28 de fevereiro de 2009

Os defensores do Go!Shopping

Na AM emergiram dois defensores do Go!Shopping: os Presidentes da Câmara e da Junta de Pombal, com argumentos falsos e patéticos.
Nascimento Lopes defendeu que o empreendimento é uma grande mais-valia para Pombal e como tal não se compreende a (o)posição do PS (contra o projecto naquela zona). Na sua argumentação misturou o Go!Shopping com o TGV e afirmou que não compreendia como se podia estar contra o Go!Shopping e a favor do TGV (o que é que uma coisa tem a ver com a outra, pergunto?). Concluiu: “Quem está contra o Go!Shopping está contra o progresso”. Temos político!
Narciso Mota atacado nesta ilegal e perniciosa opção barafustou contra tudo e contra todos, negou os significativos impactos negativos do empreendimento (chegou ao ponto de negar que o empreendimento contempla uma bomba de gasolina), Atingiu o ridículo quando contou a história da compra e da venda dos terrenos do Casarelo e centrou a sua argumentação na premência em ajudar o promotor que, segundo ele, se encontra numa situação económica difícil porque comprou os terrenos muito caros. Narciso Mota alertou para os riscos de o projecto não avançar e com um discurso trágico-patético relembrou os recentes suicídios de construtores civis do concelho devido a problemas financeiros. Por fim, naquele seu ar incrédulo, mostrou estupefacção por o PS não apoiar um empreendedor que é do PS (militante ou apoiante). Inacreditável? Não…
Pergunto: por que é que os presidentes gostam tanto de “obra”, seja boa ou seja má? É por deformação profissional ou por interesses?

18 comentários:

  1. deixe lá engº Adelino Malho, estes senhores são representantes de um partido em vias de extinção, e de caracter municipal, exactamente porque é representado por este tipo de pessoas..., caso contrario poderia ser um grande partido de ideias e valores, que podia e devia dar o seu contributo para o desenvolvimento do concelho e do pais, basta ver o actual presidente da camara, que infelizmente é o que se vê quando nos representa fora do concelho.

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  2. Eu nem me atrevo a comentar os argumentos, se forem aqueles que diz que foram. Demasiado mau para ser verdade realmente (os de Narciso Mota, com Nascimento Lopes concordo em parte). Repito que economicamente e como estímulo à economia e ao progresso do concelho, o Go!Shopping é um bom investimento. Não concordo com a localização e os argumentos usados por Narciso Mota (faço questão de salientar que estou a considerar que a sua exposição dos factos foi imparcial, o que é duvidoso) também não vão ter repercussão positiva na opinião pública. Custa-me a crer que a situação económica do empreendedor e a sua militância no PS tenham sido usadas como argumentos...

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  3. Eu, sinceramente, acho impossível que uma boa ideia e um bom investimento (que, apesar de discutíveis não são conceitos assim tão maleáveis) tenham de ser defendidos com argumentos destes...
    Verdade que os de Nascimentos Lopes não descem ao fosso do ridículo e desonestidade intelectual dos de Narciso, mas nem por isso podem ser considerados sólidos: afirmar, sem mais factos que não a própria existência do investimento, que o Go é um bom projecto, não chega.
    Quanto ao "Ser contra x é ser contra o progresso", é um pregão que já não convence ninguém e que diz mais de quem o profere do que daqueles a quem é dirigido.

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  4. Que ser contra o Go! Shopping é ser contra o progresso, eu até concordo. Agora não concordo é que se usem argumentos do nível dos que foram supostamente usados por Narciso Mota, que nem argumentos são. Claro que também não concordo que dizer quem é um bom investimento seja um argumento. Isso é uma tese, que essa sim carece de argumentos.
    Um deles é o estímulo da economia, ao nível do comércio mas também da construção. É dotar a cidade e o concelho de infra-estruturas que potenciem o seu desenvolvimento. É tirar os pombalenses de casa (sim, já me pergunto onde andam os pombalenses, que praticamente não se vêem em Pombal).
    Quanto ao comércio local e ao risco que o Go! Shopping representa, há um problema ligado também com essa falta de pombalenses nas ruas. Não é um problema só de Pombal, é um problema nacional. Chama-se falta de investimento da dinamização das cidades, a nível dos espaços (Pombal que o diga) e das actividades culturais e recreativas (algo que em Espanha já é bem diferente) Também não deixa de ser uma questão de atitudes e mentalidades, mas sem iniciativa não há mentalidade que mude. Tudo isto para dizer o quê? O pouco que ainda nos faz sair do conforto das nossas casas são as grandes áreas comerciais (ainda que não tenhamos dinheiro para comprar nada). Esta tendência nada tem de salutar, tem de ser combatida através da construção de áreas de lazer, mas também das iniciativas de animação de ruas e de arte. Além de ser bem mais benéfico para a população a todos os níveis, é também assim que se promove o comércio local, fazendo com que este possa competir com as grandes superfícies e possam co-existir sem prejuízo de nenhuma das partes.

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  5. Adelino Malho,

    Chegará o momento em que a maioria das pessoas terá uma definição de progresso diferente da actual (associada muito ao projecto de engenharia civil). Estamos naqueles raros períodos históricos em que não podemos ainda abandonar o sistema de crenças dominante, sob pena de passarmos por ridículos, mas em que há sinais de que o espírito da época ou zeitgeist, está em avançado processo de mudança.

    Considero que o projecto Go!Shopping não é sustentável. O modelo económico actual, que cria necessidades falsas nas pessoas, é sobretudo, a transformação de hidrocarbonetos em lixo. O Município não deve apoiar projectos que não são sustentáveis a longo prazo.

    Possivelmente, de qualquer forma, com o agravar do cenário económico, o promotor não avançará com o Go!Shopping, poupando aos pombalenses expectativas, mais uma vez, insustentáveis.

    João Leitão

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  6. Nascimento Lopes não têm culpa, culpa têm os Carolas do PSD que o colocaram no local em que está. Quêm já está reformado devia exercer mandatos apenas na Associação respectiva e dar lugar aos novos, com ideias frescas e visionárias de um futuro devidamente equilibrado e sustentável. O Narciso, coitado, como costumo dizer, está fora de prazo..., aquela data de validade obrigatória na embalagem já prazou, devia estar a brincar com o neto.

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  7. Os vossos ódios de estimação têm mais valor político que os argumentos errados usados por Narciso Mota? Claro que não. Por isso é que nunca hão-de chegar ao poder. Erros de discurso, ambas as partes cometem. A diferença é que o executivo camarário mostra trabalho feito, a oposição limita-se a atacar tudo, com ou sem razão...

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  8. Achei piada, muita piada. Só é pena é que não me dê vontade nenhuma de rir. Em causa a intervenção do Sr Nascimento Lopes a comparar o GO! Shopping ao TGV. Se bem entendi o tal senhor, que Preside à Junta de Freguesia de Pombal, não compreende porque é que os socialistas são contra a localização do GO! Shopping no Casarelo e defendem a construção do TGV. Olhe, meu caro senhor, apanhe o combóio e vá visitar algumas cidades do nosso país. Numa de pedagogia, é claro!
    M.S.

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  9. Ao Eng Rodrigues Marques
    O senhor é Presidente da Associação de Industriais e do Concelho de Pombal. Já se ouviu falar muitas vezes de uma eventual fusão entre essa associação e a outra existente na cidade (dos comerciantes e serviços).
    Ora, na qualidade de presidente da AICP diga-nos, com toda a frontalidade e sinceridade, qual o seu parecer sobre a localização do tal novo Shopping no Casarelo?
    É que na sua qualidade de dirigente social-democrata já todos sabemos qual é. Agora, na qualidade de uma associação empresarial é que não.

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  10. Progresso!!!
    O que é isso?
    Cada um tem a sua noção, e esta com shoppings e afins não é minha em relação a Pombal. Progresso naquela zona é por exemplo, proibir a construção naquela área e duma vez por todas levar em frente a "construção" do grande parque verde. Mas esta noção de progresso não existe nos autarcas pombalenses (e em geral), para estes progresso é construção civil, betão e alcatrão.

    Venha a próximo "Outubro 2006" e depois falamos se o novo shopping devia ou não ser feito ali...

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  11. eu cá por mim axo que cãe tãe rasõ é o anjenheiro rudrigues marx, dalbergaria de cima mais de baixo, qué um homãe das bersas como o cherife da meirinhas, ele é ca çabe tôda e não tarda nada tálá no poleiro ó pé do diogo no eco depois da rádio c´lubia.

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  12. Boa noite, amigos e companheiros.
    Sei que este assunto é sério, mas está a resvalar para campos ínvios.
    Por isso, matemos o bicho!
    Todavia vamos ver, primeiro, como é que vamos "matar o bicho".
    Em 1519 morreu, subitamente, Mme. de la Varnade, esposa de um dos servidores do rei, e que, em razão de suspeitas levantadas, foi o cadáver autopsiado, sendo encontrado no coração um verme vivo. Retirado, permaneceu vivo, só morrendo depois de colocado sobre um pão humedecido com uma bebida forte. Em razão disso, os médicos passaram a dar aos habitantes de Paris o conselho de quebrar o jejum com pão e vinho, ou outra bebida forte. Os adeptos do Baco finalmente suprimiram o pão, para matar o verme, ou o bicho, apenas com o poder da bebida, de preferência bagaço.
    Relativamente ao GoShopping é bom que se diga que

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  13. Há, como disse Adelino Leitão acima, uma lógica de "progresso" associada à pura injecção de dinheiro seja em que forma for, mas especialmente à construção. Ora, como é do conhecimento geral, é o que se faz com o dinheiro e a sua forma que interessa. Um shopping vai dar emprego a empresas de construção e respectivos trabalhadores. Ponto. Quanto aos empregos relativos às lojas, há toda uma questão de viabilidade a colocar. E que não é explicável ou "desculpável" com a tradicional volatilidade do comércio (as lojas abrem e fecham). Existe da parte dessas lojas um investimento. Se esse investimento não se revelar rentável, acabamos com uma aberração arquitectónica - a vários níveis - vazia.

    Rodrigues Marques: por favor, não deixe de continuar o texto. Até agora está deveras curioso.

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  14. R. Marques tornou-se, como alguém já escreveu, a grande estrela deste blog. Agora, em estilo de fotonovela, edita os seus comentários em fascículos, terminando o de ontem com a grande frase "Relativamente ao GoShopping é bom que se diga que". É uma das melhores frases que li a um político nos últimos tempos. Esclarecedora, sintética, reveladora de um espírito crítico mas muito ordenado. Com a expectativa da continuação do comentário (e terá continuação? ou R. Marques já disse tudo?) passei a noite a vir ao "Farpas". E depois dizem que os políticos não conseguem cativar o eleitorado...

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  15. o anjonheiro rudrigues marx não é só as frases (copiadas de outro) que não acaba, é as obras também. aliá ele é tao amigo do outro anj0cantoneiro meirinheiro que até lhe quer o lugar para fazer o mesmo ada co outro fez, s´não percebi a estoria do verme vivo: a quem (do psd) se estava ele a referir?

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  16. pazinhos deixem lá o engnheiro rodrigues marques em paz porque a caravana pasa na mesma. com ele no poder o arunca era outra ribeira de milagres pois porcos é coisa qe cã nao faltam

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  17. estrela o rodrigues marques? só se for de lata. desde que encha o bandulho de manilhas

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  18. Para o João Gante, o único que se tem revelado na disposição de manter a elevação do debate.
    Obviamente que os empregos criados pelas lojas são difíceis de prever ou assegurar. Sê-lo-iam em qualquer circunstância, e mais o são na actual conjectura. Acredito que o Go! Shopping se viesse a revelar rentável, mas assumo que será sempre um risco (que não sabemos se o próprio promotor está disposto a correr).
    Quanto ao emprego a nível da construção, é inevitável e entraria numa filosofia de combate à crise mais acertada que a das grandes obras públicas. Tal como defendeu, recentemente, João Cravinho (e como MFL tem dito repetidas vezes), o combate à crise passa pelas obras locais, que criam emprego ao nível das PME e que ao mesmo tempo potenciam o desenvolvimento local.
    Claro que a nível local há prioridades que não passam, nem de perto nem de longe, pelo Go! Shopping, mas esta é uma obra local, passível de promover o desenvolvimento e que, como tal, deve ser analisada.

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