21 de janeiro de 2010

Ironias

A JS sempre defendeu a existência de Concelhos Municipais de Juventude, como órgãos onde se pudesse discutir as políticas de juventude. Numa dessas alturas, os mais jovens da JSD e do PSD achavam que não, que era sítio de partidarização. Agora já acham que sim, que se justifica essa a hipótese, tanta que justifica um evento. Mesmo que venha pela mão de "outros", e anos depois, não deixa de ser curioso ver que há razões que mesmo desconhecendo a razão, não deixam de ser racionais. É a "nóia" dos cartões e das barricadas.

18 comentários:

  1. João,
    Os concelhos municipais de juventude são agora uma imposição legal.
    Quanto ao passado continuo a defender que as organizações partidárias de juventude que se querem pronunciar sobre as politicas municipais devem fazê-lo em sede dos orgão autárquicos eleitos. Sei que na altura a JSD era a única organização de juventude cujo seu partido lhe reconhecia capacidade para representar os cidãdãos e mérito para ocupar os lugares de eleição directa. Na altura queriam partidarizar o conselho municipal de juventude.
    Ontem como hoje continuo a afirmar que conselhos municipais de juventude sim, mas para inetrligar associações e potenciar sinergias... infelizmente na altura queriam era política e política da que queriam é na assembleia municipal ou na assembleia de freguesia... mas como não tinham eleito ninguem queriam o conselho municipal de juventude.

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  2. João

    Sinceramente, não percebo o teu comentário. Estás a falar da JSD que queria partidarizar, ou há um lapso e querias falar da JS?

    É que num dos cenários, eu vi que a JSD não se mostrou interessada em ter um fórum que como dizes, interligasse e potenciasse sinergias e, como tal, nem apoio deu. Se estás a censurar a JSD, terás mais conhecimento e motivos para o fazer que eu, que apenas vi/li o que escrevi acima.

    Se é lapso e te referes à JS, é uma afirmação falsa, tanto que foi a JS, através de um seu deputado municipal que fez a proposta, de tal forma feita que abdicava que, a instâncias do PSD, abdicava até de que as juventudes partidárias tivessem assento nos CMJ.

    A ver vamos no que esta versão dá.

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  3. João
    Não existe lapso, por ventura excesso de enredo para dizer simplesmente isto: A JSD era a única organização de juventude que possuia eleitos locais. O PSD tem uma longa tradição de reconhecimento do trabalho desta organização, ao contrário de outros partidos.
    A JS e na primeira abordagem a este tema (CMJ) a GP não tinham eleitos locais e viram na criação deste órgão uma maneira de intervirem politicamente; ao contrário (se calhar!) de ti eu estive na primeira reunião realizada nos paços do concelho, em que a GP propôs este assunto como centro de análise de acção de politica de juventude e de pareceres... e foi a tónica na emissão de pareceres que foi mais sublinhada.
    Agora honestamente te digo que não vejo necessidade de haver esse conselho, que há agora por imposição legal. Se quem tiver o pelouro da juventude tiver uma cabecinha no lugar e vontade de trabalhar será nesse pelouro que todas essas sinergias podem ser agrupadas e potenciadas.

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  4. Bom dia!
    O concelho municipal de juventude, para ser concelho, tinha que ser constituído por todas as forças partidárias do concelho, para ser útil participativo.
    Todos sabemos que o PSD é a única força política em Pombal com jovens eleitos para a Assembleia Municipal pelo que, o funcionamento do aludido concelho, seria inócuo.

    Julgo ser mais importante fazer encontros mensais de juventude, uma tertúlia, onde existia um ou dois convidados para discutir dois temas, obviamente que era obrigatória a participação de um jovem de cada partido.

    Temas salas e cafés quanto baste e rádios locais.

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  5. João

    Não percebo qual é a relevância ou não da minha participação nessa reunião para o argumento central da discussão. O que sei é que a JS pretendia e era não no sentido de partidarizar, mas sim de interagir. De qualquer forma, também espero queo Vereador da Juventude tenha cabecinha, aliás, que pense (e fale) pela própria cabeça em relação a matérias tão sensíveis. Os Conselhos Municipais disto ou daquilo podem ser acumulações de cargo ou reais sítios de influência. Mande a tradição de uma dada terra e logo se verá no que se transforma. Inútil ab initio é que tenho dúvidas que seja.

    DBoss

    A JS, pelo menos desde 1993, tem sempre "representante" na Assembleia Municipal. Se não me falham os nomes terá sido o Adelino Mendes, o Nuno Aráujo, eu próprio, o João Coelho e o Tiago Galvão, pelo que não corresponde à verdade a sua asserção de que todos sabem que só o PSD tem jovens na AM. Tê-los à em maior número, mas os resultados eleitorais explicam isso.

    Como também não concordo com a sua visão do que seria isso desses encontros, nem os vejo numa lógica partidária mas sim de cidadania, continuo a achar que um órgão formal de cidadania assente em jovens pode ter a sua utilidade. Mas também pode descambar. Mas mantenho que vejo utilidade nesses órgãos.

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  6. Boa tarde!
    Alvim agradeço a sua correcção quanto aos eleitos do PS para a AM.
    Quanto o conselho Municipal ponho as minhas reservas porque este já foi um órgão autárquico por excelência e porque as deliberações não eram vinculativas, eram meros pareceres, simplesmente a lei 100/84 ( ???) acabou com este órgão autárquico.

    Este órgão autárquico era constituído por representantes dos partidos com assento na AM, pelas associações comercial e industrial, bombeiros, cooperativas, pelas ditas forças vivas do concelho.

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  7. DBOSS

    Conselho Municipal da Juventude, é isso que discutimos: utilidades ou não. Isto pelos eventuais desfazamentos que existem entre expectativas e actuações em sede de políticas que afectem a juventude, pela normal falta de representativa que esse escalão etário tem.

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  8. Acredito que o teu ponto de vista seja esse... no entanto cresci num partido cuja sua organização política de juventude sempre foi escutada e sempre teve uma palavra séria em defesa dos jovens...
    Quando uma organização política de juventude pretende alargar a sua acção política deve procurar fazê-lo pelas instituições políticas e não por criações de conselhos.
    Politizar estes conslehos é fazer um péssimo serviço à democracia...

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  9. E dois que cresceram. Os resultados eleitorais condicionam as estratégias seguidas. Adiante para não perdermos tempo.

    Um Conselho Municipal da Juventude é uma instituição política, tanto que se não for assim, a tua lógica só faz sentido se as J's se candidatarem autonomamente, o que é uma abencerragem.

    Mas mais uma vez (e pela última vez), a JS quis o CMJ, reconheceu que não se devia partidarizar/politizar. Na altura a JSD não o quis, agora faz cartaz. Respeito a tua ideia sobre a (des)necessidade deles, apenas não a submeto a timings partidários. Só isso.

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  10. João
    Mais uma vez (e pela última vez) o CMJ aparece nesta altura por imposição legal exarada numa lei que o PS fez aprovar (até teve um episódio de inconstitucionalidade).

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  11. Última vez, alto! Cronologia:

    1º Em 2003 a JS Pombal apresentou a proposta dos Conselhos Municipais de Juventude, através dos vereadores do PS.

    2º A JSD Pombal recusou por considerar que a presença das juventudes partidárias corrompia a verdade eleitoral. Não concordo, é misturar as coisas, mas era uma posição legítima. A proposta da JS foi chumbada.

    3º A JS Pombal refez a proposta retirando as juventudes partidárias deixando apenas as associações. A JSD Pombal recusou novamente porque afinal era contra os Conselhos Municipais de Juventude, com ou sem juventudes partidárias.

    4º Em 2009 a JS Nacional apresenta uma proposta na Assembleia da República para a obrigatoriedade de existência destes Conselhos Municipais de Juventude. Foi aprovada.

    5º A JSD de Pombal apanha-se no meio do caminho entre a posição anteriormente tomada localmente e a posição agora defendida pela JSD nacional que é de apoiar estes órgãos.

    6º A JSD de Pombal vem agora apoiar estes órgãos mas ainda teima com desculpas, agora a da suposta inconstitucionalidade, quando sabe que se quer fazer faz e pronto.

    7º A JS de Pombal só quer reclamar o que lhe pertence, o mérito da proposta.

    8º Não sei quem ganha, espero que ganhem os pombalenses, apenas por o Presidente da Câmara ter de ouvir umas dezenas de jovens sem ser em ambiente controlado, um a um.


    O Dr. João Pimpão vem agora falar da validade da proposta. Não estamos nisso, até porque a sua opinião (ou duas opiniões) já conhecemos desde o início da questão.

    Também não está em causa a filosofia interna dos partidos mas apenas o funcionamento das Câmaras e das decisões do seu Presidente, algo que eu acredito que suscite confusão a alguns.

    Por fim, ficaria melhor falar depois de ouvir a conferência organizada pela JSD relatada aqui: http://www.noticiasdocentro.net/artigo.php?ArtID=5169.
    Fora o que os dirigentes da JSD chamaram ao nosso presidente da Câmara alerto para a confusão que vai no discurso do vereador Pedro Pimpão, pois fala da inconstitucionalidade de uma proposta de lei que os seus dirigentes nacionais clamam como uma Bandeira da estrutura.

    Vamos lá. O Dr. João Pimpão já se percebeu que não quer os CMJ mas e a JSD de Pombal? Querem ou não querem? A quererem já podiam ter tido. A quererem fazer podem fazer sob várias formas com ou sem lei. A fazerem devem respeitar a história que a coisa levou, reconhecendo o mérito da proposta a quem o tem.

    Mas a escola não é essa...

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  12. Só li na diagal. Quando a discussão se centra no "quem veio primeiro, o ovo ou a galinha?", eu passo a ser contra. Para estas discussões, descio que não precisamos de Concelhos Municipais de Juventide nenhuns...

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  13. Não sendo eu militante da JSD à data do que aqui se discute, não tenho de comentar nem o vou fazer. Entristece-me que haja uma obsessão por louros e não uma ambição de fazer mais pela juventude, mas isso são outros assuntos a que já nos fomos habituando.
    Quanto aos Conselhos Municipais de Juventude, sou obviamente a favor, pois qualquer órgão que possa servir para ouvir a juventude é uma mais-valia. Não posso concordar com esta lei pela tremenda trapalhada que nela consta, mas isso também é outra daquelas coisas a que nos vamos habituando.
    O Notícias do Centro finaliza a notícia dizendo que o vereador Pedro Pimpão disse que ia seguir a recomendação da Associação Nacional de Municípios, mas que não disse se ia ou não criar o CMJ. Ora, se o/a Sr(a) jornalista tivesse feito o trabalho de casa, saberia qual era a recomendação. Mas eu digo, é não criar, até ser apreciada a constitucionalidade da lei. Como o vereador Pedro Pimpão referiu, vai funcionando com um Conselho informal, reunindo com os líderes associativos e construindo com eles a estratégia de juventude. Embora eu ache que isto é fazer mais que a lei, esperemos que ela venha e desta com pés e cabeça, fora das correrias dos fins de mandato. Até lá, continuemos com boas práticas e más leis. Valha-nos a boa vontade...

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  14. O objectivo do post não se esgota numa discussão de louros (nem podia, atentas as simples circunstâncias, mas adiante...) mas sim de timings de opções e das justificações das mesmas. Arranjam-se mil exemplos, locais, regionais ou nacionais, laranjas, rosas, azuis ou vermelhos para ilustrar o ponto.

    Pode-se aproveitar (e de certa forma até se fez), a utilidade ou não de um órgão destes. Agora parece-me lógico que todos preferimos uma discussão que também se apoie em factos.

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  15. E meu estimado Gabriel, não leias na diagonal, porque a discussão do "para que serve" tem relevância. Não se fala apenas nas políticas partidárias, permite ir mais longe. Em teoria, claro, dependerá sempre da massa crítica que surja ou não.

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  16. No meu comentário referi-me não tanto ao post mas ao sentido da discussão... O post pode ter direccionado nesse sentido, mas a temática dos comentários podia ter mudado de rumo como tantas vezes acontece

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  17. Aos que gostam de distorcer ou que caem nesse erro demasiado facilmente,

    Não há nenhuma obsessão por louros nem isto é uma luta por méritos vãos.
    Para quem não se apercebeu, o reconhecimento do mérito de uma proposta é um princípio republicano de ética e respeito político-partidário. Digamos que é uma vénia de cortesia, um touché, ou, em termos desportivos, o aplaudir duma jogada.
    Infelizmente é pouco utilizado, mas também como é confundido com tudo menos com um simples apreço pelo trabalho tido... se calhar não vale mesmo a pena.

    Depois também deve dar jeito não ler o resto. Para quem comenta é mais fácil porque não tem tanto trabalho a comentar, para quem é político é mais fácil para não se confrontar com as outras realidades (que há sempre, mesmo quando se tem mais que maioria absoluta).

    Ao vosso dispor (inclusive para ser mal lido)...

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  18. Como já disse não estava na jota à altura nem sei da posição então defendida nem em que circunstâncias, pelo que nao optarei por defender uns ou outros. Agora não fico agradado que a discussão sobre o tema se centre no passado.
    Se a JS o propôs e tinha razão, os meus parabéns e saudações. Se a JSD era contra e passou a ser a favor, óptimo, só demonstra inteligência. Ser coerente nem sempre é o mais importante e mudar de opinião é uma virtude.
    De qualquer forma, importante é discutir, e a JSD promoveu a discussão. Contribuamos....

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