18 de dezembro de 2009

O planeamento visionário no seu melhor

Segundo o RC, a nova vereadora do ambiente da CMP, Paula Silva, fez abortar o projecto de construção da praia fluvial do açude por causa da má qualidade da água do rio Arunca.
Má e pouca (acrescento eu). Qualquer pessoa vê isso, menos o visionário.

16 comentários:

  1. O visionario anda lélé da cuca. Foi ao Louriçal ao lar da 3ªidade e o tema escolhido para Discurso foi a morte, o céu e o purgatório. O homem anda mesmo morbido, ou será do défice democratico no concelho de Pombal?

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  2. Será que finalmente apareceu na vereação, alguém com inteligência e sem medo do papão, para se atrever a discordar das visionárias intenções do "Chef"?
    Saudações

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  3. Desculpem, esqueceu-me de acrescentar que todas as tareias que levei quando fugia para o Arunca me fizeram tão bem, que ainda hoje me alimentam e justifam o tamanho.

    Abraços

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  4. O meu primeiro comentário foi, como devem ter notado, um comentário político. Mesmo que a água não seja de excelente qualidade e seja pouca (resultado do progresso: rebaixamento da linha férrea e impermeabilização do Túnel de Albergaria, urbanização descoordenada nas várias localidades por onde o rio passa e licenciamento abusivo de poços e furos ao longo de todo o seu curso), o Rio Arunca é lindo. De há uns tempos para cá , quase todos os dias passeio pelas suas margens desde a zona desportiva até ao açude e ao lagar que lhe fica próximo. Maravilho-me e não é preciso nenhuma praia fluvial para, se houver vontade, se construir uma grande zona de lazer a montante de Pombal, quase até às Barrocas. No entanto, só desde 1983 convivo com este rio mais largo. O meu Arunca era mais estreito, eram caniçais, juncais e erva, muita erva, à boca do Túnel, no vale das Éguas. Quantos vezes me molhei todo ao percorrê-lo (imprudência de garoto mas muito útil para o meu crescimento)tanta era a água que escorria da sua abóbada, corria um rio dela ao lado da linha, juntando-se mais abaixo às ribeiras que pelos Poços e os outros lugares chegava a Albergaria dos Doze, não muito longe da Igreja Velha e depois continuava ao encontro de Pombal, de Soure e do Mondego. (Mas isto só aprendi na escola e em Lisboa.) Caro Jorge Ferreira, eu que quando comecei a leccionar em Pombal, fui eu próprio com os alunos para o açude... Se fosse hoje tinha já não sei quantos processos disciplinares, mas se os papás e as mamãs, daquela altura, soubessem onde eu planeava e dava as minhas aulas de História de Portugal (no Castelo) e de Ciências Geográfico-naturais, rio acima, rio abaixo, ribeira do Vale até à Senhora de Belém, era provável que também tivesse arranjado sarilhos. Felizmente os alunos eram excepcionais. Sei que alguns ainda se orgulham de ter passado pela minha sala.
    Caraças! Este comentário não era para me gabar mas, perdoem-me não tenho feito outra coisa.
    Saudações.
    O Parque Urbano das Margens do Arunca é que não deve ser esquecido!

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  5. NOTA: Tendo corrigido alguns lapsos de escrita, agradeço, sendo possível, que os editores eliminem o comentário anterior e coloquem este no seu no lugar.

    Qual a solução? Não fazer nada ou aproveitar a obra e arranjo paisagístico para melhor se impor e servir de empurrão para a recuperação da qualidade ambiental das águas do rio Arunca a montante, começando pela nascente e ribeiras que o alimentam?
    Tanto quanto me apercebi, nos três verões que por lá passei em pleno mês de Agosto, a Ribeira de Pêra (?) que alimenta as megalómanas Rocas, não tem mais caudal do que o nosso rio? Não acho essa obra financeiramente viável, não gosto do estilo, nem gostaria de ver o nosso açude invadido por multidões, mas, uma obra, feita numa escala razoável serviria para qualificar e melhorar o que temos, e não, para sermos os “máiores”, parece-me oportuna e bem-vinda. Não tanto, como uma eufemística praia fluvial, mas mais, como um local de passeio e de lazer e, porventura, se não se resolver o problema da quantidade e qualidade da água, com uma piscina pública.

    Mais importante, a meu ver, dada a centralidade do Rio, seria enquadrar essa obra num planeamento integrado da forma como gostaríamos de ver organizados os Espaços Verdes e de Lazer da cidade para os próximos 5, 10, 20 ou mais anos, considerando as zonas do Rio e do Castelo como seus elementos centrais e Ex Libris, estabelecendo relações de complementaridade e definindo corredores de circulação entre eles. Evidentemente, os recursos públicos não permitem fazer tudo de uma vez, mas se tal constar dos planos, vai afastar grande parte da pressão imobiliária, combater e mitigar a descaracterização urbanística imperante e favorecer um investimento imobiliário de qualidade e ambientalmente integrado. Até porque, pela expectativa de crescimento populacional e das necessidades de habitação nos próximos anos e, ao contrário do que sucedeu até aqui, julgo eu, o mercado imobiliário local, para crescer, terá de apostar na diferenciação e na qualidade. Hoje, as pessoas, em geral – mesmo os emigrantes – têm muito mais informação e capacidade para serem mais exigentes – os tempos dos azulejos sanitários no exterior e do multicolor a “tartaruguinha” Robialac acabaram. No que resta, os poderes públicos e, sobretudo nós próprios, temos de ser capazes de lhe dar fim.

    Sobre a Senhora Vereadora, penso não ser de esperar outra coisa: ter capacidade de discordar, de ter ideias próprias e de as saber defender de igual para igual, seja com o Presidente seja com quem for, é o que é normal e o mínimo exigível. A Câmara é um órgão colegial em que todos contam, sendo o Presidente um “primus inter pares” que lidera, coordena e representa. Só concebo uma vereação que funcione assim.

    Perdoem este final, falamos de um rio que fez mais pela minha formação e educação do que todos os Professores que tive e todos os livros li. Foi por causa dele que comecei a contrariar o destino provável que me estava reservado. Foi nele – como outros - que comecei a experimentar a aventura e o prazer de descobrir que o conhecimento é como um rio, por começar num ténue gemer de água num “olheiro”, não deixa de aspirar de ir mais longe e de chegar ao mar. Experimentei as suas águas, pesquei os barbos, as tainhas e as bogas, mergulhei das pontes e das árvores, vi as lontras, as enguias e as lampreias, reguei com as suas águas, soei a construir alguns dos açudes e a limpar as suas valas. Sejamos solidários com ele. Sim, também os rios podem resistir enquanto houver a possibilidade de um “acto de amor” que redima todos os males que lhe têm sido feitos. Uma obra de intervenção paisagística de recuperação ambiental pode ser esse “acto de amor” e a derradeira oportunidade de salvar um dos nossos rios fundadores, que desde que há memória dos tempos alimentou a nossa existência e nos uniu como Pombalenses.

    Sejamos exigentes e generosos com os nossos amores. Sejamos exigentes e generosos com o Arunca.

    Abraços e Boas-festas,

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  6. Amigos e companheiros, boa noite.
    A praia, para mim, tem um grande inconveniente: Tem muita areia.
    Íamos à praia da Vieira, com dias contados, vivendo nas palafitas e abrindo o alçapão da sala para defecar para a areia que a próxima maré alta iria limpar e isso, para a minha camioneta, já era muita areia.
    Era só areia, areia, areia.
    No tempo de aulas eu, e como eu muitos outros, nos anos cinquenta, íamos para Pombal em comboios puxados por máquinas a vapor com o seu tender carregado de carvão de pedra (durante a segunda Grande Guerra era utilizada lenha por não haver carvão de pedra - hulha) e tínhamos tempo para admirar as margens do Rio Arunca.
    Eu, agora, só queria a requalificação das margens do Rio Arunca do Açude (onde muitas vezes tomei banho em cuecas – era a nossa piscina) até Albergaria para poder ir de bicicleta de Sul para Norte (mesmo de baixo para cima – o rio corre para cima) e, prometo, que no regresso regresso de comboio mais a “bicle”.
    Quanto à qualidade e à quantidade da água do Rio Arunca não é aqui nem agora o local próprio para discutir essa matéria mas deveria ser matéria para um fórum sobre um dos rios do nosso concelho e que faz parte do nosso imaginário.
    Até lá…
    Abraços e um Bom Natal.

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  7. Bom dia!
    Todas as obras polémicas são visionárias? Ou uma tentativa de fazer algo diferente? Se praias fluviais já existem onde está a diferença?
    Há bem poucos meses, aqui neste Blog, disse que a praia das Rocas era um elefante branco será que se pretende uma para Pombal?

    Que belas interrogações.!

    Na sociedade actual é bonito ir para os ginásios ou centros comerciais consumir o ar poluído, enfim pastar e destruir a saúde.

    Comungo das ideias do Sr. Jorge Ferreira e acrescento que seria bonito melhorar o caminho pedonal das margens do Arunca desde Albergaria até ao limite do concelho com Soure.

    Seria bonito ver as famílias nos seus passeios pedonais nas margens do Arunca em vez de andarem de carro a poluir a nossa TERRA, e davam um bom contributo para o arrefecimento global bem como uma poupança significativa nos orçamentos familiares.

    Outrora, os nossos avós, em vez de irem para o ginásio iam para os campos ou rachar lenha para a lareira hoje, não gastavam dinheiro e tratavam da saúde, agora temos aquecimentos centrais, ar condicionado entre outros para poluir o ambiente

    Pensar no futuro é pensar Ecológico!

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  8. Por falar em visionários e visão.

    Alguém me pode explicar porque é que o despacho de nomeação da secretária das Vereadoras Ana Gonçalves e Paula Silva é assinado pelo vice-presidente da Câmara, Diogo Mateus?

    Será porque a Assistente Operacional do Município e agora promovida a Secretária das Vereadoras é a mãe do neto do senhor Presidente e companheiro do seu filho (que segundo consta será admitido para a PMU Gest)?

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  9. Boa tarde!
    Sempre que há qualquer assunto em discussão e votação, relativa a um elemento da vereação ou seu familiar, a pessoa em causa não pode participar na discussão ou votação, é de lei.

    Quanto ao resto não sei.

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  10. Caro amigo Dboss é de lei. Mas colocar todos os familiares na Camara como se fosse uma Empresa familiar é que ha acho uma prepotencia e uma autentica falta de respeito pelos Municipes.

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  11. Entristece-me dizer isto: Narciso Mota cada vez me desilude mais. É uma rampa descendente desde 1994.
    Lastimoso. Não tenho palavras, sinto-me envergonhado...

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  12. Que se saiba... ou talvez não... a dita nomeada não é familiar do Sr. Presidente... é mãe do filho do dito.
    e???
    dá grau de parentesco esse atributo???
    má desculpa mr.dboss...

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  13. Por favor, se não puderem respeitar a Senhora, tenham contenção, respeitem, ao menos, o "filho do dito" , que não é susceptível de culpa e merece todo o nosso respeito e, se não compaixão, pelo menos toda a fraternidade e votos de um futuro melhor.

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  14. Bom dia:
    É Natal, solenidades em que não acredito e, na verdade,o significado da palavra é muito intenso, deve ser um acto para todo o sempre.
    Quer existam uniões de facto ou de direito os interesses colidem sempre.

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  15. Se tiverem que decidir entre ajudar a vossa família e respeitar pessoas que não vos são nada, muitas delas nem sequer conhecem, qual a vossa decisão?

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