25 de março de 2010

Nós e os outros

Houve gente que, antes e no dia 20 de Março, se esfalfaram para Limpar Portugal e, em particular, vários pontos do Concelho. E depois, houve gente que fez o seguinte:

(..) após ter sido limpa a lixeira PBL M-6, de onde foram retiradas, no dia 20 de Março de 2010, 53,880 toneladas de lixo, e colocada uma placa a proibir a colocação de lixo, houve alguém que teve a amabilidade de no dia de ontem colocar mais uma carrada de lixo...

Muitas vezes disse que os políticos não são cá deixados por um OVNI, "emergindo" antes de uma sociedade que, muitas vezes, se esquece de elementares regras de exigência, civismo e responsabilização. Os imbecis que gozaram com o esforço de quem achou que devia limpar, para além da sua violação consciente da Lei, devem ser os mesmos que numa qualquer mesa de café vociferam contra quem manda neste País (no geral) e as Leis que temos. Independentemente da legitimidade de vociferar à mesa do café, o que é certo é que este é um episódio que mostra bem que uma sociedade civil funcional não é imposta de cima para baixo (sob pena de entrarmos em campos de engenharia social), mas sim de baixo para cima. Haja é vontade de exigir a nós próprios o que exigimos aos outros. E respeitar o trabalho e esforço dos outros. E evitar estas vergonhas.

9 comentários:

  1. A iniciativa "Limpar Portugal" teve mérito. E agora, vamos ao futuro?

    Será que as autarquias vão continuar a ignorar a existência de lixeiras ilegais?

    Será que a fiscalização municipal vai continuar a fechar os olhos?

    Já que existem lixeiras ilegais sinalizadas que não foram limpas a 20 de Março, de que forma é que as autarquias vão actuar com vista à sua limpeza?

    Vamos ter de esperar por um novo "Limpar Portugal" para daqui a 5 ou 10 anos??!!

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  2. Perguntas pertinentes. Aguardo por um balanço completo para as reiterar em forma de post e as levar a outros fóruns.

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  3. Como povo somos porcos! Como pessoas alguns de nós são aceitáveis. Que políticos esperaríamos ter?
    Saudações.

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  4. Boa tarde!
    Num país como o nosso onde a mais alta magistratura faz manchete nos jornais, pela negativa, não podemos esperar outra coisa se não o desafio do ilegal e a provocação.

    No Estado novo Salazar dizia: " A Assembleia Nacional e as forças as armadas são o espelho da Nação, logo, o exemplo vinha de cima. Como hoje os maus exemplos vêm de cima estou de acordo como a afirmação de que a sociedade civil funciona e não é imposta de cima para baixo, antes, debaixo para cima e faz jus à afirmação da igreja: " olhem para o que eu digo e não olhem para o que eu faço" .

    Para tudo é necessário educação, inclusivamente para o trabalho, e essa educação começava nos bancos da escola quando o professor era uns dos pilares da educação, respeitado nas aldeias e na cidade.

    Esta iniciativa foi uma boa campanha de sensibilização da qual interessa fazer eco e porque não umas tertúlias pelas freguesias? O fundamental é não deixar parar a mensagem que nos trouxe esta iniciativa, a bem de um planeta melhor, mais limpo e mais digno.


    Será que o Sr. Amândio não fazia o papel social mais importante a vigiar essas lixeiras?

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  5. Olá Alvim!

    No dia 20-3, apesar da forte chuva que se fazia sentir, um grupo de 22 voluntários de Vermoil, do qual fiz parte, uns com impermeáveis outros com t-shirts, todos estávamos com ânimo para acabar com as lixeiras por este Vermoil fora.
    Uns de mãos nuas, outros com luvas lá fomos fazendo o nosso trabalho e o ânimo foi dando lugar ao desanimo…

    Há tantos lugares para colocar lixo: os locais apropriados; os ecopontos; os caixotes do lixo; os contentores dos monstros. E… porquê a floresta? Porquê as ribanceiras que confinam com linhas de água, rios e ribeiros?
    É por ser mais fácil?
    Não! Então só pode ser por intuitos criminosos, como os tipos que põem fogo à floresta!

    No percurso da jornada estava um grupo a limpar uma lixeira de pneus, pára-choques e vidros pára-brisas nos Matos da Ranha, quando uma carrinha carregada de lixo parou na berma da estrada.
    Alguns mais ingénuos pensaram “este já apanhou muito lixo hoje!”. Mas não… era mesmo para descarregar… quando se apercebeu do grupo fugiu, alguém tentou a perseguição mas não o apanhou… ainda bem…

    Aqui o desânimo deu lugar à fúria!
    Do dia 20 em diante temo pela segurança destes criminosos, pois os olhos dos voluntários estão muito abertos, espero que não haja actos de fúria, para que a calma e o bom senso prevaleça.

    Uma coisa é certa: Informação aos criminosos que deitam lixo na floresta e nas ribanceiras: CUIDADO ESTÃO A SER VISTOS! Estamos vigilantes!

    Quanto às questões do RafeiroNoPombal, na verdade isto são casos de polícia!
    No entanto, espero que quer a fiscalização municipal, quer o Spna da GNR, melhorem a sua eficiência, pois de um modo geral só aparecem quando recebem alertas/denuncias e demoram no tempo de resposta… e a resposta normalmente não dá em nada…
    Espero que isto mude!

    Lembrem-se: Local sob Vigilância: CUIDADO ESTÃO A SER VISTOS!

    Um abraço ao Alvim extensivo a todos os voluntários!

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  6. Meu caro DBOSS, você anda a delirar com saudades do Estado Novo. Antigamente é que havia educação ( para alguns, claro está ), antigamente é que havia respeito, etc, etc, etc... . Chiça, que é damais! Queira estudar um pouco mais a História do Estado Novo, ou então fique-se pelas suas estorietas e invenções, tais como acusar o malogrado ex-ministro do trabalho, Costa Martins de ladrão.

    Limpar Portugal foi um êxito. É pena que a iniciativa não se estenda a outros lixos, tão poluentes como as lixeiras.



    Tejo que levas as águas

    Tejo que levas as águas
    correndo de par em par
    lava a cidade de mágoas
    leva as mágoas para o mar

    Lava-a de crimes espantos
    de roubos, fomes, terrores,
    lava a cidade de quantos
    do ódio fingem amores

    Leva nas águas as grades
    de aço e silêncio forjadas
    deixa soltar-se a verdade
    das bocas amordaçadas

    Lava bancos e empresas
    dos comedores de dinheiro
    que dos salários de tristeza
    arrecadam lucro inteiro

    Lava palácios vivendas
    casebres bairros da lata
    leva negócios e rendas
    que a uns farta e a outros mata

    Tejo que levas as águas
    correndo de par em par
    lava a cidade de mágoas
    leva as mágoas para o mar

    Lava avenidas de vícios
    vielas de amores venais
    lava albergues e hospícios
    cadeias e hospitais

    Afoga empenhos favores
    vãs glórias, ocas palmas
    leva o poder dos senhores
    que compram corpos e almas

    Leva nas águas as grades
    de aço e silêncio forjadas
    deixa soltar-se a verdade
    das bocas amordaçadas

    Das camas de amor comprado
    desata abraços de lodo
    rostos corpos destroçados
    lava-os com sal e iodo

    Tejo que levas as águas
    correndo de par em par
    lava a cidade de mágoas
    leva as mágoas para o mar

    Poema: Manuel da Fonseca

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  7. Boa tarde!
    Caro Sr. A. Leitão apesar de me considerar democrata começo a ser saudosista, pelos factos conhecidos de todos nós e que não é de mais relembrar:
    - J. P, Sá Couto
    - Freeport
    - Face oculta (foram oferecidos robalos para ocultar a face).
    - Os prémios chorudos e prendas oferecidos a gestores públicos, publicados na imprensa.
    - Escutas telefónicas.
    - O Sr. Proc. Geral, Pinto Monteiro, em cheque e em discordância com o Sr. Presidente do Trib., Dr. Noronha do Nascimento.
    - Gestores públicos que fizeram asneira da grossa, foram despedidos e receberam os salários e prémios sem terem direito a eles.
    - O sr. Victor Constâncio, excelente técnico, foi negligente, e logo premiado com um cargo em Bruxelas.
    - professores desautorizados e agredidos
    - polícia desacreditada.
    Se estes casos não chegarem para justificar o meu saudosismo arranjo mais.
    Ser saudosista é gostar de uma sociedade estruturada, com educação e respeito pelo próximo.

    Durante o Estado Novo não saíamos de Portugal sem dinheiro, hoje , na democracia, só saem os que têm cartão de crédito e o último a sair que feche a porta. Quem não têm dinheiro nem cartão continua a não sair de casa nem do país.

    Quanto à recomendação de leitura gosto mais dos clássicos porque não são tão tendenciosos.

    No caso Costa Martins foi o Sr. a
    dizer que ele era ladrão e não eu. Uma coisa é certa até hoje ninguém sabe para onde foi um dia de trabalho pedido aos portugueses pelo Sr. Ministro do trabalho de então.

    A transcrição do poema está óptima, muito rico, obrigado.

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  8. Amigo DeBoss:

    Referes-te ao tarado do Amandio empregado do Narciso?
    Ate domingo
    Abraco
    EA

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  9. Bom dia!
    Amândio só há um, o que passa multas e mais nenhum.

    Um abraço e até domingo

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