6 de junho de 2018

É a economia, estúpido!


A CGD decidiu fechar mais 70 agências até ao final do ano. Mas a coisa não vai ficar por aqui, nem na caixa nem nos outros bancos. É a Economia. E na economia não há coincidências, apenas consequências.
Em Pombal, a CGD vai fechar o balcão no Louriçal; o que está a provocar a revolta do presidente da câmara, que ameaça fechar as contas da câmara e retirar de lá 21 milhões de Euros (?) – diz a notícia. Está dado o mote: nos próximos tempos, teremos o presidente da câmara no papel de grande-cavaleiro a lutar contra moinhos de vento. Já tínhamos o seu escudeiro a encarnar o Pança, mas nunca imaginámos ver D. Diogo no bobo papel do D. Quixote dos tempos modernos. Uma coisa é certa: não lhe vão faltar moinhos de vento para derrubar e fortalezas para defender: agências bancárias, empresas históricas, colégios, etc. Diogo Mateus vai ter tudo o que necessita para se sentir forte e feliz: conflitos, pendências, chantagens, vinganças. E os pombalenses desgostos.
Não deixa de ser estranho, e contraditório, que uma criatura esclarecida – Diogo Mateus - que considera que não se justifica a existência de um posto de turismo, porque, nos dias de hoje, com uma app e um ipad, vai-se a todo o lado, considere imperativo manter agências bancárias deficitárias e assim empurrar um sector vital da economia, que neste momento não é rentável, para a falência.
Antes de atirar pedras, Diogo Mateus deveria bater com a mão três vezes no peito e assumir a sua enorme responsabilidade no desfalecimento do concelho, que governa há três décadas. Porque, apesar de a economia do país mostrar uma vitalidade assinalável, os pombalenses assistirão a este drama contínuo, com algumas tragédias de permeio, a esta antinomia entre a culpa de uma câmara rica e o desfalecimento do concelho charneira que permanece sem solução.

3 comentários:

  1. É curiosa esta tomada de posição no dia em que Pombal assistiu a mais um sinal do que aí vem (https://www.cmjornal.pt/multimedia/videos/detalhe/trabalhadores-do-grupo-sumolcompal-de-pombal-estao-em-greve) nos próximos tempos. Às vezes penso que os nossos autarcas não olham há muito tempo para a cidade onde vivem. Ou então não vivem cá. Quantas agências bancárias fecharam portas aqui nos últimos anos? Quantas fábricas existiam no Louriçal quando a Caixa lá abriu um balcão? Quantas pessoas lá vivem hoje? quantas empresas foram embora?

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    1. Se bem me lembro fechou um balcão da CGD na "margem oeste" da cidade de Pombal e o sr. presidente não tomou medidas como agora... Aliás, basta passar a ponte para a Charneca para se perceber que a cidade termina no IC2. Do outro lado é um mundo diferente.

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  2. No Reino de Palumbare
    A Freguesia do Louriçal está ha vários anos a definhar, e com ela uma parte do Concelho de Pombal está a ficar moribundo.

    Em 1988 só tínhamos a Caixa agrícola. Depois com o avanço social e económico da Freguesia outros balcões Bancários surgiram ( CGD, BPN,BES), dois deles faliram e foram embora o Banco público que deveria prestar um serviço á comunidade fecha portas. 30 anos após ficamos novamente só com a Caixa Agrícola.

    Retrocesso civilizacional de 30 anos na nossa Vila. Se o IDJV fechar portas então é que voltamos a bater no fundo e dificilmente voltamos a erguer. Na eminencia disso acontecer a Camara Municipal de Pombal, através de sua empresa PombalProf deveria liderar o processo e continuar com o ensino público e gratuito naquela região do Concelho de Pombal

    Se nada disto for feito depois só nos resta perder também com o estatuto de Vila e voltar a ser uma Aldeia. Os políticos do largo do Cardal deveriam ter feito pressão e têm o dever de ser o motor Económico do concelho. Não basta ir as festas da freguesia e aos diversos eventos discursar e nada fazer para o desenvolvimento da nossa terra. Mas já me apercebi que para quem está no poder em Pombal, quanto mais atrasado e desertificado for o concelho mais eles conseguem governar sem oposição. Basta uns subsídios e uns Jobs for the Boys e Girls e está tudo bem neste laranjal á beira-mar plantado.

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