Quando se junta voluntarismo e megalomania à cegueira
e surdez, o caminho para o desastre está traçado.
O Centro de Interpretação e Museu da Serra da Sicó
(CIMU SICÓ) é um desastre completo: conceptual, arquitectónico, paisagístico, construtivo,
económico, etc.
A obra foi lançada no final de 2014, com um orçamento
de 2,139 MEuros e um prazo de construção de 360 dias. A 29 Janeiro 2014, Diogo Mateus disse que a obra deveria “estar pronta e a funcionar em 2015”. Está parada há
mais de um ano, no estado de abandono que as imagens mostram.
A obra é um desastre conceptual porque nunca teve um
conceito claro estabelecido - servia para quase tudo, e o que serve para tudo não
serve para nada. É um desastre arquitectónico porque não obedece a um conceito
claro, está mal implantado – dizem, agora, que houve um erro de projecto - choca
e desfigura espaço e a paisagem envolvente. É um desastre paisagístico porque,
para além de ferir a paisagem, encobre a serra, que tanto se propunha valorizar.
É um desastre construtivo porque, nos moldes actuais, não o conseguem construir:
a câmara porque não sabe o que construir - não sabe o fim a que se destina e
também não consegue encontrar conteúdos para lá colocar; e a construtora porque
não tem orçamento suficiente. É um desastre económico porque, se for concluído,
vai exigir elevados custos de funcionamento e manutenção, e não gerará receitas
significativas.
Chegados aqui, com uma boa parte do orçamento
consumido e com três quartos da despesa por fazer, o que fazer? Assumir o erro.
Demolir. Responsabilizar. Penalizar.
Seguindo a lógica de Diogo Mateus....Demolir...Que se lixem as eleições e o dinheiro do contribuinte. O problema é que a obra desta vez é dele e não pode imputar a culpa somente ao seu antecessor. Isto das eleições são uma chatice, quando os Presidentes de Camara eram nomeados era tudo tão mais simples.
ResponderEliminarmais do mesmo!
ResponderEliminare temos bons arquitectos em Pombal, com capacidade de fazer bem melhor
sabeis dizer-me "quem é o pai deste filho"?
Foi o arquitecto do regime!
Eliminarexiste um termo para isso
ResponderEliminar"branqueamento de capitais"
Normalmente nos bilhetes de identidade antigos, vinham como filhos de pai incógnito.
ResponderEliminar