31 de outubro de 2015

Subsídios, da sedução à dominação

A subsidiação de todo o tipo de actividades e eventos, sem critério e sem regras claras, começou por ser uma estratégia de sedução bem urdida e melhor implementada, dos executivos do PSD na CMP, com recurso a muito dinheiro público (nosso) e com a cumplicidade activa da oposição.
Com o tempo, a estratégia de sedução tornou-se praticamente consensual (se exceptuarmos o Farpas) e evoluiu naturalmente para uma estratégia de dominação com a adesão dos dominados (associativismo, oposições, instituições públicas e pessoas em geral) aos valores e interesses do poder hegemónico, através de um acordo (tácito) em torno dos valores considerados verdadeiros por todos, de modo que a relação de dominação não fosse percebida como tal. Puro engano e grande armadilha. Desta forma, instalou-se em Pombal um estado de menoridade, por meio da preguiça de pensar e da covardia de agir, que goza de uma tal amabilidade que vai ser difícil desvencilharmo-nos dele.

O associativismo que desenvolve actividades de interesse público (culturais, desportivas, recreativas e outras) deve ser subsidiado, mas sem condicionamento das actividades e sem aproveitamento político. O que se conseguiria se poder político se limitasse a definir o montante da rubrica para subsídios e, eventualmente, o montante para cada actividade, delegando a responsabilidade pela avaliação do mérito de cada pedido a um órgão independente emanado das entidades a subsidiar.

6 comentários:

  1. Parece um daqueles chefs culinários que mata um pato lindo para reduzir à isca mais saborosa, cara e exclusiva do planeta.

    Meu caro, nada do que reduzes preto e branco, mau ou bom é-o assim tão elementar, há muitos tons de cinzento pelo meio e alguns arco-íris dos bons. Tudo isso merece o nosso empenho de reflexão, muito mais elaborada do que a demonstras ter vontade de fazer.

    Ao Farpas, se mais ninguém falar, fica colada uma imagem de obscurantismo contrária à sua essência.

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    1. Ó João...obscurantismo? Só se recuperássemos as máscaras negras ;)
      Nem me parece teu esse exercício de tomar a parte pelo todo.

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  2. A politica de subsídios e cheques para pagar obras em clubes de jogo-da-sueca, foi o grande baluarte da politica "caciquista" e com muitos Galopins dos mandatos de NM... Agora acabar com isso tem o preço alto de perder eleições... nenhum politico arrisca isso, pelo que esta situação vai continuar independentemente de quem esteja no poder e o partido que represente. Para todos os que pretendam perceber como funciona a nossa "democracia" e o grande poder do CACIQUISMO aconselho a leitura atenta do Livro : "Os Predadores" Tudo o que os políticos fazem para conquistar o poder - do Jornalista Vitor Matos

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  3. Há criaturas que têm uma enorme dificuldade em assumir publicamente o que pensam (ou o que não pensam), mas que sentem um profundo incómodo por existirem pessoas que pensam e gostam de expor (e submeter ao contraditório) o que pensam. Apreciam, sem saber, o obscurantismo; e, pelos vistos, não sabem o que isso é. O modo de vida autêntico, transparente e luminoso cega-os.
    Vai daí apostam tudo na baixeza do ataque de carácter, na mais reles intriga e na guerrilha indireta. Procuram dividir para enfraquecer. Vaticinam sistematicamente divisões e o fim do Farpas. Mas desiludam-se: não conseguirão nem uma coisa nem outra. O Farpas é constituído por gente de outra massa: livre, corajosa e de carácter. Gente muito diferente, mas com denominador comum. E solidária o qb, predicado que as tais criaturas desconhecem. Mas com quem ainda tem consciência de ter consciência posso confrontar, sem receio e até com algum regozijo, práticas políticas. Aos outros, desprezo.
    Incomodamos há 7 anos e meio de forma ininterrupta muita gente – oportunistas, manhosos - e vamos continuar a fazê-lo, cada um com o seu estilo e a sua forma de pensar, mas com um substrato comum. Os ataques (de carácter) e a guerrilha não nos enfraquecem, fortalecem. Cada vez chegamos a mais gente e isso motiva-nos a fazer mais e melhor.

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  4. Muito bem Adelino, seja lá contra quem falas estou contigo. Quando quiseres falar sobre isso estou disponível, como habitualmente.

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    1. João, sabes bem que estou sempre disponível para falar ou discutir com pessoas que pensam e se respeitam. Não tenho paciência nenhuma é para as outras.

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