2 de dezembro de 2009

Uma cimeira para sabermos quem é o maior

Perante tanto esgrimir de argumentos que por aí anda, parece-me oportuno propor a realização de uma cimeira entre os diversos concelhos da região que vivem os mesmos dramas e rejubilam com as mesmas alegrias do poder de compra. Está visto que as cimeiras servem sempre para alguma coisa, como se provou recentemente no país. Só foi chato aqueles números do desemprego. Senão tinha sido tudo porreiro, pá. Mas como presidente que se preze leva a cimeira a peito, estou a ver o nosso mayor empenhado em levar a malta para a Quinta de Sant'Ana (não pode alugar 22 quartos como o Cavaco, mas a malta lá se há-de arranjar), pois sempre era uma forma de justificar aquele investimento, mesmo que 16 anos depois. Lá diz o povo que mais vale tarde que nunca.
Comparavam aqui, no post anterior, este nosso torrãozinho dourado a municípios como Marinha Grande ou Porto de Mós. Juntemos-lhe então Ourém (por exemplo, que é de longe bem mais parecido com Pombal do que qualquer um dos outros dois). E depois podemos convidar - só para assistirem - esses presidentes do norte do distrito, que devem ter a mania da qualidade de vida. Claro que a vantagem estaria do nosso lado: ele é cidade florida, ele é cidade saudável, ele é boas práticas disto e daquilo. Até podemos pedir à vereadora Ana Gonçalves que volte a repetir para os de fora o que disse na palestra da APEPI, a Felícia Cabrita. Diz que isto é um bocado provinciano, sei lá.
Seria bom para o turismo, para o desenvolvimento económico, para o ambiente em geral. E aposto que com tanto afazer, a cimeira serviria uma causa maior: arranjar o emprego ao Sopas.

17 comentários:

  1. Essa da realização de uma cimeira não deixa de ser interessante.

    Assim sempre se poderia analisar a estratégia de Pombal para o futuro mais próximo.

    Por exemplo, porque é que Pombal não aposta no marketing territorial. Numa altura de Natal, onde certos municípios se projectam a nível nacional (como é o caso de Óbidos com a Vila Natal, Penela com a Vila Presépio e até Évora com uma pista de gelo), Pombal apenas se projecta por ter aquele Presidente da Câmara que tem o coração na boca (brrr...)

    Pelo Natal ficamos satisfeitos com uma iluminação pública de arraial que ilumina algumas ruas (e bem) e deixa o Largo do Cardal (centro da cidade) quase às escuras.

    E empurramos a animação de Natal para a Praça Marquês de Pombal, naquela velha ideia e caduca ideia que é preciso dinamizar o comércio da zona histórica (a não ser que estejam em jogo subsídios para o efeito). Enquanto isso acontece, os pombalenses vão para Coimbra fazer as suas compras.

    Talvez isto comece a melhorar, se a nova vereadora da Câmara (número-três-da-equipa-dos-sete) pôr em prática os seus conhecimentos de marketing, aplicados nas empresas por onde andou antes de se virar autarca.

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  2. Sei la... Pombal é capaz de ser provinciano demais para o Marketing da nova vereadora...Mas sei la... Convidar as Tias e os tios de Cascais para promover a provincia.

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  3. Amiga e companheira Paula Sofia, boa noite.
    Amanhã reencaminho-te um e-mail (tenho-o na minha máquina) sobre um evento que a Associação Empresarial de Ansião vai levar a efeito que pode não ser uma cimeira mas que terá muita importância para todo o Nordeste do Distrito de Leiria, tão desprotegido que está.
    Até lá…
    Beijo.

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  4. Por favor, Eng Rodrigues Marques

    Outra vez o exemplo de Ansião, não por favor.

    A cidade do Litoral está a ser ultrapassada pela vila do interior. Ou não.

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  5. Oh, caro Eng Rodrigues Marques

    Mais bons exemplos de Ansião, não por favor.

    Olhe que há quem fique ofendido com essas práticas da "vilazita" do Norte do Distrito.

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  6. Entre o muito que aprecio na Paula Sofia não é de menor importância a sua fina ironia que tanto contrasta com a minha, muitas vezes, rude e porca.
    Parabéns!
    Não sei porque carga de água, há gente que ainda confunde ter dinheiro e consumir, com qualidade de vida, isto é, com sensação de bem-estar, saúde, às vezes mesmo felicidade.
    Estamano-nos a viciar e já quase ninguém consegue viver sem uma carga pesada de stress de ambição, mais ou menos desvairada por ter mais isto, mais aquilo e aqueloutro. E quando sentem que já podem comprar tudo, inventam qualquer coisa que passe a ser moda consumir [nem que seja bufinhas pequeninas engarrafadas em elegantes potes cerâmicos azul China].
    São esses, o do crescimento económico a todo o custo, mesmo que tal implique a hipoteca de todos os nossos bens naturais futuros: paisagem, qualidade do ar, património construído, etc., enfim, sustentabilidade.
    Quanto a ter um rumo, valha-nos Deus, se o grande paradigma é o Lucro (o maior possível), nem grandes nações, nem pequenas, sabem para onde vão.
    Porque havemos de exigir esse rumo a municípios geridos pelos mais ignorantes dos seus "filhos"?
    Saudações

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  7. Desculpem a interrupção.
    http://santoamaro2010.blogspot.com
    Acompanhem e participem

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  8. Os exemplos são uma fonte de aprendizagem, os bons mostram-nos aquilo que pode ser positivo fazer e os maus mostram aquilo que jamais devemos fazer.
    O problema acontece quando as comparações são realizadas sem reflectir realmente sobre os aspectos em questão. Comparar é muito fácil, mas daí extrair qualquer coisa de útil é muito mais complicado e carece de reflexão, o que dá muito trabalho.

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  9. Companheira JA, boa noite.
    A questão dos exemplos/argumentos que coloquei não se prende com a aprendizagem.
    Prende-se com a defesa.
    E aqui temos que usar argumentos e argumentos fortes, se o nosso adversário for forte, salpicados, obviamente, com um ou outro exemplo para encher.
    O Partido Socialista de Pombal não consegue encontrar nenhum argumento, nem forte, nem fraco, para se defender/atacar.
    E isso deu o que deu.
    E o futuro estará, tudo indica, na mesma linha.
    E até ao futuro…
    Choremos.

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  10. Caros leitores, comentadores, amigos e signatários da minha petição:

    Em princípio, e se tudo correr bem, estou safo!

    Abraços!

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  11. Boa tarde!
    Caríssima Política:
    As luzes e a música da ribalta, Natal, são o mal menor. Ou melhor é preferível isto a nâo fazer nada.

    Salvo erro há um Sermão que diz: "não lhes dês peixe ensina-os a pescar".

    A nossa Câmara não está a respeitar este este Salmo.
    A câmara dá tantos subsídios aos ranchos, filarmónicas, grupos corais, entre outros e eu pergunto porque razão a Câmara não lhes exige que apresentem aos munícipes a sua cultura ensinado-os a pescar?

    Na prática significava o preenchimento de todos os Sábados de Dezembro com animação de rua, por exemplo: no Sábado e Domingo X tinhas uma filarmónica e um rancho na rua e no Sábado e Domingo Y tinha-mos um desfile de acordeonistas e teatro de rua, entre outras iniciativas.
    Isto sim era divulgar a nossa cultura, criar uma tradição, cativar as populações para o nosso comércio local e justificar os diversos subsídios atribuídos às diversas colectividades.

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  12. Amigo e companheiro DBOSS, boa noite.
    Trata-se de um dos sábios provérbios chineses.
    Reza assim:
    - Não lhe dêem o peixe. Dêem-lhe a cana e ensinem-nos a pescar.
    A Câmara assim tem feito.
    Quanto à animação de rua.
    O problema é mais complicado.
    Sabes o que é que a Associação Comercial e de Serviços de Pombal tem feito para conseguir essa animação. Sabes o que é que alguns comerciantes locais têm feito com o mesmo objectivo. Sabes o que é que a Câmara tem feito para atrair pessoas. Linda, linda a iluminação de Natal deste ano.
    Sabes… Sabes… Sabes.
    Mas também sabes que cada uma das outras 16 Freguesias luta para dinamizar o seu comércio local, com mais ou menos animação.
    A questão deve colocar-se como eu sempre a coloquei e apliquei: De uma forma radial.
    Compro o que posso comprar no comércio local da minha Freguesia.
    Não havendo, passo ao nível seguinte: Freguesia vizinha ou Pombal.
    Não havendo aqui, passo para Leiria ou para Coimbra. Mais para Leiria do que para Coimbra.
    Em Lisboa: Só para comprar na Louis Vuitton e, agora com loja aberta em Lisboa, já não preciso de ir a Paris.
    A mensagem que se deveria passar deveria ser algo parecido com isto.
    Tudo o resto é placebo.
    Abraço.

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  13. Caro Sr. Eng. Rodrigues Marques, gosto muito de ter amigos como o seu caso, que apesar da crise e de ninguem pagar a ninguem ainda conseguir comprar "Louis Viutton" No meu caso, e ja tive em Paris numa da lojas, a de Lisboa não conheço ainda, teria que vender a casa para comprar uma mala. Ja agora não me arranja um Tachinho desses que paguem para conseguir comprar nessas lojas? Fale com o Sr. Eng. Narciso e veja la se sobra algum alguidar para mim. É que a vida esta dificil.

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  14. Boa noite amigo Marques!
    De facto tudo o que dizes é verdade mas, não é fácil fazer passar a mensagem que aludes, para a fazer passar é necessário cativar muita gente e saber as suas necessidades.

    Todos nós sabemos que a associação comercial ao contactar qualquer rancho folclórico ao associação cultural para uma actuação têm de pagar.
    Também sabemos que se o rancho folclórico do Reguengo, ou outro, vier dançar a Pombal trás toda a população da aldeia atrás para ver dançar o filho ou vizinho, daí eu afirmar que, quando a Câmara atribui um subsídio a qualquer associação cultural devia exigir uma actuação gratuita, dentro do nosso Concelho.

    Todos nós, quando chegamos ao Sábado à noite, pensamos como vamos passar o Domingo para libertar o stress de uma semana de trabalho. Como não há nada de novo em Pombal vamos ver as ondas do mar ou vamos fazer piscinas para os centros comerciais das cidades mais próximas, onde tomamos um café ou lanchamos e é mais dinheiro que sai do circuito económico de Pombal.

    A quadra natalícia é uma tradição católica que pode servir para passar a mensagem "compre na sua terra" mas, para isso, é necessário compreender as necessidades dos pombalenses e satisfazer os seus anseios, temos de criar atracções e diversões. Porque não somos um pólo de atracção, também, para os diversos concelhos mais próximos? Temos vias de comunicação temos de ter mais iniciativas.
    Podemos transformar este mês num misto de tradição católica e pagã e, para tal, basta conjugar os esforços do município com os da associação comercial, nesse sentido, a Câmara ao atribuir o subsídio exige uma actuação gratuita às colectividades subsidiados.

    Todos os Sábados e Domingos do mês animação de rua. folclore, teatro de rua, orquestras, acordeonistas, gigantónes, etc. arrastam multidões, vamos a isso.

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  15. E normalmente as pessoas do concelho aderem a este tipo de iniciativas culturais? Ou pelo menos, a adesão justificaria os gastos? Actividades nas Ruas numa época em que as condições climatéricas normalmente não são muito agradáveis?

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  16. Boa noite Sra. do Cardal!
    É necessário fazer alguma coisa e, se as empresas investem em publicidade, a Câmara colaborando com a associação, como sempre fez, promove o município.

    Quanto à aderência o folclore, ou outra actividade, trás sempre alguém.

    Pior é não fazer nada

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  17. O problema é esse mesmo, caro DBOSS grande parte das pessoas prefere não fazer nada. E não é só com o comércio que estou preocupada, é com os destinos do concelho em todas as áreas. Cada vez mais se verifica uma forte resignação por parte das pessoas e um pensamento do tipo "entretém-te filho e vai para a cam descansado que há milhares de gajos inteligentes a pensar em tudo neste mesmo instante, enquanto tu adormeces a não pensar em nada".

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