16 de julho de 2010

Ah, mas são verdes...



Uma das "cidades de bonecas" mais engraçada que visitei foi Ljubljana (280 mil habitantes, um pouco mais que a população do Porto - concelho/cidade), a capital da Eslovénia. Não só fiquei num bairro alternativo, mas também numa antiga prisão reconvertida em pousada, como percebi como um centro histórico se pode transformar numa zona de esplanadas e serviços sem descaracterizar a zona (tudo lições sobre re-aproveitamento de espaços). E sobretudo vi um Parque Verde fabuloso, extensíssimo, com piscinas e courts de ténis e um museu pelo meio, mesmo ao lado do centro da Cidade. Mas no essencial o Parque era isso mesmo, Verde, com uma extensão fabulosa de relva para passear, jogar à bola ou apanhar banhos de sol. Foi projectado há quase 200 anos, o que ajuda a explicar a sua integração com a cidade, mas raras vezes e numa extensão daquelas vi um espaço tão agradável. Podem crer, mesmo ao lado da cidade.


Isto a propósito da necessidade que Pombal teria de um Parque Verde (de Parques Infantis já que aqui se falou), necessidade essa que é transversal e que não se satisfaz com meia-dúzia de espaços que, por muito ordenadinhos que sejam e com alguns equipamentos que tenham, vão adiando um espaço que permita o simplesmente estar-se. Usando um exemplo mais próximo, algo do género Abadias. E que até podia ter uma mesinha de xadrez (adereço semelhante ao que vi na experiência que a JSD promoveu há dias no Jardim Municipal e que suponho fosse um alerta para a necessidade de um tal equipamento).



No fundo, é querer melhorar o meio onde vivemos, enquanto o corredor verde na zona da fonte da Charneca continua a não arrancar, enquanto, os espaços que podem naturalmente, e sem comprometer o crescimento da cidade são urbanizados, há uma obra que teima em ser adiada. E se calhar até seria algo bem mais emblemático e simples.

1 comentário:

  1. O Jardim do Campo Grande, por exemplo, foi idealizado pelo Pina Manique, que reservou aquele espaço para esse efeito, acabando por ser concretizado mais de um século depois.

    As autarquias de hoje não pensam as suas cidades e o desenvolvimento urbano. Como não há visão estratégica não são capazes de resistir e de gerir os interesses privados de forma compaginável com o interesse público. Tudo isto se agrava pela falta de informação e debate público destes assuntos.

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