19 de fevereiro de 2014

Praxes de morte

“Faz parte”, era a expressão que desde há alguns anos tenho ouvido de algumas mães em resposta às minhas posições anti praxe académicas. Resposta que era, simultaneamente, uma concordância com os conteúdos das práticas e uma justificação dos seus passados estudantis na participação em tais práticas sem qualquer utilidade.
A falácia da integração dos estudantes caloiros esconde a realidade com que alguns pretendem retirar prazer da humilhação e do sofrimento de outros. Entendo que não são necessárias grandes reflexões para se compreender que mesmo as simples “brincadeiras” da praxe acabam sempre por evoluir para o abuso e para a violência física ou psicológica, organizada e dirigida por cábulas com o consentimento inicial das vítimas e a cumplicidade da sociedade e das Universidades.
As consequências trágicas recentes das praxes estudantis são apenas um exemplo extremo de tantos outros atos de violência não divulgados e que a sociedade tem encorajado, inclusive nas escolas secundárias do nosso concelho e da cidade de Pombal...
As mentalidades, os usos e as modas também se mudam. 

62 comentários:

  1. Os praxistas são os "novos" fascistas!

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  2. "As consequências trágicas recentes das praxes estudantis"
    Quais praxes????????????????????????????????????????????????????????????????????
    Que se saiba não se estava em meio acadêmico nem em praxes=??????????

    "Os praxistas são os "novos" fascistas! "

    Não seja reacionário e vá assistir a uma latada, sff
    Ou então a um cortejo, sff
    ou então a uma RGA das duras sff
    Ou então não faça cpmentários reacionários
    A praxe é isto e muito mais, não é só as selvajarias(poucas), que se comentam.

    O cu amostra a uma ministra de educação, pode ser uma má educação, ou pode ser a praxis da academia depende do ponto de vista.
    AGora no mundo do politicamente correcto, e do conservadorismo de valores absurdos, é óbvio que para os neo conservadores a praxis académica é uma coisa mal vista e absurda, fascizante até (RIDICULO, meu caro)
    A Praxis foi, o levantamento de 1968
    A prache foi as capas retiradas a Marcelo Caetano.
    A praxe foi uma acadamia (a palavra certa é académica) independente dos politicos e dos politiqueiros (quem lá andou no principio dos anos 90 sabe o que estou a falar)
    a praxis académica mais recente quem lá anda que fale

    quem passou pela academia, e nunca apanhou uma piela de cerveja ou de um branco rasca, nunca lá passou, e é foi um reacionário

    Agora fascistas, por amore da santa, tá tudo maluco e doidinho da moleirinha,parece-me seguidismo e revisionismo.
    (votante da lista E)

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  3. A praxe é pela sua própria natureza reaccionária !

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  4. http://penedosaudade.blogspot.pt/

    para quem quiser entender so um bocadinho o que é isto da praxe,
    para se saber o que é a praxe e um exemplo de contestação de 1903 (greve do grelo) e a origem do nabo para os caloiros, e a revolta das vendeiras, quando se vai roubar o nabo para dar aos animais (AIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII JESUS VIOLENCIA PSICOLOGICA, HUMILHAÇÂO dirão já os bem pensantes e politicamente correctos)

    https://bdigital.sib.uc.pt/republica1/UCSIB-GHC-154/UCSIB-GHC-154-1903-t1/UCSIB-GHC-154-1903-t1_item1/P81.html

    é a origem do nabo (penso eu), quem fez latada sabe do que falo (isto é praxe, das mais duras dá-se nabos (roubados) aos meninos e meninas, mas com picante)

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    1. critica á autoridade arbitrária do estado, se ainda não compreenderam, pode ser outra a origem do nabo, mas corre como esta a correcta.

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  5. e isto é reacionário por amore da santa isabel, é desta que as bolas caiem pelas monumentais abaixo

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  6. Este(a) "Alegria 2" parece ter ficado irritado com as evidências, ou seja com as consequências das praxes que diz que não são. Confunde as posições políticas dos que são a favor ou contra as praxes e mistura movimentos reivindicativos estudantis com praxes académicas para concluir, em raciocínio de funil, que quem é contra as praxes académicas é reacionário.
    Talvez, no tempo dele(a) só soubesse aproximar-se do sexo oposto através dos atos infantis das praxes e tenha vergonha de si próprio(a). Afinal até gostava de arrastar latas (latadas) pela cidade, para ser visto(a), e gostava de se exibir em carros alegóricos a ingerir bebidas alcoólicas e a arremessar as garrafas de vidro para o pavimento.
    Pois bem, se se entender que à ação das praxes se opõe a reação dos que são contra, eu sou reacionário sem complexos. Porém, lembro-me que no final da década de 70 e no princípio da de 80 do século passado, na Universidade de Coimbra, a esquerda era contra as praxes e eu também. Aliás, eu não tinha dinheiro nem tinha vontade para comprar um fato de andorinha, pois sempre estabeleci propriedades e sempre recusei integrar-me em grupos sem rumo, perder a identidade, imitar macaquinhos ou adotar comportamentos sem saber porquê e para quê.

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    1. não percebeu nada de nadinha, coitado, deve ter passado por lá sem saber que por lá passou, mete-me pena

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    2. mas para que não fiquem duvidas ,e mal entendidos
      "A praxe é isto e muito mais, não é só as selvajarias(poucas), que se comentam(cometem)"

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    3. a esquerda era contra as praxes e eu também

      porque não conseguiam entrar na académica, (não foi por faljta de tentaivas), passados dez anos os jss e jsds tb foram corridos, não atire areia para os olhos

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    4. "pois sempre estabeleci propriedades e sempre recusei integrar-me em grupos sem rumo, perder a identidade, imitar macaquinhos ou adotar comportamentos sem saber porquê e para quê."

      Não haja duvidas que uma academia que nos anos 90 decidiu ser independente das jotas, não teve rumo
      O engano do Dr da AMI com a sua independencia deu quanto??
      o independente Manuel Alegre deu quanto??
      O Coelho (o outro não o actual) deu quanto??

      á 30 anos isto passava-se na académica

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  7. quando se quiser falar de rpaxis na académica, tem-de-se saber um bocadinho do que se fala, fora da acadamia coimbrã, não é praxis. (ponto)

    Dar de beber a um pobre com sede não é violencia

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  8. em coimbra havia o canelão que , este era realmente muito violento, mas que foi abolido á muito por ser bárbaro (á mais de 60 anos ou 70)
    a bem da verdade

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  9. historicamente a praxis em coimbra é mais activa nos tempo de grande crise nacional, 1900-1910, caindo em desuso após a republica 1960-1970, caindo em desuso após o 25 de abril (entende o reaccionário), e a partir dos anos 90 com o fim da escola publica universal e para todos.
    Em coimbra com a chegada dos independentes á académica (agora não sei, se o presidente da académica é politiqueiro ou independente), e a respectiva contestação ao fim do ensino universal para todos, com a contestação muito séria ás propinas, iniciada nos cortejos da latada, e da queima (isto é praxe) (o cu amostra- que é praxe de mau gosto)

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  10. Ó pessoal, andam a vender vinho estragado ou quê? Ou é o haxe que anda marado?

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    1. é mais do vinho, pelo menos no que mim me diz respeito

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  11. Convoco à coisa o Alegria 1 , pois o 2, já deu o que tinha a dar.

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  12. Não consigo conter-me...
    ... será que quem escreve como este Sr. Alegria2 (que tristeza) alguma vez pisou uma universidade?

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    1. Se pensa, que um atropelo a carregar nas teclas, é falta de cultura, ou de conhecimento técnico, meu caro amigo, está brutalmente errado. Tristeza, já tou comó outro, choro.
      Aliás por aqui, um dos vossos, um dos intelectos, tem uma escrita , um pouco original, e todos vós dão loas á sua inteligência literária( que rconheço intelegentissimo) , e não me parece que seja o Tuguês mais fino que vejo plasmado (falo do D. Abrunheiro) na tela. Mas prontsch, eláce.
      ÀS vezes mais vale caír em graça.

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    2. Atroplo mutas bezes de propozito, se ainda não coprendeu.
      idto ate tem correctir

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    3. "O cu amostra" ou "á 60 ou 70 anos", talvez o corrector automático não corrija. Aí é melhor método o estudo honesto da gramática. Que, como um guardanapo sujo em cima de uma mesa, ao menos serviria para lhe limpar a boca.
      Cito o tal D. Abrunheiro, cujo português é, ao contrário do que dizes, do mais fino que se vê na praça. Uma praça bem maior do que Pombal, e incomensuravelmente maior do que a "praça da(o) Alegria"...

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    4. Corrijo: "ao menos LHE TERIA SERVIDO para limpar a boca"...

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    5. olha outro que não sabe o significado das palavras, vou repetir escrevendo muito devagar:

      "Aliás por aqui, um dos vossos, um dos intelectos, tem uma escrita , um pouco original, e todos vós dão loas á sua inteligência literária( que rconheço intelegentissimo) , e não me parece que seja o Tuguês mais fino que vejo plasmado (falo do D. Abrunheiro) na tela."

      veja se entendeu, (epá possa) foi um elegio, não sei onde foi desencantar o "ao contrário do que dizes" (esta é dificil de entender, por mais que eu leia devagar o meu comentário)

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    6. O meu guardanapo afinal é igual ao seu, engraçado isto.
      Mas como acho que foi uma armadilha, não ligue á frase de cima sff

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    7. Não vale a pena...
      ... O (a) Alegria2 não sabe escrever, ponto.
      Ainda não percebeu que todos já reaparámos que, por vezes, tecla errado propositadamente, onde não consegue chegar, talvez por a gramática obrigar a algum estudo, é que comete erros primários como os assinalados pelo Gabriel Oliveira!

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  13. Este(a) Alegria2 não fala da utilidade ou inutilidade das praxes, a necessidade ou desnecessidade das praxes, da violência física e psicológica, dos casos levado às urgências hospitalares das mortes, das sequelas físicas e psíquicas, etc., etc. Para ele(a), há que justificar a selvajaria e afirmar que todas as práticas que sejam eticamente censuráveis não são praxes, tal como fazem todos os criminosos ao negarem o que fizeram.
    Parece fascista….

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    1. como já sei o que a casa gasta, e como a tatica é SEMPRE a mesma (olhe que já chateia), pela 3ª vez:

      "mas para que não fiquem duvidas ,e mal entendidos
      "A praxe é isto e muito mais, não é só as selvajarias(poucas), que se comentam(cometem)""

      o que me parece é que existe alguma falta de tino (posso obviamente estar errado, mas não entender o sentido das palavras?)

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  14. Estudei em Coimbra, e sempre me estive cagando para a praxe. Desculpem o termo, mas o assunto nao me merece mais erudição. E sobre o tema, nao consigo evitar uma referencia a um bom amigo:
    "Que és perante a praxe?", ao que este responde: "adivinha lá, ó corno!"
    De resto, concordo com o Adelino Leitão, e acrescento: aquilo que vi em Coimbra era oco, patético, feio, e se aquilo era uma manifestação da nossa "nata intelectual", ja me é mais fácil perceber o atraso de país que nós somos.

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    1. caro (issimo)
      Já viu que osanti qqr cousa, é que desataram com a adjectivação,( ver logo o 2º comentário)

      " e se aquilo era uma manifestação da nossa "nata intelectual", ja me é mais fácil perceber o atraso de país que nós somos."

      Já precebeu que isto foi um boomerang??

      ""Que és perante a praxe?", ao que este responde: "adivinha lá, ó corno!""
      Parecemme um comentario oco, e de uma erudição brutal, sendo mesmo um comentário de ser elevado aos pincaros de literatura tuguesa


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    2. Se studou em Coimbra, sabe muito bem que a praxe académica vai desde a latada, até ao rasganço, e tudo o que está no entremeio.
      Seja sincero:
      Nunca foi á Monumental serenata?
      Nunca foi ao cortejo??
      Nunca foi a uma republica?
      Nunca foi á benção das pastas??
      Nunca foi queimar o grelo??
      Nunca foi queimar as fitas?
      Não fez o rasganço?
      Nunca foi á latada?
      Nunca foi baptizado no Mondego?
      Nunca baptizou no Mondego?
      Nunca foi ás noites no Parque?
      Nunca foi á GaRRAIADA?
      Nunca foi ao baile de Gala?
      etc,etc,etc

      Meus caros entre outras cousas a praxe Coimbrã é isto, e não as barbaridades que o JGF, quer fazer passar que são.

      Atrás do simbolismo, existiu sempre uma msg social//politica.
      Mas os inteligentes (alguns) que por aqui teem comentado não teem conseguido entender, e muito intelegentemente teem reduzido um todo, a uma parte pequena, que nalguns xasos , é claramente criticável.

      Mas como todo o tuga, de gema, não se consegue, agora dar a mão á evidencia.
      Continuamos sempre na mesma (como comunidade)

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  15. Boa noite.
    Pessoalmente, nunca estive envolvido em praxes. E não lhes acho piada nenhuma, com sinceridade. Envolver alguém, contra a sua vontade ou consentido, em brincadeiras infantis, desconexas de responsabilidade...só pode resultar em parvoíces. Compreendo que se mantenha um espírito aberto, fraterno, nas universidades e/ou escolas. Mas certas exibições de praxes, parecem-se mais com o estilo tipicamente humano: bullying indirecto, em que provocamos a educação e o respeito noutros Seres, de modo a dizer-lhe «sou superior a ti, porque fazes o que te mando!»
    Soa assim...a...fetiche, a ver quem manda numa relação desigual.

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    1. ver a minha resposta ao post anterior, se quiserpode responder, senão quisertb não e importante.

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  16. Estava a ver que ninguém no Farpas tinha coragem para destacar este assunto que originou a morte de seis jovens, finalmente alguém se decidiu.
    Que grande chico esperto me saiu este alegria 2.
    Será que todas essas palermices e humilhações que obrigam a fazer aos jovens estudantes vão melhorar a sua integração na vida académica?
    Tinha coragem de dizer na cara dos pais daqueles jovens que morreram que as praxes não têm nada de mal?
    Caro(a) alegria pelo que me apercebo você deve alegrar-se só com a ajuda de uns aditivos ou uns pozinhos que o fazem rir tanto até delirar. Mude de nome.

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    1. outra que tem ler devagar:

      "As consequências trágicas recentes das praxes estudantis"
      Quais praxes????????????????????????????????????????????????????????????????????
      Que se saiba não se estava em meio acadêmico nem em praxes=??????????"
      ""mas para que não fiquem duvidas ,e mal entendidos
      "A praxe é isto e muito mais, não é só as selvajarias(poucas), que se comentam(cometem)""


      Entendeu a minha posição sobre selvajarias??
      ACho que não é dificil

      Possa, por aqui, aceitar-se uma ideia, e ou uma opinião diferente é de dificílima acreditação, arregimentam-se mesmo.



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    2. já agora não vá cometer a deselegância de juntar as duas frases , literalmente, que foram escritas em locais diferentes.
      Obrigado

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  17. Companheiros, boa noite.
    O que vai por aqui, meu Deus.
    Choro.
    Quando tiver um tempinho, conto-vos como é que o ora Deputado do PS, Alberto Martins, fez frente ao Presidente Américo Tomaz, em 1968.
    Conto-vos o que eram as capicuas e o que faziam.
    E os gorilas.
    A última Latada, em Coimbra, foi em 1969 e, nesse ano, já não houve Cortejo.
    Como a censura actuava na Praça da República.
    Que a única Academia a ter tradições académicas era a de Coimbra, antes do 24-A.
    Onde estão as balas quando o exército foi chamado.
    De que lado estava a população.
    Quem morreu e porquê.
    Quando é que a Academia entrou em luto.
    Por favor, calem-se, por respeito à Academia de Coimbra.
    Lisboa só acordou para a causa em 1969.
    Valha-me Deus.

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  18. conte, conte

    "Como a censura actuava na Praça da República."

    E eram conhecidos, apesar de não ser do meu tempo, os do seu tempo conheciam-nos e reconheciam-nos.

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    1. Amigo e companheiro Alegria 2, boa noite.
      Antes da Latada arrancar, Avenida Sá da Bandeira abaixo, a PIDE/Censura lia todos os cartazes na Praça da República.
      E era publico e notório que os cartazes eram ali alterados.
      Rasourados, ou quiçá até retirados.
      Era assim!
      Com toda a cagança, um Grande Aferreá

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    2. e com eles bem no sitio

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    3. Companheiros, a PIDE não era assim tão má como a pintam.
      Eu, mais quatro magníficos, preparámos a nossa viagem de fim de curso para 42 alunos.
      Tínhamos fisgado ir ao Brasil, aproveitando uma das viagens do navio que lá foi buscar os restos mortais de Pedro Álvares Cabral, na Páscoa de 1972.
      A vinda era num avião de carreira.
      Fomos falar com o Presidente da República, Almirante Américo Tomaz, que deu a sua aquiescência.
      O Ministro da Educação, Dr. José Veiga Simão, é que não esteve pelos ajustes, não permitindo que faltássemos às aulas cerca de um mês.
      Fomos fazer a viagem de fim de curso à Inglaterra, por onde andámos 15 dias.
      E quem nos arranjou um Passaporte Colectivo para os 42 finalistas, rapazes e raparigas, foi a PIDE, que vivia ali pela Antero de Quental, em Coimbra.
      Com toda a cagança, um Grande Aferreá

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  19. Alegria 2, tu assim vais quebrar o recorde de respostas aqui no Blog... mas olha que não há prémios para ficar no 1º lugar.

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    1. È para compensar os meses que cá não vim.
      Mas o senhor fez uma ultrapassagem pela direita, e logo de seguida virou á esquerda, a tática é conhecida.

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    2. Boa noite, alegria2.
      Sou como a cascavel: vira-se à direita, vira-se à esquerda, e ás vezes morde.
      Mas não sou nada de especial.
      Parabéns adiantados pelo prémio que persegues! Eu não quero tal desígnio.

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  20. Boa tarde
    Caro (a) Alegria, confesso, gostei de ler a sua argumentação com muita elevação!

    Estudei em Coimbra, sempre fui indiferente às praxes. estou com diz o Sr. Gabriel, nunca me disseram nada nem falaram comigo, selvajarias sempre aconteceram, não tanto como hoje, na época actual perderam o respeito pelos valores humanos mais elementares.

    As praxes simbolizavam a irreverência da juventude e a oportunidade para criticar o regime político vigente, à mistura com alguns excessos de álcool. e não só, que apelidei de: " CARNAVAL DO ESTUDANTE"

    A universidade de Coimbra foi sempre o bolha de contestação ao regime político vigente, ou seja, também aproveitava as praxes para fazer contestação política. Na época actual as outras universidades importaram de Coimbra o modelo, só que os valores humanos hoje são outros, não os respeitam.

    Tenho um conhecido a estudar em Lisboa, no 5º ano, hoje mestrado, a quem, no dia seguinte, perguntei por telefone o que tinha acontecido? resposta: cale-se com isto, foi uma praxe que correu mal, a onda não avisou quando nem a que horas vinha, Lógico que ninguém gastaria de estar no lugar dos pais daqueles jovens.

    Praxe é uma coisa, selvajaria e humilhação são outra, o problema está em determinar onde começa ou acaba a humilhação.

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  21. Afinal o "Alegria2" é meu amigo e não o tinha por fascista!
    Quem te manda vir ao Farpas com tantas identidades e tantas posições antagónicas?
    És, na verdade, a pólvora deste blog...

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  22. "Afinal o "Alegria2" é meu amigo e não o tinha por fascista!"

    Descubra lá uma afirmação minha que não tenha por contexto , a liberdade e a defesa intransigente dessa palavra, no mais amplo sentido dela ( diferente de libertinagem).

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  23. Caro A.Leitão vou transcrever a sua 1ª frase, ou post.
    "Os praxistas são os "novos" fascistas! "
    E que começou isto tudo
    Eu logo a seguir utilizei as seguintes palavras chave no meu post:


    praxistas, fascistas, reacionário, praxis (senão notou na palavra praxista, está a palavra praxis) conservadorismo fascizante (RIDICULO, meu caro)
    (votante da lista E)= Independentes

    Convido-o a googlar a palavra "praxis" ir ao wiki ver a descrição.

    Vai ver que a sua 1ª afirmação é tão ridicula, como um maluco chegar ao pé da actual bancada do PCP e dizer
    "Os comunistas são os "novos" fascistas! "

    Tá a ver o ridiculo?


    a utilização da palavra praxis devia de ter despoletado algum tipo de alarme, mas a inteligência está em colocar uma vírgula de uma forma correta a seguir a um f, ou por um til correctamente sobre um j.
    cmps
    até á próxima

    ResponderEliminar
  24. Caro A.Leitão vou transcrever a sua 1ª frase, ou post.
    "Os praxistas são os "novos" fascistas! "
    E que começou isto tudo
    Eu logo a seguir utilizei as seguintes palavras chave no meu post:


    praxistas, fascistas, reacionário, praxis (senão notou na palavra praxista, está a palavra praxis) conservadorismo fascizante (RIDICULO, meu caro)
    (votante da lista E)= Independentes

    Convido-o a googlar a palavra "praxis" ir ao wiki ver a descrição.

    Vai ver que a sua 1ª afirmação é tão ridicula, como um maluco chegar ao pé da actual bancada do PCP e dizer
    "Os comunistas são os "novos" fascistas! "

    Tá a ver o ridiculo?


    a utilização da palavra praxis devia de ter despoletado algum tipo de alarme, mas a inteligência está em colocar uma vírgula de uma forma correta a seguir a um f, ou por um til correctamente sobre um j.
    cmps
    até á próxima

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  25. Bom dia
    Caríssima Alegria:
    O Sr. Dr. Adelino Leitão estudou em Lisboa, razão pela qual não valoriza o encanto da cidade de Coimbra, a latada, a monumental, o cortejo, o baile de gala, a capela a leitaria do Raul, de entre tantas, está desculpado.

    Permitam-me contar um episódio que se passou comigo num cortejo, na época tive vergonha, hoje brinco com o acto:
    - Fui forçado a integrar o cortejo ( " " ) por vários amigos, lá fui. Junto ao Governo civil um amigo de turma, de seu nome José Pereira Roseiro, diz-me: arranjei duas garrafas de espumante, uma para ti e outra para mim, abre a tua primeiro, assim procedi. Três meninas, de capa e batina olham para mim, uma delas vêm na minha direcção, abraça-me e dá.me um beijo na boca, uma outra rouba-me a garrafa praticamente cheia, de imediato desaparecem na multidão.
    Sei que eram estudantes, não me perguntem se eram gordas ou magras porque eu não sei!

    Roubaram-me um beijo e a garrafa de espumante é caso para dizer que fui duplamente roubado e que não tinha estofo para viajar no cortejo da queima das fitas

    ResponderEliminar
  26. Bom dia
    Caríssima Alegria:
    O Sr. Dr. Adelino Leitão estudou em Lisboa, razão pela qual não valoriza o encanto da cidade de Coimbra, a latada, a monumental, o cortejo, o baile de gala, a capela a leitaria do Raul, de entre tantas, está desculpado.

    Permitam-me contar um episódio que se passou comigo num cortejo, na época tive vergonha, hoje brinco com o acto:
    - Fui forçado a integrar o cortejo ( " " ) por vários amigos, lá fui. Junto ao Governo civil um amigo de turma, de seu nome José Pereira Roseiro, diz-me: arranjei duas garrafas de espumante, uma para ti e outra para mim, abre a tua primeiro, assim procedi. Três meninas, de capa e batina olham para mim, uma delas vêm na minha direcção, abraça-me e dá.me um beijo na boca, uma outra rouba-me a garrafa praticamente cheia, de imediato desaparecem na multidão.
    Sei que eram estudantes, não me perguntem se eram gordas ou magras porque eu não sei!

    Roubaram-me um beijo e a garrafa de espumante é caso para dizer que fui duplamente roubado e que não tinha estofo para viajar no cortejo da queima das fitas

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  27. Coimbra, 1969
    Das razões
    Companheiros, boa noite.
    Como prometi, vou-vos contar alguns episódios que vivi em Coimbra em 1968/69.
    Não estive no epicentro da crise, mas vivi-a, dia a dia, noite a noite.
    Há livros e publicações que relatam o que aconteceu.
    O que ficou escrito na História pode lá ser lido.
    Por isso vou-me centrar em pequenos nadas.
    A Academia de Coimbra tinha, em 1968/69, cerca de 6.000 alunos.
    O Presidente da Associação Académica era o Alberto Martins.
    O Advogado e ora Deputado do GP/PS, de seu nome completo Alberto de Sousa Martins, nasceu em Guimarães no dia 25 de Abril de ….. 1945.
    As praxes passaram-me um pouco ao lado, dado que tinha um Veterano protetor que tinha mais de 10 matriculas e que nunca permitiu que eu levasse com a colher nas unhas, que era a pior e mais dolorosa brincadeira que se fazia.
    A Academia de Coimbra era a única no País que tinha tradições Académicas.
    A minha razão.
    Fui um dos que foi para a tropa com 23 anos feitos e andei pela CHERET, como miliciano, 39 meses.
    Pedi espera para acabar o curso.
    Mas tinha um cutelo sobre a cabeça.
    Se não tivesse aproveitamento ia, imediatamente, bater com os costados no exército.
    A cidade de Coimbra entrou em estado de sítio quando, na inauguração da Faculdade de Matemática, não deixaram falar o Presidente da Associação Académica, Alberto Martins.
    A cerimónia foi presidida pelo Presidente da República, Almirante Américo Tomaz.
    O Dr. José Hermano Saraiva era o Ministro da Educação.
    O Átrio da Faculdade e o Largo D. Dinis estavam cheios de estudantes.
    Constituída a Mesa, em dado momento, o Alberto Martins pediu a palavra.
    Não lha deram.
    O Magnifico Reitor ia lendo o seu discurso e, a cada frase que dizia, ouvia-se em uníssono: “Aldrabão”!
    Rapidamente a cerimónia terminou.
    Com toda a cagança, um Grande Aferreá

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  28. Depois da cena do Alberto Martins, aquando da inauguração da Faculdade de Matemática, o Presidente do Conselho de Ministro, Professor Doutor Marcello Caetano, para repor a ordem e a disciplina nas Faculdades, quis impor ao Ministro da Educação, Dr. José Hermano Saraiva, a presença de gorilas (policias) nos corredores dos vários edifícios da Universidade.
    O Ministro veio à televisão apresentar a sua demissão, afirmando que não era Ministro do Interior.
    O Presidente do Conselho de Ministro aceitou a sua demissão e foi convidar o Magnifico Reitor da Universidade de Lourenço Marques, Dr. José Veiga Simão, para Ministro da Educação.
    Este aceitou e ficou manchado com a nódoa de permitir a entrada dos gorilas nas Faculdades.
    Com toda a cagança, um Grande Aferreá

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  29. À data a economia da cidade de Coimbra girava muito à volta dos estudantes.
    Se não existissem mais razões, esta bastava para que a população desse o seu apoio aos estudantes.
    O encontro era sempre na Praça da República, onde as RGA (Reunião Geral dos Alunos) estavam permanentemente convocadas para o Teatro Gil Vicente.
    Em determinada altura as policias, PSP e GNR, não conseguiam controlar a situação.
    À PSP ofereciam-se flores.
    A GNR tinham os Willy, jeeps pequeninos, envoltos em arame farpado, que subiam para os passeios e que rasgavam as roupas onde iam quatro agentes “façanhudos” que tinham vindo para ajudar, não se sabe de onde.
    Berravam sempre que viam dois estudantes no passeio: Óh seus fdp não sabem que não é permitido o ajuntamento de mais do que um.
    As capicuas da GNR (cavalo-sela-cavalo) também ajudavam à festa.
    A PSP tinha aquele carro com o canhão de tinta azul e os binómios.
    Para controlar estes bastava lançar pimenta para o focinho do cão que o pobre do animal abandonava a guerra por algum tempo.
    Assim, como a situação estava longe de estar controlada, a tropa foi mobilizada.
    Ainda há vestígios de embate de balas, disparadas pelo Tenente que estava a comandar as tropas na Praça da República, na parede do Teatro Gil Vicente, do lado dos refeitórios, quando se começa a subir para as escadas monumentais.
    As armas dos estudantes eram a palavra, flores, pimenta, pedras dos passeios e pernas para fugir.
    Os passeios voavam a uma velocidade estonteante.
    Apanhávamos três ou quatro pedras do passeio para as lançar aos inimigos e quando nos baixávamos para apanhar mais já o passeio tinha andado mais de um metro, tantas eram as mãos a apanhar e a atirar.
    Quando a polícia carregava, começava no início da rua e quando chegava junto dos colegas que a tinham fechado no outro extremo já não havia estudantes.
    A população ia abrindo as portas e os estudantes iam entrando para as suas casas.
    Os policias ficavam danados.
    Prometo não vos chatear mais.
    Com toda a cagança, um Grande Aferreá

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  30. Este comentário foi removido pelo autor.

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  31. Se fosse em 2014 as pedras serão substituídas por Minis Sagres,as flores substituídas por bilhetes para os Festivais de verão e a pimenta..... seria substituida por....

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    1. É a sua opinião, ou melhor, é aquilo que ressalta cá para fora, lá dentro, dentro da acadamia, e entre a estudantada, pode estar a ser formada a opinião daqueles (não faço a minima do que eles pensam), a quem nós vamos deixar isto para gerir e tomar conta. Na minha altura ( eu somente como votante), formou-se a ideia das candidaturas independentes ( e a chegarem ao puder da académica).
      Era engraçado saber o que mais internamente se pensa (mas o verdadeiro, não aquilo que simbolicamente se passa para os CS, que é diferente,conforme a sua própria percepção) na Académica de Coimbra ( e nas outras já agora). Podemos assim ver o que nos espera quando estas gerações chegarem ao puder ( e vão ter de ser muito melhores que nós (com letra piquenA)
      Se quisesse um dos Vossos, penso que é professor(andedota académica- um gajo que comete fraudes- não se ofenda que entretanto coloco aqui a anedota) em Coimbra, poderia dar alguns lamirés

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    2. falta um virgula a seguir ao quisesse

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  32. Bom dia
    Engº Marques, embora um apouco mais novo que o Sr., esqueceu-se de dizer que o caldo ficou ainda mais entornado quando um estudante de Direito, de seu nome António Pires de Carvalho, apalpou o cu ao Presidente da Republica de então, o Sr. Almirante Américo Tomaz

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    1. Amigo e companheiro Papagaio, boa tarde.
      Obrigado.
      Esqueci-me dessa e de muitas outras.
      A partir de 1969 acabaram as praxes por a Associação Académica de Coimbra ter decretado luto, numa RGA.
      Batinas fechadas até ao cimo e capas pelos ombros, em sinal de tristeza.
      Mas não resisto a contar outro episódio.
      É da cultura geral que os cavalos não pisam deliberadamente os humanos.
      Mas os comandos da GNR de então não sabiam que os cavalos se podem espantar, pelo medo.
      As capicuas são treinadas para fazerem giros e não para conterem multidões.
      E não se dão bem com multidões.
      Foi o que, tristemente, aconteceu com o proprietário do Café Oásis, junto à Sé Velha, em dia que não me recordo, mas com o Largo da Sé repleto de gente, quando um cavalo, uma capicua, lhe deu um encontrão provocando-lhe, assim, a morte.
      Resta-me fazer um apelo a todos quantos viveram aqueles dias, em Coimbra, que relatem a sua vivência, para memória futura.
      Com toda a cagança, um Grande Aferreá

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  33. Professor num exame de direito (penso que Reais)- Diga-me ou dê-me a definição de fraude.
    Aluno: È aquilo que o SEnhor está a fazer agora, Professor!
    Prof: ???????
    Aluno: È aproveitar-se da ignorancia dos outros, para os prejudicar. :)

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  34. O António Pires de Carvalho foi meu professor.
    Agora, meus caros... Ainda nao percebi a causalidade implícita entre os estudantes e a praxe.
    Como nao sou praxista, deve abdicar de ter sido estudante? A indignação e a contestação advêm da praxe? Para nao falar no que o Roque indica, e bem... Os tempos mudam, e as praticas também.
    Ensinou-me um amigo jurista que é intelectualmente fraco defender uma ideia apenas com exemplos, algo com que sou levado a concordar.
    Quanto a mim, a ideia da praxe nos dias que correm assenta em princípios que nao se verificam. Falam dela como elemento fundamental de integração. Nao concordo com isso, acho que existem muitos outros, e muito mais ricos. Refere-se aqui também a tradição, argumento que acho mais forte, mas que confere à praxe um valor pouco mais que "etnográfico". Tudo o mais me parece oco, ou a minha parca inteligência nao alcança. Sim, fui a serenatas, e achei de facto uma manifestação forte. Como muitas outras que em nada contactam com a praxe, e algumas amem em contexto estudantil. Cortejos, latadas, queimas de fitas ou grelos, autocolantes e insígnias... Nao, isso de facto nao experienciei, ia vendo ao meu lado, mas nao me dizia nada.
    O meu ponto é a dificuldade em encontrar seguimentos à dita praxe que nao redundem em bebedeira inconsequente. Nao sou um moralista, tb bebo e apanhei belas pielas. Mas nunca precisei que uma certa e pretensa "tradição académica" as justificassem.

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