Neste momento de
crise, que já sabemos que não estamos preparados, há coisas muito mais
importantes do que pensar na ingerência, incompetência e nas tricas políticas.
O que é importante:
- O resguardo absoluto. Excepção para aqueles heróis que nos mantêm vivos nas nossas casas: o pessoal da saúde, dos transportes e serviços básicos, do retalho alimentar, da segurança e todos aqueles que permitem a uma grande maioria da população estar em casa de preferência a praticar o teletrabalho;
- De garantir que todos, principalmente os nossos pais e avós, fiquem em casa e explicar que “dar só uma voltinha” não pode acontecer e há que lavar as mãos e as outras medidas que já deveríamos saber de cor;
- Dar os parabéns aos bons exemplos de comércio local e pessoas que passaram a fazer entregas em casa;
- Os empresários e empresas de serviços e bens essenciais que mantém tudo a funcionar com risco de saúde para si e seus funcionários;
- Os que puderam e prontamente fecharam as suas empresas dando prioridade à saúde e às famílias sem qualquer garantia que conseguiriam pagar as contas no final do mês – mas com a convicção que vamos continuar e dar a volta;
- As iniciativas de apoio a pessoas com dificuldade de movimentação ou que pertencem a grupos de risco;
- A capacidade de cada um de nós, sem grande preparação prévia, de nos adaptarmos a uma realidade completamente diferente e continuar a ser produtivos ao mesmo tempo que mantemos os nossos filhos na curva de aprendizagem com o apoio remoto da pessoal de educação;
- Dos contactos permanentes com os nossos através da tecnologia (dá para reunir a família toda numa única chamada do Messenger, Skype, ou outras) porque é necessário manter o sentido de comunidade de foram permanente;
- De estar alerta para situações de risco à nossa volta - estamos mais isolados por isso é preciso perguntar mais;
- Desliguar-se das redes sociais por algumas horas e não estar na ansiedade de saber mais esta ou aquela novidade – sabemos isso a horas definidas;
- E confiar e apoiar quem tem responsabilidade pela causa pública. Estão a fazer o melhor que podem e conseguem para responder às necessidades de todos. Ser paciente porque também não estavam preparados e esperamos que aprendam rápido com os bons exemplos aqui ao lado em Leiria.
A história
contemporânea do Concelho traz-nos à memória personalidades que pelo seu
engenho, capacidade de trabalho e audácia assumiram responsabilidades e fizeram
coisas acontecer. Não estiveram à espera.
Haverá
seguramente assuntos que cheguem a jusante porque o caudal é longo.
"A verdadeira generosidade para com o futuro consiste
em dar tudo ao presente".
Albert Camus, O homem revoltado (1951)
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