29 de outubro de 2008

O Patrão dos pequenos patrões

O presidente da Associação Nacional das Pequenas e Médias Empresas (ANPMES), um tal Augusto Morais, vociferou contra o aumento do ordenado mínimo e chantageou o governo, o primeiro-ministro, com a ameaça de determinar junto dos seus associados a não renovação dos contratos a termo, se o governo insistir na medida.
Pobres trabalhadores que precisam de trabalhar para patrões desta espécie.

P.S.: No mesmo registo falou Manuela Ferreira Leite. Mas esta, felizmente, nunca chegará a primeiro-ministro.

3 comentários:

  1. Estimado,

    Aumentar o salário (mínimo, máximo, etc..) de um trabalhador tem custos para as empresas.

    Basicamente o PS está a dizer às empresas para não contractarem quem produza menos o salário mínimo (450 + impostos). Por outras palavras, trabalhos pouco especializados ou com baixas margens de lucro. Quem se lixa são os pobres.

    Se você é a favor de subir o salário mínimo, então porque não se sobe para 1000 euros ?

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  2. Lembro-me de ver na televisão logo um rol de empresários a dizer que era impensável o aumento do salário minimo. E eu só pensava para mim próprio: "Havias de ser tu a ganhar o salário minímo para ver se não aplaudias!".
    Assim Sócrates em vez de ser reconhecido como justo, é conhecido como eleitoralista. E viva Portugal!

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  3. O Nelson tem toda a razão. Como ouvi Manuela Ferreira Leite dizer ontem, é obviamente uma vergonha que em Portugal seja necessário decretar às empresas que paguem pelo menos 400 e poucos euros aos seus trabalhadores.

    A medida é eleitoralista e cega, uma vez que o acordo com as empresas foi feito sob condições económicas muito mais favoráveis. Se falamos de justiça total, porque não paga o estado o que deve a tantas empresas, especialmente às PMEs? O impacto no PIB seria irrisório e a saúde financeira de muitas PMEs melhoraria consideravelmente . Mas claro, cada tostão é necessário para para auto-estradas.

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