O nosso associativismo está infestado pelo falso
associativismo - uma praga que se propaga de associação para associação, mais
rápido do que a praga dos gafanhotos, se enraíza melhor do que as ervas
daninhas, causa mais dano do que o pior dos parasitas. É uma praga que
ataca mais as associações importantes - com potencial para gerar receitas - do
que as pequenas associações.
A Associação dos Industriais do Concelho de Pombal (AICP)
foi atacada pela praga do falso associativismo. Se a AICP tivesse como missão
servir unicamente os seus associados e não fosse financiada por dinheiros
públicos, a enfermidade era um problema dos industriais de Pombal. Não é o
caso.
As associações de industriais são, em qualquer concelho
deste país com alguma tradição industrial, entidades influentes e respeitadas,
lideradas por industriais com obra feita, que muito contribuem para o
crescimento local e regional. A AICP é o oposto do que deveria ser. Foi tomada por profissionais do associativismo - não-industriais e algumas muletas - que
cirandam de associação para associação: Consultores, Formadores, Contabilistas,
Advogados, Enfermeiros, Agentes de Seguros, Comerciantes, Reformados, etc.
Os Industriais associados da AICP são responsáveis, por acção e inação, pelo estado da associação. Não lhes basta criticarem os dirigentes,
actuais e anteriores (a doença é antiga), em surdina; e assumirem, em privado, que
não se revêm na associação.
E uma pergunta: todos os membros dos órgãos sociais da AICP
assumiram a candidatura? (Ou foi como nas eleições para a Associação dos
Bombeiros Voluntários de Pombal?)
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