24 de fevereiro de 2009

Go!Shopping: um crime urbanístico

Por muito distraídos ou resignados que estejamos há coisas a que não podemos ficar indiferentes. O Go!Shopping, o crime urbanístico que ameaça a nossa cidade, a nossa terra, é seguramente uma delas, porque destrói de, forma irreparável, uma parte nobre e significativa da cidade.
O estudo de Impacto Ambiental, que está em discussão pública, é, como quase todos, um chorrilho de banalidades, mas é uma oportunidade para os pombalenses se pronunciarem, para defenderem a sua cidade de um crime.
Nada tenho contra o projecto, mas tenho tudo contra a sua localização. Os promotores do projecto têm todo o direito de construir o empreendimento em Pombal mas não têm o direito de destruir uma zona virgem e nobre de Pombal com um “mamarracho” sem qualidade, que descaracteriza e degrada totalmente a zona. Se os promotores tivessem alguma preocupação com a qualidade do projecto e a câmara com a preservação e qualificação da zona, nunca este abarcaria tamanha volumetria e não contemplava um posto de combustíveis (discount, de certeza, para atrair a populaça).
Pombal necessita de projectos estruturantes, que engrandeçam e qualifiquem a cidade, não disto. O Go!Shopping é um CRIME.

13 comentários:

  1. Pelo sentido do texto o mais correcto será dizer que O Go!Shopping PARA ONDE ESTÁ PREVISTO é um Crime. É que já estou a ver o PSD, seja na Assembleia Municipal, na Vereação ou neste blog, a dizer que nós somos contra o "Desenvolvimento Económico do Concelho". E não é disso que se trata, apenas do sítio, de um atentado cultural e de falta de planeamento para a cidade.
    Já agora: fora a oratória na palavra CRIME há que relembrar que é pelo menos uma violação do PDM nos seus actuais termos. Mas como PDM's são documentos com validade inferior à dos iogurtes...

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  2. Digamos que o PDM está longe de ser uma coisa que mereça ser tida em conta. De resto, concordo plenamente com o que foi dito mas duvido que isso altere alguma coisa porque com as burocracias que uma mudança de localização iria acarretar é óbvio que, pura e simplesmente, não vai mudar.

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  3. E quem foi que elaborou o PDM em vigor?
    Provavelmente foi alguém numa secretária em LX, mas quem posteriormente o aprovou foi?

    Depois de tantos anos em vigor é claro que já estará desajustado, ou sempre esteve?

    Vem aí o próximo PDM, daqueles apelidados de última geração, que terá uma fase de consulta pública e para a qual se pede que participem, senão voltamos ao mesmo.

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  4. Quem fez não sei, quem o aprovou há-de ter sido a mesma CMP que agora o critica. Na crítica tem razão, em aprová-lo já nem tanto. E sim, sempre esteve desajustado.

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  5. Não tenho acompanhado muito esta discussão, mas dá para perceber que a oposição em Pombal quer o investimento e discorda da localização. Acredito que exista em POmbal melhor localização para uma nova centralidade, mas acho que era importante e enriquecedor para o debate saber quais são as alternativas viáveis.

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  6. Haverá, de facto, necessidade dum investimento desta natureza? não haveria mais interesse, por mais razoável no momento da nossa economia, investir em infra-estruturas de natureza produtiva? parece-me que o que não falta são espaços comerciais para vender produtos de importação, muitos deles de origem duvidosa.

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  7. Eu fiz já ma pergunta no meu blog porque desconheço mesmo o estado das coisas. Os projectos de que há uns tempos se falo, nomeadamente um shopping à beira da IC2 onde está aquele edifício inacabado e o hotel perto da expocentro, encontram-se em que situação? É que caso tenham sido cancelados a primeira localização parece-me uma alternativa à actual localização. E não é uma questão de oposição, é uma questão de cidadania. Não posso deixar de considerar útil e louvável o investimento, mas também não posso concordar que esse seja feito num local que deveria ser reabilitado enquanto espaço verde. É claro que não havendo outra hipótese a construção naquele local torna-se aceitável. Mas atente-se no que disse, " se não houver" e não "se não se tentar que haja".

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  8. Fico contente que considere uma questão de cidadania. Vá mas é agora dizer isso ao Sr. Presidente da Câmara que ele excomunga-o logo de cidadão digno.

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  9. Não sou nem tenciono ser político, isso não me tira o direito a opinião. A opinião é-me concedida pelo estatuto de cidadão e não abdico dele. Nasci numa democracia e sinto-me no direito de ter opinião própria e de fazer valer o que penso.

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  10. E sente bem, Nuno. Mas então pense, por exemplo, que o acto que poupar para melhores ocasiões só é mau na cabeça do nosso primeiro-ministro e do seu discurso de que o "pessimismo nunca criou um emprego". Alguém obriga a Câmara a aceitar aquele investimento? É realmente obrigatório termos um Go!Shopping? Fala-se como se, tirando a localização, o shopping não tivesse qualquer desvantagem. 5 milhões de visitantes? Ao longo de quanto tempo? E com que base? Custa-me muito a acreditar em tal coisa, a menos que planeiem expôr o Santo Sudário. E quanto aos efeitos no pequeno comércio circundante? Se a coisa não for viável, nem a injecção de dinheiro que a sua construcção implica a faz passar a ser.

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  11. Economicamente penso que seria benéfico. Obviamente que os 5 milhões são ilusórios, mas ainda assim parece-me um bom investimento para a cidade

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  12. É só a mim que a página inicial me aparece com a área de posts em branco?

    @Equipa do Farpas: Não sei se costumam visitar o mail do Farpas, mas agradecia que o fizessem.

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  13. O erro é não se saber averiguar previamente da legalidade dos "projectos" pretendidos pelos investidores antes de se lhes dizer "sim", "sim", "avance", "avence" ao primeiro contacto. Só depois de investido dinheiro se vê a realidade e se passa a “encanar a perna à rã” para não se provocar a ruína do investidor. Afinal o político que tudo sabe e que tem “os projectos na cabeça” enganou e entalou o investidor. Deveria saber que a sua pessoa não é a medida da legalidade nem do bem e que ninguém está acima da lei.
    Quantas obras já foram embargadas por decisão do mesmo que disse “sim”, “sim”, “avance”, “avance”?

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