10 de julho de 2019

Diogo Mateus; balanço a meio


Metade da vida política de Diogo Mateus, como presidente da câmara, esfumou-se. O que mais surpreende nem são os parcos resultados, é o sentimento de inutilidade absoluta. Confrange ver como é que um indivíduo tão empenhado e preparado (tecnicamente) pode ser tão inconsequente e inútil.
Diogo Mateus foi sempre apresentado como o contraponto de Narciso Mota, no estilo, na literacia, nos hábitos de estudo dos dossiês; mas na prática, é a outra face da mesma moeda, o mesmo absolutismo e a mesma exercitação do inútil, com melhor representação, mais encenação e melhor retórica.
Diogo Mateus é poderoso. Daí não viria grande mal se o atributo não fosse um vício, se não gostasse tanto de o ser e de o parecer. Vive a vã glória de ser grande… Sujeita os assujeitados que o servem, e o temem, a fazer aquilo que lhe agrada e não o que os poderia engrandecer. Não é um líder - não vende esperança nem entrega resultados. O que transparece da actividade da câmara é uma lufa-lufa sem rumo e sem sentido, onde se consomem energias e recursos sem critério e sem resultados. Pelo meio, o concelho definha a olhos-vistos; enquanto os executivos, que nada executam, se consomem, meio descrentes, num rodopio estafado de aparições públicas para as mesmas almas conformadas.
A Política é - como alguém a definiu - a arte do possível. Aqui, é sobretudo um jogo, um rito, um hábito, um desserviço à comunidade que se tornou um mero exercício de sobrevivência política.
O que podemos esperar da outra metade da vida política de Diogo Mateus? O mesmo registo, em perda - o mal reforça a acção mal começada. Terminará derreado, desiludido e frustrado com os assujeitados e com a terra.

1 comentário:

  1. Conheço Diogo Mateus desde o inicio da sua vida politica, na A.E. da Escola Secundária de Pombal e posteriormente na J.S.D. que ele foi o principal mentor e á qual eu também aderi desde o primeiro encontro. Nessa altura só ele tinha ambições de ser "politico profissional" todos os restantes optamos por fazer da política uma actividade secundária. Naquele tempo a J.S.D. no distrito era controlada pelos seus grandes amigos, os manos Barreiras Duarte do Bombarral. Se agora POMBAL controla toda a J.S.D. do distrito, naquela altura era a pequena concelhia do Bombarral. Diogo Mateus sempre foi próximo do (NANICO) Feliciano Barreiras Duarte, e com ele controlavam o aparelho. Feliciano seguiu o seu caminho no PSD e chega a figura nacional do partido e Diogo Mateus fica-se por Pombal durante toda a sua carreira politica. Não deu o esperado Click que bem merecia, agora que o PSD está afastado do poder pelo menos nos próximos 8 anos, já irá tarde para chegar ao ambicionado lugar de governante da nação. Ai reside a sua principal derrota politica, está já com 50 anos e ainda não saiu de Pombal. Ele até merece ser um dia Deputado, Secretário de Estado ou mesmo Ministro o problema é que ficou demasiado tempo a governar o seu castelo na pequena cidade de província. Devia ter saído em 2017 e agora poder reclamar um lugar na lista de deputados elegíveis pelo PSD. Não o fez e foi ultrapassado pelo Pedro Pimpão, que é um dos que se sabe já movimentar no aparelho nacional do Partido.

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