O que leva Diogo Mateus afirmar,
até de uma forma reiterada, de que o consumo de drogas foi liberalizado? Mais,
reforça que isso se deve por culpa da esquerda. Será por desconhecimento da lei, ou haverá
aqui uma intencionalidade política ao continuamente proferir inverdades? Seja
qual o motivo, é grave. É grave que um licenciado em direito desconheça a lei;
é grave porque é o próprio Presidente da Câmara que tem como umas das suas bandeiras
a Educação, que insiste em afirmar que o consumo de drogas foi liberalizado!
Não foi liberalizado, foi descriminalizado! Ou seja, perante a lei deixou de
ser crime, mas não deixou de ser ilegal e portanto sujeito a pena. Por outro
lado, o tráfico continua a ser crime e todas as questões de (in)segurança e denuncias
das situações que ocorrem à porta das escolas tem a ver com tráfico e
aliciamento a consumo.
Para alguém que gosta sempre de
se dirigir aos outros como impreparados, que não estudam as matérias, em que é
que ficamos?
Não que o visado precise que o defendam de tão pequena imprecisão, até porque, segundo sei, nem lê o Farpas.
ResponderEliminarApenas porque gosto de comentar cá vai o que me parece ser a intenção, numa argumentação de abrangência lata. Assim, e para quem tem de estar sempre a intervir não é difícil, apesar da larga experiência retórica, utilizar termos por vezes imprecisos não perdendo por isso a objetividade da asserção.
Parece contudo que a opinião dele é que tudo aquilo que desagrave toda e qualquer utilização não médica dessas substâncias não contribui para melhorar o seu combate.
De todo o modo o reparo entre descriminalização e liberalização é útil no sentido de nos esclarecer desse pormenor.
Ao visado estou certo que se lhe chegar o reparo não deixará de se
corrigir em futuras intervenções.
Por último, constata-se que não há infalíveis, mas também desta intervenção não veio mal nenhum ao mundo porque dela também não resultou qualquer decisão!