30 de junho de 2019

Já chegámos à Madeira…

O triste e caricato episódio que ocorreu na última AM com a Célia (BE), a “presidenta” (PSD) e o presidente (PSD) diz tudo sobre o estado a que chegou o regime: ausência de regras, sectarismo e prepotência do lado do poder; acanhamento e inabilidade do lado da oposição.
Discutia-se a moção de protesto contra o corte do financiamento público a duas turmas do IDJ V.
Primeiro: a moção nasceu eivada de pecado original: não foi votada a sua admissão a debate.
Segundo: a representante do BE foi impedida de discutir a moção pela “presidenta”, porque, na opinião dela, “senhora deputada enveredou por um caminho que não é esse que queremos” – A Célia falou nas barras de ouro.
Terceiro: o presidente interveio no debate (a questão era unicamente da AM, logo não tinha que o fazer), durante 10 min!!!, para zurzir forte e feio no BE e no governo, afastando-se sistematicamente do tema sem nenhum reparo da “presidenta”. Começou logo com esta pérola: “há partidos que são aqueles que se podem assumir por serem os únicos responsáveis por terem assaltantes de bancos nas suas fileiras”. Nota importante: vale a pena reparar no “boneco”, a seu lado, há muito escolhido e programado para dizer Amém a tudo o que o soberano diz; e para o invertebrado politico, em frente, que também já lhe apanhou o jeito;
Ninguém lhe deu troco, mas ele merece-o.
Quando um político desenterra cadáveres políticos, assuntos mortos e enterrados, é sinal de falta de argumentos ou baixeza (política) congénita. O presidente foi buscar o assalto a uma delegação do Banco de Portugal, durante o regime fascista, para obter fundos para o combate à ditadura. Pouco ou nada condenável – digo eu e a esmagadora maioria dos democratas.
Mas faltou alguém com coragem e memória que lhe dissesse que o seu partido (PPD/PSD) tem um registo negro em termos de violência política: teve no seu interior um grupo bombista que fez vários atentados à bomba e várias vítimas mortais no pós 25 Abril, em Liberdade.
Tem vergonha, Diogo; em política não vale tudo.

1 comentário:

  1. Adelino Malho, aquela referencia ao Camilo Mortágua foi mesmo inoportuna por parte de D. Diogo, tanto ou mais do que a referencia da Deputada do BE sobre um caso de justiça. Isto é o grau ZERO da politica em Pombal. D. Diogo já nos habituou a ser assim. Desde adolescente que o conheço e o seu EGO está cada vez a inflamar mais. Fazia-lhe tão bem "uma cura de oposição". Fazia-lhe tão bem um banho de humildade. A arrogância dele já começa a ser preocupante.

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