22 de fevereiro de 2017

A Realidade da Obra do Regime

Quando se junta voluntarismo e megalomania à cegueira e surdez, o caminho para o desastre está traçado.
O Centro de Interpretação e Museu da Serra da Sicó (CIMU SICÓ) é um desastre completo: conceptual, arquitectónico, paisagístico, construtivo, económico, etc.
A obra foi lançada no final de 2014, com um orçamento de 2,139 MEuros e um prazo de construção de 360 dias. A 29 Janeiro 2014, Diogo Mateus disse que a obra deveria “estar pronta e a funcionar em 2015”. Está parada há mais de um ano, no estado de abandono que as imagens mostram.
A obra é um desastre conceptual porque nunca teve um conceito claro estabelecido - servia para quase tudo, e o que serve para tudo não serve para nada. É um desastre arquitectónico porque não obedece a um conceito claro, está mal implantado – dizem, agora, que houve um erro de projecto - choca e desfigura espaço e a paisagem envolvente. É um desastre paisagístico porque, para além de ferir a paisagem, encobre a serra, que tanto se propunha valorizar. É um desastre construtivo porque, nos moldes actuais, não o conseguem construir: a câmara porque não sabe o que construir - não sabe o fim a que se destina e também não consegue encontrar conteúdos para lá colocar; e a construtora porque não tem orçamento suficiente. É um desastre económico porque, se for concluído, vai exigir elevados custos de funcionamento e manutenção, e não gerará receitas significativas.
Chegados aqui, com uma boa parte do orçamento consumido e com três quartos da despesa por fazer, o que fazer? Assumir o erro. Demolir. Responsabilizar. Penalizar.

5 comentários:

  1. Seguindo a lógica de Diogo Mateus....Demolir...Que se lixem as eleições e o dinheiro do contribuinte. O problema é que a obra desta vez é dele e não pode imputar a culpa somente ao seu antecessor. Isto das eleições são uma chatice, quando os Presidentes de Camara eram nomeados era tudo tão mais simples.

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  2. mais do mesmo!
    e temos bons arquitectos em Pombal, com capacidade de fazer bem melhor
    sabeis dizer-me "quem é o pai deste filho"?

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  3. existe um termo para isso
    "branqueamento de capitais"

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  4. Normalmente nos bilhetes de identidade antigos, vinham como filhos de pai incógnito.

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