Segundo esta curiosa noticia, o facebook é responsável por uma quantidade incrivel de divórcios. Este facto deixou-me preocupado, visto que o facebook foi um veículo muito utilizado pelos nossos políticos, na última campanha eleitoral, para fazerem passar as suas mensagens. Estarão à vista alguns divórcios... politicos?
"E na epiderme de cada facto contemporâneo cravaremos uma farpa: apenas a porção de ferro estritamente indispensável para deixar pendente um sinal."
29 de dezembro de 2009
31 comentários:
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Amigo e companheiro Nuno Gabriel, boa noite.
ResponderEliminarEstá, matematicamente, provado que a chamada curva da morte também aqui se aplica.
Vamos ver se consigo explicar sem fazer um boneco.
A curva da morte de uma empresa acontece, regra geral, até aos três anos de vida.
A empresa nasce com uma determinada expectativa, no eixo das ordenadas.
No eixo das abcissas está o tempo.
A vida da empresa descreve uma curva descendente, não chegando ao zero, e depois começa a descrever a curva ascendente até ultrapassar o ponto de início, no eixo das ordenadas.
É neste espaço de tempo de três anos, no caso das empresas, que acontece a sua morte, em 80 % dos casos.
É a regra dos 80-20.
No caso dos casais heterossexuais, não os entendo de outra forma, são os célebres 7 anos.
Dos divórcios políticos não há notícia.
Abraço.
Peço desculpa, meti os pés pelas mãos e troquei a curva por vale.
ResponderEliminarO correcto é dizer que é o vale da morte.
A curva descrita nestes anos assemelha-se a um vale (depressão entre montanhas).
Devo ter pensado nas curvas da minha vizinha.
Mil desculpas.
As curvas (será sua vizinha?) também me deixam de cabeça atarantada. Por isso evito o facebook, e coisas semelhantes.
ResponderEliminarQuanto aos divórcios politicos, também vão escasseando. É que, em politica, quase não há já quem se case!
Boa noite!
ResponderEliminarOs políticos não se casam porque querem tirar o bilhete de ingresso no clube Gay, lá do sítio, depois de legalizado.
A qual dos divórcios se refere? Ao divórcio entre as células do regime ou ao divórcio de facto e de direito? O outro tipo de divórcio, eleitorado com os políticos, há muito que está consumado!
Com o divórcio do povo, eleitorado, com os políticos consumado podemos concluir que o modelo que nos rege está esgotado e podemos voltar à velha máxima: as ......., mães ao poder que os filhos já lá estão!
Com tanta suspeição, escutas, corrupção, etc, sobre os órgãos de soberania e com o Sr. primeiro ministro a ser um dos protagonistas no caso dos diplomas da Universidade Nova, Free port, Face oculta, Magalhães/ Jp Sá Couto, haverá alguém que faça algo? nem o Ferrer Rochee?
Se calhar estão todos com medo e não lhes levam as caroças ou crutas para eles saberem o que é e se inspirarem!
Caro DBOSS,
ResponderEliminarTenho muitos amigos políticos e muitos amigos homossexuais mas, por acaso, não tenho amigos que sejam ambas as coisas. O que tenho é amigos homossexuais que são empresários, arquitectos, professores, investigadores, etc e, tanto quanto sei, não frequentam clubes de cariz sexual (eu não sei se existem e presumo que eles também não mas, pelos vistos, há quem os conheça). Sinceramente, nunca lhes perguntei se queriam casar. É coisa que não me preocupa; é a vida deles.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarO que cada um faz na sua intimidade não nos diz respeito. Existe um enorme preconceito que não faz qualquer sentido, não é a orientação sexual que define as capacidades de uma pessoa ou os lugares que ocupa.
ResponderEliminarO mais importante é a felicidade, e não o que os outros possam pensar. Quando estamos demasiado preocupados com o que os outros possam pensar de nós e das nossas atitudes, e com idealismos no sentido de agradar, nunca seremos verdadeiros nem com as pessoas que nos rodeiam, nem com a nossa verdadeira essência.
Mas há que ser realista, por mais que queiramos fazer o que queremos, somos sempre condicionados pela sociedade em geral, e muitas vezes pelos amigos e familiares. Não vivemos sós, mas sim na relação com o outro.
Quanto ao facebook, mais uma fórmula de sucesso, na qual podemos partilhar, mas que muitas vezes pode significar exposição excessiva. Se os divórcios acontecem, não é o facebook a causa, mas sim o que se revela através do mesmo. Mas para que isso pudesse ser canalizado para o meio político era necessário que os nossos políticos estivessem dispostos a fornecer informações comprometedoras através do facebook.
E que ainda só falta o argumento do "e pega-se"! Sinceramente, num país que saliva pela vida de uns e outros, seria de supor que o casamento entre pessoas do mesmo sexo até pudesse alimentar essa doença da coscuvilhice. Mas não.
ResponderEliminarPor isso, casarem pelo civil não, não podem que isso faz tremer as fundações e pilares e tudo e tudo do que é mais sagrado. Agora, manter casamentos de fachada, arrais de porrada que envergonham o Mike Tyson e cenas afins já tá bem. Já é tradicional.
Ora bolas, mas que diabo tenho eu a ver com o que dois adultos fazem na sua intimidade? Mais ainda, que diabo tenho eu a ver com o facto dessa relação lhes garantir direitos constitucionalmente protegidos, como sejam, o de ter família que, note-se, pode ser muito bem de apenas dois elementos! Ou aliás, não indo tão longe, direitos como não ser descriminado em função da orientação sexual. Mas pronto, já há referendo na forja e o importante, num país que se consome na pira da corrupção e da ineficiência é mesmo discutir a homossexualidade.
Sim, porque não tenham dúvidas, ninguém vai discutir um instituto jurídico, mas a orientação em si. Isso sim, no Portugal de hoje, é que é importante. E agradeço ao Sr. PM que pode resolver a questão em 2009, sem metade destes problemas. E a todos aqueles que teimam em não perceber que tanta preocupação com a sexualidade dos outros, no fundo, se calhar é motivo para fazer preocupar Freud.
Desconfio que a maioria dos que são contra o casamento homossexual, ou que estão tão interessados na sexualidade alheia, escondem uma grande curiosidade, mas um enorme receio de experimentar e gostar. Também poderá ser fruto de insatisfação de cariz sexual, que se traduz numa inveja por aqueles que se sentem realizados a este nível.
ResponderEliminarJean-Jacques Rousseau dizia: "O Homem nasce livre, porém em todos os lados está acorrentado"...
ResponderEliminarCada vez mais, isto faz sentido!
Marlene... "acorrentado", e pelos vistos, a uma mulher. Exclusivamente! Eheheheheh
ResponderEliminarA questão nem me parece merecedora de discussão. A igreja diz que é uma questão ántropológica. Mas não ouvi ainda os antropólogos a queixarem-se da lei. TRETAS! A questão é, e sempre foi, religiosa. E de preconceito, principalmente isso: preconceito!
Mudar o nome "casamento" parece-me também ridículo. O que se pretende mudar é uma LEI. Código Civil, com implicaçoes em direito fiscal, sucessório, etc, e à luz do direito civil, não vejo razões para que o nome das "uniões civis" (é disso que se trata) não seja o mesmo para hetero e homossexuais.
Marlene... "acorrentado", e pelos vistos, a uma mulher. Exclusivamente! Eheheheheh
ResponderEliminarA questão nem me parece merecedora de discussão. A igreja diz que é uma questão ántropológica. Mas não ouvi ainda os antropólogos a queixarem-se da lei. TRETAS! A questão é, e sempre foi, religiosa. E de preconceito, principalmente isso: preconceito!
Mudar o nome "casamento" parece-me também ridículo. O que se pretende mudar é uma LEI. Código Civil, com implicaçoes em direito fiscal, sucessório, etc, e à luz do direito civil, não vejo razões para que o nome das "uniões civis" (é disso que se trata) não seja o mesmo para hetero e homossexuais.
Oh caríssimo Gabriel, desde que se esteja bem "acorrentado", seja homem ou mulher (depende sempre da perspectiva do sujeito) nada a opor! O importante é que se seja feliz...até porque o colégio de Psiquiatria da Ordem dos Médicos, tornou público a posição de que a homossexualidade não é doença, como tal...(lamentamos desiludir o nosso digníssimo Presidente da Câmara que já não conseguirá recrutar especialistas para os tratar…)
ResponderEliminarA questão, como dizes, é religiosa. Somos um país onde a religião católica é a predominante (e muitas vezes dominante), como tal é igualmente compreensível que algumas pessoas se insurja contra a união homossexual, como se insurgiu contra a lei do aborto, contra a lei do divórcio, e insurgirá contra a lei da eutanásia (quando for altura de a discutir e/ou legislar). Portanto não fico espantada com tal posição, que até a considero legitima, embora não a subscreva.
Imagina se vivêssemos na Arábia Saudita, o adultério tem como punição a Pena de Morte! Mais uma vez a questão religiosa, e porque não, cultural também.
Quanto á questão do facebook estar a contribuir para o aumento dos divórcios, é nem mais nem menos face-treta. Os divórcios quando têm que acontecer acontecem, inclusivamente os “divórcios” políticos! È que por vezes, “há males que vêm para bem”, e são considerados por muitos especialistas na matéria, “um abra olhos”!
Bom ano a todos!
Diria mesmo mais:
ResponderEliminarCom o Matrimónio, sacramento católico, não há mexida possível. Quem o quiser contrair terá que ser católico e isso é com quem a essa religião pertencer. Trata-se de, seja de que perspectiva for, património religioso, que a lei não pode modificar, tanto que, como no nosso caso, lhe confere validade, já que o Matrimónio embora una aos olhos de deus, não o faz aos olhos do homem.
Quanto ao Casamento, como mero contrato civil (ainda que num contexto que escapa à "mera" realidade), cabe o legislador decidir o que fazer. E neste caso, não vejo ninguém do mesmo sexo a querer que o seu enlace seja validado pela Igreja Católica, pelo que urge ainda mais separar águas.
Ainda quanto ao fundamento do Casamento, admito até que quanto ao Matrimónio haja a procriação, mas também espero que os zelotas defendam com vigor a dissolução de todos os casamentos que, seja por motivos económicos, biológicos e essencialmente pessoais, ficaram/preferiram uma família de duas pessoas "apenas".
Boa tarde caríssimas e caríssimos farpeadores!
ResponderEliminarEm primeiro lugar direi que ninguém nasce livre, sou dos não alinhados, discordo do Sr. Jean Jacques Rousseau. Segundo estudos, recentes, está provado que todo o nascituro humano é o mais dependente nos primeiros anos de vida. Estou mais de acordo com a expressão: "todo o homem que nasce nasce selvagem" a sociedade, o constrangimento social, começando pela célula familiar e as leis moldam a personalidade e o comportamento humano.
Nada tenho contra os homossexuais, eu estou do lado oposto e gosto, estou como diz o outro: se eles não gostam de mulheres mais possibilidade tenho de escolha, se for necessário ainda tenho carinho para retribuir
No que respeita a toda a panóplia ou diarreia política, acerca da legalização das uniões de facto entre pessoas do mesmo sexo, faço minhas as palavras dos políticos: são feedyvers ( está bem escrito?), enquanto há este assunto não falamos de coisas importantes para o País.
Vivemos num Estado de direito que permite a existência de outro Estado dentro do próprio Estado, a Igreja Católica.
As leis da natureza e da igreja católica são claras e rezam assim; "nascei, crescei e multiplicai-vos".que eu saiba os homossexuais não se reproduzem, logo são contra natura tal como a lei que querem aprovar. Dentro destes princípios, contra natura e religiosos, também não podemos levar a mal quem não aprova tal comportamento e tal lei sob pena dos católicos mandarem a bíblia às malvas.
Pergunto eu: que força têm uma lei na privacidade da vida humana ou no amor entre as pessoas? por outro lado, se o governo entende que deve legalizar a união de pessoas do mesmo sexo está contra a lei da igreja em que a dita igreja é um estado dentro do próprio Estado.
Na prática esta lei em nada contribui para uma melhor qualidade de vida da maioria dos cidadãos e por outro lado também não altera nada no comportamento, vida privada, duma minoria que são gays e lésbicas,
Uma minoria que se vê castrada de direitos face à herança legal, por exemplo. Ou direitos fiscais de quem vive em economia comum. Não aceito que a opção sexual possa ser uma restrição a esses direitos.
ResponderEliminarQuanto ao argumento da "multiplicação", reproduzo o que ouvi de um psicólogo, um destes dias, em resposta a um padre que argumntava de igual forma: "e não lhe apetece que o estado proíba a masturbação masculina?"
Tanto sexo que se faz sem ser para "fazer meninos", caro DBOSS (espero que isto não seja novidade para si). Tanto e tão diversificado. Só o homossexual é "anti-concepcional"? Olhe que não, olhe que não...
Outra questão que me deixa os cabelos em pé é a das prioridades. O país não pára por se legislar sobre o casamento de pessoas do mesmo sexo.Se só legislássemos sobre o que é O MAIS IMPORTANTE, passavamos a vida a discutir a importânca das coisas, e não se legislava nada.
Já agora, e correndo o risco de ser ofensivo para os crentes, se a igreja é um estado dentr do estado, já se impunha um golpe de estado. Não pode ser! Somos um país laico. Não tlero que a igreja tenha algum tipo de poder sobre mim, se eu não for crente, ou se não pertencer a essa igreja. Não lhe reconheço esse direito.
Eu só não compreendo é como nós, ditos humanos, aguentamos há tanto tempo que o Estado, a Religião e a Vizinhança se metam na nossa vida sexual.
ResponderEliminarNão será tempo de dizer basta? Se as pessoas querem casar é lá com elas, mas convenhamos que isso não tem nada a ver com sexo - é contrato, é negócio. Há milénios que se considera o adultério, por exemplo, um crime contra o património, (a mulher era propriedade do marido) não contra o amor.
Se querem fazer contratos, façam-nos; mas não enxovalhem o Amor ou o Sexo ou Ambos (hetero ou homo).
Saudações.
"O acto sexual é para ter filhos" - disse na Assembleia da República, no dia 3 de Abril de 1982, o então deputado do CDS João Morgado, num debate sobre a legalização do aborto. A resposta de Natália Correia, em poema - publicado, posteriormente, pelo Diáio de Lisboa, a 5 de Abril desse ano - fez rir todas as bancadas parlamentares, sem excepção, tendo os trabalhos sido interrompidos por isso:
ResponderEliminarJá que o coito - diz o Morgado
Tem como fim cristalino
Preciso e imaculado
Fazer menina ou menino,
E cada vez que o varão
Sexual petisco manduca
Temos na procriação
Prova que houve truca-truca.
Sendo pai de um só rebento
Lógica é a conclusão
De que o viril instrumento
Só usou - parca ração! -
Uma vez. E se a função
Faz o órgão - diz o ditado -
Consumada essa operação
Ficou capado o Morgado.
Bom dia Gabriel!
ResponderEliminarOlhe: se ler bem constata que eu não sou contra nem a favor, sou simplesmente indiferente. Acho que fui crítico quanto baste e até perguntei se a futura lei podia proibir o amor das pessoas na sua privacidade, o amor e o carinho ao próximo também são duas máximas da igreja católica, à semelhança do "nascei crescei e multiplicai-vos".
Continuo a afirmar que há coisas a fazer neste
País muito mais importantes e o mais importante é tudo aquilo que vai ao encontro da satisfação das necessidades do maior numero de cidadãos.
Quanto ao golpe Estado perfeitamente de acordo eu entendo até que precisamos é de dois, quando perdemos ideais ficamos radicais.
Bom dia Adériro!
Sabia da existência deste poema, lembro-me perfeitamente da polémica mas não me lembrava do poema, obrigado. Acho que está genial, não seria de esperar outra coisa da Senhora, e bem adequado ao efeito.
"que eu saiba os homossexuais não se reproduzem, logo são contra natura tal como a lei que querem aprovar".
ResponderEliminarIsto não é ser contra? Para além dos insultos de "contra-natura" (que, pelo argumento, também se aplicam a homens e mulheres com problemas de fertilidade, por exemplo), mostra uma posição. Por outro lado, ao chamar a lei de contra-natura, mostra também que está contra ela.
Quanto ao direito de ser contra... eu sou um bocado radical! Acho que não, que ninguém tem esse direito. Se o obrigassem a si a ser homossexual, ou a casar com outro homem, teria o direito de ser contra. Como a lei visa "permitir", e não "obrigar"... vejamos a questão pela óptica dos lesados. Há lesados nesta lei? Acho que não. O único argumento admissivel seria, a meu ver, "eles vão ter benefícios fiscais como nós, os honrados heterossexuais, por isso sou lesado: os meus impostos andam a pagar os benefícios fiscais desses paneleiros". Já ouvi a coisa mais ou menos nestes moldes, e com esta terminologia. Não acredito que você fosse por aí...
Boa tarde Nuno Gabriel!
ResponderEliminarQuanto à última frase ainda bem que me têm em conta!
No que respeita ao ser, ou não, contra natureza é totalmente diferente; como lhe disse fiz uma abordagem, talvez ambígua mas, crítica.
Respeito a natureza tal como ela é ou seja: "nascemos, crescemos, reproduzimos-nos, vivemos e morremos". Trata-se do ciclo da vida, veja-se natureza e, pela ordem natural das coisas, pólos X,X ou Y,Y repelem-se e X,Y atraem-se.
Bom ano
Quando há referência ao estar casado como "acorrentado", não está a ser negativizado o sentido do casamento? (Retiro a questão, se esse facto for levado no sentido sexual, como fetiche)
ResponderEliminarNinguém é obrigado a casar ou a manter-se casado, pois não?
Ser indiferente, quando se pergunta se está ou não de acordo com o casamento homossexual, é a posição que vai de encontro ao que se espera de pessoas informadas e com opinião própria?
Gostei do pormenor do fetiche, e não vejo nele motivo para retirar a questão! :)
ResponderEliminarNão, ser indiferente ante a pergunta que colocou, não vai de encontro ao que se espera de pessoas informadas. Eu até acho que a pessoa informada fica incomodada com a pergunta, que nem deveria ser feita. É como se cada homossexual tivesse que perguntar a todos os heterossexuais se podia assumir o seu amor por outro homem/mulher. A minha resposta é muito mais que um sim. Nem sequer faz sentido que a pergunta se coloque.
Desculpe ter respondido a uma pergunta que não era para mim, SRA CARDAL... outros não se coibam de a responder também.
Gabriel,
ResponderEliminarSabes, o que eu acho mais irónico nesta questão, é que aqueles que aqui há alguns anos defendiam o "AMOR LIVRE", que não se legisla sobre os afectos, e que o casamento era uma instituição burguesa para "acorrentar" (e não como fetiche ou estética sexual) as mulheres, sejam, agora, os maiores defensores do casamento, o que mostra bem o conservadorismo que se instalou, a todos os níveis, na nossa sociedade.
Por isso, não esquecendo que todo o Amor é Livre, deveríamos ser muito mais liberais e aprovar, nomeadamente, os casamentos poligâmicos, poliândricos e outros que não me ocorrem.
Sobre a pergunta, nada supera o amor ao natural, de pele com pele. Dos adereços para quebrar as rotinas, são preferíveis as rendas e as sedas aos cabedais. ACORRENTADOS, NUNCA!
Boa tarde!
ResponderEliminarCom fetiche ou sem fetiche sexo é sempre sexo, poderá ser interpretado como instinto animal,é certo, faço jus a uma canção brasileira que diz: "amor sem sexo é amizade"
Quanto à indiferença assumo-a e afasto-me pois, não há lei que obrigue alguém a corresponder ao carinho ou repulsa de outrem. Já imaginou às autoridades a tocarem à campainha e perguntar se se estavam a amar ou a beijar?
Desculpem lá!
ResponderEliminarEntão, se calhar, potencia mais ligações…
Hetero…
Homo…
Ai!, que já estou a ver a Assembleia da República toda hiper-ligada… e todas as Assembleias…
São estas coisas que me deixam estupefacta. Não compreendo como é que uma questão tão simples dá azo a tanta polémica, mobiliza tantas pessoas, exige tantos debates, causa prurido a tanta gente, quando se trata apenas de respeitar as opções de cada um. Quer dizer, até percebo, mas acho completamente inúltil.
ResponderEliminarOs "divórcios fictícios", só para obtenção de benefícios fiscais e que correspondem tão somente a uma forma de ludibriar de forma legal, não têm qualquer problemas, mas duas pessoas do mesmo sexo que querem oficializar a sua relação sob a forma de casamento já é um "bicho de sete cabeças".
Também não aceito o facto de a Igreja ser tão importante neste debate, porque o casamento civil abarca pessoas de qualquer religião, que não têm nada que ceder ao que são as opiniões da igreja católica.
E o amor não tem nada a ver, porque não duvidemos que há muitos casamentos que não acontecem por amor, mas sim por interesse ou por outros motivos que não aqueles em que assenta o romantismo quase sempre associado às ligações afectivas.
Menina e sempre querida JA,
ResponderEliminarDeclaração de interesses:
- sou totalmente a favor do AMOR LIVRE e da AUTODETERMINAÇÃO SEXUAL. Neste campo aceito qualquer solução, mesmo as de geometria variável;
- por isso - não por respeito, mas por é natural - aceito as opções de cada um.
Quanto á mobilização para o debate, aqui no Farpas, ao nível dos temas sexuais, só mesmo, os Temas João Vilaverde e Marquezes. Porque será? Terá razão o Cavaco quando fala que as preocupações do país devem ser outras, ou a J.A. prefere que se fale de Fado, Fátima e Futebol? Por mim, até acho o sexo agradável.(Fom...,fom...fom...)
Carissimo Jorge Ferreira, sou da opinião que todas as discussões são importantes, não devemos pôr limites aos temas discutidos, bem pelo contrário.
ResponderEliminarFico satisfeita por achar que é importante falar de sexo, um tema que ainda é alvo de muitos preconceitos e falta de informação. Quem fala abertamente sobre sexo, e até brinca com o assunto, não é libertino, mas à partida uma pessoa consciente de que este faz parte do ser humano, sendo uma componente tão importante como outra qualquer.
Caríssima e sempre querida J.A.,
ResponderEliminarLibertino, realmente, não! Ainda que a mente me tente, a idade e o peso tolhem o corpo, recomendando parcimónia e sensatez.
O sexo é para discutir e praticar com total liberdade e autodeterminação. Não reunindo já os requisitos (intelectuais) para tratar do assunto a sério, contento-me, neste campo, em ser um Lúdico. Nesta medida, procuro orientar o pensamento para a recreação e conduzir o movimento e a acção para o prazer do encontro e da alteridade. Não esquecendo que Onã (Genesis 38), que preferiu mais o património do que o sexo e o amor ao próximo, ainda assim, algumas vezes, soube ser feliz e, por isso, que tendo opinião diferente, “o Senhor o feriu de morte. Não temendo a Deus, tento ter sempre presente que se não for possível o ideal que é a partilha e o conhecimento do outro (socialização), ao contrário do Senhor, verifico que também é gratificante a experiência do auto conhecimento, pois, um caso e no outro, se trata de experiência e descoberta do mundo.
A este propósito deixo aqui um curto estrato de uma entrevista de Alberto Pimenta, um dos poetas (Prof. da F. Letras de Coimbra, julgo) da minha preferência à LER (Jan. 10):.
“(…) Agora percebo porque escolheram o sofá para estas conversas. (AP)
Porquê, no seu caso fazia outra escolha? (LER)
Se eu recebesse estas pessoas, não as punha a dissertar em volta do sofá, mas logo directamente na cama e pronto. (AP)
Na cama porquê, pode-se saber? (LER)
É o melhor lugar que eu conheço para comunicar, ou o único até… claro, desde que não se esteja doente, ou a dormir. Um dos problemas das pessoas que tomam decisões neste país é tomá-las sentadas, uma das mais arrevesadas e angulosas posições que o homem inventou. Na cama é outra coisa. Mas este sofá também é de apetite (AP) (…)”
Claro que, como cá em casa, o sofá era vermelho, um sortilégio que os Benfiquistas bem conhecem!
Jorge,
ResponderEliminarO Alberto Pimenta, apesar de ter estudado em Coimbra e ter pertencido ao CITAC, é professor convidado na Universidade Nova de Lisboa.
Quanto ao Onã, o Senhor não o castigou pela sua opção pelo autoconhecimento (se fosse assim eu já estaria condenado); ele foi castigado pelo facto de se ter recusado a dar descendência à viúva do se irmão. É uma subtileza importante pois permite redimir (quase) toda a Humanidade.
Grande abraço,
Adérito