Desde que assumiu as funções de Directora Pedagógica (!) do Instituto D. JoãoV, a doutora Patrícia quase não voltou a pôr os pés na Assembleia Municipal. Não sei como é que a democracia local sobreviveu à sua ausência, à sua intervenção (numa bancada que é tudo menos oposição), mas lá se aguentou.
Até que a doutora Patrícia voltou, na semana passada, com um coro de pais do Louriçal.
O que aconteceu na sexta-feira, 28 de Junho, é grave. Já o fora no passado, quando o Governo socialista teve a coragem de acabar com o regabofe dos colégios privados que, anos a fio, enriqueceram à custa dos contratos de associação - e a bancada do PS, invertebrada, fez coro com o PSD. Mas desta vez foi pior.
Já aqui postámos o essencial da traição que a bancada socialista representa para o Governo, mas falta analisar, em detalhe, o caso de Patrícia Carvalho. A intervenção fala por si, só que é preciso lembrar aos munícipes que a moça não é apenas uma deputada municipal, eleita numa lista supostamente alternativa ao poder vigente. Ela é também militante, membro da estrutura local, e - pior - integra os órgãos da Federação Distrital do PS. Com aquele registo de quem vai ler a segunda leitura, disse tudo o que precisávamos saber: "temos o mesmo propósito, o mesmo objectivo", para justificar a aliança com o PSD. Junta-se ainda o objectivo pessoal da doutora Patrícia, que tem todo o direito de querer manter o seu posto de trabalho e lutar por ele, mas o dever ético de separar as águas. Diz ela acreditar que "a política deve ser o exercício do bom senso". Nós também. Por isso é que lhe recomendamos que mude de bancada, em memória e respeito pelos muitos que lutaram para a afirmação do PS neste concelho, e que a esta hora darão voltas no túmulo perante aquela intervenção - que é um prego fundo no caixão do PS em Pombal.
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