20 de março de 2020

CMP, o desnorte total


O país e o concelho estão no pico da pandemia. Nos próximos dias atingiremos novos picos; até que chegará o dia – que desconhecemos – em que a crise estabilizará e começará a regredir.

Por cá, o presidente da câmara resolver acrescentar à crise pandémica grave uma crise política sem precedentes. Mais: descurou a crise pandémica para alimentar e forçar a crise política agora publicamente assumida.
O presidente da câmara passou seis anos a capturar poder - a subjugar, esmagar e a eliminar quem dele divergisse. Como aqui escrevi, atingiu o pico com o golpe político da captura do vereador Pedro Martins ao movimento NMPH. E nesse momento, iniciou a queda - descontrolada por agora.

Que Diogo Mateus se suicide politicamente com casos e mais casos - com a sua equipa, o partido, os dirigentes e funcionários da câmara, e os seus adversários políticos -, é, essencialmente, um problema seu. Que comprometa a operacionalidade da câmara com conflitos sistemáticos, nomeadamente neste momento crítico, é inaceitável – mostra a sua natureza e o desnorte que o assaltou.

Quando na última segunda-feira aqui postei sobre o caso da chamada da Polícia Científica à câmara para, supostamente, averiguar uma violação do sistema informático e/ou instalações da câmara, fui acusado de estar a brincar com coisas sérias, de brincadeira de mau gosto. Mas não estava. Estava a dar informações relevantes para ajudar as pessoas a perceber o estado da autarquia, o desnorte que reina no Convento do Cardal. Estava a começar a mostrar até onde vai a irresponsabilidade política, a má-fé, o desnorte.

2 comentários:

  1. Manda a honestidade e a coragem que quando os assuntos nos são incómodos não deixemos de sobre eles opinar, o que, a desgosto meu agora faço.

    Um segundo Vereador eleito pelo PSD a ser despromovido é algo que politicamente é desagradável e muito preocupante para os responsáveis políticos.

    É como se víssemos os filhos do nosso esforço partidário a serem sublimados para uma existência indiferente ao esforço governativo.

    Não tenho conhecimento dos motivos, certamente gravosos, que levaram o nosso PC a tão radical decisão.

    Certamente nos próximos dias se saberá.

    Numa família onde reina a amizade entre todos são sempre muito indesejadas diferenças radicais entre alguns.

    Sou amigo de todos os protagonistas e por isso sinto-me entre a espada e a parede.

    Lamento que tenha de ter sido tomada tal decisão, lamento que a Vereadora tenha de ter passado por este vexame, até porque só tenho bem a dizer da sua prestação, e não sei como contribuir para apanhar os cacos de tal precipitação.

    Mas, seja como for, a minha amizade e lealdade honesta com todos não permitirá que modifique a minha concepção sobre cada um.

    Refiro apenas que jamais admiti que uma resolução assim pudesse ter lugar em plena crise epidemica e em estado de emergência nacional.

    Teremos de esperar para ver como será a sequência e as razões do facto e, como em todas as ações, existirão consequências certamente.

    A ambos desejo o melhor desfecho e resultados deste infeliz e indesejado acontecimento.

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  2. Normalmente os grande impérios acabam assim. Com uma forte implosão. O PSD de Pombal está a partir por todo o lado. A equipa da Junta está á espreita e desta vez o PS não pode desperdiçar a oportunidade.

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