Para a Key Plastics Portugal foi e será (pelo menos nos próximos anos). Por isso, nesta altura, merece realce.
As vezes, mergulhados na espuma dos dias, não nos apercebemos das grandes transformações que acontecem nas organizações, ou só nos apercebemos quando sentimos o seu efeito negativo.
No ano passado, por esta altura, a KPP sentia intensamente os efeitos da crise económica (as encomendas na indústria automóvel caíram cerca de 45% e em Dezembro a Indústria, praticamente, parou). A empresa teve que dispensar trabalhadores (temporários e contratados) e entrou em lay-off (felizmente por pouco tempo). Neste contexto, não existiam condições para grandes festejos, as pessoas estavam preocupadas com o presente e angustiadas em relação ao futuro. A empresa organizou uma festa simples, num armazém, para a qual convidou, também, os trabalhadores dispensados e aos quais prometeu o retorno assim que a actividade retomasse.
Passado um ano sobre o pico da incerteza e até do desânimo, e num período de forte recessão, a empresa retomou o crescimento da actividade e, mais importante de tudo, duplicou a força de trabalho. Hoje, numa bela quinta, 800 trabalhadores festejaram, novamente com alegria e alguma confiança, mais um ano de trabalho.
Serve este exemplo para mostrar, mais uma vez, que a distância entre o fracasso e o sucesso é muito curto, e que, por mais difícil que seja a situação é (quase) sempre possível encontrar uma saída positiva, desde que se acredite e se busque uma oportunidade. Temos tendência para, perante as dificuldades, pensar, como os gauleses, que o céu nos vai cair em cima, o que não ajuda nem resolve nada. Muitas empresas portuguesas poderiam ganhar muito com esta crise, assim soubessem aproveitar as oportunidades que inegavelmente ela gera.
PS: Não vejam no post a publicitação de méritos próprios, que claramente não existem. Nem vejam só rosas. O crescimento, forçado, trouxe muitos problemas, nomeadamente a queda, a pique, da rentabilidade.
As vezes, mergulhados na espuma dos dias, não nos apercebemos das grandes transformações que acontecem nas organizações, ou só nos apercebemos quando sentimos o seu efeito negativo.
No ano passado, por esta altura, a KPP sentia intensamente os efeitos da crise económica (as encomendas na indústria automóvel caíram cerca de 45% e em Dezembro a Indústria, praticamente, parou). A empresa teve que dispensar trabalhadores (temporários e contratados) e entrou em lay-off (felizmente por pouco tempo). Neste contexto, não existiam condições para grandes festejos, as pessoas estavam preocupadas com o presente e angustiadas em relação ao futuro. A empresa organizou uma festa simples, num armazém, para a qual convidou, também, os trabalhadores dispensados e aos quais prometeu o retorno assim que a actividade retomasse.
Passado um ano sobre o pico da incerteza e até do desânimo, e num período de forte recessão, a empresa retomou o crescimento da actividade e, mais importante de tudo, duplicou a força de trabalho. Hoje, numa bela quinta, 800 trabalhadores festejaram, novamente com alegria e alguma confiança, mais um ano de trabalho.
Serve este exemplo para mostrar, mais uma vez, que a distância entre o fracasso e o sucesso é muito curto, e que, por mais difícil que seja a situação é (quase) sempre possível encontrar uma saída positiva, desde que se acredite e se busque uma oportunidade. Temos tendência para, perante as dificuldades, pensar, como os gauleses, que o céu nos vai cair em cima, o que não ajuda nem resolve nada. Muitas empresas portuguesas poderiam ganhar muito com esta crise, assim soubessem aproveitar as oportunidades que inegavelmente ela gera.
PS: Não vejam no post a publicitação de méritos próprios, que claramente não existem. Nem vejam só rosas. O crescimento, forçado, trouxe muitos problemas, nomeadamente a queda, a pique, da rentabilidade.
Costumo dizer que é da idade, ou talvez por ser sportinguista, mas acho que devemos acreditar sempre e lutar por aquilo em que acreditamos, mesmo que por vezes a tarefa se aparente impossível. E a verdade é que por vezes é necessário bater no fundo, de forma conseguir um impulso para voltar ao cimo.
ResponderEliminarCom esforço, dedicação, trabalho, resistência, força, objectivos e esperança é possível.
Temos de voltar a apostar em Portugal. Fazendo uma reconversão na nossa Justiça que esta um caos. Expulsando do nosso pais os marginais e ilegais. Actuando fortemente contra o crime violento, dando poder á policia e acabar com os vigaristas, corruptos e outros que tais. Talvez assim este País ainda conseguisse respirar. agora assim muitos Portugueses estão a pagar com a vida a estupidez da entrada de toda a escumalha e a sua impunidade.
ResponderEliminarDigo isto na Vespera de Natal, quando deviamos estar com a alma em sossego, mas não consigo estar tranaquilo quando leio jornais e vejo TV e as noticias são mais Portugueses assinados por escumalha vinda de fora...
Ó Roque, podíamos tb tirar a escumalha autóctone, que a haverá em muito maior quantidade...
ResponderEliminarOlá!
ResponderEliminarA comunicação social só comunica as más notícias!
Basta ver qualquer telejornal, de qualquer canal, e não vemos nem ouvimos uma boa notícia, só dizem as más.
Caros amigos fazedores destas Farpas, desejo a todos um Feliz Natal.
ResponderEliminarCaros camaradas e amigos comentadores deste blogue da nossa alma, desejo-vos igualmente um Feliz Natal.
Saudações. Se tudo correr bem até Segunda-feira.
Bom dia!
ResponderEliminarDe facto a "crise também é oportunidade", oportunidade essa que pode ser subjectiva, diria eu.
Oportunidade para dispensar trabalhadores; oportunidade para as "falências" fraudulentas; oportunidade para aumentar a precaridade no trabalho...enfim inúmeras oportunidades!
Não querendo desvalorizar o papel que a empresa que o Malho refere, que não se inclui nas outras menos sérias.
É verdade que vivemos numa crise mundial, porque a nacional já nos habituamos a (con)viver há algumas décadas.
Também é verdade que ás vezes penso que gostamos de deste modo de vida, e nos habituamos a culpar todos (o patrão, o empregado que não produz, o cliente que não paga, o governo, os políticos, as instituições publicas/privadas etc.), e nós enquanto cidadãos?
Ainda esta semana, numa superfície comercial em Leiria, fiquei espantada com o nº de pessoas que andavam ás compras. Eram LCDs, playstations, telemóveis topo de gama, com um pequeno pormenor…estavam todos na fila do financiamento para crédito!!
Continuo a não conseguir entender…
Não quero de todo perder a esperança neste país, até porque tenho dois filhos e quero um futuro risonho para ambos. Mas este país é constituído por estas pessoas, e todos nós temos responsabilidades para com ele (nossa pátria).
O desemprego atingiu uma taxa elevada, e assistimos paralelamente á crise económica, uma crise social. Mas também é verdade que muitos que estão inscritos no C.Emprego, quando são chamados para propostas de trabalho, (alguns) até recusam ofertas! Outros até estão a trabalhar…(a dita economia paralela).
A responsabilidade (da crise) não é só de quem governa (seja no poder central ou local)…
Desejo a todos um Bom Natal!
Bom dia!
ResponderEliminarAos governos podem legislar e governar!
Aos cidadãos compete cumprir as leis e exercer o direito de cidadania.
Os governos apenas legislaram para proteger os preguiçosos.
Vejamos: As lojas, todos os dias, são visitadas por homens e mulheres a pedir carimbos para o centro de emprego, não vi nenhum a pedir trabalho, nem emprego só pedem carimbo.
Um dia da semana passada, numa empresa de Pombal, apareceu um Sr, a pedir carimbo e foi-lhe oferecido trabalho com uma remuneração mensal de 600,00 Euros a começar. A resposta não se fez esperar: eu recebo muito mais no fundo de desemprego durante dois anos.
Um desempregado, não devia ter mais que o ordenado mínimo para o forçar a arranjar emprego.
Perante estes factos que fazer?
A perda de rendimento é um argumento legítimo. na óptica do desempregado. Se alguém andou 10 anos a descontar para a seguranla social sobre um ordenado de 2000 €, parece-lhe correcto que vá fazer um trabalho por 600 €, sendo inegável que tem direito a subsídio de desemprego?
ResponderEliminarParece-me é que se poderiam compatibilizar as duas situações: trabalhar a receber os tais 600 €, e receber a diferença em relação ao subsídio que lhe foi atribuido. E deixar-lhe pelo menos um dia (ou meio-dia) livre por semana, para poder procurar emprego compatível às suas competencias. Mas isso talvez seja um incentivo à preguiça, no seu parecer... que me diz?
Gabriel!
ResponderEliminarNão querendo generalizar as situações, a verdade é que há que admitir que muitas vezes o incentivo á preguiça existe!
Lógicamente que existem situações que não se enquadram naquilo a que eu me estou a referir. Mas a mentalidade dos portugueses é um pouco esta "até eu tiver direito eu vou buscar ao Estado...", e casos como o Dboss descreveu, acontecem diáriamente.
Agora o que levou ao meu comentário inicial, foi a oportunidade que a crise trouxe ás nossas empresas (ao aproveitarem-se da mesma para efectuarem despedimentos e reestruturações organizacionais).
Uma crise não pode nem deve ser sempre vista como totalmente negativa. Em Portugal poderia ter servido para algumas famílias, priorizarem necessidades e adoptarem novamente uma noção de poupança (que fomos perdendo há longos anos).
E o que muitas vezes observamos, é um viver acima das nossas possibilidades, com todos com casa própria e carros de topo de gama (tudo a crédito), e continuamos a assistir a todo este cenário!!
Onde eu queria chegar é que podemos aprender com a crise (a dita oportunidade), mas não para nos afundar mais.
Neste campo a empresa que o Malho descreveu, soube-a aproveitar.
Caro Dboss!
ResponderEliminarDiscordo totalmente quando diz que os governos legislam para proteger preguiçosos!
Lá está mais uma vez projectamos a culpa nos outros. O "preguiçoso" é que se aproveita das leis que pretendem proteger os mais desfavorecidos. E acredite que eles (desfavorecidos) existem e devem ser protegidos pelo Estado. Voltamos á minha reflexão: o problema reside só nos outros? E nós, que contributo damos para manter este "estado de sítio"?
Amigo e companheiro Adelino Malho, bom dia.
ResponderEliminarComo tu sabes não foi só a tua empresa, felizmente, que conseguiu dar a volta à situação.
Mas fico muito mais contente e feliz por tu teres trazido a terreiro o teu caso pessoal e da forma como o colocaste.
Faço sinceros votos para que a tua esperança no futuro seja uma realidade.
Neste pormenor estás de parabéns.
Um Bom e Santo Natal para ti, para os teus e para todos os que trabalham na Key.
Abraço.
Antes de mais (atrasado) Boas Festas.
ResponderEliminarNa verdade foi na festa de Natal da minha empresa que tive a perfeita consciência, pela dimensão do crescimento da força de trabalho, que a crise (económica) também é oportunidade. Nós ouvimos isso nos bancos da escola e noutros fóruns mas muito poucos interiorizam que realmente é assim. Todos sabemos que a economia faz-se de momentos de expansão (forte e/ou sobreaquecimento) e de recessão (acentuada e/ou crise económica). Logo, temos que viver e aceitar os ciclos económicos, adaptarmo-nos, aprender com eles (como diz a Marlene) e tirar deles oportunidades para recomeçar (se possível melhor).
Alguns comentários ao post foram pela dicotomia, maniqueísta, nós e os outros, os bons e os maus, as boas empresas e as más empresas, os maus empresários e os bons empresários, os ons trabalhadores e os maus trabalhadores. Isso tudo existe e temos que viver com isso. Ao Estado, e também à sociedade, deveria competir ajudar e premiar uns e castigar outros.
Nós temos a grande vantagem de ter um Estado Social que nos protege e ajuda, a TODOS, nos momentos de dificuldade e tem, também, a missão de amortecer os efeitos das tensões sociais. Saibamos mantê-lo.
Não conheço (dizem que existem) empresas altruístas. Todas querem obter lucro e maximizá-lo. Em tempos de crise as reestruturações são indispensáveis, senão vai tudo ao fundo. Mas tão ou mais importante que as reestruturações (downsizing) é repensar o negócio. É preciso ter a consciência que as crises eliminam sempre os menos competitivos e que a economia hoje é global. Logo, elimina os menos competitivos aqui, na Espanha, na França, na Alemanha, etc… Ao eliminá-los gera oportunidades que urge aproveitar. Foi isso que a KPP fez, aproveitou a falência de concorrentes na Alemanha. Nós precisamos muito de reconverter o sistema produtivo. A forte recessão da economia (global) poderá/poderia ser uma boa oportunidade para o fazer.
No resto, existirão sempre os da oportunidade e os oportunistas. É da natureza das coisas.
A todos, Boas Festas;
AM
Boa tarde!
ResponderEliminarAntes de mais Boas festas!
Caríssima Marlene: o que escrevi é a opinião de um cidadão comum que não concorda com a lei e por isso faz a afirmação que faz. Eu se estivesse no lugar do homem que recusou o emprego de 600,00 Euros também seria preguiçoso, a lei permitia-me tal opção.
Também não temos dúvida de que há empresários oportunistas e que a crise serve para esconder muita coisa.
É evidente que o governo não fez só coisas más entendo é que podia e devia fazer melhor.
Aos governos compete legislar e aos cidadãos o dever de cumprir as leis e, neste caso, a lei protege os preguiçosos.
Caríssimo Gabriel temos que entender O Instituto de Segurança e Solidariedade Social, como o próprio nome indica, como uma instituição de solidariedade social capaz de garantir a subsistência, bem estar social, a quem dela precisa e não como uma companhia de seguros apta a garantir o salário real a qualquer cidadão desempregado, sob pena de termos de mudar o figurino da referida instituição.
Dentro do princípio da solidariedade social o subsídio de desemprego devia ser o rendimento mínimo a partir do 6 mês de desemprego, por exemplo, para incentivar os desempregados a procurar trabalho.
Embora tivesse-mos desvirtuado um pouquinho o assunto dado a post nunca é de mais trocar-mos estas impressões.
Quanto ao que diz o Sr. Adelino Malho, não há duvida que quando uma porta se fecha outra se abre. Estou perfeitamente de acordo que as crises são selectivas e que proporcionam sempre outras oportunidades aos sobreviventes, tratasse apenas de visão, estar atento à porta entreaberta e entrar na oportunidade. A economia, com a globalização, já não se resume apenas às oportunidades de transferência de tecnologia e saberes dos seus criadores, estamos todos à distância de um clique, em qualquer parte do mundo e a qualquer hora, as oportunidades surgem quando menos se espera sendo cada vez mais preponderante a economia de escala, os saberes e as competências dos intervenientes e das organizações que dirigem.
Não há qualquer duvida de que existiram empresas altruístas hoje, tendem a desaparecer, com a
economia global, sem dúvida que o tempo da empresa altruísta já passou sob pena de continuarmos eternamente a olhar para o umbigo e não termos tempo de aprender com os erros do passado deixando passar as oportunidades que se nos deparam para outras organizações.
As crises são selectivas? Devem ser, pelo menos são quase sempre os mesmos que sofrem.
ResponderEliminarBoa tarde!
ResponderEliminarEfectivamente as crises são selectivas.
No reino animal quanto há falta de alimentos devoram-se também os da mesma espécie e, desta forma, ficam mais alimentos para os sobreviventes, é a natureza.
Na actividade económica o número de consumidores, em tempo de crise ou não, é o mesmo para o mesmo nível de oferta e, quando desaparece um produtor de bens e serviços aumenta o número de consumidores para um menor nível de oferta, menos um produtor de bens, daí a afirmação que as crises são selectivas.
Infelizmente esta crise é má de mais atingiu tudo e todos.