23 de novembro de 2017

O Lar da Felicidade


Pelo que tem de particularmente revelador do que foi e do que é a política local, tanto no sentido literal como subjectivo, vale a pena ouvir o debate sobre o Lar da Felicidade, que ocorreu, ontem, na reunião do executivo da CMP.
A câmara foi o lar da felicidade de Narciso Mota; actualmente, é o lar da sua infelicidade, e o da felicidade de Diogo Mateus.
Como bem disse J. Ortega y Gasset: “O Homem é o Homem e suas circunstâncias” - mostram-me os anos, entretanto passados, que é mais as suas circunstâncias.
As circunstâncias fizeram Narciso Mota presidente da câmara, mas não fizeram Narciso Mota Homem, sábio. Custa dizê-lo com esta crueldade, mas a Política é cruel - tal como a sua linguagem. Por este caminho Narciso Mota não se salva, nem salva a sua circunstância. É pena.
A política não é (como muitos pensam) um trabalho de enfeite, inconsequente e, por isso, muitas vezes patético. É uma actividade dura e implacável, que exige preparação e killer-instinct, como o boxe. Mas no boxe, tal como na política, não ganha sempre o mais forte; ganha mais vezes o que sabe usar a força, escolher o terreno a pisar e o momento de ataque. Narciso Mota não sabe nada disso; não sabe o jogo que está a jogar - talvez nunca o tenha sabido. O problema maior – para ele –, é que já não vai a tempo de o aprender. Tirem Narciso Mota do ringue.

Adenda: Narciso Mota contactou-me para me transmitir que analisou o processo de licenciamento do Lar da Felicidade e verificou que este se encontra licenciado; o que foi à reunião da câmara foi uma alteração ao projecto de arquitectura.

Se é esta a situação do processo, as considerações tecidas no post são injustas; mas como Narciso Mota, e a sua equipa de vereadores não as desmentiram, foram tomadas como verdadeiras. Narciso Mota transmitiu-me, ainda, que o caso será novamente discutido na próxima reunião com transmissão em directo. A acompanhar…

1 comentário:

  1. De registar que Diogo Mateus e a Câmara Municipal reforçam as diferenças em relação a Narciso Mota: Não se promove nem apoia obras clandestinas, ou seja, ninguém está acima da lei.
    Noutro campo, Jorge Claro também prende fazer mudanças: moralizar mais a administração pública na atribuição de subsídios.
    Só Narciso Mota fica no passado: não aceita passar de ex-presidente a vereador e continua a não entendeu a repartição dos poderes da república...

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