O doutor falou. Na Assembleia
Municipal de Pombal. Falou de Pombal? Não. Falou do País. E até da Europa!
O doutor fala bem, muito bem,
demasiado bem. Fala de tudo e de todos, e a todos aponta falhas. A todos? não! Ao País, ao governo, e à oposição (a parte dela!).
O doutor é grande. E
sapiente. E Pombal tem destas coisas, destes privilégios incomuns, demasiado
grandes para as nossas necessidades. Criaturas invulgares, que sabem tudo de
tudo, conhecem e sabem apontar (todos) os problemas, dos outros.
E nós, os provincianos, ficamos
cheios de inveja. E de pena - de o doutor não colocar uma grama da sua sapiência
política ao serviço dos saloios.
O doutor é, porventura, o
político local há mais tempo no activo. Mas até hoje – e já lá vão três décadas
– nunca o vimos ou ouvimos apontar um problema desta pobre terra.
Na AM tb se fazem intervenções de fundo pois o Concelho também é o país e o que de bem ou mal acontece no país reflete-se diretamente no concelho.
ResponderEliminarO facto de se ser bem falante é uma virtude e só é pena que muitos assim não saibam, ou não possam falar, mas a singularidade ocasional deve ser essencialmente uma virtude a estimular em todos e não um defeito que diminui os menos letrados, ainda bastantes infelizmente.
O Dr. além de há 30 anos ter dado e continuar a dar não uma grama da sua sapiência política mas sim todo o seu peso pelos "saloios" aqui referidos, não só em termos políticos, também profissionalmente o tem feito,sendo talvez um dos naturais de Pombal e residente em Pombal, a quem tantos devem tanto.
Dizer que nunca se lhe ouviu ou viu apontar um problema desta terra é uma conclusão tendenciosa e injusta pois o que queria ele dizer sobre a falência do SNS e educação pública senão na sua repercussão também no concelho, todos os dias comentado?
E em 30 anos tanto como vereador como como deputado municipal será sequer possível que esta acusação fosse verdade?
Também o posicionamento político antagónico leva a que se argumente exageradamente a ver se um mínimo do mesmo tem algum efeito. Será talvez o caso porém com nulo efeito, na minha opinião.
Pode-se não apreciar o estilo e invocar a posição social como tique de afirmação que diminui os demais, porém lá estamos nós mais uma vez a confundir a forma com o efeito.
No caso vertente é bom que ninguém confunda a forma do Dr. com o seu efeito porque se corre o risco de se tentar diminuir uma das figuras mais emblemáticas da terra, tal é o reconhecimento que tantos lhe têm.
Também não está a concorrer a qualquer lugar autárquico e importância social é coisa que não precisa de aumentar.
E sobre o tal sangue "azul" que lhe corre nas veias, tão "azul" como o meu, jamais essa mítica cor hematológica serviu para presunções ou comportamentos de superioridade.
Repito, ambos temos percepção clara da efemeridade da existência e seu curto período, para nos deixarmos ofuscar por ribaltas ocasionais ou diferenças sociais que signifiquem alguma coisa.
Ele com muito mais razões do que eu.
Manuel Serra, eu sei que há que defender a família, mas essa do sangue azul já cheira um bocado a CHEGA. Somos todos iguais perante a lei e temos todos direitos e deveres. Goze com tranquilidade a sua reforma politica pois tão depressa não regressará á Junta da União. O PSD já tem as baterias viradas para outro Candidato mais charmoso. O NMPH faleceu e o PS terá que também no Oeste trilhar o seu caminho. O do amigo Manuel Serra terá a possibilidade de vir com o seu adorado primo tentar conquistar o Convento do Cardal...mas atenção o Clã Pimpas já vai com dois palmos na frente.
ResponderEliminarAmigo Roque, finalmente a minha insistência cumpre o objetivo.
EliminarO habitual comentador a usar tal argumento foi voce e eu só pretendo demonstrar a tolice de argumentar com tal lana caprina para opinar sobre as intervenções públicas.
Quem souber ler percebeu já muito bem que considero que o estatuto social cada vez conta menos para representação de cada um e não deve contar mesmo nada. Agora a capacidade de cada um e a forma como a partilha com os outros é mérito exclusivo.
Sabe, cada um tem o charme que a vida lhe concedeu e eu com o meu fui presidente da ufgimm no seu período mais difícil e tudo correu bem na condução da coisa pública. Agora que eu saiba o meu amigo nunca exerceu qualquer cargo autárquico e anda na política há muitos mais anos do que eu. Não percebo esta sua insistência em me colar um desejo que não tenho nem procuro.
Mas lá diz o ditado: quem desdenha quer comprar. Será o seu caso?
Por outro lado nunca dei nada por adquirido, ninguém acerta no futuro e a sua incerteza é exatamente o incentivo dos que se batem por ideais e ações.
Mas continue a comentar porque é muito mais corajosa uma opinião tola mas assumida do que a ação daqueles que atiram pedras mas escondem a mão para não se comprometerem.
E aceita mais um abraço? Ou Chega?
Discordo da apreciação que é dirigida ao Dr. João Coucelo! Este Sr. de facto, fala muito bem e ainda bem, temos de nivelar por cima e não por baixo. Entre ser um bom médico e um politico da nossa praça. ele optou por ser um bom médico, parabéns Dr.. Trabalhou em vários hospitais, ( Curry Cabral, Covões e Pombal), por onde passou deixou uma pegada de simpatia desde os auxiliares às direcções hospitalares e doentes . Sempre que precisei dele, por mais do que uma vez, esteve presente,obrigado DR. João. Ontem tive necessidade de ir ao Hospital de Pombal, perguntei por Ele, e disseram-me que se tinha reformada e, mais do que uma pessoa, acrescentaram agora é que notamos a falta que ele faz. Dizem no post que ele sabe tudo e que devia falar da saúde por Pombal, errado, as normas são emanadas por Lisboa, logo, são emanadas para todo o País e não para Pombal, se o SNS está mal não é só aqui e se a assembleia Municipal de Pombal tomar uma deliberação sobre o assunto, não é vinculativa, mas vale o que vale. Que me interessa o Sangue AZUL ou Vermelho ? eu valorizo a competência Parabéns Dr. João pela sua carreira médica.
ResponderEliminarO doutor Coucelo optou por ser médico, e político, e o que quis ou pode ser; não é isso que está aqui em causa. O que está aqui em questão são as suas intervenções na última AM, de que uns gostarão e outros não. Ponto.
ResponderEliminarTambém tenho excelente opinião do doutor Coucelo como médico (por opinião de amigos e pela forma como seguiu a minha mãe – e estou-lhe agradecido); e também tenho boa opinião dele como político; o que não me impede de o criticar, quando acho que o devo fazer.
A áurea que o doutor Coucelo conseguiu como médico não o torna imaculado em todos os papéis que representa. O doutor Coucelo também precisa de críticas, porque não faz tudo bem. Enquanto não percebermos isto, e não o soubermos interpretar, não somos cidadãos inteiros.
Amigo Malho, compreendo e concordo com a sua restrição em exclusivo às prestações em AM.
EliminarConcordo igualmente com a indiscutível verdade de ninguém estar isento de erros.
Se repararmos bem nos erros apontados, de quem não gostou da intervenção, resume-se à crítica pela erudição a desgosto, e à sugestão de acusar tudo e todos tirando o cavalinho próprio da chuva, o que também não é verdade.
Agora o meu amigo há-de convir que a si os erros também lhe calham, e neste caso olhe, apresentou-se mais um!
O problema maior é que há certas pessoas que pelo bem que já fizeram a tantos têm uma aréola pública, não de sua vontade, mas visualizada pelos outros, que críticas menores como as que fez são vistas por esse mesmo público como uma blasfémia a um dos seus ídolos...
E neste caso sai muito mais machucado o articulista do que o visado.
Imagine o meu amigo ir fazer aqui a apologia do Marquês de Pombal pelo lado do processo dos Távoras? O Marquês estava-se nas tintas mas os pombalenses amarinhavam pelas paredes...
Embora ninguém esteja acima da lei ou das críticas há símbolos locais nos quais o melhor é não mexer.... muito...
Um abraço
Amigo Serra,
EliminarClaro que também erro, e até corro atrás deles. Não acredito é em pessoas imunes ao erro ou à crítica.
Olhe, gostei do seu exemplo (o Marquês); e não lhe darei grande novidade se lhe disser que prefiro criticar príncipes, marqueses, …, e outros que tais. Preferências.