Esqueceram-se que o que mais perturba é o silêncio e que
a feira era a última âncora do comércio tradicional e o único evento que
atraía, regularmente, as populações rurais à cidade. Com a transferência da
feira para a desfalecida zona industrial deram, de uma assentada, a estocada
final no comércio tradicional e na feira.
Agora, ao anunciaram que a feira retornará ao Largo do Arnado – de onde nunca deveria ter saído – corrigem um erro que nunca deveriam ter cometido. Contudo, a feira que saiu do Largo do Arnado não é a que lá
retornará. Entretanto, o largo é grande demais para a feira.
A feira voltará para o Cardal ? Ou para o Arnado?
ResponderEliminarAmigo e camarada Adelino Malho, boa noite.
ResponderEliminarDeixa-me contar-te um segredo.
Enquanto Vereador, na oposição, do Presidente Armindo Lopes Carolino foi-me atribuído o Pelouro das Feiras mas sem quaisquer competências.
Presente envenenado, já se vê.
Estávamos para aí no início dos anos 90.
À data havia uma postura municipal que não permitia que se realizassem feiras ao Domingo.
Todas as freguesias obedeceram, menos os irredutíveis do Louriçal que sempre a fizeram ao Domingo, independentemente de haver ou não essa regulamentação.
Roque, gostaste desta?
Em Pombal o objectivo era o de estudar a mudança das feiras do Arnado, das Segundas e das Quinta-feiras, para outro sitio qualquer.
Em cada um destes dias da semana havia duas feiras.
Uma que começava às 7 da manhã para os próprios feirantes comprarem aos retalhistas aquilo que precisavam e outra que começava às 9 horas para os consumidores finais.
Fiz esse caminho algumas semanas, levantando-me ainda de noite e com muito cuidado para não acordar os passarinhos.
Chegou-se à conclusão que o espaço era curto.
E era curto por questões culturais?
Ou por o comércio fixo não responder às necessidades das pessoas?
Vá-se-lá saber.
E como não tinha competências e como não queria perturbar o sono dos passarinhos abandonei a causa.
Que fique o registo, para memória futura.
Abraço
Boa noite.
ResponderEliminarPessoalmente, e como residente no Bairro da Agorreta, só lamentava que a Feira no Arnado entupisse a Rua de Leiria, com a rua do Louriçal, quase obrigando os veículos do bairro a fugirem para a saída em frente ao Estádio. De sentido único para Coimbra.
Se trouxerem a feira de regresso ao Arnado, é uma boa notícia. Contudo, eu gostaria que aproveitassem esse momento, para instalarem uma rotunda em frente ao Estádio, ou em frente da Vulcal, para que o trânsito escoe e circule no Bairro da Agorreta. Sem isso, regressará também o caos de trânsito ao Bairro.
E naquela altura, quando de cá tiraram a Feira, na Agorreta não existia a sinalética de ruas de sentido único e estacionamentos delimitados e condicionados....
EliminarNão percebi bem o tópico do Malho, se a Feira ficará no Cardal, ou no Arnado. Mas o que sei, é aquilo que escrevo se ela regressar à Agorreta.
Erro: retornará ao Largo do Arnado.
ResponderEliminarSry
Companheiro Engenheiro Marques. Os Gauleses sempre foram assim irredutíveis. Deve ser do clima ou da pomada da Moita do Boi.
ResponderEliminarRoque, como sabes, a segunda decorre do primeiro. Está cientificamente provado que a Moita do Boi é um microclima. Os resultados da equipa comprovam-no a cada domingo. O Padre Artur costumava ter uma frase certeira, nos idos de 80: terra das laranjas, do bom vinho, e dos bailes na quaresma :)
EliminarA mudança da feira foi um do maiores desastres da era Narciso. Como sempre, ninguém foi capaz de o contrariar, mesmo com a certeza de que seria uma asneira. Agora a feira tem metade dos feirantes que tinha, mas ainda assim mais feirantes que compradores, na maior parte dos dias. Mudá-la outra vez para o Arnado é remediar o erro? Não creio. Foram-se as pessoas. Estamos sem gente.
ResponderEliminarE agora? O que fazer?
ResponderEliminarCertamente há planos, Adelino Leitão. Muitos planos.
EliminarPlanos? Então viveremos numa economia planificada?
EliminarBoa noite
ResponderEliminarCaro Malho o assunto postulado está muito bem observado
Quando mudaram a feira para o local actual e vi essa iniciativa com algum cepticismo, no entanto, não podemos esquecer que a mudança para a zona industrial foi efectuada num momento de euforia económica, que actualmente não se verifica , ou seja: a crise faz-se sentir em toda a actividade económica, nas autoestradas, no comércio, na restauração, na industria, nas feiras, etc.
Actualmente a iniciativa é salutar.
Boa noite
ResponderEliminarCaro Malho o assunto postulado está muito bem observado
Quando mudaram a feira para o local actual e vi essa iniciativa com algum cepticismo, no entanto, não podemos esquecer que a mudança para a zona industrial foi efectuada num momento de euforia económica, que actualmente não se verifica , ou seja: a crise faz-se sentir em toda a actividade económica, nas autoestradas, no comércio, na restauração, na industria, nas feiras, etc.
Actualmente a iniciativa é salutar.
Amigos farpianos incluindo o Dr Gomes boa tarde. Retirar a feira do arnado foi uma brutalidade, um erro económico, matou a vida naquela zona da cidade ou deu cabo da vida de muitas pessoas.
ResponderEliminarNa época a feira necessitava de uma remodelação, permitiu-se que a comunidade cigana tomasse conta do espaço sem ordem nem reparos, estava ali expresso um atentado á dignidade humana que metia medo, talvez a alteração se deva a isso, foi uma maneira de acabar com aquela vergonha desumana e violenta.
Quem se lembra como foi a mudança? Ainda se recordam do vereador responsável?
Voltar a colocar a feira naquele local é uma decisão que aplaudo mas quero assistir em que condições.
Queremos todos ;)
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