31 de maio de 2014

Casa Varela de Óbidos

O tão falado centro criativo de artes a instalar na Casa Varelas, em Pombal, parece ter sido copiado do modelo de atividade precedente desenvolvida em Óbidos. O convite dirigido a um dinamizador do projeto de Óbidos para intervir na dita reunião de trabalho de Pombal (com bebidas e comidas) e para defender aquela solução indica aquela conclusão.
Poderemos então concluir que quem organizou a sessão de trabalho (com gin e bombons) para ouvir propostas e projetos já tinha decidido antecipadamente sobre o destino a dar à Casa Varela e o tipo de projeto a implementar.
Vamos então esperar que o parque de divertimento” que o projeto de Óbidos parece ter sido para alguns “artistas” e que o buraco financeiro que foi para a Câmara lá do sul do distrito não se repitam em Pombal. Porém, já estamos a assistir em Pombal à organização de alguns grupos de “artistas” a procurar, cada um deles, uma solução, o que nos permite saber o que aí vem.
Os contribuintes que se preparem para continuar a pagar decisões políticas caras e sem utilidade.

6 comentários:

  1. Pombal vive um drama relativamente à cultura, há já muitos anos.
    O que era necessário era conhecimento de causa e coragem para fazer apostas.
    Por exemplo, Almada apostou no teatro. Vila do Conde, nas curtas metragens. Espinho, no jazz. Póvoa de Varzim, na literatura. Sines, na música étnica. Amadora, na Banda desenhada. Sintra, no bailado. E pombal??? Nada, zero. Uma lástima. Espalha granito e betão em todos os metros quadrados que pode. Porque de pedra e betão são as cabeças que governam a cidade. A meu ver, a causa disto é o facto de termos políticos ignorantes (culturalmente falando) a gerir os destinos da cidade. Depois dá nisto...
    Não tenho dúvidas de que apostas culturais bem feitas trazem um elevado retorno (em múltiplos sentidos) à terra que as promovem. Mas o importante são as pessoas. E isso, Pombal nunca conseguiu compreender.

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    1. Concordo em pleno contigo, Nuno Gabriel.

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    2. Essa é a nossa grande falha, Nuno Gabriel. Não termos apostado em nada que nos diferencie e nos traga público. Por estes dias andei a fazer um trabalho que me levou a essa conclusão. No distrito, à nossa volta, não faltam exemplos: Óbidos apostou no festival do chocolate, na vila Natal, na escola de pastelaria avançada. Peniche no Surf, Nazaré nas ondas de uma praia onde não ia ninguém, a Batalha e Porto de Mós criaram o Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota, museus concelhios. Alcobaça um festival de doçaria conventual, Leiria compensou o erro do estádio com o museu da imagem, o moinho de papel, etc. Vêm miúdos de outros pontos do país, como os nossos vão daqui para outras cidades, todos os anos. O norte do distrito tirou partido da sua beleza natural e fez coisas como a praia das Rocas. E nós, pimba. :)

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  2. Bom dia
    A casa Varela pode ter muitos destinos e ter grande utilidade ou então pode ser mais um elefante branco, tudo depende da originalidade, veja-se utilização assídua e valida.

    Segundo o Sr. JGF. Óbidos foi um fracasso, porquê semelhante aposta se temos o exemplo do vizinho do SUL? Se temos bebidas da casa, brancos, tintos, aguardentes e bons portos porquê apostar no GIN? é por ser moda actual? a moda fazemos nós!

    Já aqui falei que a casa Varela podia ser um pólo do conservatório de música de Coimbra e, em simultâneo, uma escola de Teatro, para mim estes seriam o nectare do povo e abandonavam o gin, de Óbidos só a ginginha o qu eé nacional é bom.

    Não há qualquer dúvida que o TAP venceu e convenceu, foi uma sementeira num deserto, e dá bons frutos. O TAP têm vindo a apresentar trabalhos de reconhecida qualidade o longo dos tempos, quer a nível regional ou a nível nacional, logo devia ser ouvido na CMP com o fim de organizar um festival internacional de teatro.

    Esta iniciativa seria um investimento com retorno que projectava Pombal no Mundo

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  3. JGF,
    Que tudo estivesse decidido e o evento tenha servido, simplesmente, para vender a ideia não me escandaliza. Se o fez gastando somente Gin`s e e bombons também não me escandaliza (acho até que nos ficou barato).
    O problema está na ideia! E mesmo não sendo “artista” conto dar o meu bitaite.
    Boas,
    AM

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